Imaginações rebeldes: disputas e derivações da artepensamento feminista | Cadernos Pagu | 2020

À ideia de incerteza viva (Volz, 2016) deriva a potência do risco e da instabilidade acerca de normatizações de corpos e subjetividades. Podemos assumir isso como o circuito em que trafegam imaginações artísticas rebeldes, em que os corpos e suas performances dissidentes, desarticulados das convenções e padrões hegemônicos, travam um embate para resistir, existir, permanecer e se (re)inventar nos variados sistemas e expressões artísticas.

Diante disso, que relações produtivas podemos estabelecer entre os pares gênero/sexualidade e arte e vice-versa, ou de que forma gênero e sexualidade, como tecnologias subjetivas, imbricam em formas artísticas e essas mesmas formas artísticas nos ajudam a repensar as relações de gênero e suas interseccionalidades? Gênero, como categoria relacional, interage com outros determinantes étnico-raciais, de classe, localização e geração, o que tornam as estruturas e conjunturas nas quais interatuam essas articulações ainda mais complexas. Ao mesmo tempo, esses “atravessamentos” se dão tempo-espacialmente, constituindo processos histórico-sociais-políticos que definem as questões artísticas em tela. Leia Mais