Pensar a educação na História: intelectuais, práticas e discursos | Temporalidades | 2019

Um “falso problema, de uma questão circular”! Nesses termos que o pesquisador português Antonio Nóvoa, ainda no final da década de 1990, procurava se desembaraçar de um conjunto de questões aludidas como polêmicas no bojo de investimentos de avaliação que eram produzidos sobre o acúmulo de pesquisas em História da Educação, uma área de estudos então em expansão (CAMBI, 1999, p. 12). O ponto central da pretensa controvérsia estava em delimitar se as pesquisas histórico educacionais correspondiam a um dos domínios da História ou se estabeleceriam uma das especializações das Ciências da Educação; e, consequentemente, se a tarefa de investigar a historicidade dos fenômenos educativos caberia aos historiadores profissionais ou aos pesquisadores em Educação. Aquele era um momento sensível para a área. O acúmulo de um processo de renovação teórico-metodológico, possível pela intensificação do contato e dos esforços de assimilação dos movimentos de renovação historiográfica, aportaram contribuições que permitiram deslocamentos nas definições da especificidade e pertinência da História da Educação, e que, por consequência, impactaram nas expectativas em relação ao conhecimento e as respostas que era capaz de produzir. (NUNES e CARVALHO, 2005) Leia Mais