O cravo no Rio de Janeiro do século XX | Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira, Maria Ainda Barroso

A música como fato urbano pode não ser uma exclusividade da cidade do Rio de Janeiro, mas não há dúvida de que se consagrou como um tema importante para a história da cidade e para a consideração de sua singularidade. Por outro lado, essa perspectiva enriquece igualmente a história da música como construção histórica. Esse entrelaçamento entre a história da música e a história da cidade tem sido um campo fértil de pesquisa e que ganha uma nova contribuição com o lançamento do livro O cravo no Rio de Janeiro no século XX, escrito por Marcelo Fagerlande, Mayra Pereira e Maria Aída Barroso. Leia Mais

Cidades vacinadas. Ensaios urbanos e ambientais para um Brasil pós-pandemia | Leila Marques

Breve identificação da obra, organizadoras e autores

Trata-se de uma coletânea de cinquenta textos – ou ensaios, como descrito no título – de sessenta e sete autores, majoritariamente arquitetos e urbanistas – quarenta, mais precisamente – além de vinte e sete profissionais de outras áreas da ciência que relacionam-se com o urbanismo tais como Engenharia, Direito, Turismo, Biologia, Administração, Comunicação, Relações Internacionais, Antropologia, História, Geografia, Paisagismo, Economia, Artes e outras especializações, reunidos em doi capítulos principais, um capítulo extra, com três textos lúdicos sobre a temática, e um apêndice com uma entrevista auto descritiva com um professor e vereador da cidade do Rio de Janeiro, além da minibiografia de todos os participantes da obra. Leia Mais

Caminhos que levam à cidade. O protagonismo do IAB na politica urbana | Vera França e Leite

Recém-lançado em janeiro de 2021, por ocasião das Comemorações do Centenário do Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB), o livro Caminhos que levam à cidade – o protagonismo do IAB na política urbana brasileira, de autoria da arquiteta urbanista Vera França e Leite, examina com profundidade a trajetória e o empenho do Instituto, dirigido a proporcionar um ambiente urbano seguro, equilibrado, saudável e receptivo aos seus cidadãos e cidadãs.

Baseado originalmente em sua tese de doutoramento, os cinco capítulos e subcapítulos que compõem o livro permitem ao leitor percorrer um largo período da história do Instituto de Arquitetos do Brasil – IAB, de 1953 a 1988, mediante uma linguagem de fácil assimilação e compreensão, visivelmente com o propósito de atingir um público que não se limita unicamente à categoria profissional de arquitetos e urbanistas. Com o mesmo objetivo, Vera desenvolve sua narrativa por um fio condutor, comprovando-a em documentos originais do acervo de IAB e outras fontes, onde destaca particularidades e, evidencia a continua persistência do Instituto em se fazer ouvir. Se em alguns momentos, particularmente após o golpe de 1964, essa persistência, pautada por uma atitude permanentemente crítica, porém propositiva, conviveu com difíceis e intrincadas negociações, mais das vezes improdutivas, por outro lado, o ideário construído pelo Instituto, notadamente a partir do III Congresso Brasileiro de Arquitetos – Belo Horizonte, 1953 –, possibilitou que os conceitos e os novos paradigmas formulados, alcançassem o êxito pretendido, no médio e longo prazo. Leia Mais

Marcos Konder Netto. Caderno de projetos, reflexões e realizações do arquiteto

O título desta resenha procura adensar a essência do livro e do filme Konder – o protagonismo da simplicidade, documentos de cultura criados pelo arquiteto e estreante cineasta Igor de Vetyemy que, com palavras e imagens em movimento, capturou os principais fatos da vida e da obra de Marcos Konder Netto. Arquiteto graduado em 1950, Konder nasceu no ano de 1927, em Blumenau, Santa Catarina, é habitante da cidade do Rio de Janeiro desde 1938, foi colega de Antônio Carlos Jobim no início do curso e, ainda estudante, realizou para o compositor a sua primeira obra de arquitetura de interiores.

Igor de Vetyemy, à semelhança de Marcos Konder Netto, é também professor e presidente do Departamento do Rio de Janeiro do Instituto de Arquitetos do Brasil. No livro e no filme-documentário (1), Vetyemy fundamenta-se nas temporalidades estéticas e políticas em que se desenvolveram as realizações profissionais e pessoais do protagonista, acentuando que a obra de Konder reproduz a modernidade do século vinte. Evidencia-se, dessa maneira, que texto e imagens, organizados com métodos e ferramentas racionalmente ordenados, narram a sintaxe e a arte de (in)certo modernismo, o qual, gerado na vertente das arquiteturas ativistas, traduziu o desejo de compensar enorme e insuperável dívida social. Leia Mais

O fotógrafo Benicio Whatley Dias | Cêça Guimaraens

O que seria da arquitetura sem seus fotógrafos? Ou antes, o que seria de uma cidade sem eles? De Paris sem Atget; de Nova York sem Stieglitz; do Rio sem Ferrez; de São Paulo sem Militão; de Buenos Aires sem Coppola; de Salvador sem Verger; do Recife sem Benicio Dias? O que sua presença – como de tantos outros fotógrafos – tem a dizer dessas cidades que eles retrataram? Da transformação de sua fisionomia, das múltiplas maneiras de enxerga-las, dos acúmulos temporais nelas flagrados, dos vestígios do perene, do fugidio, do insólito? Que cidades ao fim e ao acabo eles revelaram? Que imagens elaboraram ou consagraram a seu respeito?

O livro acerca da obra fotográfica de Benicio Dias organizado por Cêça Guimaraens ajuda-nos a responder algumas dessas questões. Não apenas aos que, como nós, nascemos no Recife ou que estudamos a história da cidade em que cedo ele emergiu como um de seus intérpretes mais vigorosos. Mas a todo aquele interessado nas relações da cidade com a fotografia e com as arenas culturais que estimularam o surgimento de representações visuais tão eloquentes acerca do urbano. Leia Mais