Virginia Artigas. Histórias de arte e política | Rosa Artigas

Mais do que pode ser, a vida é maravilhosa! Tenho nas mãos agora um livro encantador escrito por Rosa Artigas sobre sua mãe: Virgínia Artigas, histórias de arte e política.

Armênio, nosso camarada sereno e cordial, instalou a amizade entre nós. O livro no qual celebramos sua memória – Nosso Armênio (1) – será lançado em São Paulo no dia 17 de março de 2020 (2). Trinta e um amigos, inclusive nós, derramam emoções e afeto no quanto escreveram a respeito do “Tio”, como o chamávamos. Mas o que agora me fascina, de verdade, é o livro da Rosa. Leia Mais

Virginia Artigas. Histórias de arte e política | Rosa Artigas

Quando brumas caem sobre a cena pública e a polarização político-ideológica persiste, animada por grosserias, agressões e arroubos retóricos vindos de cima, é hora de valorizar a cultura e resistir aos que tentam criminalizá-la.

Na cultura repousa o que identifica uma nação e faz uma população se reconhecer como parte de uma coletividade. De norte a sul, de leste a oeste, nas grandes cidades e nas mais recônditas localidades do Brasil profundo, é a posse de uma mesma língua, de hábitos enraizados, de símbolos, de maneiras de pensar, sentir e fazer que dá ao brasileiro a percepção de que, na vida, há algo além da sua pessoa e do lugar geográfico. Por brotar da experiência, a cultura não pode ser capturada pelo Estado, muito menos pelos governos de plantão. Continua a pulsar, sempre. Leia Mais

Virginia Artigas. Histórias de arte e política | Rosa Artigas

No final dos anos 1960, convivi mais com a personagem central deste livro do que com minha mãe. Nada contra dona Lia, mas a casa de dona Virgínia e do marido, o arquiteto e professor João Batista Vilanova Artigas, era uma espécie de imã para uma penca de adolescentes, secundaristas e universitários amigos dos filhos do casal, Júlio e Rosa, de quem fui colega de classe, de grêmio e de protestos contra a ditadura.

Atraídos pelas aulas informais que o velho Artigas nos proporcionava, feliz de manter contato com a juventude de que fora apartado ao ser cassado como professor da FAU pelo AI-5, mas de certo modo mais interessados na disposição de Virgínia para ocupar o papel de confidente e conselheira, sentíamos que a partir dali tomaríamos nosso rumo, sabendo muito bem o que o povo queria. Como alertava Virgínia e se verá a partir da página 239, não era bem assim. Leia Mais