Being Born: Birth and Philosophy | Alison Stone

Natalidade
Natalidade | Foto: Wesley Almeida/Canção Nova

Alison Stone é uma filósofa inglesa, professora da Universidade de Lancaster e especialista em filosofia continental com destaque para o idealismo alemão e teoria feminista. Ela é autora de livros como Petrified intelligence: nature in Hegel’s philosophy (2004, SUNY Press), Luce Irigaray and The Philosophy of Sexual Difference (2006, pela Cambridge Press) e An Introduction to Feminist Philosophy (2007, pela Polity Press), e coeditora da coletânea Routledge Companion to Feminist Philosophy (2017, Routledge).

Seu livro de 2019, Being Born: Birth and Philosophy amplia algumas noções contidas no sexto capítulo de An Introduction to Feminist Philosophy (Alison STONE, 2007), tendo como objetivo mostrar que a natalidade é “uma dimensão estruturante de nossa existência”1 (Alison STONE, 2019, p. 231). No volume, Stone nos apresenta sete capítulos, nos quais analisa elementos distintos que decorrem do fato de sermos nascidas. O primeiro capítulo explora como o nascimento foi pensado pelas filósofas feministas Luce Irigaray, Adriana Cavarero e Grace Jantzen; os três capítulos seguintes exploram aspectos da condição humana que estão, segundo a autora, conectados ao fato de nascermos: historicidade, vulnerabilidade, dependência, relacionalidade, o fato de nos emaranharmos em redes de poder e nosso caráter situacional resultante. A autora também inclui nesta lista a contingência radical de ser nascida; os dois capítulos seguintes exploram elementos próximos à filosofia existencialista como a angústia causada pelo nascimento e a conexão entre mortalidade e natalidade. O último capítulo se dedica a pensar o nascimento como dádiva a partir do sentido maussiano do conceito. O livro contribui para uma ontologia do nascimento e da relacionalidade constitutiva da existência humana, discute a interseccionalidade em termos de nossas origens natais e dialoga com as teorias contemporâneas sobre o luto. Leia Mais