Branquitude e racismo estrutural na Universidade | Abatirá | 2021

Racismo estrutural quando o preconceito vira regra Racismo Estrutural
Racismo estrutural: quando o preconceito vira regra | Imagem: Defensoria Pública Geral do Estado do Ceará

A Revista Abatirá é uma publicação eletrônica do Departamento de Ciências Humanas e Tecnologias do Campo XVIII da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e tem como escopo fomentar a produção científica para a construção do conhecimento no campo da Educação. Com o propósito de contribuir com o debate acadêmico sobre as várias dimensões da educação, este dossiê, volume 2, número 4, brinda os leitores com a publicação de estudos científicos inéditos sobre “Branquitude e racismo estrutural na Universidade”.

Antes da conceituação de branquitude, é importante entendermos o que é privilégio, termo que, de acordo com o dicionário Michaelis3, significa “direito, vantagem ou imunidades especiais gozadas por uma ou mais pessoas, em detrimento da maioria” ou, juridicamente, “posição de superioridade, amparada ou não por lei ou costumes, decorrente da distribuição desigual do poder político ou econômico”. Nessa perspectiva, Cardoso (2020, apud DRUMOND, 2021) diz que, na nossa cultura ocidental contemporânea, o termo parece não fazer sentido, já que prevalece o princípio da igualdade perante a lei, sendo o privilégio algo do passado, um período em que o privilégio era um direito, a depender do segmento social de nascimento de cada pessoa. Leia Mais

Artes e instituições culturais: reflexões sobre branquitude e racismo | PerCursos  | 2019

É com satisfação que apresentamos o dossiê temático do presente número da REVISTA PERCURSOS, que versa sobre Artes e instituições culturais: reflexões sobre branquitude e racismo. O dossiê integra a última edição do ano de 2019 e foi organizado pelas professoras Carolina Ruoso (Universidade Federal de Minas Gerais), Joana D’Arc de Sousa Lima (Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira) e Marcele Regina Nogueira Pereira (Universidade Federal de Rondônia). A escolha da temática decorreu, em grande parte, inicialmente por sermos mulheres que nos profissionalizamos no chamado mundo do trabalho dos museus e instituições culturais1, daí nossa constatação que as instituições culturais, especialmente os museus, marcados na sua organização pela razão patrimonial, atuam a serviço do processo colonizador. Instrumentalizam, na modernidade, critérios e valores culturais que inventam os Outros: selvagens, exóticos, sem história, sem capacidade de produzir memórias, primitivos, entre outros adjetivos etnocêntricos. Desse modo, entendemos que este dossiê reúne um conjunto de análises e reflexões a respeito das instituições culturais, tanto no que diz respeito à montagem dos seus acervos e programas quanto à construção da relação com seus públicos, a partir de uma perspectiva decolonial. Leia Mais