Agudás: os “brasileiros” do Benim | Milton Guran

Ao desembarcar pela primeira vez no Benim, país da África ocidental, em 1994, Milton Guran tinha o projeto de estudar a utilização da fotografia como instrumento de pesquisa nas ciências sociais. A escolha do objeto de estudo — comunidades de descendentes de traficantes negreiros e de ex-escravos retornados do Brasil, que continuavam a ser chamados brasileiros, ou agudás — resultou de sugestão que lhe foi feita quando preparava sua tese de doutoramento em antropologia num dos centros de estudos africanistas da École des Hautes Études en Sciences Sociales, o da Vieille-Charité, em Marselha, na França.

Até então, Milton Guran trabalhara como fotojornalista; publicara textos sobre fotografia e comunicação; e realizara ampla documentação de grupos indígenas brasileiros exibida em vários países. Leia Mais