Kurdish Women’s Stories | Houzan Mahmoud
Embora pouco conhecido no Brasil, o povo curdo é um dos maiores povos sem Estado do mundo. Formado por aproximadamente 40 milhões de indivíduos, essa comunidade étnica encontra-se dividida entre os Estados da Síria, da Turquia, do Irã e do Iraque; além das mais de cinco milhões de pessoas dispersas na diáspora – sobretudo nos Estados Unidos e em países da Europa central, como a França, Alemanha, Bélgica e Holanda.
Apesar dos diversos levantes nacionalistas e da autonomia relativa conquistada nos territórios no Iraque, o Curdistão jamais conseguiu se unificar e se tornar independente. Diante disso, as populações curdas, autóctones dessa região, foram sendo violentamente assimiladas e sistematicamente negadas pelos processos de formação dos Estados-nação que ocupam o seu território. Leia Mais
Red Light City. Montreal/Amsterdã: The Architecture Observer | Tsaiher Cheng
Neste livro a arquiteta e urbanista taiwanesa Tsaiher Cheng (1) apresenta como discussão central a relação entre a prostituição – trabalho sexual – e o espaço urbano. Parte-se do entendimento que isto é uma via de mão dupla, ou seja, não apenas a indústria do sexo é afetada pelas políticas urbanas como também desempenha um papel importante para a forma urbana, a organização espacial e dinâmica das cidades. Dividido em oito capítulos, o livro dedica cinco deles à análise de cidades específicas: Hong Kong, Taipei, Montreal, Antuérpia e Amsterdã e cada uma delas é analisada por um estudioso local. Assim, apesar de Tsaiher Cheng ser a principal autora do livro, a publicação conta ainda com os textos de Jung-Che Chang, Magdalena Sabat, Maarten Loopmans e Manuel Aalbers e Hans Ibelings, autor do prefácio. Ainda, Cheng também apresenta uma análise da tipologia dos bordéis do red light district de Amsterdã e sintetiza os modelos de organização da indústria do sexo nas cidades.
No primeiro capítulo, “An intense struggle in urban renew processes”, Cheng explica que os red light districts são áreas voltadas ao sexo, cujas atividades costumam ser conhecidas para além de seus limites. Contudo, cada zona é diferente, pois sua organização depende de vários aspectos, entre eles a morfologia urbana, a localização e o enquadramento legal do trabalho sexual. Com relação a este último aspecto, a autora esclarece que há quatro tipos de sistemas de regulação do trabalho sexual: a) quando o trabalho sexual é legal e regulado; b) quando o trabalho sexual é legal, mas estabelecimentos como bordéis são ilegais; c) quando o trabalho sexual é ilegal, mas o/a trabalhador/a sexual não é considerado criminoso/a; d) quando o trabalho sexual é ilegal. Leia Mais
Provas de liberdade: uma odisseia atlântica na era da emancipação | Rebeca J. Scott, Jean M. Hébrard
Fruto de uma extensa pesquisa realizada ao longo de sete anos por Rebecca J. Scott e Jean M. Hébrard, Provas de liberdade: uma odisseia atlântica na era da emancipação, traz a saga da família Vincent/Tinchant, apresentada ao longo de nove capítulos e um epílogo de tirar o fôlego. Desde já, saliento que não consigo ver de outro modo senão como excepcional o modo como estes experientes pesquisadores conseguiram seguir os rastros deixados por estes “sobreviventes do Atlântico”.
Logo no início do livro, os autores nos informam que não consideraram o itinerário dos Vincent/Tinchant como típico ou representativo, o que podemos constatar ao longo da leitura. O fio inicial para a investigação foi uma carta escrita por Édouard Tinchant, um fabricante de charutos residente da Bélgica, endereçada ao general Máximo Gómez, encontrada no Arquivo Nacional de Cuba, na qual ele solicita a autorização para pôr seu nome na marca de charutos que pretendia lançar e, para tanto, não se furtou em usar sua capacidade discursiva para relatar aspectos de sua vida familiar enfatizando uma conexão entre luta por direitos civis e igualdade racial no mundo atlântico do século XIX – a Guerra Civil e a Reconstrução dos Estados Unidos (1861-1877), a Revolução Francesa (1848) e a Revolução do Haiti (1791-1804). A trilha seguida por eles nos conduziu até o século XX abrindo uma janela para que pudéssemos ver os desdobramentos da Segunda Guerra Mundial (1939-1945) na vida de pessoas que tinham “cor”, como Marie-José Tinchant. Leia Mais
Muséologie | ULIEGE | 2916
The Cahiers de Muséologie are born from the observation that there are currently few scientific museology periodicals in French and that young graduates encounter difficulties in publishing, in particular articles taken from their work. The University of Liège’s Museology Department has therefore set itself the objective of filling this gap and offering the possibility, both to students and young graduates as well as to seasoned researchers and teachers, to publish texts dealing with Museology. in a freer format, reducing the usual constraints of journals. The various sections of the Notebooks are therefore open to museum professionals or practitioners in the field of museography, conservation, museum mediation, etc.
Developed only in digital form, this open access publication is hosted on the publication portal for scientific periodicals of the University of Liège (PoPuPS), which gives it great visibility and interoperability with international networks. The online journal is listed with an ISSN number.
This publication does not specialize in any particular category of museum; it concerns Museology in the broad sense (a set of scientific disciplines which converge when the object of their research concerns the museum, the relationship between society and its heritage, the processes of musealization). The editorial line of these Notebooks is oriented towards scientific contributions that offer original and innovative reflections in the field of Museology. The orientation is scientific, favoring analysis and interdisciplinary reflection, which does not preclude case studies, practical applications or concrete proposals, quite the contrary.
The previous format of these Cahiers provided an independent publication of each text. At this moment of “refoundation” of the journal, after a pause and transition, we have brought together the various texts already published in a “zero” number with the idea of organizing annual numbers including at least one text from each section, to know:
• Articles: scientific articles, submitted to the International Review Committee according to the double blind peer review system.
In addition to these articles, which constitute the heart of the online journal, are the following headings:
• Carnets de visite: reviews of museums and exhibitions (temporary and permanent), which can discuss an institution as a whole or some of its aspects (exhibitions, architecture, scientific mission, cultural activities, etc.). The publication of these Notebooks gives researchers access to information (in particular images) concerning exhibitions or activities which no longer take place.
• Notes de lecture: critical reviews of scientific books and periodicals, print or online publications. The Notes also take an interest, where appropriate, in publications aimed at the general public, or even in works of fiction which depict the museum universe.
• Dans la marge: texts with a freer tone, which allow their authors to express themselves on a topical subject, possibly controversial, and to provoke or take a position in a debate. This section also leaves room for the expression of “hors-piste” reflections, carte blanche, interviews with sometimes existential, sometimes anecdotal considerations as well as the dissemination of reference documents for the museum field.
Acesso livre
Periodicidade [Anual]
ISSN 2406-7202
Acessar resenhas
Acessar dossiês
Acessar sumários
Acessar arquivos