Intellèctus. Rio de Janeiro, v.21, n.2, 2022.
Revista Intellèctus – 20 anos – vol.2
Apresentação
- Apresentação – “O Populismo no século XXI: a emergência de novas formas”
- Maria Emilia da Costa Prado
Dossiê
- O ressurgimento do fascismo no mundo contemporâneo: história, conceito e prospectiva
- Carlos Eduardo Martins
- Sobre fascismo e populismo: metodologias de poder e ferramentas políticas
- Sergio Schargel
- Pós-funcionalismo e populismo no quadro da integração europeia: uma relação teórico-prática
- Nuno dos Santos Lopes
- Novo-Desenvolvimentismo e populismo no estudo do governo de Dilma Rousseff (2011-2016)
- Amarildo Mendes Lemos
- (Neo)fascismo, (pós)fascismo ou (neo)populismo? Um balanço bibliográfico possível de uma calorosa disputa classificatória
- Fabio Bacila Sahd
- Da Coalizão ao Movimento: metamorfoses no presidencialismo brasileiro e a crise da democracia
- Julio Cesar Guimarães de Paula
- MEIOS DE COMUNICAÇÃO E MODERNIDADE TARDIA: REFLEXÕES SOBRE O POPULISMO E O USO DOS MEIOS DIGITAIS
- Patrício Dugnani, Roberto Gondo Macedo
- O “Povo Brasileiro” nos tuítes de Lula e Bolsonaro Aproximações e antagonismos nas eleições presidenciais de 2022
- Denise Paiero, Vinicius Prates da Fonseca Bueno
Artigos Livres
- História do suicídio: um balanço historiográfico
- Douglas Henrique de Souza
- A obra De Exílio Provinciarum Transmarinarum Assistentiae Lusitanae Societatis Iesu e a expulsão dos jesuítas do Império português
- Marcia Sueli Amantino
- Um intelectual com face de Janus: tradição e modernidade na trajetória política D. Rodrigo de Souza Coutinho
- Nívia Pombo
- O autoritarismo instrumental no pensamento político de Carlos Lacerda (1950-1955)
- Fabrício Ferreira de Medeiros
- Incidência do passado histórico nos discursos da eleição presidencial de 2018
- Fábio Chilles Xavier
Resenhas
- Brasil: o arco da erosão democrática e parlamentar
- Luiz Gustavo Martins da Silva
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.21, n.1, 2022.
Revista Intellèctus – 20 anos
Apresentação
- Apresentação
- Marieta Pinheiro de Carvalho, Vivian Cristina da Silva Zampa, Melina Teubner
Dossiê
- O Ideal de Progresso como aspecto da ideologia da precisão
- César Henrique Guazzelli e Sousa
- Lusotropicalidade no “mundo português”: olhares cruzados acerca de Gilberto Freyre na História Colonial Lusitana
- Gustavo de Andrade Durão
- De crítico a admirador: Gilberto Freyre, segundo Oswald de Andrade
- Valdeci Silva Cunha
- Desmarginalizando o pensamento feminista negro: possibilidades para uma educação emancipadora
- Mariana Alves de Sousa
- Do temor da verdade ao medo da liberdade: as possibilidades de educação emancipadora na primeira infância a partir de Theodor Adorno e Paulo Freire
- Heloisa Toshie Irie Saito, Priscila Borba da Costa
- Em busca de outras coordenadas epistêmicas: breve enunciação entre decolonialidade e a formação universitária de professores indígenas no Amazonas
- Luciane Rocha Paes, Rita floramar fernandes dos Santos, Helenice Aparecida Ricardo, Alva Rosa Lana Vieira
- Dos Protocolos dos Sábios de Sião ao Q-Anon: a renovação do discurso conspiracionista na extrema-direita contemporânea
- Pedro Carvalho Oliveira
- Democracia racial, corrupção e patrimonialismo nas raízes da imaginação nacional bolsonarista
- Cairo de Souza Barbosa, Gabriel Felipe Oliveira de Mello, Renan Siqueira Moraes
Artigos Livres
- As alegorias das plantas nos dois lados do Atlântico (séculos XVII – XVIII)
- Janaina Salvador Cardoso
- Núpcias laicas: religiosidades e poder (Belém, 1916-1940)
- Ipojucan Dias Campos
- O jovem e o novo em Glauber Rocha e Gustavo Dahl: intervenções críticas (1960-1964)
- Thiago Turibio
- Memória e história oral: as interações entre a história escrita e a história vivida
- Rodrigo Musto Flores
- A divulgação científica (DC) das pesquisas de educação: alternativas ‘além muros’
- Andressa Abreu da Silva, Manuela Ciconetto Bernardi
Resenhas
- Corpo-Política Epistémica: a Monstruosidade Falante
- Fabián Cevallos Vivar
A crise na América Latina em tempos de pandemia da Covid-19 | Intellèctus | 2021
Covid-19 atinge uma América Latina economicamente fraca e profundamente desigual | Foto: Chatterjee Debarchan/ABACA/ABACA/PA Images
No ano de 2020 o mundo se deparou com um vírus ainda desconhecido para a ciência. A pandemia se alastrava atingindo, aparentemente, da mesma forma, todos os países. Ao longo dos meses, a ciência foi buscando soluções para a trágica situação que assolava a humanidade, enquanto o COVID-19 demonstrava não ser um vírus democrático. As desigualdades se fizeram ainda mais latentes nos países pobres, os problemas se potencializaram nos locais sem infra-estrura adequada para lidar com a doença, e a crise sanitária imiscuiu-se com crises políticas, miséria, feminicídio, migrações em massa e a exclusão digital.
Os efeitos da pandemia na América Latina foram diagnosticados pela Comissão Econômica para América Latina e Caribe (CEPAL), que criou, em março de 2020, o Observatorio COVID-19 en América Latina y el Caribe. 1 Os estudos cepalinos demonstraram a degradação socioeconômica da região e sugeriu políticas públicas para atenuar os efeitos do COVID-19 sobre os mais variados segmentos populacionais latino-americanos, em especial, os mais vulneráveis. Para constatar a realidade, segundo dados da Comissão, no ano de 2020, 209 milhões de latino-americanos, o que representa 1/3 da população, encontrava-se em condição de pobreza, e 78 milhões vivendo na mais extrema miséria. Além do caos sócio-econômico, a América Latina foi afetada por uma série de crises políticas que dificultaram lidar com a pandemia. Os resultados dessas crises não serão bem conhecidos até que o vírus desapareça no continente ou se estabilize como endêmico entre a população. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.20, n.2, 2021.
Revista Intellèctus
Equipe Editorial
- Equipe Editorial
- Revista Intellèctus
Apresentação
- A crise da América Latina em tempos de pandemia da Covid-19
- Erica Sarmiento, Tony Payan
Dossiê
- Federalismo e Covid-19 no Brasil
- José Vitor Lemes Gomes
- A educação no cenário pandêmico: o que dizem os professores da educação básica sobre o retorno às aulas presenciais
- Rosane Barreto Ramos dos Santos, Paulo Pires de Queiroz
- Bolívia em tempo de pandemia: crise humanitária e conflito político
- Fabio Sousa Mendonça de Castro, Igor Fuser
Artigos Livres
- Luís da Câmara Cascudo e Mário de Andrade, uma amizade epistolar
- Raquel Silva Maciel
- Uma obra denúncia: olhares da imprensa do Rio de Janeiro sobre a Geografia da Fome
- Helder Remigio de Amorim
- O projeto americanista, a campanha pelo ferro e petróleo nas missivas de Monteiro Lobato e Arthur Neiva (1927 – 1942)
- Rhaiane Mendonça Leal
- A presença do cotidiano durante a ditadura civil-militar argentina (1976-1983): a perspectiva infantil no filme Kamchatka (2002)
- Ygor Pires Monteiro
- Intelectuais indígenas e produção historiográfica: contribuições da Comunidad de Historia Mapuche para a descolonização do pensamento
- Alessandra Gonzalez de Carvalho Seixlack, Fernando Luiz Vale Castro
- Memórias sobre o trabalho nos anos finais do Ensino Fundamental: o uso de documentos históricos em sala de aula
- Juliano Alves da Silva
- Entrevista
- Sobre los estudios de historia intelectual y la temática de las independencias
- Érica Sarmiento, Marieta Pinheiro de Carvalho, Celso Louzada
Je suis um monstre qui vous parle: rapport pour une acedémie de psychanalystes | Paul B. Preciado
Paul Beatriz Preciado é filósofo, ativista e curador. Um dos teóricos mais importantes da teoria queer. É uma das vozes críticas das desigualdades nas relações de poder que dominam o mundo capitalista, colonial e heteropatriarcal. O autor tem se proposto na sua atividade intelectual agir como um corpo falante, dessa forma, tem sugerido desconstruir as tecnologias sexuais que o oprimem em termos de género, sexo e natureza. Outras obras importantes do seu percurso são: Pornotopía (2010), Testo Yonqui (2009), Manifesto Contrassexual (2000), Um apartamento em Urano (2020b).
Je suis un monstre qui vous parle: rapport pour une académie de psychanalystes1 é o título do discurso através do qual Paul B. Preciado faz uma crítica radical à academia de psicanalistas de Paris. Reunidos ao redor do tema “Mulheres na psicanálise”, nas Jornadas Internacionais de l’Ecole de la cause freudienne, o autor encarnou um desafio do nosso tempo: repensar a crise do paradigma epistemológico-ontológico para transgredi-lo, não só no interior dos debates psicanalíticos, mas também em outras áreas do saber. Leia Mais
Intellèctus em seus 20 anos: os desafios das ideias e da intelectualidade no mundo contemporâneo | Intellèctus | 2022
Vinte anos se passaram desde a primeira edição! Aquela publicação inicial, ainda com cinco artigos, contou com a presença de professores queridos, integrantes dos Programas de Pós-Graduação em História e em Ciências Sociais da Universidade do Estado do Rio de Janeiro; e de uma então pós-graduanda do PPGH/UERJ. Maria Emília Prado, o saudoso Antônio Carlos Peixoto, Antônio Edmilson Rodrigues, Fabiana Santos e Norma Côrtes foram autores que publicaram no número 1 de 2002, com os respectivos artigos: “A Unidade do Império ameaçada: Alberto Sales e a elaboração de um projeto em defesa do separatismo das províncias”; “O positivismo e os projetos de reestruturação da Hispanoamérica em direção à modernidade”; “Política e letras: a pátria e a nação em Atravez do Brasil”; “Oliveira Vianna e Monteiro Lobato – O Americanismo e Iberismo em diálogo”, e “Católicos e autoritários – Breves considerações sobre a sociologia de Alceu Amoroso Lima”. Hoje, depois de duas décadas, comemorarmos o aniversário da Revista com um número temático que conta com artigos livres, resenha e o dossiê: “Intellèctus em seus 20 anos: os desafios das ideias e da intelectualidade no mundo contemporâneo”. Antes de apresentarmos o número, faz-se importante um breve intróito, que procurará rememorar o seu percurso.
A revista eletrônica Intellèctus foi fundada pelo Grpesq/CNPq “Intelectuais e Poder no Mundo Ibero-Americano”, coordenado pela professora Dra. Maria Emília da Costa Prado, titular da área de História do Brasil do Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UERJ. Em 2004, a revista passou a ser também um canal vinculado aos Colóquios Internacionais “Tradição e Modernidade no Mundo Ibero-Americano”, frutos do convênio entre a UERJ e a Universidade de Coimbra. Cadastrada como projeto de extensão no Departamento de Extensão (Depext), da Sub-Reitoria de Extensão e Cultura da UERJ, desde a sua fundação, configura-se como um periódico semestral, e que pode ser acessado pelo Portal de Publicações Eletrônicas da UERJ. Leia Mais
O Populismo no século XXI: a emergência de novas formas/Intellèctus/2022
O presente dossiê organizado por Isabel Valente (Un.Coimbra) Maria Emilia Prado ( Un. do Estado do Rio de Janeiro) e Manuel Loff ( Un. do Porto e UNL) tem por objetivo apresentar artigos que discutem o significado histórico do populismo no Ocidente. Especial atenção será dada as experiências da Ibero-América, mas, também será importante discutir conceitualmente populismo. O tema adquire relevância ímpar uma vez que neste alvorecer do século XXI se assiste ao surgimento e o ressurgimento de governos autoritários de cunho populista. Que impacto pode ter este fenómeno na qualidade da democracia e na sua simples vigência? Até que ponto a crise pandêmica do Covid-19 terá facilitado e facilita ainda as ações autoritárias de governos populistas? Através dos artigos aqui reunidos pretende-se levantar considerações sobre as implicações e os possíveis desdobramentos sociais desse cenário político. Leia Mais
Brasil à parte: 1964-2019 | Perry Anderson
Tom Ginsburg (2020) registrou, em palestra proferida na Universidade de Chicago, que o ataque às democracias dá-se também pelo Poder Judiciário, não apenas por investidas militares ou avanço comunista. A expressão death by a thousand cuts, na acepção apresentada por Ginsburg, refere-se a uma lenta morte por mil cortes e busca a atualização do debate quanto à qualidade da democracia e das instituições democráticas dentro do cenário mundial. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.20, n.1, 2021.
Equipe Editorial
- Equipe Editorial
- Equipe Editorial Revista Intellèctus
Apresentação
- Uma Apresentação ou das cartografias decoloniais no ensino de História
- Elisom Antonio Paim, Helena Maria Marques Araújo
Dossiê
- Reflexões sobre a decolonialidade em uma perspectiva histórica
- Antonio Guimaraes Brito
- O pensamento decolonial no horizonte de combate à violência epistemológica e/ou o epistemicídio no ensino de História
- Elison Antonio Paim, Helena Maria Marques Araújo
- O que você esconde? Caminhos para uma decolonização do “universalismo sem corpo”
- Thiago de Abreu e Lima Florencio
- Colonialidade, Modernidade e Decolonialidade: Da Naturalização da Guerra à Violência Sistêmica
- Emerson Oliveira Nascimento
- História da América Latina: diálogos possíveis entre a sociologia das ausências e os livros didáticos de História
- Edson Antoni
- Decolonialidade e relações raciais: um olhar sobre o ensino de História no currículo do curso de Pedagogia da UFRGS
- Eduarda Souza Gaudio, Joana Célia dos Passos
- Por uma história decolonial: a atuação das populações afrodescendentes em ambientes socioculturais de Porto Alegre (1872–1971)
- Arilson dos Santos
- Formação inicial docente e a prática pedagógica no estágio supervisionado: da marafunda euro-colonialista à ginga afrodiaspórica em resistência
- Rodrigo Batista Lobato, Giovanni Codeça Silva
- Da colonialidade à decolonialidade: delineando possibilidades para a transformação das relações étnico-raciais e de gênero por meio dos saberes escolares
- Mariana Alves de Sousa, Maria Valéria Barbosa
- Experiências e reflexões sobre a prática docente Anti/Contra/Decolonial no ensino da História na escola pública e suas relações com o Museu da Maré como uma ferramenta pedagógica da Educação Popular
- Francisco Overlande Manço de Souza, Noélia Rodrigues Pereira Rego, Humberto Salustriano da Silva
- Ensinar histórias menores: narrativas e memórias de auxiliares de serviços gerais escolares na busca de relações outras
- Maria Cecília Paladini Piazza, Giovanna Santana
- Rolé na Penha: memórias e referências culturais em uma ecologia dos saberes
- Ana Gabriela Saba
- Ensino de História: a descolonização dos currículos, a formação docente e a ênfase à memória, história e identidade dos africanos e afro-brasileiros
- Cleusa Teixeira Sousa
Artigos Livres
- O encontro entre João Clímaco Bezerra e a Revista Brasiliense: a trajetória de um intelectual de província
- Alexandre Barbalho
- A representação do negro em Cogumelos de Outono (1972) de Gladstone Osório Mársico
- Gláucia Elisa Zinani Rodrigues
- Leitura como resistência: Ernesto Penteado e José Nogueira leitores de Nietzsche
- Antonio Vinicius Lomeu
Resenhas
- A construção da política rosista a partir das relações sociais estabelecidas
- Juliana da Silva Sabatinelli
El mundo relacional de Juan Manuel de Rosas: un análisis del poder a través de vínculos y redes interpersonales | Andrea Reguera
Juan Manuel de Rosas | Imagem: Wikimedia Commons
O livro da historiadora Andrea Reguera analisa a construção do poder de Juan Manuel de Rosas a partir da trama de relações interpessoais que atravessaram sua vida e a política adotada entre 1829-1833 e 1835-1852, quando assumiu o cargo de governador da província de Buenos Aires após ser eleito pela Sala de Representantes nos dois períodos. Utilizando-se, principalmente, de correspondências pessoais de Rosas, Reguera destaca a busca pela subjetividade do indivíduo na construção das relações constitutivas e dissolutivas a fim de compreender o jogo de poder presente nelas e os limites entre o público e o privado.
Organizada em três partes, a obra conta com sete capítulos. Na primeira parte, a análise das relações sociais passa pela família de Rosas e a construção de sua riqueza econômica; na segunda parte, composta por três capítulos, Reguera discorre sobre a vida política de Rosas no primeiro governo (1829-1832), durante o período em que esteve distante de Buenos Aires (1833-1834) e no segundo governo (1835-1839); a riqueza patrimonial dos legisladores e o poder dos vínculos são temas desenvolvidos na terceira parte. A autora coloca o período de 1840-1852 como sin gobernador devido aos problemas sobre a posse do cargo de governador: entre renúncias e readmissões, Rosas reassume o cargo em 1842 como “governador proprietário” até 1852, quando de sua deposição. Após a conclusão da obra, as genealogias das principais famílias que compuseram a vida pessoal de Rosas se encontram disponíveis. Leia Mais
Celso Furtado | Intellèctus | 2020
Este Dossiê, composto por nove artigos que abordam o pensamento furtadiano, insere-se no projeto Celso Furtado 100 Anos. Um projeto iniciado em 2019 pelo Núcleo de Identidade Brasileira e História Contemporânea (NIBRAHC) com a realização de uma série de seminários sobre Celso Furtado em razão do seu centenário de nascimento que viria a ser comemorado neste ano de 2020. Os seminários, chamados de “PréCelso”, foram realizados através da parceria do NIBRAHC com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), com o Centro Internacional Celso Furtado (CICEF), com o Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da UERJ (IFCH), com o Programa de Pós-graduação em História (PPGH) e com o Sindicato dos Trabalhadores das Universidades Públicas Estaduais do Estado do Rio de Janeiro (SINTUPERJ).
A publicação do Dossiê Celso Furtado pela Revista Intellèctus se apresenta como o coroamento do centenário deste pensador, cujas justas homenagens foram realizadas com o Congresso Internacional Celso Furtado 100 Anos, organizado pela Pró-Reitoria de Cultura e Extensão da UERJ (PR3), UERJ, NIBRAHC, IFCH, PPGH e SINTUPERJ. Foram cinco dias de conferências, abordando o pensamento furtadiano e proporcionando reflexões intelectuais sobre a atual situação econômica e social. Reflexões que prosseguirão através da leitura dos artigos deste Dossiê. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.19, n.2, 2020.
Equipe Editorial
Apresentação
- Dossiê Celso Furtado
- Oswaldo Munteal Filho
Dossiê
- Teoria e ideologia do desenvolvimento à luz das contribuições de Celso Furtado
- Michelle Pinto Paranhos
- Estado democrático desenvolvimentista e desenvolvimento endógeno
- Paulo Eduardo Panassol
- Subdesenvolvimento e dependência na economia política do Brasil
- Luiz Maurício Bentim da Rocha Menezes, Maria Elizabeth Bueno de Godoy
- Considerações exploratórias sobre a atualidade da temática do Planejamento Público: uma homenagem ao economista Celso Furtado
- Bruno Sobral
- Reflexões sobre a cultura no pensamento social de Celso Furtado e na construção do método histórico-estrutural: um diálogo com a Sociologia e a Antropologia
- Tiago Macedo Bezerra Maia, João Morais de Sousa
- Um Projeto Republicano para o Povo Brasileiro: A Utopia Possível no Pensamento Social e Educacional de Celso Furtado e Darcy Ribeiro
- Lia Ciomar Macedo de Faria, Lincoln de Araújo Santos
- Os fundamentos teóricos para a criação da SUDENE: uma análise do pensamento de Celso Furtado e seu conceito de História
- Neilaine Ramos Rocha de Lima
- A trajetória institucional da Sudene: a influência de Celso Furtado para o desenvolvimento do Nordeste
- Luciléia Aparecida Colombo, Emerson Oliveira do Nascimento
- Celso Furtado e a “nação interrompida”: a questão nacional e sua construção interrompida dos livros à SUDENE
- João Matias de Oliveira Neto, Valdênio Freitas Meneses
- SEM TÍTULO PDF
Artigos Livres
- As luzes do século e as trevas da ignorância: intervenções da elite política e intelectual na formação dos cidadãos nas Minas Gerais regencial
- Júlia Lopes Viana Lazzarini
- A Amazônia e a fundação do Brasil na obra Simá (1857) de Lourenço da Silva Amazonas
- Luis Francisco Munaro
- Ideias que convulsionam, práticas que conservam: o repertório de ideias na passagem do Império à República
- Milene Ribas da Costa
- Padre Leonel Franca: articulações religiosas no Centro Dom Vital e na Liga Eleitoral Católica
- Natália Cristina de Oliveira, Névio de Campos
- No bagageiro de Stalin: Benedito Mergulhão e a estrutura de sentimento anticomunista no Brasil dos anos 1940
- Bruno Rafael de Albuquerque Gaudêncio
- O ideário de António Castro Fernandes na consolidação da experiência corporativa portuguesa
- Leonardo Aboim Pires
- A cidade em pauta: imprensa e modernidade carioca nos anos de 1950
- Claudia Mesquita
- A questão palestina como questão colonial e práxis intelectual de Edward Said
- Fabio Bacila Sahd
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.19, n.1, 2020.
Revista Intellèctus
Equipe Editorial
Apresentação
- Intelectuais, revoluções e independências em um mundo em transição (séculos XIX-XX)
- Marieta Pinheiro de Carvalho, Mariano Martín Schlez
Dossiê
- A importância política do Rio de Janeiro e de Buenos Aires a partir de 1808, no processo de independência do Brasil e da Argentina: questões gerais
- Hilton Meliande de Oliveira
- La práctica intelectual de los comisarios de la ciudad Buenos Aires (1812-1825)
- María Agustina Vaccaroni
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- A transitional man: Xavier Mina between Spain and America, 1789-1817
- Karen Racine
- SEM TÍTULO (ENGLISH) PDF (ENGLISH)
- La construcción intelectual del paisaje. El bajío antes del Grito de Dolores
- José Luis Caño Ortigosa, José Luis Lara Valdés Lara Valdés
- SEM TÍTULO PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Theodoro Sampaio, Friedrich Ratzel e os Sertões de Euclides da Cunha
- Ricardo Alexandre Santos Sousa
- Condições de produção e difusão do personagem Zé Povo no Brasil: um estudo sobre caricaturas políticas na revista ilustrada O Malho (1900-1910)
- Janine Figueiredo de Souza Justen, Maurício Izelli Doré
- SEM TÍTULO PDF
- Um crescendo de tomada de consciência: a Conjuração Baiana de 1798 no primeiro centenário da Independência do Brasil
- Patrícia Valim
- SEM TÍTULO PDF
- Retornando a nossas Raízes: as ressonâncias do pensamento de García Calderón sobre a obra Raízes do Brasil de Sérgio Buarque de Holanda
- Iara Andrade Senra
- O herói silencioso e o Osagyefo: George Padmore Kwame Nkrumah e a Revolução da Costa do Ouro
- Pablo de Oliveira de Mattos
- Horacio Ciafardini, una vida entre la ciencia y la revolución. Sistematización de su trayectoria política e intelectual (1942-1984)
- Rubio Matias J.
- PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Del Ferreyrazo al Partido Revolucionario de los Trabajadores. Un análisis de la trayectoria política de Gregorio Flores (1971-1972)
- José Barraza
- SEM TÍTULO PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- El Príncipe armado El estudio de la Tricontinental y la OLAS en América latina: una tarea pendiente
- Stella Grenat
- SEM TÍTULO PDF (ESPAÑOL (ESPAÑA))
Artigos Livres
- No labirinto de Lemnos: tragédia grega e ficção científica em The Man in the Maze de Robert Silverberg
- Mateus Dagios
- SEM TÍTULO PDF
- Exílio, tolerância e escrita da história a partir da trajetória de Pierre Bayle (1647-1706)
- Jacson Schwengber
- Exílio e perspectivismo interamericano. Estudo e fontes para uma definição das relações literárias entre Argentina e Brasil no século XIX
- Davidson de Oliveira Diniz
- O Ensaio como vocação: intelectuais latino-americanos e experiência intelectual (semi)periférica no século XIX
- Maro Lara Martins
- Análise das narrativas de uma preceptora alemã sobre a educação brasileira
- Ana Maria Antunes de Campos
- Ideias fora do lugar: a construção do pacifismo stalinista na primeira década da Guerra Fria (1945-1956)
- Jayme Lúcio Fernandes Ribeiro
- Redes de sociabilidade, autocultuação e tradições: as práticas intelectuais do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (1964-1985)
- Fernanda Coelho Mendes
Intelectuais, revoluções e independências em um mundo em transição (séculos XIX-XX) / Intellèctus / 2020
Apesar da acepção da palavra intelectual ser relativamente recente na história mundial, ter surgido após meados do século XIX na Rússia, e cerca de cinquenta anos mais tarde aparecer na França com o termo intellectuelles, a existência de sujeitos que discutem ideias ou analisam criticamente a sociedade ultrapassa a época contemporânea e se estende por vários séculos.
Como afirmou Bobbio (1997), ainda que anteriormente tenham sido denominados sábios, filósofos, homens de letras, doutos ou literatos, os objetos por eles debatidos sempre existiram; por isso, a problemática dos intelectuais, e suas relações / atuações na sociedade, se trata de um tema antigo e perene. Utilizando-se ainda desse autor poderíamos defini-los de uma forma geral como “sujeitos a quem se atribui de fato ou de direito a tarefa específica de elaborar e transmitir conhecimentos, teorias, doutrinas, ideologias, concepções do mundo ou simples opiniões, que acabam por constituir as ideias ou os sistemas de ideias de uma determinada época e de uma determinada sociedade.” (BOBBIO, 1997: 110) Leia Mais
Los exilios y el mundo intelectual. Una introducción / Intellèctus / 2019
El dossier que aquí presentamos se ubica en el cruce de dos grandes campos de conocimiento: los estudios referidos al exilio y a los exiliados y el campo intelectual y de transformación de las ideas y lenguajes políticos en la historia del siglo XX.
Los intelectuales han sido conceptualizados de múltiples formas y sus características han sido subrayadas de distinta manera de acuerdo a los contextos históricos en los cuales se inscribieron. Enzo Traverso (2014) ha destacado el papel del intelectual como el de un outsider a la vez que como aquel pensador capaz de “tomar un fusil” y expresar un compromiso político público, saliendo del acto de la escritura para confundirse en las calles con la gente en una protesta o movilización. Pero, por otro lado, la figura del intelectual también ha convivido con las imágenes de los “expertos” o “asesores” que, de algún modo, han convocado un carácter neutral u objetivo del intelectual, refiriéndose a alguien con la facultad de elaborar una opinión crítica sobre un hecho o proceso sin atender a su inscripción personal en ese contexto. En este sentido, consideramos importante retomar los trabajos de Edward Said (2005), para quien la práctica intelectual no puede ser pensada por fuera de las condiciones subjetivas e históricas de cada persona y mucho menos en el caso de los exiliados. El exilio, que conlleva momentos de tristeza, de desdoblamiento y rabia con la patria a la que se debió abandonar, conduce también a un estado de “sospecha” sobre el orden de las cosas, a una instancia de desnaturalización de los sentidos comunes sobre el mundo, a un momento de interrogación y de propuesta para la transformación. Leia Mais
História e literatura: diálogos possíveis / Intellèctus / 2019
As aproximações e dissonâncias entre a história e a literatura tem sido objeto de intensos debates e disputas nos últimos trinta anos, especialmente no que diz respeito à definição das fronteiras entre história e ficção, ou, dito em outras palavras, à possível trajetória autônoma da literatura em relação aos seus contextos de produção. Esse número da revista Intellèctus se propõe a aprofundar tal debate a partir de estudos de autores e / ou obras ficcionais que problematizem as fronteiras entre história e ficção. Acredita-se aqui que, se de um lado cabe historicizar a obra literária, seu autor e seus personagens, também é interessante indagar ao autor e à sua narrativa sobre os conteúdos que tensionam as determinações do tempo. Leia Mais
Militantes de la izquierda latinoamericana en México, 1920-1934 | Sebastián Mir Rivera
Una multiplicidad de historias se traman de manera sugerente en el primer libro del historiador Sebastián Rivera Mir. Volumen amplio y denso, constata el trabajo minucioso de quien se apuntala como una referencia obligada en el campo de la historia social y cultural. Esta primera obra, de hecho, presenta a un autor que conjuga la obsesión por la precisión con la claridad de la exposición. Libro erudito, de exposición fluida, presenta, sin embargo, un conjunto de anudamientos que difícilmente encontraremos en otros trabajos, pues en el se condensa tanto la historia política como los vaivenes de quienes vivieron la situación del exilio, ambas dimensiones enmarcadas en el conjunto de transformaciones sociales que ocurrían en el México posrevolucionario. Estas perspectivas se encuentran cruzadas, dando como resultado un escenario donde habitan por igual el anti-imperialismo, el comunismo y variadas formas del latinoamericanismo. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.18, n.1, 2019.
Equipe Editorial
Apresentação
- Apresentação
- Ana Nemi, Mirhiane Mendes de Abreu
Dossiê
- A Odisseia de Homero e a condição humana
- Rafael Ruiz
- Virginia Woolf e o sentido do tempo
- Rossana Pinheiro-Jones
- De portugueses nos modernismos do Brasil – histórias por narrar
- Marcia Arruda Franco
- Do Ipês à Polícia – obra de Rubem Fonseca durante a redemocratização
- Ricardo Lísias
- Em busca de um padrão: moda, beleza e vida social na obra de Joaquim Manuel de Macedo
- Mariana de Paula Cintra
- Do agregado ao pobre-diabo: mudanças e permanências na literatura e na história do Brasil, 1870-1930
- Ricardo Russano dos Santos
- A história como pesadelo: a representação alegórica da Argentina peronista no romance El examen (1950) de Julio Cortázar
- Rafael Vaz de Souza
- Há verdade na ficção? – uma discussão com Coelho em crise de John Updike
- Leandro Thomaz de Almeida
- Argumentação do Diabo
- Jean Pierre Chauvin
- A ARTE DA AUTOINVENÇÃO NO ROMANCE NOVE NOITES
- Joanita Baú de Oliveira
- Um problema de taxonomia? Graphic Novels como literatura de testemunho: O caso de Art Spielgeman
- Victor Callari
Artigos Livres
- Padre José Maurício Nunes Garcia e o hábito da purificação: Sociabilidade e música no Rio de Janeiro do Oitocentos
- Artur Rômulo Batista Henrique
- Continuidade ou ruptura na História do Brasil Império?
- Beatriz Piva Momesso
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.18, n.2, 2019.
Apresentação
- Los exilios y el mundo intelectual. Una introducción
- Soledad Lastra, Jorge de Hoyos Puente
- SEM TÍTULO
Dossiê
- “A guerra ia nos seguindo como a nossa própria sombra”: Brecht no exílio dinamarquês
- Débora El Jaick Andrade
- SEM TÍTULO
- Rafael Altamira e Fidelino de Figueiredo: Intelectuais, exílio e reconhecimento no início do século XX
- Ana Paula Barcelos
- SEM TÍTULO
- El Exilio dentro del exilio. Actividad política y cultural de Ricardo Arenales en México (1908-1922)
- Paola Prieto Mejía
- SEM TÍTULO (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Imaginar España, vivir en Argentina: la inserción de los profesores exiliados republicanos en las redes intelectuales y culturales en Bahía Blanca (1956-1966)
- Federico Martín Vitelli
- SEM TÍTULO (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- El proyecto intelectual de FLACSO-México, 1976-1984
- Fernando Munguía Galeana
- SEM TÍTULO
- Resistência política, redes intelectuais e atividades editoriais no exílio durante a ditadura militar chilena
- Raphael Coelho Neto
- El exilio como fenómeno transnacional. Marcas del exilio chileno en intelectuales del Reino Unido. Latin American Bureau (1977-2019)
- Paola Adriana Bayle
- SEM TÍTULO PDF
- Las formas de la tragedia y la redención. Algunas reflexiones acerca de la idea de “derrota” de los proyectos revolucionarios en la obra de Juan Carlos Portantiero en su exilio en México (1975-1983)
- José María Casco
- SEM TÍTULO (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Intelectuales y democracia Notas a propósito de los encuentros de Maryland
- Martina Garategaray
- SEM TÍTULO
Artigos Livres
- El Positivismo como problema: autores, contenidos y difusión de una ‘corriente’ europea
- Paul Juan Montoya Vasquez
- SEM TÍTULO (ESPAÑOL (ESPAÑA))
- Pedro Herreros (1890-1937) Un poeta español atrapado por la modernidad de Buenos Aires
- Alfonso Rubio Hernández
Resenhas
Intelectuais e cristianismo / Intellèctus / 2018
Como ao Judaísmo, que lhe deu origem, e ao Islã, alguns séculos mais jovem, ao Cristianismo é associada a expressão “religião do Livro”. Religião da palavra ou, para os fiéis, da Palavra inspirada; credo no qual, desde seus tempos primitivos, crer é também interpretar. Busca de sentido que se desdobra, fazendo-se, ela própria, discurso.
Busca de sentido que extrapola o debate sobre o Cânon bíblico e suas múltiplas interpretações. Procura de significado que visa obter adesões e consensos, criando também dissensos. Ponto particularmente polêmico é aquele que diz respeito aos papéis social e político da fé e dos fiéis. E o credo, petrificado em palavras, posto em movimento por discursos e práticas, “transborda”, como rio fervente, para a praça pública. Leia Mais
A imprensa negra e sua intelectualidade / Intellèctus / 2018
Desde as últimas décadas do século XX a imprensa se transformou em importante objeto da pesquisa histórica. Mais do que um repositório de informações jornalísticas sobre o passado, camufladas sob o rótulo da “neutralidade” forjada ainda no século XIX, ela passou a ser entendida como espaço fundamental de batalhas políticas e sociais, simbólicas e discursivas. Intelectuais, jornalistas, literatos e tantos outros escritores fizeram das páginas dos jornais instrumentos de reflexão, intervenção e transformação social, nas quais se publicavam projetos de sociedade e de nação. Nesse sentido, o objetivo deste dossiê se confunde, em grande medida, com o perfil da própria revista em que ele é publicado. Leia Mais
Escritas de viagem, escritas da história: estratégias de legitimação de Rocha Pombo no campo intelectual, 2018 | Alexandra Lima da Silva
A obra Escritas de viagem, escritas da história: estratégias de legitimação de Rocha Pombo no Campo intelectual é escrita por Alexandra Lima da Silva. Nela, a autora problematiza as estratégias de legitimação a partir da viagem realizada pelo educador Rocha Pombo ao norte do Brasil, em 1917. Vislumbra, dentre as diversas facetas de Rocha Pombo – intelectual, historiador, professor de história, escritor de livros de história –, interpretar sua face de viajante. Na introdução do livro, narra seu encontro com este sujeito ainda enquanto estudante de graduação. Destaca sua busca por pistas, seguindo as pegadas desse homem, realizando uma vasta pesquisa em arquivos e instituições de guarda da cidade do Rio de Janeiro e em outras cidades.
José Francisco da Rocha Pombo nasceu em Morretes, cidade localizada no Paraná, em 4 de dezembro de 1857. Na pequena cidade onde nasceu, teve acesso apenas à educação primária, por não haver na região escolas secundárias. Em 1897, viaja para o Rio de Janeiro onde se estabelece como um prestigiado professor de história. Na cidade, tece suas redes de sociabilidades junto a Silvio Romero, Manoel Bomfim e José Veríssimo. Mesmo com o tempo ocupado nas tarefas do ensino, o intelectual dedica-se à escrita de poesias, à política e à produção de compêndios de história. Sua obra mais conhecida, alvo de críticas pelos literatos da época é o livro de história, de título: História do Brasil. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.17, n.1, 2018.
Equipe Editorial
Apresentação
- “A imprensa negra e sua intelectualidade”
- Ana Flávia Magalhães Pinto, Ana Flávia Cernic Ramos
Dossiê
- Autodesignaciones de las y los afrouruguayos en su prensa (1872-1952)
- Mónica García
- O Exemplo, a imprensa e os homens “de cor” em Porto Alegre no pós-abolição
- Melina Kleinert Perussatto
- Os homens de cor invisíveis da imprensa negra paulistana: como a biografia de um intelectual negro nascido no século dezenove auxilia a repensar a historiografia do pós-abolição paulistano
- Lívia Maria Tiede
- Transgredindo as margens e forjando histórias: a imprensa negra na fronteira Brasil-Uruguai no Pós-Abolição
- Fernanda Oliveira da Silva
- O Jornal Quilombo, Abdias Nascimento, e o Ativismo dos Direitos Humanos no Brasil
- Niyi Afolabi
- Histórias em negrito: uma entrevista com a Dra. Martha Rosa Figueira Queiroz
- Ana Flávia Magalhães Pinto, Ana Flávia Cernic Ramos
Artigos Livres
- Modinha: Um estudo etimológico sobre o termo
- José Fernando Saroba Monteiro
- A República Lusitana das Letras: um retrato das redes de comunicação dos jornais emigrados no início do século XIX
- Luis Francisco Munaro
- Apontamentos sobre Bernardo Élis biógrafo (1973-1980)
- Albertina Vicentini Assumpção, Gabriel de Paula
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.17, n.2, 2018.
Apresentação
- Apresentação
- Marcelo Timotheo da Costa, Marcos José de Araújo Caldas
Dossiê
- Lutero, Müntzer e a Revolução do Homem Comum (1524-1525)
- Marcos José de Araújo Caldas
- La cristiandad cuestionada: intelectuales católicos en Argentina (1950-1965)
- José A. Zanca
- Um crsitão em tempos de coléra: a crônica política de Alceu Amoroso Lima
- Marcelo Timotheo da Costa
- Engajamento e ação Política: Leonardo Boff na blogosfera
- Christiane Jalles de Paula
- Mística e antimística, simbolismo e crítica literária
- Eduardo Guerreiro Brito Losso
Artigos Livres
- O noticiário criminal e os repórteres policiais dos jornais da cidade do Rio de Janeiro no início do século XX
- Thiago Torres Medeiros da Silva
- Americanismo e ação intelectual na Bahia: O “Projeto Colúmbia University” (1950)
- Larissa Penelu Bitencourt Pacheco
- Efemérides e discursos políticos nos Boletins da Polícia Militar do Rio de Janeiro (1964-1969)
- Vivian Zampa
- História pública: o desafio da profissão de historiador
- Edson Silva de Lima
Resenhas
- SILVA, Alexandra Lima da. Escritas de viagem, escritas da história: estratégias de legitimação de Rocha Pombo no campo intelectual, 2018.
- Jacqueline de Albuquerque Varella
Intelectuais e a relação entre a Ibero-América e a Europa / Intellèctus / 2017
Neste número da revista apresentamos o dossiê Intelectuais e a relação entre a Ibero-América e a Europa. Uma vez mais objetiva-se publicar estudos sobre as reflexões produzidas pelos intelectuais ibero-americanos e em especial as que traduzem temas pertinentes aos laços culturais, à cooperação intelectual e o próprio significado bem como o impasse no tocante à História Intelectual. Afinal, a conformação de um campo de estudo e pesquisa sobre a história intelectual é recente. Muito possivelmente o desenho deste novo terreno esteja relacionado a uma renovação no campo da História das Ideias, ao qual a História dos Intelectuais está associada, bem como à História Política.
A história intelectual, bem como a história dos intelectuais, tem sido um campo de estudo que desde os finais do século XX e tem agregado um maior número de pesquisadores e se tornado objeto constante de pesquisas, estudos e teses. No Brasil, ao longo do decênio de 1990, tomou forma estudos no tocante à história dos conceitos bem como história intelectual na perspectiva dos autores franceses. Entre os principais expoentes desta nova historiografia francesa destacam-se Jean-François Sirinelli, Michel Winock y Roger Chartier. Em Portugal assiste-se desde então à configuração do campo de estudo mais específico dedicado à história intelectual, que em conjunto com a história cultural foi-se impondo ante à predominância da história social. Leia Mais
As alternativas políticas à Democracia no século XX / Intellèctus / 2017
Apresentamos neste número o dossiê As alternativas políticas à Democracia no século XX, de produção historiográfica de autores de diferentes universidades.
O objetivo deste dossiê se confunde com o objetivo da revista: ele “destina-se a publicar estudos em História Intelectual e dos Intelectuais bem como sobre a produção cultural dos países que compõem o universo cultural da Latinidade“, abordando questões pertinentes à: Política, Economia, Sociedade, Filosofia e Artes.
Além disso, a temática do dossiê é dedicada ao pensamento, às organizações e aos indivíduos que durante a época contemporânea se opuseram à Democracia no Ocidente. Este desafio nasceu a partir da leitura do livro de Jan-Werner Müller “Contesting Democracy. Political Ideas in Tewntieth-Century Europe”, editado pela Universidade de Yale em 2011. Esta obra se tornou uma referência para todos os que se dedicam ao estudo das ideias políticas e ao processo de (des)construção da Democracia no século XX, especialmente no entre guerras. Segundo este autor, a esfera política e os indivíduos nunca terão sido tão influenciados por escritores como neste período. Talvez por isso, o século XX é para muitos historiadores “a era das ideologias”, e, que pelas suas características violentas, fanáticas e irracionais, levaram Eric Hobsbawn a batizar os anos de novecentos como a “Era do Extremos”. Leia Mais
Males do Sertão: Alimentação, saúde e doenças em Goiás no século XIX | Sônia Maria Magalhães
A relevância do papel da alimentação no surgimento de doenças na província de Goiás no século XIX é o principal objetivo de Sônia Maria de Magalhães [1] em Males do Sertão: Alimentação, saúde e doenças em Goiás no século XIX, cujo livro é resultado de sua tese de doutorado defendida na Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, campus de Franca, em 2004.
A autora busca evidenciar que o cotidiano da população goiana não passou por mudanças significativas na passagem do século XVIII para o XIX. Em uma narrativa convidativa à leitura, surge um panorama social, econômico e epidemiológico de Goiás durante o século XIX. O livro se compõe em três partes: “O problema alimentar e as doenças reinantes no Brasil”, “Alimentação e enfermidades em Goiás” e “Assistentes, saúde e agentes a serviço da cura”. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.16, n.1, 2017.
Apresentação
- Apresentação
- Eliana Brites Rosa, Fabiana Saboia
Dossiê
- Minando o sistema republicano-liberal desde dentro. Os partidos políticos portugueses no contexto Europeu e Ibérico (1919-1926)
- Manuel Baiôa
- A construção de uma historiografia autoritária pelo Estado Novo de Getúlio Vargas: o caso da revista Cultura Política (1941-1945)
- Rafael Nascimento Gomes
- Miguel Reale: do Fascimo ao Autocratismo
- Rodrigo Jurucê Mattos Gonçalves
- El nuevo golpismo,El Estado de Excepción y los modelos de modernización en América Latina
- István Szilágyi
- A LUTA ARMADA CONTRA A DITADURA MILITAR: REVISITANDO OS DEBATES SOBRE ESSE MOVIMENTO NO BRASIL E NA ARGENTINA
- Luiz Fernando Mangea da Silva
Artigos Livres
- Hipólito José da Costa e as ideias econômicas d’O Correio Braziliense
- Milena Fernandes Oliveira
- A espada pela pena: o discurso anticlerical de Dario Vellozo (1890-1905)
- Ernando Brito Gonçalves Junior
- Gustavo Barroso: Eugenia e Nacionalismo Autoritário
- Gilson Leandro Queluz, Karla Souza Babinski
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.16, n.2, 2017.
Apresentação
Intelectuais e a relação entre a Ibero-América e a Europa
- Maria Emilia Prado, Maria Manuela Tavares Ribeiro
Dossiê
- Sobre a moléstia de Nabuco, ainda
- André Jobim Martins
- Do iberismo ao ibero-americanismo, da federação latina à confederação luso-brasileira – percursos e reflexões de alguns intelectuais portugueses entre os séculos XIX e XX
- Maria Conceição Meireles
- Um intelectual orgânico no Estado Novo de Salazar: as ideias e os projetos de luso-brasilidade de António Ferro
- Carla Patrícia Silva Ribeiro
- Um Atlântico Luso-Afro-Brasileiro. Ecos de Gilberto Freyre em Augusto de Castro e Norton de Matos
- Clara Isabel Serrano, Sérgio Neto
- Desafios metodológicos para a (auto)biografia de família
- Flavia de Oliveira Barreto
- Portugal Livre: um jornal de oposição ao Estado Novo português no Exílio brasileiro 1958-1961
- Franco Santos Alves da Silva
- A história das Ideias como vocação transdisciplinar em José Sebastião da Silva Dias e José Esteves Pereira
- Nuno Bessa Moreira
- Regiões Ultraperiféricas da União Europeia e os desafios do século XXI
- Isabel Maria Freitas Valente
Artigos Livres
- Afonso Celso Junior: um jovem republicano conservador
- Alexandra do Nascimento Aguiar
- Literatos, política e atuação profissional em Teresina no início do século XX
- Teresinha Queiroz, Ronyere Ferreira
- O pensamento higienista do intelectual Arthur Ramos na obra Saúde do Espírito (1958)
- Roseane Maria de Amorim, Lílian Bárbara Cavalcanti Cardoso, Fernanda Lays da Silva Santos
Resenhas
- Desvendando os Males do Sertão Goiano por Meio da História da Saúde e das Doenças
- Fernanda Soares Rezende, Henrique Martins da Silva
Intelectuais e questão nacional no mundo ibero-americano / Intellèctus / 2016
A participação de letrados e intelectuais na vida política da Ibero-América tem se intensificado desde o início da denominada “era moderna”. Na península ibérica os intelectuais precisaram se deparar com os contrastes provenientes de uma nova ordenação do mundo que a pouco e pouco substituía a ordem vigente por uma outra caracterizada pelo advento e fixação de valores como: individualismo, laicismo, mercado, parlamentarismo e economia industrial. A pouco e pouco o mundo existente foi sendo reordenado em direção ao que Weber denominou o progressivo desencanto do mundo. Na Ibero-América o processo de ruptura do estatuto colonial levou os letrados a se debruçarem sobre os formatos políticos e culturais dos novos países que se formavam, herdeiros da cultura barroca característica da Península Ibérica. Engenharia política, economia, atraso, decadência, progresso, identidade foram temas que se tornaram constante na reflexão dos intelectuais ibero-americanos ao longo dos séculos XIX e XX. Já na Península Ibérica temas como atraso, progresso, decadência, aliados a questões de natureza política, como forma de governo, fizeram com que intelectuais portugueses e espanhóis produzissem análises indicando caminhos para mudanças mais ou menos radicais. Leia Mais
História e medicina: os médicos, seus projetos, suas práticas e suas instituições / Intellèctus / 2016
As aproximações entre História e Medicina, que se expandiram fortemente como profícuo veio da historiografia a partir das últimas décadas do século XX, permitiram a exploração de dimensões as mais variadas e a construção de narrativas as mais distintas acerca do atendimento à saúde e da definição das práticas médicas e de suas instituições. O volume que ora apresento aos leitores é boa mostra da pluralidade decorrente das aproximações sugeridas e encetadas aqui em artigos distintos, mas, também, conectados em seus recortes e possibilidades.
Os artigos presentes neste dossiê movimentam-se no tempo longo entre o século XVII e o século XXI, evidenciando não apenas a multiplicidade de perscrutações decorrentes da própria natureza do objeto proposto, as aproximações entre História e Medicina, como, ainda, a construção de narrativas históricas referidas a temporalidades mais afastadas e a temporalidades nomeadas como da História do Tempo Presente. Leia Mais
Festas Chilenas. Sociabilidade e política no Rio de Janeiro no Ocaso do Império | Jurandir Malerba, Cláudia B. Heyneman e Maria do Carmo T. Rainho
Entre 09 de outubro e 19 de dezembro de 1889, o Brasil recebeu a visita diplomática chilena a bordo do encouraçado Almirante Cochrane. Este fato, além de ter causado um grande alvoroço político, econômico, social e cultural no país, e em especial na cidade do Rio de Janeiro, coincidiu com a transição do regime político imperial para república.
Atentos aos espaços visitados pelos chilenos, às comidas e bebidas servidas/degustadas, à programação destinada aos ilustres hóspedes, às práticas desportivas praticadas em sua homenagem, aos sons, bailes, músicas que deram o tom cordial entre os dois países, e toda a indumentária que acolheu os convidados, os organizadores de “Festas Chilenas. Sociabilidade e política no Rio de Janeiro no Ocaso do Império” – Jurandir Malerba, Cláudia B. Heyneman e Maria C. T. Rainho – tiveram a felicidade de reunir em oito capítulos, os diversos modos de sociabilidade existentes na cidade do Rio de Janeiro durante estes dois meses. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.15, n.2, 2016.
Apresentação
Intelectuais e questão nacional no mundo ibero-americano
- Maria Emilia Prado, Jorge Pais de Sousa
Dossiê
- Cidades como pessoas: uma genealogia das formulações de Richard Morse sobre as cidades na América Latina
- Beatriz Helena Domingues
- Reformas de laicização do Estado e da Sociedade na ação governativa de Afonso Costa no início da 1ª República portuguesa (1911 e 1913)
- Jorge Pais de Sousa
- Os escritos de João Rodrigues de Brito (1807): um retrato das novas ideias no mundo ibero-americano
- Karla Maria Silva
- Mário de Andrade en Klaxon De joven estudioso a crítico erudito: la construcción de un proyecto intelectual
- Karina Vasquez
- Desrazão & ludicidade em Nelson Rodrigues, Campos de Carvalho e Guimarães Rosa
- Norma Côrtes
- Nacionalismo e Literatura em Portugal: Dois dos equívocos da caligrafia única (1932-1945)
- Paulo Archer de Carvalho
- O projeto educativo de José Vasconcelos no México pós-revolucionário: nacionalismo e modernidade
- Regina Crespo
- A integração nacional pelo saneamento do sertão: Goiás no relatório de Arthur Neiva e Belizário pena (1912)
- Vera Lúcia Caixeta
Artigos Livres
- Socialismo e História no Pensamento Político de Antero de Quental
- Flávia Rodrigues Bittencourt
- Raça e mestiçagem nas revistas do IHGB: os temores e as esperanças
- Luis Fernando Tosta Barbato
- Um intelectual “orgânico”: Octavio Pires e a elaboração da Revista Educação e Ensino, editada no Pará no final do século XIX
- Kelly Katia Damasceno, Sônia Maria da Silva Araújo
- Um projeto de combate à sífilis nos sertões da Bahia
- Ricardo dos Santos Batista
Intelectuais e cidade / Intellèctus / 2015
A Revista Intellectus vem sendo publicada ininterruptamente há quatorze anos, desde o seu primeiro número, em maio de 2002, fruto de um denodado trabalho realizado pela Professora Maria Emilia Prado, Titular de História do Brasil da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Contando com a colaboração de historiadores e pesquisadores das mais diversas áreas de Ciências Humanas da América Latina, Portugal e Espanha, a Intellectus vem, desde então, apresentando uma clara vocação para a discussão acerca dos intelectuais, sobretudo no que tange a sua atuação política, projetos e ideias. Poderíamos dizer que essa proposta está no DNA da revista e, como tal, vem se afigurando como a sua característica mais marcante nesses 14 anos de presença na vida acadêmica brasileira.
Em acréscimo a essa vocação, o dossiê temático que ora apresentamos vem adicionar o tema das cidades àquele dos intelectuais e, assim, enriquecê-lo, posto que insere um agente que atua de maneira pró-ativa na composição dos formuladores de ideias, objeto maior de análise da revista. Assim, temos aqui a cidade não somente como cenário, como palco de atuações sociais e construção de ideias e conceitos por um grupo de indivíduos ilustrados, mas antes como sujeito que porta uma historicidade toda idiossincrática, e que atua na própria composição de uma coletividade e de suas ideias. Leia Mais
Intelectuais e educação na América Latina / Intellèctus / 2015
A melhor astúcia do demônio é nos persuadir que ele não existe.
Charles Baudelaire
Por vezes, recebemos em nossa trajetória de vida presentes. Presentes que na vida acadêmica estão cada vez mais raros. Alguns deles alegram nossas almas, revigoram nossas esperanças, potencializam o nosso caminhar pessoal e profissional e, porque não, sensível. Este presente, o qual muito nos alegrou, nos foi ofertado pela professora Maria Emilia Prado, líder do Grpesq / CNPq Intelectuais e Poder no Mundo Ibero-Americano: coordenar o dossiê “ Intelectuais e Educação na América Latina”.
Chartier nos alertará que a escrita de um livro possui a intencionalidade de quem o escreve, produz efeitos para quem o livro é escrito – seus possíveis leitores -, sua circulação, e as diversas maneiras como é apropriado, muitas vezes, produzem outras intencionalidades dentre as quais a do autor é mais uma. “Cada leitor, a partir de suas próprias referências, individuais ou sociais, históricas ou existenciais, dá um sentido mais ou menos singular, mais ou menos partilhado, aos textos de que se apropriar” (2002: 20). Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.14, n.2, 2015.
Apresentação
Intelectuais e cidade
- André Nunes Azevedo, Marieta Pinheiro Carvalho
Dossiê
- A cidade, a universidade e o Império: Coimbra e a formação das elites dirigentes (séculos XVII-XVIII)
- Nívia Pombo
- A floresta e as águas do Rio: a Inspeção Geral de Obras Públicas e as intervenções urbanas para abastecimento e reflorestamento na primeira metade do século XIX
- Maria Fernanda Vieira Martins
- Um natal profano, um natal político: a cidade em festa de fim de ano pelo traço erotizado dos jornalistas do Rio Nu
- Marina Vieira de Carvalho
- A Reforma Urbana do prefeito Pereira Passos e o ideal de uma civilização nos trópicos
- André Nunes de Azevedo
- Narrativas do espetáculo
- Carmem Lúcia Negreiros de Figueiredo
- Vida e morte do bandeirante: história e afeto do passado de São Paulo
- Franco Della Valle
- Os intendentes “doutores” e a formação urbana de Campo Grande MT/MS (1905 – 1940)
- Carlos Alexandre Barros Trubiliano
- José Octacílio Saboya Ribeiro: o saber urbanístico e as propostas de reestruturação de São Luís do Maranhão durante a Era Vargas
- Marcelo Lima Costa
- Cidadão carioca: a naturalização de Otto Maria Carpeaux
- Fábio Koifman
- As representações do intelectual no manifesto Mais uma vez convocados (1959)
- Sérgio de Sousa Montalvão
- Diálogos visuais com o “invisível” na Cidade de Goiás: releituras da paisagem colonial e das tradições vilaboenses pela obra pictórica de Goiandira do Couto
- Raquel Miranda Barbosa
- Ai de ti, Manaus: a “literatura menor” de Aldísio Filgueiras
- Vinicius Alves do Amaral
Artigos Livres
- As bases precárias: economia e política no ensaio À margem do Segundo Reinado, de Vicente Licínio Cardoso
- Lucas Santiago Rodrigues de Nicola
- João de Barros: A energia brasileira e as imagens de Portugal-Brasil na Primeira República
- Luciana Lilian de Miranda
- O discurso médico-higienista no contexto educacional brasileiro do século XX: Arthur Ramos, Escola Nova e higiene mental
- Jefferson Mercadante
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.14, n.1, 2015.
Apresentação
- Apresentação: Intelectuais e educação na América Latina
- Adir da Luz Almeida, Washington Dener dos Santos Cunha
Dossiê
- Intelectuais viajantes: caminhos para uma história da educação na América Latina
- Alexandra Lima da Silva
- A concepção educacional de José Pedro Varela (1835-1879)
- Andreson Carlos Elias Barbosa, Raimundo Nonato de Pádua Câncio, Sônia Maria da Silva Araújo
- Padre Raphael Maria Galanti: intelectual e historiador jesuíta
- Ligia Bahia de Mendonça
- Olavo Bilac e a questão da instrução no Brasil (1897-1908)
- Thiago Roza Ialdo Montilha
- Joaquim Manoel de Macedo e educação: um projeto de civilização nos trópicos
- Adjovanes Thadeu Silva de Almeida
- Francisco Pompêo do Amaral: médico, jornalista, professor e escritor científico no campo da alimentação e da nutrição no Brasil
- Maria Lucia Mendes de Carvalho
- O papel pedagógico dos jornalistas no Rio de Janeiro oitocentista
- Vinicius Cranek Gagliardo
Artigos Livres
- A modernidade chega de trem: a inauguração da ferrovia em Campinas, São Paulo, em 1872
- Guilherme Pozzer
- O ceticismo em Edmund Burke e os pilares do conservadorismo moderno
- Marcos Paulo Quadros
Resenhas
- MOORE, Carlos. A África que incomoda: sobre a problematização do legado africano no quotidiano brasileiro. Belo Horizonte: Nandyala, 2010.
- Márcio Paim
Intelectuais, ciência e modernidade / Intellèctus / 2014
A revista Intellèctus (Uerj), em seu segundo número do volume XIII, dá início a uma nova fase de seu projeto editorial, passando a incluir dossiês temáticos organizados por especialistas convidados, como este que temos o prazer de apresentar sobre o tema “Intelectuais, ciência e modernidade”.
Os artigos que reunimos trazem resultados de pesquisas originais, vinculadas às distintas matrizes no campo da história intelectual, na sua especial interface com a história da ciência. Voltam-se a temáticas como a circulação de ideias e saberes – por meio da formação de redes de interlocução, leituras e correspondência entre intelectuais –, e o surgimento dos espaços formais e informais a partir dos quais, no Brasil e no espaço ibero-americano, de modo mais amplo, se constituíram os campos científicos na modernidade. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.13, n.2, 2014.
Apresentação
- Intelectuais, ciência e modernindade
- Karoline Carula, Maria Letícia Corrêa
Dossiê
- Descrições da América: Historia Natural, circulação de ideias e a formação territorial do Brasil (séculos XVI ao XVIII)
- Heloisa Meireles Gesteira
- A vocação agrícola em construção: o olhar de José Joaquim da Cunha de Azeredo Coutinho para o açúcar
- Roberta Barros Meira
- Apontamentos acerca da recepção do darwinismo no Brasil e no México
- Karoline Carula
- Fernandes Figueira: ciência e infância – Rio de Janeiro, 1900-1928
- Gisele Sanglard
- Tradição e modernidade: reflexões sobre intelectuais e circulação de ideias no período da neocristandade no Brasil
- Ana Paula Barcelos Ribeiro da Silva, Jefferson de Almeida Pinto
- A Missão Italiana da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da USP e o imaginário da imprensa e do paulistano sobre o fascismo antes da Segunda Guerra
- Luciana Vieira Souza da Silva, Rogério Monteiro de Siqueira
Artigos Livres
- A filosofia da história de José Enrique Rodó e os modelos de civilização do mundo ocidental
- Carlos Henrique Armani, Renata Baldin Maciel
- Moderado e legal: o movimento emancipacionista sob a ótica das elites na província do Espírito Santo (1869-1888)
- Mellina de Fátima Neres de Sousa Curty
- As batalhas de memória no centenário de Jorge Amado
- Carolina Fernandes Calixto
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.13, n.1, 2014.
Apresentação
- Apresentação
- Fabiana Manes Viana Saboia Santos Navarro
- Artigos Livres
- Sob o lume da civilização: um estudo da ideia de progresso no Brasil das últimas décadas do período monárquico
- André Nunes de Azevedo
- Historiadores e intelectuais do Oeste Paulista nas décadas de 1940 e 1950
- Gabriel Vinicius Baroni
- “Fürstenprediger” (O Pregador dos Príncipes): Lutero, intelectual político
- João Henrique dos Santos
- A serpente de Ouroborus enquanto memória na arquitetura: Oscar Niemeyer e o baú dos guardados
- José Carlos Rodrigues Avelãs Nunes
- Xul Solar e sua utopia na América Latina
- Maria Bernardete Ramos Flores
- Arcadianos e os usos do passado: uma análise do projeto histórico-cultural da Arcádia Iguaçuana de Letras (AIL) (Nova Iguaçu, 1955-1970)
- Maria Lúcia Bezerra da Silva Alexandre
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.12, n.1, 2013.
Apresentação
- Apresentação
- Maria Emilia da Costa Prado
- Artigos Livres
- Nelson Werneck Sodré e a História Militar Do Brasil
- Alexandre Manuel Esteves Rodrigues
- A insubmissão e a responsabilidade intelectual de Florestan Fernandes nos novos tempos
- Arlene Laurenti Monterrosa Ayala
- Os 40 anos da Documenta 5 (1972): reflexo e reflexões sobre a arte portuguesa dos anos 70
- Isabel Nogueira
- Afonso Costa: Republicanismo Socialista e Ação Política (1887-1911)
- Jorge Pais de Sousa
- Eugênio Gudin, um liberal entre os liberais
- José Renato Lattanzi
- Alberto Pasqualini: Referência Intelectual Trabalhista e Ideias Reformistas
- Roberto Bitencourt da Silva
- Dilemas e impasses históricos ao desenvolvimento brasileiro
- Rodrigo Loureiro Medeiros, Gustavo dos Santos
- José Olympio, José Lins do Rego e Gilberto Freyre desde os anos 1930: uma leitura da cordialidade no modernismo brasileiro
- Silvana Moreli Vicente Dias
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.12, n.2, 2013.
Artigos Livres
- Golbery e a modernidade brasileira
- Alex Conceição Vasconcelos da Silva
- Percepciones catastrofistas y redenciones nacionales en el nuevo humanismo argentino de 1910. Notas para un diálogo entre el primer nacionalismo argentino, el modernismo americano y el noventayochismo español
- Andrea F. Pasquaré
- Revista Veja: o indispensável militante tucano
- Cássio Augusto S. A. Guilherme
- O Estado Novo de Salazar como um fascismo catedrático. Fundamentação histórica de uma categoria política
- Jorge Pais de Sousa
- Elegendo e venerando os mestres – José Honório Rodrigues e os processos de canonização nos anos 1950-60
- Mariana Rodrigues Tavares
- Manuscritos, tradução e gênese: um resgate histórico do homem de letras Pedro de Alcântara
- Noêmia G. Soares, Sergio Romanelli
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.11, n.1, 2012.
Artigos Livres
- MORAR, COMER, VESTIR E OUTROS VERBOS: um inventário de objetos e práticas no Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX, nas reminiscências de Coelho Netto
- Alexandre Guida Navarro, Clausínio Amorim Carvalho
- A modernidade e o protestantismo: ensaio sobre o projeto de construção nacional de Rui Barbosa
- Guilherme Ferreira Oliveira
- Natureza humana, livre-arbítrio e o mundo contemporâneo
- Gisele Leite
- VIRULÊNCIA E DESILUSÃO: A ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA DA REPÚBLICA E O OLHAR CONTEMPORÂNEO DE AMARO CAVALCANTI E CÂNDIDO DE OLIVEIRA
- Jorge Batista Fernandes
- Os intelectuais e a liga de defesa nacional: entre a eugenia e o sanitarismo? (RJ, 1916-1933)
- Magali Gouveia Engel
- A defesa de um rei constitucional: os escritos de Heliodoro Jacinto de Araújo Carneiro (1817-1822)
- Marieta Pinheiro de Carvalho
- Catequizar e civilizar: o debate sobre a educação religiosa como instrumento das políticas públicas do estado imperial brasileiro
- Rodrigo da Nóbrega Moura Pereira
- Rubem Braga e as questões nacionais no recém-inaugurado Estado Novo (1938-1939)
- Anelize Vergara
A história ou a leitura do tempo | Roger Chartier
Fruto das pesquisas de Roger Chartier sobre as mutações da disciplina da história, realizadas desde o final dos anos de 1980, A história ou a leitura do tempo apresenta um panorama da historiografia nas três últimas décadas. O ensaio aborda os principais debates recentes da disciplina da história, desde seu estatuto de verdade, passando por sua aceitação social, a difícil relação entre história, memória e ficção, até o surgimento do livro digital e as novas formas de apresentação do texto historiográfico. Desde seu primeiro livro publicado no Brasil, A história cultural entre práticas e representações (1990) e seu célebre artigo “O mundo como representação”, publicado na revista dos Annales em 1989, o historiador vem se mostrando atento às reflexões teórico-metodológicas da disciplina. Em estudos posteriores, o autor buscou aliar a crítica textual à história do livro e da cultura, além estudar o recente impacto da cultura digital sobre a tradição escrita. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.10, n.1, 2011.
Apresentação
- Apresentação
- Maria Emilia da Costa Prado
- Artigos Livres
- Portugal, Europa e o mundo – Condição humana e geopolítica na filmografia de Manoel de Oliveira
- Carolin Overhoff Ferreira
- Exterioridade: exílio e nação na Argentina do século XIX
- Fábio Francisco Feltrin de Souza
- Outros diálogos com Varnhagen: Histórias Gerais do Brasil e a estrutura narrativa oitocentista
- Genaro Vilanova Miranda de Oliveira
- Outros diálogos com Varnhagen: Histórias Gerais do Brasil e a estrutura narrativa oitocentista
- Jorge Pais de Sousa
- Ricardo Severo e o Neocolonial: Tradição e Modernidade no debate cultural dos anos 1920 no Brasil
- Maria Lúcia Bressan Pinheiro
- João Chagas e a ideia de República em Portugal
- Noémia Malva Novais
Resenhas
- A história ou a leitura do tempo de Roger Chartier
- Rodrigo Gomes de Araújo
Exercícios de micro-história | Carla M. C. Almeida e Mônica R. Oliveira
Não há dúvidas de que atualmente a micro-história desfruta de grande ressonância no âmbito historiográfico brasileiro. Contudo, o sucesso desta perspectiva metodológica carrega consigo uma considerável dose de incompreensão. Para grande parte dos acadêmicos brasileiros o termo “micro-história” esteve (ou ainda está) se tornando sinônimo da figura de Carlo Ginzburg, ou da figura de Menocchio, moleiro do século XVI estudado pelo proeminente historiador italiano em seu livro O queijo e os vermes. No Brasil, muitas vezes tomada como teoria, a micro-história também é freqüentemente confundida com a história das mentalidades praticada, sobretudo, pelos franceses dos Annales.
Todas estas confusões são, em grande medida, frutos do percurso trilhado pela historiografia brasileira nos últimos trinta anos. Com a crescente ampliação do público acadêmico consumidor, durante a década de 1980 um amplo conjunto de leituras historiográficas estrangeiras foram traduzidas quase que simultaneamente para o português. Entre as principais traduções podemos citar: a historiografia produzida pelo grupo dos Annales, especialmente autores como Jacques Le Goff, Georges Duby e Michel Vovelle; os historiadores ingleses e anglo-americanos, como Edward P. Thompson, Natalie Zemon Davis e Eugene Genovese; discussões que surgiam do âmbito filosófico e sociológico francês, como Michel Foucault e Pierre Bourdieu; além dos frutos da micro-história italiana, quase que exclusivamente com Carlo Ginzburg. Portanto, a recepção desta massa de textos, idéias e sugestões de pesquisa (que não raramente caminham em direções divergentes, claro sintoma do desmoronamento dos paradigmas estruturalista e marxista) foi mediada – como talvez não pudesse deixar de ser – por leituras parciais e apressadas. Leia Mais
Concepção da coisa julgada contemporânea | Carlos Henrique Soares
Trata-se de um trabalho de significativo valor para o direito processual, pois já faz algum tempo que juristas portugueses e brasileiros discutem a coisa julgada inconstitucional. A proposta do doutor Carlos Henrique Soares, é justamente contrária ao entendimento dos juristas Paulo Otero, de Portugal, e Humberto Theodoro Júnior, do Brasil. A tese de doutorado desenvolvida pelo Professor, na Faculdade de Direito da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, portanto, é no sentido de que a coisa julgada só alcança sua imutabilidade e atinge a segurança jurídica à medida que se busca a garantia processual do contraditório.
Mas ainda restam dúvidas sob a revisão ou modificação do trânsito em julgado da decisão jurisdicional e, por conseguinte, a respeito da dependência ou não do processo democrático na coisa julgada. É possível encontrar explicação para esses temas neste livro. Ensina o Professor Carlos Henrique que se houver dependência, só haverá segurança jurídica à medida que se garante o contraditório e a ampla defesa no processo. Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.9, n.1, 2010.
Artigos Livres
- A natureza e o brasileiro: reflexões sobre Vilém Flusser e Sérgio Buarque de Holanda
- Alexandre Pinheiro Ramos, Helena Vieira Leitão de Souza
- José Luis Romero y la historia del siglo XX
- Carlos Barros
- O Colapso Teórico do Populismo
- Denaldo Alchorne de Souza
- Cidade e Exclusão da Alternidade em Dois Contos de Carlos Gardini e Julio Ramón Ribeyro
- Sylvia Helena de Carvalho Arcuri
- O Debate entre Ruy Mauro Marini e Fernando Henrique Cardoso: Caminhos para Investigação Acadêmica
- Tahirá Endo Gonzaga
- Graciliano Ramos e o reverso da Nação
- Victor de Oliveira Pinto
- Resenhas
- Concepção da Coisa Julgada Contemporânea de Carlos Henrique Soares. Coimbra: Almedina, 2009
- Adriano da Silva Ribeiro
- Exercícios de Micro-História de Carla Almeida e Mônica Oliveira (orgs) . Rio de Janeiro : FGV, 2009
- Jose Adil Blanco de Lima
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.9, n.2, 2010.
Apresentação
- Apresentação
- Maria Emilia da Costa Prado
- Artigos Livres
- História e literatura em Nelson Werneck Sodré
- Alexandre Manuel Esteves Rodrigues
- O Rio de Janeiro do século IX e a formação da cultura carioca
- André Nunes de Azevedo
- A cultura popular no âmbito das lutas sociais no Chile: As contradições da Unidade Popular
- Cláudia Regina dos Santos
- A Crítica De Machado de Assis ao bacharelismo do século XIX
- Laíse Helena Barbosa Araújo
- O Conceito de Soberania: dilemas e conflitos na construção e crise do Estado Imperial Brasileiro (1750-1870)
- Lauisa Rauter Pereira
- Cartas de Itália, por José Carlos Mariátegui
- Maria Helena Domingos
- João Chagas: Itinerários de um intelectual republicano
- Noêmia Novais
- França Junior (1838-1890): um homem de letras do Segundo Império
- Raquel Barroso Silva
- O escritor como crítico social: Gilberto Freyre e José Lins do Rego nos anos 1920 e 1930
- Silvana Moreli Vicente Dias
- Manuel Pinheiro Chagas leitor crítico de José de Alencar: a censura e a resposta
- Valdeci Rezende Borges
Movimientos y poder indígena em Bolivia, Ecuador y Peru | Xavier Albó
Lingüista e antropólogo espanhol, Xavier Albó é radicado na Bolívia desde os anos ’70, quando co-fundou o Centro de Investigación y promoción del Campesinado (CIPCA), uma instituição que se tornou bastante influente no país e em toda a região andina no tratamento sofisticado a questão indígeno-camponesa, tanto na sua essência teórico-analítica quanto no próprio acompanhamento do desenvolvimento histórico do conceito.
Mas qual é o ponto central do trabalho de Albó? Ao historicizar os movimentos sociais (sejam autônomos ou ligados aos partidos políticos) relacionando-os com a questão indígena no Peru, Bolívia e Equador, Albó age como um topógrafo e faz um mapeamento detalhado destes movimentos, captando as suas semelhanças, regularidades e dessemelhanças. A sua chave de compreensão enfatiza as transições históricas das bases – outrora esquecidas, sendo hoje o motor das transformações no chamado “arco andino” – através de uma avançada e sofisticada análise política, cultural e sociológica, sem esquecer as relações com as diversas turbulências econômicas dos três países. Leia Mais
Desafios Brasileiros na Era dos Gigantes | Samuel Pinheiro Guimarães
O atual secretário-geral de relações exteriores do Brasil, embaixador Samuel Pinheiro Guimarães escreve uma obra fundamental para compreendermos os principais dilemas do desenvolvimento nacional frente ao cenário já consolidado da Globalização enquanto processo no qual o Brasil está irremediavelmente inserido. É interessante localizar este trabalho, para entendermos melhor as suas motivações e apurarmos a nossa leitura.
Nos seus mais de 30 anos de carreira, Guimarães assistiu às diversas transformações na política externa brasileira, incluindo-se atuação na SUDENE e na Embrafilme durante o regime civil-militar. Foi um dos principais advogados da não-entrada do Brasil na Área de Livre Comércio das Américas ao longo dos últimos 10 anos. Contudo, a notoriedade do trabalho do autor só ganhou espaço devido com a guinada nas relações exteriores do Brasil que ocorre inicialmente em 2003 e, mais notadamente, no segundo mandato do governo Lula. Leia Mais
Pequena história dos historiadores | Philippe Tétart
Toda sociedade tem História, mas nem toda sociedade deixa testemunhos e/ou escreve sua história. Na verdade, embora a expressão ‘história vivida’, a existência das sociedades e dos homens no tempo, seja comum a todas as civilizações conhecidas (ou não), a ‘história conhecimento’, ou mais precisamente, a interpretação daquele agir humano, refere-se apenas àquelas que tiveram a preocupação (política ou cultural) de deixar a posteridade o registro escrito de suas ações, sob a forma fragmentária de documentos (oficiais ou não), ou ainda de interpretações. Evidentemente, desde “tempos imemoriais, a questão da história dos homens e de sua sociedade se coloca” (TÉTART, 2000, p. 7). Mais ainda, para aquelas onde a cultura escrita preponderou sobre a tradição oral. No entanto, a importância de quem deixa o testemunho, sob a forma documental, ou mais caracteristicamente, por meio de uma interpretação (na figura subjetiva do historiador), segundo François Hartog em seu livro O espelho de Heródoto, só teria, de fato, se iniciado na Grécia, no século V antes de Cristo, principalmente com as Histórias de Heródoto, que buscaria “construir um saber fundado nos depoimentos escritos e orais, a fim de reconstituir a cadeia dos acontecimentos históricos e de designar suas causas naturais próximas ou distantes. Inaugura assim a tradição da história factual detalhada – particularmente das guerras” (TÉTART, 2000, p 13), conforme constatará Philippe Tétart. A própria palavra ‘história’, segundo Jacque Le Goff em seu livro História e memória, tal como aparece em todas as línguas românicas ou em inglês, viria do grego antigo historie, em dialeto jônico, que derivaria da raiz indo-européia wid-, weid-, que quer dizer ‘ver’. Daí, segundo ele, o sânscrito vettas, testemunha, e o grego histor, ‘aquele que vê’, seria também ‘aquele que sabe’. E esse é, para ele, o significado que a palavra ‘história’ tinha na obra de Heródoto, de procurar, de informar, de investigar (e, por extensão, de deixar testemunhado aquilo que ‘viu’ ou ‘ouviu’). Leia Mais
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.8, n.1, 2009.
Artigos Livres
- O abominável filósofo: Aristóteles e a história científica em Portugal do setecentos
- Claudia Beatriz Heynemann
- O “Debate Retórico“ nas Ciências Econômicas e algumas possíveis interseções metodológicas com a História dos Intelectuais”
- Daniel de Pinho Barreiros
- Grandezas metodológicas para uma História do Tempo Presente a partir de Beatriz Sarlo e seu Tempo Passado
- Eduardo Meinberg de Albuquerque Maranhão Filho
- Religião, história e política no pensamento de Thomaz Pompeu de Souza Brasil: cosmopolitismo, pragmatismo e inserção local
- Marcos José Diniz
- A Linda História da América: O ideal americano no discurso histórico de “La Edad de Oro“ de José Martí
- Olga Sofia S. dos Santos Freitas
- José de Alencar entre a tradição e a modernidade: lutas por uma forma de representação “moderna“ e brasileira
- Valdeici Rezende Borge
Resenhas
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.8, n.2, 2009.
Artigos Livres
- Um esboço biográfico de Francisco Pereira Passos. O Progresso sob a Égide da Civilização
- André Nunes de Azevedo
- Oásis e desertos no Brasil: dos intelectuais frentenegrinos aos organizadores do Congresso Nacional do Negro de Porto Alegre/ RS
- Arilson dos Santos Gomes
- Raça, Tempo e ser no Pensamento Histórico Brasileiro de fins de século XIX
- Carlos Hemrique Armani
- O papel dos intelectuais brasileiros na elaboração de projetos de identidade nacional: o exemplo do baiano Jorge Amado
- Carolina Fernandes Calixto
- Espaço e tempo em Milton Santos:Alguns elementos para a reflexão da História Social do Território
- Cátia Antonia da Silva
- A tradição por um fio: Os Jesuítas portugueses diante de “O Verdadeiro Método” de Luís Antônio Vernei (c. 1746-1750)
- Patrícia Domingos Wooley Cardoso
- A história profunda da nação: conjunções e distensões entre o etnográfico e o histórico (1870-1900)
- Rodrigo Turin
- Mário, Oswald e o filme “Macunaíma”
- Wallace Andrioli Guedes
Resenhas
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.7, n.1, 2008.
Artigos Livres
- A Universidade entre a tradição e a modernidade
- Luís Filipe Leitão Rodrigues Reis Torgal
- Indigenismo, Nación y Política. Perú, 1904-1930
- Osmar Gonzales
- Renascimento desenvolvimentista e integração econômica na América Latina
- Rodrigo Loureiro Medeiros
- Nacionalismo no Brasil: o papel dos intelectuais do ISEB
- Charles Sidarta Machado Rodrigues
- A Questão Agrária em Debate (1960-1964): a análise de Alberto Passos Guimarães e de Caio Prado Júnior sobre a matriz histórica da estrutura fundiária brasileira
- Ricardo Oliveira da Silva
- Varnhagem: Advogado do Estado e Juiz Inquisidor do Tribunal da História
- Salah Hassam Khaled Júnior
- Varnhagem: Advogado do Estado e Juiz Inquisidor do Tribunal da História
- Salah Hassam Khaled Júnior
- El debate teórico en la Historia Intelectual y sus repercusiones en América Latina
- Paúl Montoya
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.7, n.2, 2008.
Artigos Livres
- Estado, Corporativismo e Utopia no pensamento integralista de Miguel Reale (1932-1937)
- Alexandre Pinheiro Ramos
- As reformas urbanas de Camilo Sitte e Pereira Passos: a modernidade do Rio de Janeiro e de Viena sob a égide da tradição
- André Nunes de Azevedo
- Historiografia do Pensamento Econômico Brasileiro: o CEBRAP e seus limites
- Daniel de Pinho Barreiros
- Artes plásticas e pensamento crítico em Portugal nos anos setenta:aspectos de uma modernidade adiada
- Isabel Margarida Ribeiro Nogueira
- Argentina e Chile – Memórias em disputa e perspectivas de democracia
- Ricardo Antonio Souza Mendes
- Organização econômica e política: algumas reflexões heterodoxas
- Rodrigo Loureiro Medeiros, José de Castro Ferreira Filho
- Gilberto Freyre e Manuel Bandeira nos anos 1920 e 1930: algumas experiências modernistas e suas aporias
- Silvana Moreli Vicente Dias
- Testimonio Epistolar. Correspondencia de Juan Guerrero Ruiz A Juan Ramón Jiménez
- William Montilla Narváez
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.6, n.1, 2007.
Artigos Livres
- Diálogo, crítica e diversidade nas vanguardas literárias mexicanas e brasileiras
- Ana Luiza de Oliveira Duarte Ferreira
- A Idéia de Equilíbrio e o Espírito Vitoriano: entre clássicos e neoclássicos
- Daniel de Pinho Barreiros
- “Cientificamente interpretadas e utilitariamente aproveitadas”: A Academia Cearense e a Soberania do Conhecimento e das Leis Científicas
- Gleudson Passos Cardoso
- Estado e desenvolvimento no Brasil: um estudo de caso sobre engenheiros e economistas (1956-1961)
- Maria Letícia Corrêa
- Desafios do Desenvolvimento no Brasil: Uma Reflexão Evolucionária
- Rodrigo Loureiro Medeiros
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.6, n.2, 2007.
Artigos Livres
- O Realismo Histórico de Oliveira Martins
- Ana Luiza Marques Bastos
- Um aparente paradoxo: o conservadorismo histórico no evolucionismo de Antero de Quental
- André Nunes de Azevedo
- Reforma política e desenvolvimento em Hélio Jaguaribe
- Claudio Araujo de Souza e Silva
- “Sou um cidadão ligado aos interesses do Estado”: Intelectualidade luso-brasileira e suas relações com o Estado português (1777-1808)
- Marieta Pinheiro de Carvalho
- A nação brasileira e o protestantismo: Religião e Americanismo no Projeto Nacional de Tavares Bastos
- Rodrigo Nóbrega Moura Pereira
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.5, n.1, 2006.
Artigos Livres
- Octávio Brandão: uma leitura marxista dos dilemas da modernização brasileira
- Alexandre Manuel Esteves Rodrigues
- Percursos intelectuais latino-americanos: “Nuestra América” de José Martí, e “Ariel” de José Enrique Rodó – as condições de produção e o processo de repercussão do pensamento identitário
- Claudia Wasserman
- “Expressões do Iberismo – Um Estudo do Pensamento Político Latino-Americano: Brasil e Uruguai”. O iberismo como categoria de análise
- Fabiana Manes Viana Saboia Santos
- Artista, intelectual: Glauber Rocha e a utopia do cinema novo. (1955-1971)
- Fatima Sebastiana Lisboa
- Leituras da Colonização Portuguesa no Brasil do Século XX
- Maria Emilia da Costa Prado
- Acadêmicos e letrados na crise do Antigo Regime luso-brasileiro – Século XVIII
- Oswaldo Munteal Filho
- Teoria Econômica e Desenvolvimento na América Latina: Revisitando o Estruturalismo
- Rodrigo Loureiro Medeiros
- Como Transformar Portugueses em Brasileiros: José Bonifácio de Andrade e Silva
- Valdei Lopes de Araujo
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.5, n.2, 2006.
Artigos Livres
- O Japão na visão de Oliveira Lima
- Bernardino da Cunha Freitas Abreu
- A classe média em Alexandre Herculano
- Jorge Bastos
- Frei Caneca e a Confederação do Equador
- Mariana dos Santos Ribeiro
- Varnhagen: um intelectual monarquista
- Martha Victor Vieira
- O Nuevo Cine Latino-americano e a filmografia sobre os Regimes Civil-militares
- Ricardo Antonio Souza Mendes
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.4, n.1, 2005.
Artigos Livres
- As idéias de decadência e regeneração no ideário político de Antero de Quental
- André Nunes de Azevedo
- Lima Barreto, um intelectual-negro na “Avenida Central”
- Celi Silva Gomes de Freitas
- Joaquim Murtinho: criadores e criatura
- Fernando Antonio Faria
- O cabedal das virtudes: André João Antonil, a Continuidade e a Mudança no Pensamento Jesuíta do Brasil Setecentista
- Fernando Filgueiras
- Vicente Licínio Cardoso e a “América” da engenharia brasileira
- João Marcelo Maia
- Motins Políticos, de Domingos Antonio Raiol – Memória e historiografia
- Nathacha Regazzini Bianchi Reis
- Aspectos do pensamento econômico de Ignácio Rangel
- Rodrigo Loureiro Medeiros
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.4, n.2, 2005.
Artigos Livres
- Os anos 20 e 30 no Brasil e na Espanha: a ação dos intelectuais e os limites da modernização
- Ana Lúcia Lana Nemi Martins
- Defensa e ilustración del Manifiesto historiográfico de Historia a Debate
- Carlos Barros
- A Legitimidade em Celso Furtado: novos discursos e a imagem de um intelectual
- Daniel de Pinho Barreiros
- Intelectuales modernos en la búsqueda de una tradición: nacionalismo y vanguardia en la Argentina y el Brasil de los años veinte
- Karina Vasquez
- Flávio de Carvalho: Uma contribuição ao campo arquitetônico brasileiro
- Marcos da Costa Braga
- Retratos de México, retratos de Brasil: José Vasconcelos, Monteiro Lobato, Paulo Prado y sus visiones de lo “nacional”
- Regina Aída Crespo
- Quem é bom, já nasce feito? Uma Leitura do Eugenismo de Renato Kehl (1917-37)
- Ricardo Augusto dos Santos
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.3, n.1, 2004.
Artigos Livres
- Caminhos e descaminhos da Revolução Brasileira – Uma leitura das obras de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Florestan Fernandes
- João Marcelo Maia
- Manoel Lubambo, um representante do pensamento católico conservador pernambucano dos anos 30
- Ferdinand Azevedo
- O sublime, o belo e a Revolução: história e narrativização em Burke e Hegel
- Valdei Lopes de Araujo
- Autonomização e autonomia: uma complexa relação no campo da pesquisa educacional brasileira
- Vera Henriques
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.4, n.2, 2004.
Artigos Livres
- A gênese e o desenvolvimento da idéia de civilização na Europa. Da Idade moderna ao século XIX
- André Nunes de Azevedo
- A função da Religião no pensamento de Rui Barbosa
- Andrea Braga Fonseca
- Elysio de Carvalho: Um intelectual controverso e controvertido
- Lená Medeiros de Menezes
- As cartas da França Antártica
- Maria Carolina Akemi Sameshima
- Frei Francisco do Monte Alverne, pregador imperial: roteiro para um novo estudo
- Maria Renata da Cruz Duran
- Mito da Regeneração Nacional: Missionários protestantes, políticos liberais e a salvação do Brasil (século XIX)
- Rodrigo Nobrega
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.2, n.1, 2003.
Artigos Livres
- Auguste de Saint-Hilaire, viajante exemplar
- Lorelai Kury
- Agitação estéril ou Programa político? A contribuição de Caio Prado Júnior para a formulação de um projeto de Brasil
- Luiz Elias Sanches
- Por uma história ultramontana: Afonso Celso
- Lucia Maria Paschoal Guimarães
- Amaro Cavalcanti: um estudo sobre o federalismo brasileiro
- Mônica Gonçalves dos Santos
- Intellèctus. Rio de Janeiro, v.2, n.2, 2003.
- Artigos Livres
- Bento de Jesus Caraça: Crise e Enciclopedismo
- Antonio Predro Pitta
- A Formação do homem-público no Portugal setecentista: 1750-1777
- Ana Rosa Cloclet da Silva
- De la modernidad y sus mapas
- Karina Vasquez
- Desenvolvimento: uma perspectiva brasileira
- Rodrigo Loureiro Medeiros
Intellèctus. Rio de Janeiro, v.1, n.2, 2002.
Artigos Livres
- Revisitando Artur Neiva: Eugenia, Educação Física e Identidade Nacional
- Éder Silveira
- Venezuela: um projeto civilizador para uma nação mestiça
- Eliane Garcindo de Sá
- Gritos y susurros en el Jardín de Akademos. El movimiento estudiantil reformista en La Plata a través de sus revistas (1923-1927)
- Fernando Diego Rodríguez, Karina Vasquez
- A proposta militante e a militância acadêmica: Caio Prado Júnior e Fernando Antônio Novais
- Maria Renata da Cruz Duran
Intellèctus | UERJ | 2002
A revista Intellèctus (Rio de Janeiro, 2002-) é originária das atividades dos Grpesq/CNPq Intelectuais e Poder no Mundo Ibero-Americano e Grupo de Estudos e Pesquisas Intelectuais, Sociedade e Política, sediados, respectivamente, no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas e na Faculdade de Formação de Professores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro.
Destina-se à publicação de pesquisas originais, estudos de historiografia e reflexões teórico-metodológicas relativas à História dos Intelectuais e à História Intelectual, bem como à divulgação de análises sobre a produção cultural dos países que compõem o universo da “Latinidade”. Volta-se, assim, às diversas interfaces envolvidas nessa temática nas Ciências Humanas e Sociais.
Periodicidade semestral.
Aceso livre
ISSN 1676-7640
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Intellèctus. Rio de Janeiro, v.1, n.1, 2002.
Artigos Livres
- O positivismo e os projetos de reestruturação da Hispanoamérica em direção à modernidade
- Antonio Carlos Peixoto
- POLÍTICA E LETRAS: A PÁTRIA E A NAÇÃO EM ATRAVEZ DO BRASIL
- Antonio Edmilson M. Rodrigues
- Oliveira Vianna e Monteiro Lobato – O Americanismo e Iberismo em diálogo
- Fabiana Mannes S. Santos
- A Unidade do Império ameaçada: Alberto Sales e a elaboração de um projeto em defesa do separatismo das províncias
- Maria Emilia da Costa Prado
- Católicos e autoritários – Breves considerações sobre a sociologia de Alceu Amoroso Lima
- Norma Côrtes