A diplomacia na construção do Brasil: 1750-2016 | Rubens Ricupero

Embora, tradicionalmente, a política externa não seja assunto de debate amplo no Brasil, as relações internacionais do país estão cada vez mais na pauta do dia da imprensa, academia e da população. Peculiaridade ainda maior é o fato de diplomatas – de carreira ou não – terem se tornado o centro das atenções. Não era habitual ver discussões sobre quem seria o embaixador em Washington tomando tanto tempo e espaço nas páginas dos jornais impressos ou digitais, nas redes sociais e nas emissoras de rádio e TV. Mesmo o ocupante da cadeira de Rio Branco – salvo as exceções do próprio Paranhos Júnior e de Osvaldo Aranha – não recebia mais holofotes do que os demais ministros de Estado e, em geral, estava mais distante do debate político público do que seus colegas das pastas de Fazenda, Casa Civil ou Educação. Leia Mais

A diplomacia na construção do Brasil (1750-2016) | Rubens Ricupero

O livro “A diplomacia na construção do Brasil: 1750 – 2016”, do diplomata Rubens Ricupero, publicado pela Versal Editores em 2017 contribui para a ampliação da bibliografia disponível em relação à história da diplomacia no Brasil, englobando desde 1750, período colonial no qual a diplomacia é ditada por Portugal, até o ano de 2016, no período imediatamente anterior ao impeachment de Dilma Rousseff.

Segundo o autor, baseado em suas anotações e registros quando de sua atuação como professor da disciplina de História das Relações Diplomáticas do Brasil, a obra foi concebida para ampliar fonte de estudo sobre a evolução da política externa, agregada aos demais fatores políticos e econômicos ocorridos nos períodos analisados. Segundo o autor, as obras disponíveis sobre a história do Brasil tendem a dedicar sua atenção nos eventos internos do país, com relativo menor destaque aos eventos internacionais e da política externa, “como se a história de um país constituísse um todo suficiente e fechado em si mesmo…” (pg. 21). Em tais obras, a estrutura geral seria comprometida em sua coerência interna, pois a dispersão dos temas nacionais entre os elementos internos e externos geraria certa fragilidade para o conjunto do texto. Leia Mais