História & Rock | ArtCultura | 2015

Ao emergir, nos anos 1950, na história da música, o rock – cujo nome de batismo foi rock’n’roll – tocou em nervos expostos. Como quem irrompe, com estardalhaço, num campo minado, de uma ou de outra forma ele pôs em questão a escravização dos sentidos sob o jugo da tradição musical e/ ou comportamental. O inconformismo com o estado de coisas nascente foi, sem dúvida, o gatilho que disparou críticas contundentes e acionou medidas repressivas de diversas ordens que, em última análise, busca – ram abatê-lo em pleno voo. Paralelamente, no entanto, ele foi granjeando adeptos por todos os quadrantes do mundo, a ponto de se converter em objeto de desejo e fonte de lucros exorbitantes da indústria cultural, que procurou assimilá-lo e à qual ele se integrou, de maneira mais ou menos contraditória e em maior ou menor escala, conforme o caso.

Uma pequena parte dessa história de sons, ruídos e atitudes ligados ao rock é revisitada na ArtCultura 31, no dossiê História & Rock, organizado pelos professores Adalberto Paranhos, da UFU, e José Adriano Fenerick, da Unesp-Franca. O horizonte de abrangência da palestra e dos artigos aqui reunidos transita entre a América Latina, com ênfase no Brasil e no Chile, e, sem desdenhar o papel que os Estados Unidos desempenharam nesse processo, avança em direção a outras latitudes e longitudes, especialmente a Europa, com destaque particular, é claro, para a Inglaterra, mas também para Portugal. Leia Mais