História e Linguagens / Em Tempos de Histórias / 2011

Apresentação

É com grande satisfação que apresentamos a primeira edição de 2011, com o dossiê História e Linguagens. Primeiramente, gostaríamos de agradecer a todos os colaboradores que enviaram seus trabalhos e aos professores avaliadores que gentilmente se colocaram a disposição da revista Em Tempo de Histórias. Nós do Conselho Editorial, ficamos felizes com a oportunidade de prestar uma pequena contribuição para a troca de conhecimento, gerada com a publicação dos trabalhos enviados por estudantes de pós-graduação e pós-graduados de várias regiões do país.

O fascínio pela visita ao passado não se encontra somente no contato do presente com a alteridade, mas também nas distintas formas abordar esse passado. O dossiê História e Linguagens propõe uma reflexão acerca de algumas formas de linguagens – como a música, a fotografia, o jornalismo e o museu – em sua relação com o tempo, que lhes atribuem sentido e encerram suas possibilidades.

A presente edição está composta por três artigos na seção dossiê, além de outros quatro artigos e uma resenha. Como parte do dossiê: “Da história das ideias à história social das ideias: entre a renovação epistemológica e a prática historiográfica”, escrito por Gustavo Rodrigues Mesquita; “Fotojornalismo como fonte histórica: contribuições da comunicação para a produção historiográfica”, escrito por Eunice Ribeiro dos Santos e “O „Culto da Saudade‟ nas Comemorações do Centenário da Independência do Brasil: A Criação do Museu Histórico Nacional, 1922”, escrito por Júlia Furia Costa.

Na seção de artigos, apresentamos trabalhos de variadas temáticas, o que enfatiza as múltiplas possibilidades metodológicas na construção da narrativa histórica. O trabalho “Empreendimentos comerciais e a “questão indígena” nos sertões de Minas Gerais (1847-1860)”, com a autoria de Weder Ferreira da Silva, pretende discutir o contato entre a Companhia do Mucuri e a sociedade dos índios Botocudo, durante o período do Brasil Imperial.

Camila Gonçalves Silva redigiu o texto intitulado “Contra o „inimigo interno‟ a favor do Governo Militar: Imprensa e Censura em Montes Claros/MG 1964-1985”. Por meio da metodologia da História Oral, a autora se propôs a analisar tanto o perfil da imprensa escrita de Montes Carlos, quanto à presença de censores nas redações dos jornais.

Com o artigo “A industrialização brasileira em perspectiva histórica (1808-1956)”, Felipe Hees discorre a respeito do desenvolvimento industrial no Brasil, abrangendo desde as primeiras iniciativas que visavam incentivar as manufaturas no século XIX até as discussões a respeito do crescimento da economia ocorridas no Senado Federal, na década de 1950.

Entre outras questões, Marcus Vinícius Ramos argumenta que o isolamento do Paraguai na primeira metade do século XIX, pode ser entendido como um dos motivos da ascensão ao poder do ditador conhecido como Dr. Francia, no trabalho “O Ditador Perpétuo José Gaspar Rodríguez de Francia, O Supremo: Um “Príncipe” na Bacia do Rio da Prata?”.

Por fim, Fabiana Francisca Macena contribui com a resenha “Artífices de sua própria história: a Guarda Negra da Redemptora como espaço de construção de identidades e exercício da cidadania” realizada a partir da leitura do livro Guarda Negra: a Redemptora e o ocaso do Império com a autoria de Augusto Oliveira Mattos.

Boa leitura!

Ana Carollina Gutierrez Pompeu

Conselho Editorial

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