África do Sul / História Social / 1996

Não poderia nos trazer maior satisfação o lançamento do número 3 de História Social, revista do corpo discente do Programa de Pós-Graduação em História da Unicamp. Afinal, embora o número anterior já tenha concretizado boa parte das propostas da revista, o trabalho de divulgação e debate da pesquisa histórica só adquire significado no estabelecimento de sua continuidade.

História Social tem conseguido boa aceitação em meio a colegas do Brasil e do Exterior, sendo que cresceram significativamente as contribuições enviadas na forma de artigos de pesquisa, traduções, informes e resenhas. Seu correio eletrônico, [email protected], desde o momento de abertura, já recebeu cerca de 50 mensagens de colegas interessados em apoiá-la, conhecê-la melhor, saber quais são as normas para publicação (sempre republicadas ao fim de cada número), e em enviar contribuições. Reforçamos nosso princípio no sentido de estreitar ainda mais as relações da revista com os alunos do programa através de permanente troca de contatos via correio eletrônico, cartas ou pessoalmente. Igualmente, recebemos livros e revistas, material doado para a Biblioteca do IFCH. Livros recebidos, conforme é de praxe, serão resenhados. Logo, não deixem de incluir História Social na lista de divulgação de suas publicações.

O presente número conta com os artigos A tutela e o contrato de soldada: a reinvenção do trabalho compulsório infantil, de Gislane Campos Azevedo; Hayden White, a ironia e os historiadores, de João Tristan Vargas; As representações travestidas de militante, de Luiz Rogério Oliveira da Silva; e O movimento operário da construção civil santista durante a Primeira Guerra Mundial, 1914-1918, de Fernando Teixeira da Silva e Maria Lúcia Caira Gitahy. Conta também com a tradução de artigo de François Hartog sobre a obra de Pierre Nora (Tempo e história: “como escrever a história da França hoje?”), além das seções “Resenhas” e “Fontes e Arquivos”.

E ainda traz outras novidades, pois, com o objetivo de ampliar suas áreas de atuação, História Social passa a contar com as seções “Dossiê” e “Entrevista”. A primeira irá trazer sempre mais de um ponto-de-vista sobre um mesmo tema, enquanto a segunda visa o debate com pesquisadores ou a divulgação de entrevistas em história oral. Neste número, “Dossiê” aborda a situação da África do Sul, a trajetória de seu processo democrático e suas relações com a produção historiográfica. Estes sãos os temas tratados na entrevista exclusiva com Eddie Webster (Sair da sala de aula e ouvir os trabalhadores) e no artigo de Edgar Pieterse, (Reflexões sobre os movimentos sociais urbanos na África do Sul numa “era de globalização”).

Agradecemos as colaborações enviadas para este número e ratificamos outro de nossos princípios: o de incrementar o envio de colaborações e a participação tanto dos alunos da pós em história quanto dos colegas de outras universidades e institutos de pesquisa. Isso significa duas coisas: queremos conversar com todos os interessados em renovar o Conselho Editorial e, historiadores e historiadoras!, não deixem de remeter artigos, traduções, livros, resenhas, entrevistas e informes. Só assim História Social se firmará em caráter definitivo.

Por fim, numa época em que a pesquisa acadêmica em história se vê desafiada, entre outras dificuldades, por cortes no fomento institucional, é com positividade que tomamos conhecimento, e divulgamos, tantos trabalhos interessantes em nossa área.

O Conselho Editorial


Conselho Editorial. Apresentação. História Social. Campinas, n.3, 1996. Acessar publicação original [DR]

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