Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. 

O OFÍCIO DA MÚSICA NA ESCRAVIDÃO | João Batista Correa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O objetivo deste artigo é analisar as práticas musicais dos escravos músicos pertencentes a Imperial Fazenda de Santa Cruz. Temos como intuito ainda, compreender como esta relação escravo e música se davam na fazenda. Tentaremos encontrar indícios de como estes escravos aprendiam a música, e qual era a função social desta pratica artística no interior da fazenda no decorrer do século XIX.
Palavras Chaves: Escravidão; Fazenda de Santa Cruz; Música.

| O NEGRO NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS BRASILEIROS: REPRESENTAÇÕES VALORATIVAS E DE AUTOESTIMA ÀS CRIANÇAS NEGRAS | Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Neste artigo pretende-se colocar em discussão a representatividade de negros(as) nas histórias em quadrinhos brasileiros. No entanto buscou-se recontar as histórias em que houvessem a valorização das matrizes e origens da cultura afro-brasileira, dos povos africanos e dos fatos históricos brasileiros, colocando o(a) negro(a) como protagonista destas histórias.
Palavras-chave: história em quadrinhos; autoestima; representação; cultura afro-brasileira.

| KARL VON LUSTIG PREAN: EXÍLIO E ANTINAZISMO NO BRASIL | Wanilton Dudek | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Com a ascensão de Hitler, intelectuais e políticos de fala alemã, opositores ao nazismo, buscaram exílio nos Estados Unidos, México e América do Sul. Nos lugares onde se estabeleceram, grande parte desses exilados atuaram em movimentos políticos antinazistas com a finalidade de fortalecer a oposição ao Terceiro Reich. Um dos líderes desses movimentos no Brasil foi o austríaco Karl Von Lustig Prean, que fundou o Movimento dos Alemães Livres, na cidade de São Paulo. N

O presente artigo examinaremos parte da trajetória de Lustig Prean no Brasil e suas atividades políticas na luta antinazista.
Palavras-Chave: Exílio – Brasil – Antinazismo

| ENSINAR A NAÇÃO PELA REGIÃO: REPRESENTAÇÕES DA INFÂNCIA EM CARTÕES-POSTAIS FRANCESES PRODUZIDOS DURANTE A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918) | Audrey Franciny Barbosa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

A presente pesquisa teve por objetivo analisar cartões-postais franceses produzidos as vésperas e durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a fim de problematizar a forma como as editoras francesas representaram a imagem de crianças em seus anversos e assim promoveram um discurso em relação a guerra. Para tal, compreende-se que na produção historiográfica contemporânea, inúmeras são as possibilidades de campo de pesquisa e fontes de análise disponíveis ao historiador para a construção do discurso historiográfico. Nesse caso, os cartões-postais apresentam-se como documentos potenciais para a análise historiográfica, uma vez que, são objetos que suscitam aspectos sociais e culturais do período em que foram produzidos, por meio de suas representações, usos e funções. Em relação à metodologia adotada, destacam-se os trabalhos realizados por Stancik (2009; 2012; 2013; 2014; 2015) no que se refere à abordagem dos cartões-postais como documentos para a historiografia e o método iconográfico/iconológico proposto por Panofsky (2011), ressaltando, porém, algumas revisões e adaptações necessárias. Quanto às fontes, todos os postais fazem parte do acervo particular do professor Dr. Marco A. Stancik e foram disponibilizadas pelo mesmo.
Palavras-chave: Cartões-postais; Infância; Representações.

PERSPECTIVAS DE ABORDAGENS ÉTNICAS SOBRE O CONTESTADO | Eloi Giovane Muchalovski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

O movimento sertanejo do Contestado, ocorrido no planalto catarinense entre 1912 e 1916, e seus desdobramentos, tem sido matéria de inúmeras pesquisas de história nos últimos anos, especialmente pela passagem do seu centenário (2012-2016). Contudo, os estudos acerca do tema ainda não trataram com efeito sobre a etnicidade do conflito, ou seja, não se efetivou um aprofundamento nas possíveis ramificações étnicas dos revoltosos, os quais, na maioria das pesquisas, são denominados apenas de caboclos, “fanáticos”, “jagunços” ou sertanejos. Os próprios indígenas, que ainda mantinham presença efetiva em boa parte do Brasil Meridional no final do século XIX e início do XX, até o presente momento, não foram devidamente inseridos na problemática do Contestado, haja vista que as fontes jornalísticas da época, por inúmeras vezes, mencionam a existência destes em todo território em litígio. Sendo assim, este trabalho procura analisar a historiografia da Guerra do Contestado identificando as lacunas existentes com relação à questão étnica, apontando possíveis encaminhamentos de pesquisa histórica na referida problemática. – PALAVRAS-CHAVE: Contestado; Etnicidade; Historiografia.

A LEI 10.639/2003 NO PERÍODO ATUAL: MESA REDONDA: “DEZ ANOS DA LEI 10.639/03 – BALANÇOS E PERSPECTIVAS “ | Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Neste artigo busca-se analisar discursivamente um evento que ocorreu no dia 19 de abril de 2013 no auditório da Geografia da USP, intitulado como: “Mesa Redonda: “Dez Anos da Lei 10.639/2003 – Balanços e Perspectivas”. Neste encontro, foram discutidos os dez anos de obrigatoriedade da lei 10.639/2003 nos estabelecimentos oficiais de ensino do Brasil com a participação das educadoras Nilma Lino Gomes e Petronilha Gonçalves.
Palavras-chave: racismo; cultura afro-brasileira; currículos escolares, instituições educacionais.

PONTA GROSSA: O IMAGINÁRIO DA CIDADE NO INÍCIO DO SÉCULO XX | Isaias Holowate | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

No início do século XX, a cidade de Ponta Grossa passou por um período de aumento populacional e intensa urbanização, decorrentes da chegada dos imigrantes e da transformação de uma sociedade baseada na economia rural tropeira para uma economia mais diversificada, onde a atividade urbana passou a ter uma importância crescente. Essa modificação estrutural na sociedade ponta-grossense também se caracterizou pela ascensão dos discursos modernizantes e a chegada de símbolos do progresso, como a instalação da ferrovia e a fundação do periódico O Progresso/Diário dos Campos. No presente estudo, busca-se fazer uma análise dos discursos sobre a cidade de Ponta Grossa presentes no periódico entre 1910 e 1921, tomando por base o conceito de representação presente na obra do historiador Roger Chartier, com o objetivo de refletir a respeito da Ponta Grossa construída nas páginas do jornal, buscando revelar assim as construções, as presenças e as ausências nos discursos sobre a Ponta Grossa do início do século XX. | Palavras–Chave: Cidade. Diário dos Campos. Ponta Grossa. Representações.

PERSPECTIVAS DE CONSERVAÇÃO DE FONTES PARA PESQUISA HISTÓRICA: O PROJETO E IMPORTÂNCIA DO PIBEX NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PESQUISA E EXTENSÃO DOS ALUNOS BOLSISTAS | Neidi Natalia Skakum e Everton Carlos Crema | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O projeto desenvolvido dentro do Arquivo Histórico da UNESPAR de União da Vitoria trabalhou com a digitalização de processos trabalhistas, cobranças, entre outros, para que os mesmos pudessem ser mais bem preservados e tornar mais acessível esse material para o pesquisador utiliza-lo como fonte para pesquisas de âmbito regional.
Palavras-chaves: Arquivo Histórico, processos, digitalização.

MEMÓRIAS, LUGARES DE MEMÓRIA E HISTÓRIA: O CASO DO MUSEU CAMPOS GERAIS | Matheus Mendanha Cruz | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Este artigo visa discutir como a memória influi no cotidiano e como os lugares de memória são fundamentais para a permanência destas, além de dialogarmos como estas servem de base para a formação de sentido histórico. Conversaremos os conceitos aqui discutidos com algumas exposições do Museu Campos Gerais, localizado em Ponta Grossa e administrado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), construindo assim, de maneira mais contundente e prática, a discussão acerca do papel do lugar de memória dentro da sociedade.
Palavras-Chave: Memória; Lugar de Memória; Museu Campos Gerais.

EDUCAÇÃO, DISCIPLINA E COMPORTAMENTO NAS ESCOLAS CRISTÃS DE JOÃO BATISTA DE LA SALLE | Lidiane Maria Fávero e Emerson Benedito Ferreira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O presente artigo tem como finalidade apresentar alguns conceitos basilares sobre a vida e obra de João Batista de La Salle. Para isso, o trabalho foi subdividido em duas partes: a primeira, trazendo uma breve narrativa da vida e da criação das escolas lassalistas, instituições de ensino que tomaram conta da França no final do século XVII e início do século XVIII; e a segunda, tentar entender a maneira como estas escolas foram organizadas e administradas, sobretudo com algumas reflexões sobre as regras de comportamento criadas por La Salle.
Palavras-Chave: História da educação; Religiosidade; Séculos XVII e XVIII; La Salle.

ENSINO E APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA: ASPECTOS COGNITIVOS E CULTURAIS | Adriano José Dias Rodrigues | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

A finalidade principal do presente trabalho é uma análise acerca do ensino e aprendizagem da História: aspectos cognitivos e culturais. Desta forma, justifica-se a atualidade do assunto e introduz os conteúdos sobre este assunto organizados em torno de duas importantes dimensões do ensino da História: a cognitiva e a cultural. No que diz respeito à dimensão cognitiva, esboça-se um panorâmico sobre as capacidades e os recursos didáticos implicados em aprender a pensar historicamente. No que diz respeito à dimensão cultural, apresentam-se as razões pelas quais o ensino formal da história continua intimamente ligado à construção da identidade e a transmissão da memória coletiva. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de caráter bibliográfico com exame de uma investigação teórica acerca das duas dimensões do ensino de História. – PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História. Pensar historicamente. Memória coletiva.

A CONSTRUÇÃO DO MUSEU JOSÉ ANTÔNIO PEREIRA COMO PARTE DA IDENTIDADE CAMPO-GRANDENSE | Elaine Cristine Luz Santos de Moura | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

O presente trabalho resulta-se de estudos realizados durante a disciplina “Mobilidade, Globalização e Cultura Regional” ofertada pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 2016. Pretende-se socializar as pesquisas realizadas sobre a construção da identidade de campo-grandense sob a imagem de José Antônio Pereira, tendo como recorte a construção do Museu José Antônio Pereira, localizado em Campo Grande, MS. Partindo-se do pressuposto de que a sociedade padece de uma “miopia cultural”, conforme Schwarcz (1994), entende-se que as identidades são construções realizadas por interesses ideológicos como instrumento de unificação social. Verifica-se o patrimônio como representação da família Pereira, configurando assim o imaginário e o simbólico dos pioneiros da cidade.
Palavras-chave: identidade; patrimônio; cultura regional.

O ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES | Alexandre Claro Mendes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O artigo tem como objetivo fornecer elementos ao professor para que ele possa introduzir em suas aulas de História Antiga o uso de documentos escritos ou iconográficos tendo como objeto uma discussão sobre o papel paradoxal da Mulher grega.
Palavras-Chaves: História, História Antiga e Ensino de História.

A UMBANDA SOB A LEI: A RELIGIOSIDADE E AFASTAMENTO DAS ORIGENS PARA O RECONHECIMENTO RELIGIOSO | Jorge Luiz Zaluski e Elenice de Paula | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Este texto visa apresentar uma reflexão sobre a religião umbanda e sua construção ao longo do século XX. Junto ao arcabouço de autores/as que investigam o tema, buscamos refletir como o Estado interferiu nas práticas religiosas no que se refere a religiões elaboradas através de matrizes africanas. Procuramos ainda, ao longo deste debate, perceber a sincronia entre intolerância religiosa e racismo, tendo em vista que ambos norteiam práticas discriminatórias e excludentes por tratar de uma religião marcada por traços afro-brasileiros.
Palavras chave: Legislação, Religião, Umbanda.

DA TABATINGA AO TECIDO: A IDENTIDADE ÉTNICA DA MÁSCARA ZAMBIAPUNGA (NILO PEÇANHA/BA) | Jamile Santos de Sena, Edson Dias Ferreira e Marise de Santana | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Esse texto é resultado de uma pesquisa sobre a identidade étnica enunciada por meio das máscaras do grupo Zambiapunga de Nilo Peçanha-Ba. Realizamos uma análise sobre as transformações plásticas ocorridas na confecção tradicional da máscara do referido Grupo, antes elaborada com um tipo de argila denominada tabatinga, sendo feita nos dias atuais com tecido de cetim. Foi identificado que mesmo perante as modificações conferidas na sua forma de elaboração, as funções ancestral e simbólica continuam a evidenciar o pertencimento identitário por parte do grupo. Argumentamos que o sentido ancestral remete ao imaterial e sentido simbólico remete à materialidade da máscara que recobre a face dos integrantes. Outro aspecto relevante a ser mencionado é que a máscara do grupo em foco, enquanto herança do legado africano, evidencia a presença de diferentes elementos que figuram grupos étnicos, seja africano, europeu ou indígena.
Palavras chave: Zambiapunga, máscara, identidade étnica.

O EXERCER DA DOCÊNCIA: OS DESAFIOS DOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UNESPAR, CAMPUS DE UNIÃO DA VITÓRIA | Gabriel I.Covalchuk e Cristiane Brand de Paula Gouveia Pasini | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Utilizando os resultados obtidos a partir do questionário aplicado nas turmas dos cursos de licenciatura da Universidade Estadual do Paraná, Campus de União da Vitória, relativos ao ano de 2016, buscamos abordar o perfil dos(as) estudantes universitários(as), visando refletir sobre alguns dos possíveis motivos da evasão dos(as) alunos(as)deste ambiente acadêmico e também compreender por que muitos(as) estudantes estão cursando uma licenciatura sem ter o desejo de exercê-la.
Palavras-Chave: Docência; Evasão; Questionários; Levantamento de dados.

ENTRE A CRUZ E O TACAPE: | A ação da Igreja no cotidiano indígena dos Xucuru-Kariri  | Lucas Emanoel Soares Gueiros e José Adelson Lopes Peixoto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

A partir do momento em que o europeu chegou a ‘Nova Terra’ em 1500, e estabeleceu contato com os povos nativos iniciou-se um lento processo de trocas culturais e conflitos ideológicos que resultaram em profundas transformações para os envolvidos no processo. Este acontecimento apresentado como ‘O Descobrimento do Brasil’ passa a ser visto como fundante do processo de construção identitária do indígena brasileiro. Partindo dessa premissa, o objetivo deste artigo é descrever as imposições e conflitos religiosos que se deu a partir do contato de nativos e colonizadores com o intuito de entender e discutir a identidade imposta ou forjada para os grupos indígenas localizados na capitania de Alagoas, em especial para os Xucuru-Kariri habitantes da zona Rural de Palmeira dos Índios. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica ancorada nos pressupostos teóricos de Darcy Ribeiro, João Pacheco, Roque Laraia, além dos estudos contemporâneos de Adelson Lopes, Christiano Marinho, Dirceu Lindoso, Ivan Barros, Júlio Melatti, e Marcondes Secundino. Os estudos bibliográficos instrumentalizaram a posterior pesquisa de campo na aldeia indígena Mata da Cafurna, do povo Xucuru-Kariri, em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas.
Palavras-Chave: Colonização. Conflitos. História. Índios. Religião

O “CIENTÍFICO” E O “TARIMBEIRO”: DISCURSO MILITAR SOBRE A REVOLUÇÃO DE 30 | Ariella da Silva de Albuquerque | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Este artigo tem por objetivo tratar das relações entre o discurso de dois militares e a formação profissional militar no período da revolução de 1930. A problemática central é entender como a formação profissional de dois militares do exército brasileiro construiu historicamente categorias do que é ser militar. A trajetória profissional dos militares revela distinções nos perfis dos dois militares, um militar que segue a vida nas tropas do exército e outro que busca especializar-se nos cursos das escolas militares. Essa diferenciação que segue no vocabulário militar representando uma dualidade: representando de um lado os “bacharéis de farda” como eram chamados os oficiais que tinham formação nas escolas militares, e de outro lado os “tarimbeiros”, denominação dado ao grupo que não frequentava a escola militar. Essa dualidade revela semelhanças e diferenças dentro de uma mesma unidade, a esfera militar.
Palavras-chave: Formação profissional; militares; revolução de 30.

ESTIGMA E CONDENAÇÃO: A PRESENÇA DA FEITIÇARIA NO BRASIL E A TERCEIRA VISITAÇÃO DO SANTO OFÍCIO NO GRÃO-PARÁ (1763-1769)  | Jessica Caroline de Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O Brasil colonial, assim como outros lugares ocupados pela ação da fé católica, foi palco de perseguições de cunho religioso, no qual, sujeitos ligados às práticas que não fossem aceitas ou conhecidas pela doutrina cristã eram rejeitadas, (re) educadas – por vezes, através da tortura. Nesta acepção, o objetivo deste projeto de pesquisa é investigar a presença da feitiçaria no período colonial brasileiro, fazendo uso dos processos inquisitoriais da Terceira Visitação do Santo Ofício no Grão-Pará no período de 1763-1769. Este tema possibilita analisar a estigmatização das práticas mágicas, da figura do feiticeiro e sua associação à heresia e/ou ao demônio, afinal, os indivíduos que não estivessem sob o molde católico tinham de se ajustar, e em última instância, eram condenados. Para tecer algumas reflexões iniciais, o debate historiográfico estruturou-se a partir de um levantamento bibliográfico tendo como foco a feitiçaria no Grão-Pará, fazendo o uso de autores como Souza (1986), Assis (2008), Caldas (2006), entre outros.
Palavras-chave: Brasil colônia, Feitiçaria, Santo Ofício.

EXTRA! EXTRA! NA GAZETA DE NOTÍCIAS: SERÃO OS CHINS NECESSÁRIOS? | Kamila Czepula | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Nesse breve texto, pretendemos identificar e analisar como o debate referente à imigração chinesa figura em um dos jornais de maior importância e circulação no período, a Gazeta de Notícias, e quem foram os personagens que entraram nesse debate por meio do periódico, assim como os expedientes por eles utilizados, suas interpretações e a difusão dessas ideias no restante da sociedade.
Palavras-chave: Imigração chinesa, Brasil, Gazeta de Notícias.

ETNOHISTÓRIA E CLASSIFICAÇÕES INDÍGENAS: ALGUMAS REFLEXÕES TEÓRICAS | Jessica Caroline de Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Buscando pensar sobre a História Indígena, este artigo tem por objetivo refletir brevemente sobre os conceitos que podem contribuir para a pesquisa vinculada ao Mestrado de História, Cultura e Identidades, da Universidade Estadual do Paraná, a qual tem por eixo norteador as práticas de mediação cultural durante o contexto indigenistas no século XIX. Dada a impossibilidade de apresentar ‘detalhes’ específicos deste trabalho (que está em andamento), optou-se por refletir sobre as ferramentas conceituais que podem contribuir e delinear a pesquisa, sobretudo, aquelas ligadas à Etnohistória, como também, procurar perceber como as populações indígenas são classificadas e significadas conforme as necessidades de cada momento histórico. Para atender as premissas teóricas, utilizou-se autores como Dulce Elena Canieli (2001), Fredrik Barth (1998), Isadora Lunardi Diehl (2015), entre outros.
Palavras-chave: Políticas Indigenistas; Classificações Indígenas; Etnohistória.

ELITE CAFEEIRA OITOCENTISTA: | TRANSFORMAÇÕES NAS RELAÇÕES SENHORIAIS NO VALE DO PARAÍBA | Carlos Eduardo Nicolette e Douglas Romero Vitorino de Souza | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

As pesquisas em história que abordam a zona cafeeira do Vale do Paraíba Fluminense do século XIX têm crescido substancialmente. Este artigo visa especificamente essa região e período, buscando compreender as transformações ocorridas no meio identitário e social da classe senhorial carioca à luz da cultura europeia. Para alcançar tal finalidade, tratar-se-á de dois pontos especialmente, sendo o primeiro algumas mudanças dentro do espaço da casa senhorial e as relações sociais a ela atreladas; e o segundo, compreender os aspectos relativos às transformações no campo da representação visual, à luz das cartes de visite que essa elite produziu.
Palavras-chave
Classe senhorial oitocentista; Vale do Paraíba Fluminense; Mise-en-scène europeia

O MUNDO UNIPOLAR E A GESTÃO GLOBAL: REFLEXÕES SOBRE A SOCIEDADE INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA | Zeferino Cariço André Pintinho | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

O fim da Guerra Fria alterou o quadro geopolítico mundial. O sistema internacional de até então possuía dois polos de poder bem definidos, que detinham uma grande margem de distanciamento com relação aos demais países do globo. Estados Unidos e União Soviética lideraram, desde o fim da II Guerra Mundial, os rumores e a agenda da política internacional. A disputa ideológica, que colocava de um lado os capitalistas e de outro, os comunistas, moldava as Relações Internacionais do período. Esse sistema bipolar encontrou o seu ponto final com o esgotamento de um dos contendores. Diversos factores podem explicar a derrocada soviética, tais como pontos de estrangulamento internos e pressões vindas de fora. Mas o que importava efetivamente era o simbolismo da situação: a derrota da ideologia comunista e do pensamento de esquerda, cujas falhas haviam produzido Estados autoritários, sem progresso e sem crescimento. Como consequência, o novo panorama internacional indicava a vitória ideológica dos EUA que viria a assumir o contorno do mundo com a sua hegemonia unipolar (Pecequilo, 2004, p.172-173). O presente trabalho procura explorar o debate gerado em torno do Mundo Unipolar e a Gestão Global: Reflexões sobre a História Actual.
Palavras Chave: Mundo Bipolar, Mundo Unipolar, Mundo Multipolar

UM OLHAR SOCIAL SOBRE ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO E A INSERÇÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE BRASILEIRA DO FIM DO SÉCULO XIX | Fernando Tadeu Germinatti e Alessandra de Melo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O texto investiga o processo abolicionista no Brasil, sublinhando o papel das leis emancipacionistas, que de forma gradual conduziram o país ao fim do regime de trabalho escravo, mantendo no entanto, a exclusão social do negro. A proposta preliminar deste trabalho é avaliar o modo como se desenhou o processo da abolição da escravidão, examinando as propostas das leis paliativas. Deste modo, ao expor por meio deste estudo as ambiguidades e falhas da abolição, questiona-se o direcionamento e o propósito das leis abolicionistas, bem como seus reais efeitos para com os escravos.
Palavras-chave: Abolição ,Escravidão, Exclusão social, Leis abolicionistas. |

HISTÓRIA E PODER: AS ELITES NO CONFLITO TERRITORIAL EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS – AL (1979-2015) | Luan Moraes dos Santos | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O objetivo desse artigo se situa na análise da atuação e inserção das elites nas disputas de poder, no processo de demarcação de terras, entre índios e fazendeiros, no município de Palmeira dos Índios – AL, entre os anos 1979 e 2015. As grandes retomadas territoriais e o acirramento das tensões políticas compõem o contexto de tais embates, tendo em vista a organização de movimentos indígenas desde a segunda metade do século XX, em oposição à coalizão de posseiros e grileiros dos territórios atualmente visados no moroso processo de demarcação. Assim, para entender as elites como uma forma de poder, partimos dos pressupostos teóricos de Boaventura de Souza Santos (1999) e com o intuito de analisar fontes escritas numa tentativa de reconstituição do passado, utilizamos as indagações de Francisco C. Falcon (1998). Portanto, em nossa tentativa de dar sentido histórico as transformações dos índios do Nordeste em sua (re)modelagem cultural, partimos da premissa dos índios misturados defendida por João P. de Oliveira (1998) e nas discussões de território elencadas por José Maurício Arruti (1999).
Palavras-chave: Demarcação. Disputa. Índios.

O CURRÍCULO DE HISTÓRIA E A LEI 10.639/2003: CO-CONSTRUINDO VERSÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA E AS QUESTÕES ÉTNICO – RACIAIS | Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Neste artigo buscou-se analisar discursivamente o posicionamento de uma professora de História sobre a aplicabilidade da lei 10.639/2003 no município de Nilópolis. Dentre os tópicos abordados na entrevista, busquei abordar especificamente a percepção da professora sobre o currículo de História, o posicionamento da direção escolar e dos outros docentes da instituição de ensino e de sua formação para as questões étnico-raciais.
Palavras-chave: relato docente; lei 10.639/2003; análise discursiva.

BRASÕES E ARMARIAS: DE TRECOS A TESTEMUNHOS DOS HOMENS NO TEMPO | Daniel da Silva Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

Considerando as alterações teórico-metodológicas como um continuum na historiografia, e que estas mudanças representam construções e desconstruções do que se considerou e considera-se entre os historiadores como fontes para a pesquisa do homem no tempo. O presente artigo pretende indicar possibilidades e discussões de autores para a produção historiográfica, com o enfoque da utilização de brasões e armarias como fontes tangíveis ao ofício do historiador. – PALAVRAS-CHAVE: Heráldica; Iconografias; Identidade visual.

GÊNERO, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO: CIVILIDADE E ETIQUETA NO “EDUCAÇÃO FAMILIAR” | José Roberto Corrêa Such | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O objetivo é propor uma reflexão sobre a educação na Escola Normal a partir de duas perspectivas: materiais guardados – no caso, manuais de civilidade – e em testemunhos de ex-alunas e professoras para pensar a memória feminina. Assim, pretendo pensar um elemento presente na educação feminina na Escola Normal – aulas de civilidade e etiqueta – e como isto está presente na memória de ex-alunas do Colégio de Educação Familiar de Curitiba/PR. A partir das categorias de gênero e memória, pretendo analisar relatos de ex-alunas desta escola para pensar a maneira como as construções sociais de civilidade e boas maneiras estão presentes na memória das alunas e que significados elas dão a esse tipo de educação em suas lembranças. Ao mesmo tempo em que as lutas contra a desigualdade de gênero anseiam por um acesso igualitário à educação para homens e mulheres, percebe-se nesses relatos um evidente saudosismo por parte de algumas ex-alunas por um antigo modelo de educação voltada para formar esposas, mães e donas de casa. Em um momento onde a “bela, recatada e do lar” assume uma posição de destaque no debate publico, essa discussão permite estabelecer uma relação com a atualidade e entre visões progressistas e conservadoras de educação.
PALAVRAS-CHAVE: Gênero, Memória, Educação, Civilidade, Boas Maneiras

LUIZ GAMA: IDENTIDADE ÉTNICA, ABOLIÇÃO E LITERATURA | Gessica Santos Seles e Itamar Pereira de Aguiar | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O presente artigo, intitulado Luiz Gama: identidade étnica, abolição e literatura, objetiva abordar a construção da identidade do poeta, filho de Luiza Mahin, através dos dados sobre suas origens étnicas, evidenciando os elementos que fortaleceram os seus ideais e impulsionaram a resistência. Para tanto, foram utilizadas obras cujos autores desenvolveram os conceitos: Identidade, Etnia e Etnicidade. O texto foi organizado em três seções, abordando as categorias e conceitos específicos, relacionando-as com as atividades de jornalista, poeta, advogado e militante abolicionista, na defesa dos direitos de africanos e afro-brasileiros no século XIX, em um império de escravocratas e racistas.
PALAVRAS-CHAVE: Luiz Gama; Identidade; Etnicidade; Abolição; Literatura.

RITOS DO TROVÃO (LEIFA雷法): UMA VISÃO GERAL DAS PRINCIPAIS LINHAGENS E ESCRITURAS BASEADA EM ESTUDOS RECENTES | Bony Schachter [Convidado Especial]

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