A autobiografia de Martin Luther King | Clayborne Carson e Martin Luther King

Em função de sua influência midiática global, as recentes manifestações estadunidenses, pautadas primordialmente no antirracismo, ressuscitaram o debate sobre discriminação racial nas imprensas espalhadas pelo mundo. Seja para criticar a raiva dos manifestantes, representada pela destruição de símbolos escravistas, como estátuas de senhores de escravos, por exemplo, ou para apoiar a causa da população negra, opiniões têm sido levantadas sobre esses episódios sociais. Entretanto, se engana quem pensa que tais demandas e reivindicações são totalmente novas no âmbito social dos Estados Unidos da América. Não é de hoje que esse ativismo urgente reúne milhares de atuantes em seu centro e milhões de espectadores em seu entorno.

No cerne dessa questão, importantes lideranças negras se consolidaram como catalisadores de mudanças sociais no continente americano. Dentre elas, destaca-se o inesquecível pastor batista Martin Luther King Jr (1929- 1968), reconhecido por lutar em prol da universalização dos espaços sociais. Nascido no ápice da Grande Depressão, o menino da classe média de Atlanta, desde cedo, nutria um forte sentimento contra o sistema segregacionista que vigorava nos Estados Unidos. Acusado de ser negro1, inevitavelmente enveredou pelos caminhos militantes do pai2 e, em poucos anos, tornou-se a liderança central do movimento por direitos civis na América do Norte, questionando a predominância exclusivamente branca nos espaços sociais de seu país.

Sua extensa história foi organizada pelo professor Clayborne Carson – reconhecido por ser historiador da Universidade de Stanford e diretor-fundador do Martin Luther King Jr. Research and Education Institute3 – e publicada posteriormente nos trinta e dois capítulos do livro que reflete os pensamentos autobiográficos de King. Por meio de artigos renomados, discursos consagrados, cartas pessoais, ensaios inspiradores e comentários originais, ambos de Martin Luther, Carson remonta a narrativa da vida desse líder internacional, seguindo fielmente a ordem cronológica dos fatos e mantendo o ponto de vista kingiano sobre os eventos que marcaram a sua própria existência e sobre sua luta contra a segregação nos espaços sociais.

Entendida como o “produto do legado intelectual de King” (p. 7), a obra é baseada exclusivamente nas suas próprias palavras. Por meio da reunião de textos publicados ou não em vida por Martin Luther, o livro tem o objetivo de preservar a integridade das suas declarações e de seus pensamentos, seguindo uma metodologia consistente para isso (p. 10). Reunindo ainda trechos de documentos e gravações, a obra visa “construir uma narrativa legível e compreensível” (p. 8) da vida desse importante líder mundial. Além de organizador e editor, a ação de Carson ainda se deu na revisão gramatical e na correção ortográfica dos textos reunidos, mas tais intervenções necessárias se deram apenas no caráter editorial e não nos conteúdos originais, que são de autoria de King (p. 11).

Intitulada A Autobiografia de Martin Luther King4, a obra inicia especificamente em 15 de janeiro de 1929 com o próprio nascimento de Michael King Junior na avenida Ausburn, em Atlanta, Geórgia. Pelo fato de ter nascido sob o contexto de uma das maiores crises do capitalismo moderno e ter crescido sob as consequências dela, isso fez com que ele, desde cedo, nutrisse, em seu interior, fortes “sentimentos anticapitalistas” (p. 14) – mesmo que eles, futuramente, fossem bastante reprimidos pelo medo da ofensiva antissocialista que assolava o mundo contemporâneo no contexto bipolar de Guerra Fria (1945-1991).

No primeiro capítulo, Carson resgata as lembranças autobiográficas da infância e adolescência de King. Nelas, são mostradas as suas raízes sulistas, com um enfoque especial para as ascendências de sua mãe, Alberta Christine Williams King (1904-1974), e de seu pai, Martin Luther King (1899-1984). De herança paterna, era neto de meeiro – mais um trabalhador pobre que era privado de cidadania plena e explorado pela superestrutura latifundiária estadunidense, sendo impedido de ocupar os mesmos espaços que os brancos. Esse legado exploratório perpassou gerações e alcançou o próprio King. Em sua vida, Martin Luther convivia, conscientemente, com essa mesma exploração capitalista que oprime tanto brancos quanto negros sem distinção, sendo tanto testemunha ocular quanto vítima desse sistema segregacionista.

Ao passar dos capítulos subsequentes, a partir do segundo ao sexto, é mostrado o ingresso de King no ensino superior. Em 1944, aos quinze anos, passa na prova de admissão e inicia sua vida acadêmica no Morehouse College5, cursando sociologia. Nesse espaço educacional teve acesso a teoria da resistência não violenta a partir da leitura do ensaio “A desobediência civil”, de Henry David Thoreau (1817-1862). Foi nesse período também que o futuro líder central do movimento por direitos civis inicia sua militância em organizações progressistas em Atlanta. Todo esse momento de formação universitária e social lapida King tanto na teoria, sob a forma de filosofia não violenta, quanto na prática, por meio do estudo de métodos de resistência civil – aspectos centrais que, posteriormente, seriam marcas essenciais de seus discursos e suas ações estratégicas contra a segregação nos espaços sociais.

Aos dezenove anos, concluiu a faculdade e iniciou sua peregrinação rumo a plena consciência moral da realidade. Ao se formar bacharel em sociologia, King, por influência de seu pai e de alguns professores, ingressa no Seminário Teológico Crozer6 e inicia sua vida eclesiástica. É efetivamente nesse período que pretende “empreender seriamente uma busca intelectual por um método para eliminar os infortúnios sociais” (p. 31). Para isso, se debruça em estudos filosóficos e sociológicos dos principais pensadores mundiais do passado. Dentre eles, examina primordialmente o utilitarismo de Jeremy Bentham (1748-1832) e John Stuart Mills (1806-1873); os métodos revolucionários de Karl Marx (1818-1883) e Vladimir Lênin (1870-1924); a teoria do contrato social de Thomas Hobbes (1588-1679) e Jean-Jacques Rousseau (1712-1778); e, por fim, a filosofia do super-homem de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Entretanto, segundo o próprio King, em tais pensamentos renomados, ele não encontrou nenhuma “satisfação moral e intelectual” (p. 40). Por sorte do destino, nesse seu incansável empreendimento, o é apresentado, em um sermão na Filadélfia, a filosofia da resistência não violenta de Mahatma Gandhi (1869-1948). Nesse momento, King encontra as fundamentações teóricas para as suas futuras ações populares de não cooperação, ao passo que também fortalece o seu compromisso com um evangelho socialmente engajado contra a segregação.

A partir do sétimo capítulo até o nono, um pouco mais de cinco anos após esse encontro com os ideais gandhianos, King teve sua primeira grande oportunidade de colocar em prática os seus estudos – até então – teóricos. No dia 1º de dezembro de 1955, como de costume, quatros passageiros negros foram exigidos que cedessem os seus lugares no ônibus a brancos que embarcaram posteriormente. Três deles concordaram e ficaram em pé, mas uma mulher se recusou e resolveu dar um basta nessa situação constrangedora. Ela era Rosa Parks (1913-2005), uma costureira, que, ao negar seu assento, é presa por isso. A revolta popular foi tão grande que uma revolução pacífica antirracista, sob a forma de boicote aos ônibus municipais, toma conta de Montgomery, Alabama, com o intuito de exigir o fim da segregação nos transportes. Com o passar do tempo, devido seu êxito até então inesperado, o movimento passou a demandar de uma organização ainda mais orgânica e eficaz. Para isso, o jovem reverendo Martin Luther King é alçado ao papel de condutor central desse “exército sem armas” 7. Ao longo de 381 dias, ele e os insurgentes, ao se recusarem a embarcar em transportes segregados, usaram meios alternativos para locomoção: alguns utilizaram de acordos com taxistas, de caronas compartilhadas e outros literalmente caminharam em direção à liberdade. Certos habitantes da cidade chegavam a percorrer vinte quilômetros por dia a pé (p. 75), mas o faziam com alegria, pois sabiam que uma mudança nos espaços racistas dos EUA era urgente para as gerações vindouras. No final desse período, por uma decisão da Suprema Corte dos Estados Unidos, os manifestantes conseguem, de forma pacífica, legal e institucional, o fim da segregação nos transportes, obtido a partir da declaração de inconstitucionalidade das leis que garantiam a discriminação nos ônibus. Assim, na prática – como deve ser –, a multidão inquieta de Montgomery descobriu a força transformadora da união não violenta.

Posteriormente, a partir de 1960, outros movimentos populares tiveram a atuação preponderante de King e de algumas associações antissegregacionistas. Entre eles, alguns foram abordados de maneira enfática em sua Autobiografia, dentre os quais se destacam principalmente: os empenhos não violentos, sob a forma de protestos sentados, em busca da integração nas lanchonetes de Atlanta, explicados nos capítulos quatorze e quinze; os esforços pacíficos contra as injustiças discriminatórias sofridas pelos negros em Albany, demonstrados no capítulo dezesseis; as ações táticas contra a opressão violenta do comissário de polícia Eugene “Bull” [Touro] Connor em Birmingham, explicitadas nos capítulos dezessete, dezoito e dezenove; as condutas heroicas em busca de direitos constitucionais em St. Augustine, mostradas no capítulo vinte e dois; os feitos revolucionários a favor da cidadania plena no Mississippi, demonstrados no capítulo vinte e três; a busca pelo direito ao voto em Selma, mostrada no capítulo vinte e seis; a luta por uma educação integrada de qualidade em Chicago, explicitada no capítulo vinte e oito; e, por ŀ m, as manifestações por melhores condições econômicas para a população de Memphis, demonstradas no capítulo trinta e um. Todos esses movimentos contaram com o fato de King tentar mobilizar tanto a comunidade negra quanto a branca com um claro intuito de buscar uma conciliação racial, procurando, assim, cessar, por meio de ações estrategicamente calculadas, os problemas de privação e negação que grande parte da nação estadunidense sofria, demonstrando que a segregação espacial era física e simbólica e que ela só cessaria com a união.

Do Norte ao Sul, do campo a cidade, essas ações diretas definitivamente marcaram a história da luta pelos direitos civis nos Estados Unidos e foram responsáveis por iniciar movimentos de democratização das espacialidades norte-americanas. De acordo com a leitura da obra, com elas, houve um confronto pacífico contra a segregação nos espaços públicos, contra a negação prática do sufrágio universal, contra a discriminação habitacional e contra o impedimento da plena liberdade de expressão que assolavam os negros estadunidenses. Por conta da atuação delas, leis importantes de integração espacial foram sancionadas, como, por exemplo, a Lei dos Direitos Civis de 1964 e a Lei do Direito ao Voto de 1965. Além disso, devido a esses movimentos de contestação, houve um resgate da identidade dos oprimidos: os afro-americanos passaram a compreender a importância de seu papel de protagonismo no espaço da história e, consequentemente, na contemporaneidade. Assim, depois de assimilarem isso, uniram-se, armaram-se moralmente com a filosofia da não violência tão propagada por King e começaram a quebrar os grilhões que os aprisionavam.

Entretanto, como é perceptível ao longo do livro, para a concretização dessas conquistas inéditas, os manifestantes adeptos da resistência civil sofreram ataques físicos, retaliações psicológicas e descrença por parte da ampla sociedade, como está explicitado nos capítulos oito, doze e quinze. O próprio Martin Luther King foi preso injustamente algumas vezes, além de ter sofrido agressões violentas, tentativas de atentado e ter sido descredibilizado por certos colegas clérigos brancos – que não compreendiam a urgência de sua peleja. No entanto, movidos, principalmente, pelo princípio gandhiano da “força do amor”8 e pelo Sermão da Montanha9, perseveraram em suas lutas e obtiveram êxito, apesar das duríssimas perdas em combate.

No vigésimo quarto capítulo, percebe-se que todos esses feitos heroicos na luta pelos direitos civis foram reconhecidos mundialmente. No dia 10 de dezembro de 1964, Martin Luther – como a metonímia perfeita dos movimentos antissegracionistas de libertação – é laureado com o Prêmio Nobel da Paz. O seu clamor de liberdade ecoou pelo mundo, atravessou oceanos, adentrou o Parlamento norueguês e revolucionou a luta contra a opressão que vigorava em diversas partes do Globo. A sua voz passou a ser audível tanto no âmbito nacional quanto no internacional. Esse momento de reconhecimento histórico foi a glória necessária que o seu movimento pelos direitos civis precisava adquirir formalmente.

Dentre honras e fracassos, é perceptível que a existência de King traduz a esperança por mudança que inquieta os oprimidos. Por conta disso, a sua urgência retrata a sua própria atualidade. Assim, em meio ao debate racial que ocorre atualmente nos veículos midiáticos do mundo, a figura de Martin Luther King e sua filosofia a não violenta tornam-se fundamentais para a compreensão e a solução desses dilemas. Para tal empreendimento, a leitura de sua Autobiografia se torna imprescindível para todo o oprimido organizado e combatente do mundo civilizado, além de ser uma fonte completa para os estudiosos que dedicam suas pesquisas ao entendimento dos espaços segregados no contexto estadunidense. Por meio do estudo de sua história, entende-se que prática e teoria necessitam estar ligadas de forma concomitante e precisam ser moralmente válidas – ou então não servirão para nada. Por meio do resgate da filosofia de Thoreau e Gandhi, King reverte algumas falácias sobre a não violência e demonstra que ela não é sinônimo de inação, mas sim de amor (ver: p. 227-246) – um sentimento que precisa ser colocado em prática, uma vez que, somente por meio dele, vislumbrar-se-á o futuro equânime tão sonhado por King para todos os espaços da América.

Notas

1 Baseado na frase icônica da escritora afrofeminista Joice Berth: “não me descobri negra, fui acusada de sê-la” (Joice Berth apud Djamila Ribeiro. Pequeno Manual Antirracista. São Paulo: Companhia das Letras, 2019.), King, aos seis anos, foi réu pela primeira vez devido a sua cor. Esse traumático incidente ocorreu em sua infância, quando foi proibido de brincar com seu melhor amigo branco, demonstrando que a segregação também atingia espaços sociais físicos e simbólicos. Assim, antes mesmo de se tornar jovem, Martin Luther já havido experimentado o véu translúcido da segregação espacial e do racismo.

2 Seu pai, Martin Luther King (1899-1984), já havia presidido a Associação Nacional para o Progresso das Pessoas de Cor (em inglês: National Association for the Advancement of Colored People; NAACP) em Atlanta e era defensor ferrenho da reforma social (p. 17) – um adendo: NAACP é a organização que futuramente ŀ caria mundialmente conhecida pela bravura de sua ativista Rosa Parks (1913-2005), figura famosa por se recusar a ceder seu acento a um passageiro branco e ser estopim de um ato de boicote aos ônibus municipais de Montgomery.

3 Martin Luther King Jr. Research and Education Institute (Instituto de Educação e Pesquisa Martin Luther King Jr., em português) é uma organização voltada à preservação das memórias de King, bem como está focada na garantia da conservação de sua luta antirracista. Fundada em 2005 pelo Prof. Dr. Clayborne Carson, o Instituto atua na conclusão de documentos kingianos, publicação de livros, produção de materiais didáticos e realização de eventos especiais dedicados à compreensão da vida desse importante líder mundial. Para mais informações sobre o Instituto, acessar: https://kinginstitute.stanford.edu.

4 De acordo com a sua certidão de nascimento, durante os primeiros anos de sua vida, seu nome era Michael King Junior. Entretanto, posteriormente, devido a uma viagem de seu pai a Wittenberg (Alemanha), o berço do protestantismo luterano, é rebatizado para Martin Luther em homenagem ao próprio Martinho Lutero. Ver: Clayborne Carson (Org.); Martin Luther King. A autobiografia de Martin Luther King. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2014. DeNeen Brown. The story of how Michael King Jr. Became Martin Luther King Jr. The Washington Post, Washington, 15 de jan. de 2019. Disponível em: https://www. washingtonpost.com/history/2019/01/15/story-how-michael-king-jr-became-martin-luther-king-jr. Acesso em: 22/09/2020. Mesmo após essa mudança identitária, era comum que, por vezes, a sua própria família ainda o chamasse de “Mike”, como um apelido carinhoso e afetuoso de seu verdadeiro nome de batismo.

5 Morehouse College é uma instituição privada de ensino superior fundada em 1867 e localizada em Atlanta, Geórgia. Por herança da Guerra Civil, é uma faculdade historicamente voltada para a população negra. Antes mesmo do ingresso do próprio King, a entidade já havia sido frequentada por outros familiares, como, por exemplo, seu pai e seu avô materno.

6 Seminário Teológico Crozer foi uma instituição religiosa multidenominacional localizada em Chester, Pensilvânia. Foi inaugurado em 1868 como a nova sede do Departamento de Teologia da Universidade de Lewisburg. Ao longo de sua atuação, a entidade ficou reconhecida nacionalmente por sua reputação não ortodoxa e por suas tendências teológicas liberais. Em 1970, o Seminário se funde com a Colgate Rochester Divinity School em Rochester, Nova Iorque

7 “Exército sem armas” é uma adjetivação dada por King aos manifestantes presentes na Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade (cap. 20), que ocorreria posteriormente em 28 de agosto de 1963 (p. 266). Entretanto, esse é um belo termo que pode ser ampliado para todo aquele que acredita que o amor é a arma mais poderosa que pode ser usada para cessar os males estruturais da sociedade.

8 “Força do amor” é a tradução do conceito gandhiano de satyagraha. Etimologicamente, esse termo de origem hindi é composto por duas palavras distintas: satya que é a própria verdade, o que corresponde, segundo o autor, ao amor genuíno e verdadeiro, e graha que significa força. Dessa forma, unindo essas duas expressões, satyagraha significa a força da verdade ou a força do amor (p. 39).

9 Sermão da Montanha é um discurso atribuído a Jesus Cristo que pode ser encontrado nos capítulos 5, 6 e 7 do Evangelho de Mateus e fragmentado ao longo do Evangelho de Lucas. Nele, são exortadas as principais lições de conduta e moral que idealmente devem reger a vida cristã. Baseando-se nesse aprendizado, Martin Luther King resgata esses ensinamentos e os aplica em seus discursos não violentos e em suas ações sociais de resistência civil, como, por exemplo, foi usado no estímulo ao boicote aos ônibus municipais de Montgomery (ver: p. 88).


Resenhista

Lucas Barroso – Bacharelando em História pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e licenciando em História pela Universidade Cândido Mendes (UCAM).


Referências desta Resenha

CARSON, Clayborne (Org.). Martin Luther King. A autobiografia de Martin Luther King. Trad. Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Zahar, 2014. Resenha de: BARROSO, Lucas. A autobiografia de Martin Luther King: uma análise da atuação antirracista não violenta nos espaços segregados dos anos 1960 nos Estados Unidos. Revista de História – UFBA, v. 9, p. 1-6, 2021. Acessar publicação original [DR]

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