A Literatura como campo e reflexão para a História | Escrita da História | 2021

Detalhe de capa de O Exercito de Cavalaria de Isaac Babel.
Detalhe de capa de O Exército de Cavalaria, de Isaac Bábel.

Dialogando com o dossiê da edição passada (História e Linguagens: História. Ficção. Literatura), as discussões propostas no dossiê dessa edição foram estruturadas, basicamente, na ligação entre a História e Literatura, levando em conta as inúmeras intersecções entre as duas perspectivas apontadas.

Como já foi exaustivamente apontado e discutido, a História enquanto uma área de pesquisa científica passou por inúmeras modificações e metamorfoses, deixando de ser apenas uma disciplina de caráter factual e memorialística para tornar-se, no alvorecer do século XXI, uma forma de compreensão da ação humana em suas mais variadas formas e matizes, incorporando elementos de outros campos do saber e sempre aberta à novas formas de se pensar tais aspectos, embora sempre mantendo sua essência e características próprias, tendo em vista a dimensão temporal e as relações advindas desse ponto. Leia Mais

Negacionismos, Anti-intelectualismo e Fake News: A aporia da História na era da ‘pós-verdade’/ Escrita da História/2022

O décimo sétimo número da Revista Escrita da História (REH) apresenta o dossiê temático “Negacionismos, Anti-intelectualismo e Fake News: A aporia da História na era da ‘pós-verdade’”, organizado pelo editor da REH, Prof. Dr. Isaac Harillo Jerez. A proposta do dossiê é refletir pontos nevrálgicos das sociedades contemporâneas sob o signo da “pós-verdade”, como o discurso negacionista e a disseminação de informações falsas nas redes sociais.

Tais questões são reflexo da intensificação de movimentos de extrema direita mundo afora nos últimos anos, que mesclaram linguagens políticas neofascistas com princípios econômicos do neoliberalismo. O caráter intercontinental deste fenômeno pode ser observado em dois momentos: a ascensão de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos (2016) e a eleição de Jair Bolsonaro à chefe do Poder Executivo brasileiro (2018). Em ambos os acontecimentos, setores da extrema-direita organizaram uma rede estruturada de desinformação e de disseminação de discursos de ódio por meio das redes sociais, cujo intuito foi atacar as instituições liberal-burguesas e as distintas áreas científicas, por meio de uma lógica negacionista e revisionista. Estas narrativas da extrema-direita intensificaram-se em distintos países com a pandemia do novo Coronavírus, através do descrédito da ciência e da propagação de informações inverídicas. Leia Mais

História e Linguagens: História. Ficção. Literatura | Escrita da História | 2021

O presente dossiê tem como objetivo central fomentar o diálogo e debate entre estudantes e pesquisadores que investiguem fontes e problemas relacionados às dimensões da Literatura e da Teoria da História, bem como suas interações. Para cumprir esse objetivo, toma a oportunidade que a Revista História Escrita propicia ao nosso grupo de trabalho e pesquisa, o História & Linguagens, para criamos espaços como este que estão no cerne de abrangentes e multiformes linhas de contato com a teoria da literatura, a qual, segundo Luiz Costa Lima, tende a ampliar verticalmente e horizontalmente o fazer historiográfico. E ao tomar como ponto de partida a perspectiva de que estes objetos fornecem novas evidências fragmentárias e pistas verossímeis a respeito das formas de sentir e pensar em determinado contexto sócio-histórico se mostram e tornam-se passíveis de tematização crítica.

Nesse sentido, o presente dossiê reuniu trabalhos que dialogam com os fundamentos constitutivos da formatividade literária e da Teoria da História, por meio de análises que concebam a possibilidade de uma escrita da história a partir de um diálogo abrangente, no qual narrativas biográficas e literárias estejam presentes em pesquisas e pesquisadores de várias frentes possíveis. Desde os anos de 1970 Hayden White nos chama a atenção para importância que as estruturas metanarrativas têm para a formação do conceito de história, na mesma esteira, Luiz Costa Lima nos traz a evidência de que o não questionamento teórico entre Ficção e História faz com que o historiador se compreenda como ileso no processo de construção de seu discurso e acarrete um fechamento da historiografia para a possibilidade de reflexão filosófica de si mesma. Leia Mais

História da historiografia contemporânea – crítica, escrita e historicidade | Escrita da História | 2020

A Revista Escrita da História apresenta neste volume o dossiê temático “História da historiografia contemporânea: crítica, escrita e historicidade”, cuja proposta é contribuir com um movimento recente que tem promovido a história da historiografia como disciplina e área de conhecimento. Nos últimos anos é perceptível o crescimento das publicações acadêmicas, grupos de pesquisa e da bibliografia em si voltada à tradução, difusão e análise de diferentes autores e correntes relacionadas ao pensamento histórico.

Fruto da crescente profissionalização dos historiadores brasileiros e do aumento quantitativo dos programas de pós-graduação em história, a história da historiografia tem seu espaço já consolidado entre as grandes áreas de pesquisa em história. Assim, em um esforço em reunir pesquisas recentes sobre as escritas da história e historiografia, seguimos a premissa do historiador francês Henri-Irénée Marrou, que na obra Sobre o conhecimento histórico considera este tipo de conhecimento sempre como um fenômeno cumulativo, portador de verdades parciais que a cada momento são reelaboradas, sendo a historiografia um elemento constante em todo este processo. Leia Mais

Educação e Direitos Humanos: perspectivas e desafios | Escrita da História | 2019

A Declaração Universal dos Direitos Humanos, aprovada em 1948 pela Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), assegura os direitos fundamentais de todos os seres humanos – independentemente da etnia, das escolhas religiosas, do gênero, da classe etc. –, por meio de um corpus articulado às Constituições dos diferentes Estados nacionais. Dessa forma, o ensino e a educação eram considerados instrumentos de promoção das garantias e do respeito às liberdades afiançadas por esta Declaração. Duas décadas depois, a Organização dos Estados Americanos (OEA) aprovou a Convenção Americana de Direitos Humanos, que tinha como propósito respeitar os direitos e as liberdades dos cidadãos dos países-membros da OEA. Dentre as recomendações estabelecidas estava que os Estados membros deveriam promover a educação, a ciência e a cultura como uma forma de fundamentar a democracia e o pleno desenvolvimento social e econômico.

No caso brasileiro, a Constituição Federal de 1988 garante o direito ao ensino e à educação e assegura a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a arte e o saber. Apesar de a educação ser um direito humano assegurado nacional e internacionalmente, ela não está protegida de ataques constantes advindos de grupos reacionários. Nos últimos anos, determinados setores sociais lançaram uma agenda conservadora com o propósito de moralizar e destruir o sistema educacional brasileiro. Com o atual governo autoritário, estes grupos aumentaram seus ataques ao ensino nacional. Leia Mais

Ensino de História: posicionamentos didáticos, teóricos e políticos | Escrita da História | 2018

Embora nunca tenha sido fácil desempenhar o papel de professor no Brasil, nos últimos tempos a função tem estado sob ataque. Docentes, sobretudo de História e de outras áreas humanas, têm sido acusados de doutrinar seus alunos e fomentar em sala um ensino parcial, ideológico e partidário.

Atualmente, na Câmara dos Deputados, uma comissão especial analisa o projeto de lei que tenta implementar as propostas do programa “Escola sem Partido”. A principal bandeira é a neutralidade absoluta no ensino. Com o anúncio do resultado das urnas das últimas eleições presidenciais e a vitória do candidato que é um dos arautos do movimento supracitado, houve uma intensificação das perseguições a professores que são acusados de promover o que o grupo considera doutrinação. Por meio das redes sociais, alunos foram incitados a gravarem áudios e vídeos que sirvam de supostas “provas” em futuros processos. Leia Mais

Perspectivas sobre o Brasil Império | Escrita da História | 2017

Dando sequência a edição anterior, dedicada às elites e instituições no Brasil Império, a Revista Escrita da História tem a satisfação de publicar o presente número, que reúne trabalhos com múltiplas perspectivas sobre o oitocentos no Brasil. Trafegando por temas diversos como os embates conceituais do período, as relações entre província e centro, a construção do Estado, a administração e a justiça, e a escravidão, o dossiê perpassa por todo o século XIX, levantando inúmeras questões e problemas, bem como oferecendo muitos caminhos de investigação.

O texto que abre o dossiê, de Jônatas Roque Mendes Gomes, mestre em História Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), trata das discussões sobre o conceito de “cidadão” na Assembléa Geral Constituinte e Legislativa de 1823. Com o objetivo de entender os usos deste conceito-chave no centro do poder político do Império, o autor retoma as discussões acerca do conceito desde os finais do século XVIII, demonstrando as suas diversas “camadas de significados”, que se entrecruzavam nas formulações dos constituintes de 1823. Através da análise das mobilizações conceituais, o autor vislumbra como os atores políticos e sociais do período pretendiam dar forma para a construção e organização do Estado e da Nação brasileira então em formação. Leia Mais

Elites e instituições no Brasil Império | Escrita da História | 2016

No primeiro semestre de 2016 a Revista Escrita da História – REH publicou o dossiê intitulado “Elites e Instituições no Brasil Colonial”. Nesta nova edição, de número seis, damos sequência à discussão anterior, avançando sobre o período Imperial. Reunimos diferentes trabalhos que abordam, à sua maneira, os problemas envolvidos na organização institucional e na atuação política das elites imperiais no Brasil. Temos um fio aglutinador que perpassa os trabalhos que integram o dossiê. Trata-se da construção do Estado nacional no Brasil, problema que demanda respostas de diferentes níveis, tal como a diversidade de abordagens dos textos que compõem a presente edição.

José Augusto dos Santos Alves, doutor em História e Teoria das Ideias pela Universidade Nova de Lisboa (UNL), analisa no artigo que abre o dossiê um documento pouco citado pela historiografia brasileira: as Cartas políticas de Americus. O autor aborda uma série de problemas propostos e discutidos nas Cartas políticas, avançando sobre temas de enorme relevância no início do XIX: opinião pública, constituição, delimitação dos poderes, publicidade, modernidade e/ou antigo regime, legitimidade, leis, liberdade de imprensa, em suma, o exercício do poder em toda sua complexidade. Segundo o próprio autor da carta, sua “teoria de governo”. Dessa forma, José Augusto permite ingressarmos no tema do dossiê por meio das discussões conceituais envoltas nos projetos políticos presentes na primeira metade do XIX no Brasil, projetos que de uma forma ou de outra afetavam as práticas e a organização institucional do país. Leia Mais

Elites e instituições no Brasil colonial | Escrita da História | 2016

A nova edição da Revista Escrita da História – REH, de número cinco, é composta pelo dossiê Elites e instituições no Brasil colonial, que reúne quatro trabalhos de jovens que buscam, cada qual a seu modo, relacionar as trajetórias de setores das elites coloniais às transformações políticas e econômicas da sociedade colonial. Percorrem-se os espaços mais diversos da colônia, ao longo dos séculos XVI, XVII e XVIII, para mostrar como, em cada contexto, respeitadas as devidas particularidades, as elites locais se articulavam, se apropriavam das prerrogativas das câmaras municipais, e se relacionavam com as autoridades régias, defendendo seus interesses e integrando-se ao Império português.

O artigo que inaugura o dossiê recebe o título O papel das elites locais na criação de vilas na porção meridional da América portuguesa (séc. XVI-XVIII): o caso da capitania de São Vicente. Trata-se de uma síntese da pesquisa de doutorado do autor, Fernando V. Aguiar Ribeiro, defendida recentemente junto ao Programa de PósGraduação em História Econômica da Universidade de São Paulo. Ao longo do texto, é feita uma análise do papel das elites políticas paulistas no processo de criação de vilas no planalto da capitania de São Paulo ao longo dos séculos XVI, XVII e grande parte do século XVIII. Procura-se demonstrar que, ao contrário do que ocorria em outras regiões, grande parte das vilas paulistas coloniais foram criadas por iniciativa de setores específicos das próprias elites locais, normalmente por aqueles indivíduos que ocupavam postos periféricos na Câmara Municipal de São Paulo. O estudo evidencia que o acesso à cúpula dessa instituição era condição essencial para garantir a posse da terra na região, e por isso os ocupantes de postos periféricos na administração local acabavam edificando, ao longo do planalto, outras estruturas político-administrativas, onde poderiam ocupar postos centrais e, a partir deles, garantir seu acesso a terra, gozar de maior prestígio e controlar todas as prerrogativas inerentes às câmaras municipais coloniais. Leia Mais

Memória e teoria da História: debate e prática historiográfica | Escrita da História | 2015

Em sua quarta edição, a Revista Escrita da História – REH vem buscando se consolidar como um espaço de debate e reflexão acerca dos diferentes tipos de abordagem da ciência de Clio. Assim, em consonância com o movimento dos Annales, que promoveu e insistiu na necessidade de alargar a noção de fonte histórica, trazemos o dossiê Memória e teoria da História: debate e prática historiográfica no intuito de congregar pesquisas que, ao explorar documentos nem sempre valorizados pela historiografia tradicional, apresentaram possibilidades de entrevermos “histórias dentro da História”, alusão comumente empregada por pesquisadores no campo da história oral.

Ainda que nem todos os textos inseridos no dossiê se apropriem desta metodologia – ou mesmo disciplina, como consideram alguns estudiosos –, seus autores, de modo geral, articularam memórias como objetos da História. Individual ou coletiva, a memória foi abordada como um processo de “construção social” e os pesquisadores investigaram este objeto evidenciando múltiplas histórias, memórias e identidades em diferentes contextos. Em certa medida, os estudos também atuaram como “a pequena ponta de um iceberg” – como observou Jacques Le Goff –, ou seja, revelaram uma ínfima parcela de toda uma conjuntura sociocultural, econômica e política. Leia Mais

Intérpretes do Brasil e leituras críticas | Escrita da História | 2015

Os autores não escrevem livros: não,

escrevem textos que outros transformam em

objetos impressos (Roger Chartier).

Longe de defender o eterno retorno aos estudos que se debruçaram sobre os aspectos e fundamentos históricos da sociedade constituída na interseção do Velho Mundo com a África e o Atlântico Sul, o Dossiê que ora se apresenta como integrante do terceiro número da Revista Escrita da História (REH) havia proposto a reunião de artigos cujas perspectivas adotassem um viés crítico sobre os textos e autores apontados como clássicos pela historiografia, no sentido de melhor situá-los em seus respectivos tempos; e que fossem além dos limites da tríade consagrada nos anos 1960 por Antonio Candido – a saber, Gilberto Freyre, de Casa-grande & senzala (1933); Sérgio Buarque de Holanda, de Raízes do Brasil (1936); e Caio Prado Júnior, de Formação do Brasil contemporâneo (1942) –, sem, contudo, necessariamente relegá-los ao escanteio das discussões, pois isso também seria um equívoco.

Para fomentar um debate desta natureza, a chamada em apreço também não buscava constituir outro panteão das letras nacionais, como tem sido feito – é preciso dizer – por certa História Intelectual stricto senso, que tem se mantido fadada a lançar visões turvas sobre as realidades pretéritas, pois se encerra de forma exclusiva no interior das obras e, por isso mesmo, muitas vezes incorre no erro de curto-circuito, conforme expressão de Pierre Bourdieu. Leia Mais

Intelectuais e Estado Brasileiro | Escrita da História | 2014-2015

A organização burocrática situa-o, protege-o, melancoliza-o e inspira-o”.1

Foi utilizando essas palavras que Carlos Drummond de Andrade justificou a relação entre os intelectuais e o Estado. Atuar no funcionalismo público, além de ser um resguardo financeiro, na concepção de Drummond, eliminaria os cuidados imediatos e não abriria perspectivas “de ócio absoluto”. Ainda que concordássemos com as assertivas do poeta, já é sabido que o relacionamento entre os homens de ideias e o aparelho estatal foi e continua sendo complexo. Muitos consideram essa relação como cooptação, outros apenas como um jogo de interesses, mas o fato é que ela movimenta pesquisadores do passado e da atualidade.

No âmbito dessas questões, novamente a Revista Escrita da História (REH) se apresenta como sendo um canal de discussões por meio do qual são expostos trabalhos acadêmicos oriundos de análises e pesquisas que têm por objetivo refletir acerca do “fazer científico” da História. O segundo dossiê do periódico tem a intenção de promover o debate a respeito da relação intelectuais e Estado, destacando novas perspectivas sobre o tema que nesta edição tem em comum a atuação dos intelectuais-funcionários na promoção da edição de livros, ou seja, o processo de monumentalização da História e da memória através de suas publicações.

Embora tenham a ação editorial como uma questão comum, os artigos que compõem o Dossiê “Intelectuais e Estado brasileiro” têm suas particularidades. Sendo assim, abrimos nosso segundo número com a ampliação de perspectivas comparativas, pois no artigo de Nuno Medeiros, da Universidade Nova de Lisboa, o autor explicita, para o caso de um exemplo do outro lado do Atlântico, a duplicidade de maneiras pelas quais o governo português atuou quando da publicação de livros durante o regime do Estado Novo. O pesquisador apresenta de que forma a ditadura impôs regras que cercearam a edição de livros e, ao mesmo tempo, incentivou uma “literatura oficial” do próprio Estado.

No âmbito brasileiro, André de Lemos Freixo, professor da Universidade Federal de Ouro Preto, apresenta-nos um artigo realizado a partir dos trabalhos do intelectual José Honório Rodrigues na publicação da coleção “Documentos Históricos” da Biblioteca Nacional entre os anos 1946-1953. A indagação do professor procura abranger a produção de memória dos intelectuais enquanto agentes em instituições de preservação e difusão cultural. Para isso adota as reflexões de Paul Ricœur, Jan e Aleida Assmann e de alguns representantes que considera como uma “terceira onda” de estudos da memória.

Com uma reflexão também sobre a memória, a doutoranda Maria Claudia Cavalcante, da Universidade Federal de Pernambuco, propõe um debate a partir da análise dos livros Presença na política (1958) e Depois da política (1960), ambos de Gilberto Amado. Segundo a autora, por meio dessa leitura é possível discutir as imagens construídas pela literatura memorialística de Gilberto Amado acerca de sua participação política e movimentação intelectual.

Por fim, mas não menos importante, temos o trabalho de Paula Rejane Fernandes, professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, a respeito da coleção Mossoroense criada por Jerônimo Vingt-un Rosado Maia. Essa coleção tinha a finalidade de promover práticas culturais na cidade de Mossoró e também o propósito de construir uma memória para a cidade e seu lugar de destaque no meio intelectual. Além disso, Fernandes destaca de que maneira as relações entre Rosado Maia e políticos influentes nos anos 1960-70, tais como Ney Braga e Jarbas Passarinho, foram importantes para a publicação dos livros do projeto.

Na seção de artigos livres contamos com a colaboração de vários jovens pesquisadores, membros das mais diversas instituições de ensino do país e com propostas de trabalho inovadoras. Temos os artigos de: Diego Ramos, da Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Nittina Botaro, da Universidade Federal de Juiz de Fora; e Endryws Felipe Souza de Moura, da Universidade Federal de Campina Grande. Além desta seção, nesta edição contamos com uma entrevista inédita oferecida pelo professor Renán Silva, da Universidad de Los Andes (Colômbia), na qual discute os novos desafios enfrentados pelo historiador no século XXI.

E assim concluímos mais um número desejosos de que todos os leitores e leitoras façam excelentes reflexões a partir do material da mais nova edição da REH.

Atenciosamente,

Nota

1 DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos apud MICELI, Sérgio. Intelectuais e classe dirigente no Brasil (1920-1945). São Paulo: Difel, 1979, p. 129.


Organizadora

Mariana Rodrigues Tavares


Referências desta apresentação

TAVARES, Mariana Rodrigues. Apresentação. Escrita da História, v.1, n.2, p.10-12, out./mar. 2014-2015. Acessar publicação original [DR]

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Escrita da História | [?] | 2014

Escrita da Historia

A Revista Escrita da História (2014-) tem por finalidade a publicação de trabalhos científicos inéditos na área das Ciências Humanas e Sociais, com o objetivo de promover a produção acadêmica, tanto de pesquisadores em início de trajetória quanto de investigações já consolidadas, desde que sejam trabalhos de fôlego analítico.

Periodicidade semestral

Acesso livre

ISSN 2359 0238

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