O cangaço nas batalhas da memória – SÁ (PL)

“Quem pretende se aproximar do próprio passado soterrado deve agir como um homem que escava.” É precisamente esse movimento de escavação extraído da proposição benjaminiana que a escrita de Fernando Sá empreende, ao configurar o recorte de passado do nordeste brasileiro, conhecido metonimicamente pelo termo cangaço. (BENJAMIN, 1997, p. 239). A familiaridade, aludida por Benjamin, entre explorador do meio de memória e o passado que busca, pela palavra, configurar, se depreende já na leitura do prefácio da obra, quando sua genealogia entre adjuvantes do cangaço é exposta. É, pois, no terreno do próprio passado que esse herdeiro de memórias, por assim dizer, escava. Legado que confere ao texto de Sá certa licenciosidade na escolha dos objetos de pesquisa, bem como no tratamento dos dados coletados e na (des) crença em relação às fontes. Leia Mais