História recente da política externa da América Latina uma questão de elites? | Locus: Revista de História | 2022

Carlos Enrique Paz Soldan Imagem Wikiwand
Carlos Enrique Paz Soldán | Imagem: Wikiwand

El estudio de la historia reciente de las relaciones internacionales latinoamericanas resulta fundamental para explicar una etapa histórica en la cual la convergencia y la integración globales se aceleraron en muchos aspectos, a pesar de los síntomas actuales de ruptura de la tendencia regionalista y desafección por el multilateralismo. La importancia de estos estudios reside, así, en el análisis de la multiplicidad de consecuencias que estos procesos suponen, tanto para los fenómenos domésticos, como para las transformaciones acaecidas en el escenario regional y global.

El título de este dossier proponía una aproximación a los estudios sobre la historia de la política exterior latinoamericana que cuestionara su carácter o naturaleza elitista. Nuestra impresión es que resulta perentorio detener la mirada en los procesos y dinámicas históricas que han cimentado en las décadas pasadas el substrato que configuró los principales rasgos de las relaciones exteriores latinoamericanas. Consideramos que uno de esos rasgos principales se trató de un sistema de gestión del poder político y económico controlado y dirigido por las élites nacionales, con un significativo hermetismo. Esta situación devino en una patrimonialización —por parte de estas élites— de los espacios de decisión exteriores a las realidades nacionales. Frente a esta situación, el papel del conjunto de la sociedad civil ha quedado marginado, invisibilizado u olvidado, tanto por el control efectivo del fenómeno por parte de los grupos tradicionales de poder, como por una narrativa excesivamente proclive a concebir y representar la construcción de la política exterior y de la integración regional como un proceso jerárquico y vertical de un único sentido: de arriba hacia abajo. Leia Mais

Elites e instituições no Brasil Império | Escrita da História | 2016

No primeiro semestre de 2016 a Revista Escrita da História – REH publicou o dossiê intitulado “Elites e Instituições no Brasil Colonial”. Nesta nova edição, de número seis, damos sequência à discussão anterior, avançando sobre o período Imperial. Reunimos diferentes trabalhos que abordam, à sua maneira, os problemas envolvidos na organização institucional e na atuação política das elites imperiais no Brasil. Temos um fio aglutinador que perpassa os trabalhos que integram o dossiê. Trata-se da construção do Estado nacional no Brasil, problema que demanda respostas de diferentes níveis, tal como a diversidade de abordagens dos textos que compõem a presente edição.

José Augusto dos Santos Alves, doutor em História e Teoria das Ideias pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), analisa no artigo que abre o dossiê um documento pouco citado pela historiografia brasileira: as Cartas políticas de Americus. O autor aborda uma série de problemas propostos e discutidos nas Cartas políticas, avançando sobre temas de enorme relevância no início do XIX: opinião pública, constituição, delimitação dos poderes, publicidade, modernidade e/ou antigo regime, legitimidade, leis, liberdade de imprensa, em suma, o exercício do poder em toda sua complexidade. Segundo o próprio autor da carta, sua “teoria de governo”. Dessa forma, José Augusto permite ingressarmos no tema do dossiê por meio das discussões conceituais envoltas nos projetos políticos presentes na primeira metade do XIX no Brasil, projetos que de uma forma ou de outra afetavam as práticas e a organização institucional do país. Leia Mais

Elites e instituições no Brasil colonial | Escrita da História | 2016

A nova edição da Revista Escrita da História – REH, de número cinco, é composta pelo dossiê Elites e instituições no Brasil colonial, que reúne quatro trabalhos de jovens que buscam, cada qual a seu modo, relacionar as trajetórias de setores das elites coloniais às transformações políticas e econômicas da sociedade colonial. Percorrem-se os espaços mais diversos da colônia, ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, para mostrar como, em cada contexto, respeitadas as devidas particularidades, as elites locais se articulavam, se apropriavam das prerrogativas das câmaras municipais, e se relacionavam com as autoridades régias, defendendo seus interesses e integrando-se ao Império português.

O artigo que inaugura o dossiê recebe o título O papel das elites locais na criação de vilas na porção meridional da América portuguesa (séc. XVI-XVIII): o caso da capitania de São Vicente. Trata-se de uma síntese da pesquisa de doutorado do autor, Fernando V. Aguiar Ribeiro, defendida recentemente junto ao Programa de PósGraduação em História Econômica da Universidade de São Paulo. Ao longo do texto, é feita uma análise do papel das elites políticas paulistas no processo de criação de vilas no planalto da capitania de São Paulo ao longo dos séculos XVI, XVII e grande parte do século XVIII. Procura-se demonstrar que, ao contrário do que ocorria em outras regiões, grande parte das vilas paulistas coloniais foram criadas por iniciativa de setores específicos das próprias elites locais, normalmente por aqueles indivíduos que ocupavam postos periféricos na Câmara Municipal de São Paulo. O estudo evidencia que o acesso à cúpula dessa instituição era condição essencial para garantir a posse da terra na região, e por isso os ocupantes de postos periféricos na administração local acabavam edificando, ao longo do planalto, outras estruturas político-administrativas, onde poderiam ocupar postos centrais e, a partir deles, garantir seu acesso a terra, gozar de maior prestígio e controlar todas as prerrogativas inerentes às câmaras municipais coloniais. Leia Mais