(Auto)biografias, fotografias, acervos e escritas de formação | Revista Brasileira de Pesquisa (Auto)Biográfica | 2016

Os estudos (auto)biográficos, inicialmente circunscritos aos textos narrativos e a suas potencialidades, nas últimas décadas, têm encontrado outras fontes e múltiplas possibilidades de pensar e problematizar os espaços biográficos e sua expansão. Num movimento muito semelhante ao ocorrido em outros campos epistemológicos, o amadurecimento do campo da pesquisa (auto)biográfica começa a se evidenciar, pela diversificação de interesses e abordagens, e pela sofisticação de sua produção, para além de seu universo inicial, das letras e da história (e, por consequência, dos textos narrativos), e da educação (e, portanto, da entrevista narrativa). As possibilidades abertas para a pesquisa e a compreensão dos mundos da vida humana são múltiplas e o dossiê (Auto)biografias, fotografias, acervos e escritas de formação procura dar materialidade a três dessas perspectivas.

A ideia de se pensar a (auto)biografia a partir da fotografia, como extrato de um momento vivido, como um retrato instantâneo de um acontecimento, no qual a memória ganha uma materialidade – até mesmo, na efêmera fotografia digital – e indaga quem a observa com signos e símbolos de um tempo passado, impressos nas vestimentas, nos comportamentos, nas expressões, nos gestos que sedimentam algo da psicologia ou da mentalidade de um tempo, nos dá algum indício de como estas fontes podem significar alguma diferença nas pretensões de nosso campo de estudo. São um passo rumo a uma outra dimensão representacional. Leia Mais