A casa e o homem | José Lins do Rego

Expoente da literatura regionalista, o escritor paraibano José Lins do Rego (1901-57) é muito lembrado por seus romances, sobretudo por aqueles que integram o chamado Ciclo da Cana-de-Açúcar, no qual há uma obra prima inquestionável que é Fogo Morto (1943). Porém parte importante de sua obra – e parte muito menos conhecida – é aquela que reúne textos escritos para a imprensa, discursos, ensaios, e que não foram publicados pela José Olympio – editora oficial do autor – e nem incluídos nas Obras Completas. É o caso de A casa e o homem, obra publicada pela editora da Organização Simões, do Rio, em 1954.

O primeiro texto da coletânea é o pequeno ensaio que lhe dá o nome e que saíra antes, em agosto de 1952, com o nome “L’homme et le paysage”, na prestigiosa revista L’Architecture d’aujourd’hui. Foi o texto publicado nesta revista – traduzido ao português por Ana Teresa Jardim Reynaud – que apareceu, em 1987 (ano do centenário de nascimento de Le Corbusier), na obra coletiva organizada por Alberto Xavier chamada Arquitetura moderna brasileira: depoimento de uma geração, que é um balanço do pensamento crítico a respeito de parte da arquitetura brasileira. Haverá algumas diferenças significativas entre a tradução e o original do autor, que parece desnecessário destacar. Leia Mais