Virginia Artigas. Histórias de arte e política | Rosa Artigas

No final dos anos 1960, convivi mais com a personagem central deste livro do que com minha mãe. Nada contra dona Lia, mas a casa de dona Virgínia e do marido, o arquiteto e professor João Batista Vilanova Artigas, era uma espécie de imã para uma penca de adolescentes, secundaristas e universitários amigos dos filhos do casal, Júlio e Rosa, de quem fui colega de classe, de grêmio e de protestos contra a ditadura.

Atraídos pelas aulas informais que o velho Artigas nos proporcionava, feliz de manter contato com a juventude de que fora apartado ao ser cassado como professor da FAU pelo AI-5, mas de certo modo mais interessados na disposição de Virgínia para ocupar o papel de confidente e conselheira, sentíamos que a partir dali tomaríamos nosso rumo, sabendo muito bem o que o povo queria. Como alertava Virgínia e se verá a partir da página 239, não era bem assim. Leia Mais