Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2021.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2021.

  • AS CIÊNCIAS HISTÓRICAS E O EVOLUCIONISMO CULTURAL DO SÉCULO XIX: A BUSCA PELO PASSADO ANCESTRAL por Geraldo Rosolen Junior…………………………………………………….
  • A TEORIA E A PRÁTICA NA FORMAÇÃO DO PROFESSOR: UMA REFLEXÃO EDUCACIONAL, CRÍTICA E CONSTRUTIVA por Katiana Alencar Bernardo…………………………………………..
  • HISTÓRIA ORAL COMO POSSIBILIDADE EM PRODUÇÕES DA DIDÁTICA DA HISTÓRIA E DO ENSINO DE HISTÓRIA: NARRATIVAS DE PROFESSORES(AS) por Mariana de Sá Gaspar…
  • RAP: UMA BRICOLAGEM TÁTICA FRENTE A VIOLÊNCIA POLICIAL CONTRA OS NEGROS ESTADUNIDENSES por Paulo Roberto Krüger………………………………………………………….

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

CARTÕES POSTAIS DE ESTÁDIOS DE FUTEBOL COMO FONTE DAS TRANSFORMAÇÕES URBANAS NO ESTADO DO RIO DE JANEIRO | Aristides Leo Pardo |

Através destas linhas iremos discorrer acerca da importância dos cartões postais como fontes históricas e guardiões das transformações sociais e urbanas através dos anos, com foco nos postais de estádios de futebol do Estado do Rio de Janeiro, pois é perceptível as mudanças que as praças esportivas sofreram com o passar dos anos, assim como seu entorno, isto sem falar naqueles que deixaram de existir por força da expansão das cidades. Utilizaremos neste trabalho, uma revisão bibliográfica e os próprios cartões postais, como fontes iconográficas para mostrar espaços em constante mutação, poderia ter usado fotografias, mas a opção pelos postais foi a escolhida por dois motivos: serem melhores para referenciar, e ne maioria dos casos, datar, e também por ter acesso mais fácil, já que esta é uma das paixões do autor, que pode mais uma vez rever sua coleção de cerca de 3.000 peças, que retratam praças esportivas dos quatro cantos do nosso Brasil. – PALAVRAS-CHAVE: Cartões Postais. Fontes Históricas. Estádios de Futebol.

“SÍNDROME DA CHINA” E A DENÚNCIA A INSEGURANÇA MUNDIAL NA “ERA NUCLEAR” | Arthur Alexandre Caetano Silva de Souza | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

O presente artigo procura analisar as relações entre produções cinematográficas e suas potencialidades perante a construção do conhecimento histórico. Sob o contexto da Guerra Fria que marcou o início da “era atômica”, buscaremos explicitar as relações entre representações cinematográficas e suas apropriações de fatos históricos enquanto elementos contribuintes para o enriquecimento do conhecimento histórico. Para isso, utilizaremos como “estudo de caso” o filme “Síndrome da China” (The China Syndrome) dirigido por James Bridges em 1979, e estrelado por atores consagrados do cinema como Jane Fonda, Jack Lemmon, Michael Douglas, dentre outros. O enredo de tal produção cinematográfica é relevante ao conhecimento histórico na medida em que proporciona a reflexão crítica a cerca da era nuclear e seus efeitos para a sociedade. Palavras Chave: Ensino de História; Guerra Fria; Cinema e História; Era Nuclear.

ENTRE “DEBATES E COMBATES”: NOTAS ACERCA DE ALGUNS DESAFIOS DA HISTÓRIA | Bruno César Pereira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

O presente artigo propõe realizar uma breve reflexão de alguns desafios enfrentados pela História ao longo do século XX. Em especial, em um primeiro momento, buscaremos nos concentrar nos debates travados entre História e a Sociologia durkheimiana refletida através das críticas feitas pelo sociólogo François Simiand as produções historiográficas da Escola Metódica. Em um segundo momento, nos dedicaremos em analisar os embates entre História e Antropologia, que, se concentrou entre os pesquisadores: Claude Levi-Strauss e Fernand Braudel. A proposta deste artigo, além de analisar os desafios enfrentados pela História em um dado contexto específico, busca destacar que a História, enquanto disciplina acadêmica possui grande importância para o pensamento humano, da mesma forma suas contribuições se equiparam as demais áreas do conhecimento social e humano. – PALAVRAS-CHAVE: Desafios; Teoria da História; Século XX. | INDÍCIOS E INDICADORES DAS TRANSFORMAÇÕES URBANAS EM FLORIANÓPOLIS NAS PÁGINAS DE “O ESTADO”: ACELERAÇÃO DO PROCESSO DE URBANIZAÇÃO E A INCORPORAÇÃO DO CONSUMO DE MASSAS (1970-1980) | Daniel Henrique França Lunardelli | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

A partir do início da década de 1970, a Capital catarinense ganhou uma nova dimensão em sua composição econômica e social. O processo acelerado de transformações urbanas que ocorreram na cidade impactaram a vida dos moradores e produziram uma série de expectativas acerca do presente e outras tantas em relação ao futuro. O crescimento vertiginoso da construção civil e o incremento do setor de serviços, somados às grandes obras públicas que impactaram a paisagem urbana de Florianópolis, contribuíram significativamente para construir no imaginário da população a narrativa de que se estava de fato vivendo um novo tempo. – PALAVRAS-CHAVE: Florianópolis. Cidade. Urbanização

ESTUDANTES PELA LIBERDADE: FORMAS DE ORGANIZAÇÃO, RACHA E OUTROS ASPECTOS (2012-2016) | João Elter Borges Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

O Estudantes Pela Liberdade (EPL) surgiu no Brasil como uma franquia do aparelho estadunidense Students For Liberty. Ao ser fundado no Brasil em 2012, o EPL estabeleceu como missão desenvolver estudantes ao seu potencial máximo de liderança, oferecendo treinamento de aperfeiçoamento profissional, desenvolvendo técnicas como as de oratória e comunicação profissional, na defesa dos preceitos ultraliberais. O período de 2012 a 2016 será o período áureo do EPL. Amparado, financiado e instrumentalizado por organizações nacionais e transnacionais, conseguirá se expandir por todas as regiões do país, através de uma série de atuações, formando dezenas de jovens para defenderem nos meios universitários os preceitos ultraliberais. Em 2016, contudo, sofrerá um racha interno, a partir do qual irá se dividir: será criado no país a Students For Liberty Brasil, uma vertente direta da versão americana, e o EPL perderá o direito de realizar parcela considerável dos seus projetos desenvolvidos anteriormente, assumindo a partir desse momento o caráter de uma “Academia da Liberdade”, oferecendo cursos online de formação. No presente trabalho objetivamos abordar aspectos das origens do EPL, as suas formas de organização, financiamento e atuação dentro do recorte de 2012 a 2016, e o porquê do racha interno. – PALAVRAS-CHAVE: Estudantes Pela Liberdade; Aparelho Privado de Hegemonia; Racha.

MALINCHE E POCAHONTAS: AS REPRESENTAÇÕES DAS MULHERES INDÍGENAS NO PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DAS AMÉRICAS | Luciane Zanin Ferreira e Mariana de Sá Gaspar | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

Nas colonizações das Américas espanhola e inglesa, ocorridas no século XVI, duas mulheres nativas se destacaram: Malinche e Pocahontas. Embora em contextos diferentes, suas trajetórias possuem aspectos em comum e características marcantes, recebendo, inclusive, representações póstumas ao período das conquistas, que lhes atribuíram no âmbito simbólico heroicização, culpabilidade e até mesmo um caráter lendário. Analisando essas indígenas a partir da formação das Américas colonizadas, buscamos compreender como essas mulheres se inseriram nesse processo, bem como problematizar suas representações. – PALAVRAS-CHAVE: História da América; Mulheres; Representações.

AS CEBS COMO MEIO DE COMPREENSÃO DAS LUTAS DOS POBRES NO BRASIL: 1964-1985 | Marcos Guerreiro de Farias | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

o presente texto busca analisar por meio uma revisão bibliográfica como se constituía as Comunidades Eclesiais de Base – CEB se os espaços de voz concedidos aos sujeitos que permeavam estas comunidades. Analisaremos especialmente os anos que compreenderam a Ditadura Militar no Brasil, momento este de extremo enrijecimento político, perseguições, torturas e mortes. Foi durante este momento que a Igreja se solidarizou com a luta dos pobres, solidificando-se como espaço para a fala quando a norma era calar. Mais próxima da população empobrecida, de seu cotidiano, convivendo diariamente com o sofrimento de muitos, a Igreja Católica por meio da Teologia da Libertação proporcionou um espaço de amplo debate político que posteriormente tornar-se-ia o núcleo dos movimentos mais críticos e a esquerda no Brasil. – PALAVRAS-CHAVE: Igreja Católica; Teologia da Libertação; Autolibertação.

AS MULHERES DE MACHADO: A MULHER NO SÉCULO XIX – REPRESENTAÇÕES DE MULHER NOS CONTOS DE MACHADO DE ASSIS | Milena Calikoski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

Neste texto fazemos a análise de alguns contos de Machado de Assis com a intenção de entender como as mulheres eram representadas, para isso utilizamos contos onde as mulheres têm um papel de protagonismo. Através das obras escolhidas podemos explorar como era o modelo de mulher exemplar, buscando nas obras mulheres que não se encaixavam nesses modelos, analisando a maneira como elas são representadas nas obras selecionadas, para então entendermos em qual contexto esses discursos foram produzidos. Buscamos entender como estes discursos contribuíam para a concepção da existência de um mundo feminino, onde o casamento era requisito principal e até carreira para a maioria das mulheres da elite burguesa. Palavras chave: mulheres; Machado de Assis; casamento.

O LÚDICO NO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM: O PIBID NAS TRINCHEIRAS DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL | Milliann Carla Strona e Cibeli Grochoski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.3, jul./set. 2020.

O presente trabalho objetiva apresentar o relato de uma experiência dos integrantes do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) da área de História da Unicentro, Campus Irati – Paraná. Para abordar a temática da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi utilizada uma metodologia diferente do que se faz no ensino tradicional, o intuito foi promover por meio de uma abordagem lúdica e da análise de fontes históricas uma reflexão crítica dos conteúdos com os alunos. O trabalho foi realizado na Escola Nossa Senhora das Graças com os 9ºs anos do Ensino Fundamental, sob a supervisão da professora regente Juliana Bastos. Palavras chave: Ensino; PIBID; Metodologia.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

SUMÁRIO | ESTADÃO, USP E OS INTELECTUAIS FRANCESES: A COMEMORAÇÃO DO CINQUENTENÁRIO DA UNIVERSIDADE E LEMBRANÇA INTELECTUAL PAULISTA DE FERNAND BRAUDEL NO SUPLEMENTO ‘CULTURA’ | Alicy de Oliveira Simas | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

O presente artigo objetiva analisar a articulação entre imprensa, universidade e intelectuais por meio de publicações do suplemento Cultura do jornal Estadão. O Cultura foi editado pelo jornal entre 1980 e 1991 e tinha como objetivo central a circulação de ideias entre intelectuais e a divulgação científica universitária, sobretudo dos intelectuais da Universidade de São Paulo (USP), no campo das Ciências Humanas e das Ciências Sociais. É possível afirmar que essa articulação entre o meio acadêmico da USP e o jornal remonte a década de 1930, quando os dirigentes do jornal foram os principais articuladores da criação da universidade e de sua Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras, a convidar intelectuais estrangeiros, em especial franceses, para formar seus quadros acadêmicos. Logo, busca-se evidenciar que no suplemento Cultura pretendeu-se reafirmar a construção de uma memória e de uma identidade acerca do “tripé” de sociabilidades e circulações de ideias, sendo constituintes disso, a Universidade de São Paulo, o jornal Estadão, e os intelectuais franceses. Para tanto, privilegia-se para análise publicações referentes ao cinquentenário da USP e, por conseguinte, ao intelectual e historiador francês, Fernand Braudel.Palavras-chave: Estadão; USP; Intelectuais franceses

FLORIANÓPOLIS E OS IMPACTOS DO “MILAGRE ECÔNOMICO” NAS PÁGINAS DE “O ESTADO” (1970-1980) | Daniel Henrique França Lunardelli | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

O presente artigo se propõe a analisar como o jornal “O Estado” apresentava as notícias sobre as transformações urbanas ocorridas em Florianópolis durante a década de 1970. A partir da análise dos discursos veiculados através de editorias, crônicas, cartas de leitores, charges, fotos e reportagens, busca-se demonstrar o crescimento vertiginoso da capital catarinense na esteira do “milagre brasileiro”, no qual combinava grandes investimentos em obras públicas e a expansão da construção civil. Por meio das fontes impressas busca-se também demonstrar o impacto do acelerado processo de urbanização que a cidade experimentou, alterando de forma significativa o seu ritmo, conferindo-lhe uma feição de um aglomerado urbano populoso, cosmopolita e impessoal.Palavras-chave: Florianópolis. Cidade. Urbanização.

SOBRE A COMPETÊNCIA HISTÓRIA NA BNCC E O ENSINO DE HISTÓRIA E CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA: CONSIDERAÇÕES |vJéssica Pereira Couto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

Os últimos trinta anos foram de grande importância no que compete às políticas públicas e as disciplinas relacionadas ao negro no Brasil e ao ensino de História da África. Entre os acontecimentos, o reconhecimento e criminalização do racismo na Constituição Federal (1988); a mudança nos livros didáticos, que passaram a retratar o negro para além da escravidão (1990); os PCNS (1997) para o ensino fundamental e médio (2000); a promulgação da Lei 10.639 (2003), que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura africana e afro-brasileira; e a BNCC, primeira (2015), segunda (2016) e terceira (2018), versões. A terceira e última versão- objeto de nossa análise, está prevista para entrar em vigor no vigente ano de 2020, padronizando o ensino em território nacional. Sabendo que a Base Nacional Comum Curricular objetiva normatizar o ensino, buscaremos compreender qual o tratamento dispensado ao ensino de história africana e afro-brasileira no documento, em específico, na competência História. Neste trabalho analisaremos o resultado dos processos que antecederam a base e seu resultado, na última versão, para a tônica africana e afro-brasileira.Palavras-chave
BNCC; Ensino de História; África; Afro-brasileiros.

OS BENZIMENTOS COMO OFÍCIO DE FAMÍLIA: ENTRE PERMANÊNCIAS, RUPTURAS E A BUSCA POR UMA PRÁTICA “TEMPORAL” | Juliani Borchardt da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

Como prática cultural tradicional na localidade de São Miguel das Missões/RS, o ofício de benzer se coloca como elemento marcante da identidade e da cultura local. Neste ensejo, este artigo propõe a discutir aspectos relacionados à narrativa exposta por alguns de seus praticantes no tocante às suas relações familiares, se utilizando para isso de uma metodologia qualitativa, qual seja, a de entrevistas orais realizadas junto a benzedores da comunidade, sendo este material coletado, transcrito e analisado. Discursos estes, sejam pela palavra ou silêncio, onde se é possível identificar memórias que remetem a rupturas e permanências do ofício junto às relações familiares estabelecidas tradicionalmente entre os seus praticantes. Elementos memoriais evocados e elaborados na atualidade constituem os significados que se constituem e compartilham por meio da prática exercida, a qual se torna atemporal diante do seu processo de ressignificação e transmissão ao longo das gerações.Palavras-chave: Benzimentos. São Miguel das Missões/RS. Narrativas. Memória. Família.

HISTÓRIA DAS MULHERES E NOVOS PROTAGONISMOS: A EMANCIPAÇÃO FEMININA EM “PIGMALEÃO” (1913) E “TOTALMENTE DEMAIS” (2015/2016) | Marcos de Araújo Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

Com o surgimento do movimento feminista e posteriormente do campo acadêmico da História das Mulheres, novas pautas referentes aos debates de gênero foram abordadas. Desse modo, o estudo da submissão feminina ao longo da história, permitiu a reflexão também acerca da luta pela quebra do modelo da mulher idealizada entre a obediência e subordinação ao homem, mas que muitas vezes é rompido diante das novas posturas mais rebeldes na busca feminina pela sua independência. Tais aspectos são evidenciados em discursos não só históricos, mas também literários como na peça “Pigmaleão” publicada em 1913 por Bernard George Shaw, ou até em obras da mídia global como na telenovela “Totalmente Demais” (2015/2016). Esses produtos culturais funcionam assim como narrativas cujo potencial de análise historiográfica contribuem para a reflexão acerca das transformações da condição feminina na história, meios carregados de novos discursos que dão visibilidade a esse debate sobre a emancipação do gênero feminino.
Palavras-chave: História das Mulheres, Emancipação, Gênero.
INVENÇÃO DO SEXO/GÊNERO E A CRÍTICA DO SUJEITO DO FEMINISMO | Maria Cristina Kirach e Rosemeri Moreira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020. | Este artigo é uma reflexão sobre a construção social do corpo no mundo ocidental, como também os usos políticos da categoria gênero e da intersecção (gênero, raça, etnia e geração), além de refletirmos sobre a crítica do sujeito do feminismo relacionada com os estudos decoloniais. A discussão se dá a partir do debate dos Estudos Culturais da História do Corpo (principalmente pelo viés de David Le Breton, Thomas Laqueur, Judith Butler) e da perspectiva decolonial (Maria Lugones e Oyèrónké Oyéqùmí).
Palavras-chave: Corpo; Gênero; Mulheres.

O PERCURSO DAS PESQUISAS NO BRASIL SOBRE OS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA | Mariana de Sá Gaspar e Maria Paula Costa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

Este texto consiste na tentativa de traçar o percurso das pesquisas, especialmente no caso do Brasil, que tiveram como objeto de estudo, os livros didáticos. Para isso, realizamos a análise de algumas obras e textos relacionados à temática, publicados a partir da década de 1970 (voltados inicialmente à área da Educação e, posteriormente, a partir dos estudos sobre o ensino de História, a esta área em específico). Assim, destacamos como em cada período e abordagem, os livros didáticos foram concebidos de formas diferentes pela academia, devido às interpretações teórico-metodológicas e aos contextos políticos que nortearam cada pesquisa. Levando em consideração os estudos sobre os livros didáticos para o ensino de História, refletimos a importância do entendimento da constituição destes materiais como objetos de estudo.
Palavras-chave: História; Livros Didáticos; Levantamento Bibliográfico; Pesquisas.

INDUSTRIOSOS EM PIRATARIA: OS GREGOS DO MUNDO ANTIGO | Nelson Rocha Neto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

O presente texto consiste numa breve apresentação a respeito da pirataria na Grécia Antiga como prática histórica determinante na formação da política, economia e sociedade. Portanto, compreenderemos a pirataria grega através da mitologia, da produção literária e dramática, analisando a ambiguidade do restrito conceito que oferecia ascensão social pela promessa de riqueza que a rapina marítima proporcionava. As constantes guerras impuseram as cidades-Estado alicerçarem a pirataria como instrumento de controle dos limites territoriais, financiarem tecnologias e romperem com as ideias pré-concebidas. Logo, a troca de experiências entre os povos mediterrânicos, intermediados pelo madeirame das embarcações, resultou na fundação das pólis, na organização do comércio, nas inquietações do pensamento historiográfico, na coletividade e na instrumentalização estatal da pirataria tornando-se um fenômeno social amplamente difundido. Portanto, a industriosidade da pirataria grega articulou nos detentores do poder aparatos repressores que sufocaram os “párias”, carregando a empresa talassocrática para além das ingerências do conto argonáutico.
Palavras-chave: História Antiga. Pirataria. Sociedade.

“A ÁFRICA TEM BEM MAIS HISTÓRIAS DO QUE A GENTE PENSA”: UMA PERSPECTIVA DE ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DO DIÁLOGO COM OS PRÓPRIOS SUJEITOS | Willian Felipe Martins Costa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, abr./jun. 2020.

Este artigo tem por objetivo trazer reflexões acerca das experiências ocorridas durante a realização do Estágio Supervisionado III, dentro do curso de História/Licenciatura da UDESC, com uma turma de oitavo ano em um colégio estadual na cidade de Florianópolis. Tais reflexões dizem respeito ao ensino de História das Áfricas a partir de uma perspectiva de trabalho com narrativas produzidas pelos próprios sujeitos africanos. Com base em uma perspectiva decolonial buscou-se, durante o estagio, um descentramento de noções eurocêntricas acerca da História das Áfricas. A partir desse ponto, a ideia de tais reflexões contidas nesse artigo é de observar e discutir as possibilidades de trabalho nessas perspectivas visando a construção de um conhecimento das temáticas presentes na Lei 11.645/2008, trazendo assim possíveis contribuições para o ensino de História dentro de uma perspectiva do campo dos Estudos Africanos comprometido com uma luta antiracista e anticolonial.
Palavras chaves: Ensino de História; História da África; Narrativas dos próprios sujeitos.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

SUMÁRIO | O MITO POLÍTICO COMO OBJETO DE REFLEXÃO HISTÓRICA | Alexandra Sablina do Nascimento Veras | | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

O objetivo desse ensaio é realizar algumas reflexões sobre o mito político. Para tanto, toma-se como base as leituras de Mitos e Mitologias Políticas, do historiador Raoul Girardet. A partir de duas mitologias políticas trabalhadas pelo autor, O Salvador e A Idade de Ouro, tem-se como escopo problematizar como o mito político pode ser apropriado pelos historiadores, não apenas como um dado empírico, como categoria de análise, mas como próprio objeto da narrativa histórica. – PALAVRAS-CHAVE: Mito Político; Crise; Processo. | Keywords: Political Myth; Crisis; Process.

OS RETRATOS ESCOLARES DO ÁLBUM DE PONTA GROSSA (1936): FOTOGRÁFICA PÚBLICA E DISCURSO INTELECTUAL | Audrey Franciny Barbosa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

O objetivo do presente artigo foi analisar como se deu a representação fotográfica do campo educacional ponta-grossense no álbum comemorativo de 1936. O álbum em questão foi uma iniciativa do governo municipal para comemorar e apresentar a cidade sob a perspectiva do crescimento urbano e da modernidade. Entre os muitos retratos que compuseram o álbum, o campo escolar recebeu uma seção específica com retratos que buscavam “dar a ver” as escolas da Princesa dos Campos. Diante disso, o trabalho foi orientado pelas discussões da História da Educação, da História Cultural e da Cultura Visual, cujos conceitos de cultura escolar, representação visual e fotografia pública foram fundamentais para a análise das fontes. Corroborando com tal perspectiva, as discussões do campo da História Intelectual, sobretudo, as noções de mediadores sociais e obra intelectual, foram importantes para compreender a produção, as intenções e a circulação do álbum analisado. Palavras Chave: História Intelectual; História da Educação; Retratos escolares.

TEORIA DA HISTÓRIA: INDAGAÇÕES SOBRE O CAMPO DISCIPLINAR | Bruno José Yashinishi | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

O presente artigo consiste em reflexões e apontamentos sobre a Teoria da História enquanto um campo disciplinar. Valendo-se do referencial teórico selecionado se adotará a forma didática com que José D’ Assunção Barros (2011) orienta importantes reflexões sobre os diversos aspectos envolvidos na constituição e afirmação de um campo disciplinar de saberes e práticas, neste caso, o campo disciplinar da História. A indagação: “O que é Teoria da História?” será o norte condutor das reflexões aqui propostas, de forma que os dez pontos sobre a constituição de um campo disciplinar, apontados por Barros, sejam esclarecidos à luz dos autores referenciados nesse artigo. – PALAVRAS-CHAVE: Teoria da História; Campo disciplinar; Historiografia.

CARACTERÍSTICAS DA POSSE DE ESCRAVOS EM UMA ECONOMIA DE ABASTECIMENTO: SÃO LUIZ DO PARAITINGA NO PRIMEIRO QUARTEL DOS OITOCENTOS | Diego Alem de Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

O presente trabalho buscará estabelecer uma análise acerca das características e padrões da posse da mão de obra escravizada, durante o primeiro quartel do século XIX (1798-1818), em uma vila paulista não diretamente relacionada com as atividades exportadoras da colônia: a pequena São Luiz do Paraitinga, no médio Vale do Paraíba. A partir da rica documentação das Listas Nominativas de Habitantes relativas aos anos de 1798, 1808 e 1818, tentaremos construir uma visão panorâmica do quadro escravista da localidade selecionada, a partir de dados relativos à concentração da mão de obra, entrada anual de indivíduos escravizados no universo da povoação, número de domicílios escravistas, tamanho médio dos plantéis listados e demais métricas que possam contribuir com nossa empreitada de nosso sobrevoo analítico. Na primeira etapa da diligência, proporemos uma breve descrição das origens da vila, bem como do lugar ocupado por ela no contexto histórico do Vale do Paraíba paulista à época. Concluída a contextualização introdutória, passaremos para a análise dos dados coligidos a partir da documentação na qual baseamos o estudo. Palavras Chave: Escravidão; História do Brasil; Demografia Histórica.

ENSINO DE HISTÓRIA DA ÁFRICA NA BNCC PRIMEIRA VERSÃO | Jéssica Pereira Couto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

A introdução de conteúdos pertinentes à história e cultura africana e afro-brasileira representa a superação de padrões eurocêntricos -que não valorizavam a diversidade étnico-cultural de nossa formação-, percebidos em materiais didáticos que não reconheciam a presença negra ou tratavam-na estereotipadamente.

O presente artigo tem como objetivo compreender como o ensino de História da África e do negro no Brasil é padronizado na BNCC primeira versão. Quais as disputas em torno do espaço que lhes é legado? Quais as impressões dos pareceristas sobre a temática africana e afro-brasileira? – PALAVRAS-CHAVE: BNCC; Ensino de História; África; Afro-brasileiros.

JABUTI NÃO NASCE EM ÁRVORE: APONTAMENTOS SOBRE AS ORIGENS DO MOVIMENTO BRASIL LIVRE | João Elter Borges Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

O Movimento Brasil Livre (MBL), em sua atuação doutrinária, tornou-se um dos principais grupos convocadores de manifestações de rua da direita no Brasil, a partir de 2014. O nosso objetivo aqui é refletir sobre o processo histórico que o originou, de forma a situá-lo teórica e historicamente. A nossa hipótese é que o MBL se origina no interior de um processo histórico de décadas de constituição do que, não raro, denomina-se “nova direita”, sendo o que o intelectual sardo Antonio Gramsci definiu como um aparelho privado de hegemonia (APH). Para dissertar a respeito, organizamos as ações do MBL cronologicamente, de forma a constituir uma narrativa do processo e, concomitantemente, buscamos traçar alguns elementos de contextualização. Identificamos que o MBL foi criado nas Jornadas de Junho de 2013 por integrantes do Estudantes Pela Liberdade, a versão local do Students for Liberty. Para melhor compreender as origens do MBL, traçamos ainda no primeiro momento do trabalho reflexões acerca da nova direita, com o intuito de entender o que a diferencia da direita anterior e em que momento se origina. – PALAVRAS-CHAVE: Movimento Brasil Livre; Aparelho privado de hegemonia; Ação doutrinária.

A HISTÓRIA DE 40 ANOS DA EXTENSÃO UNIVERSITÁRIA-UEPG: THEMIS, PRÓ-EGRESSO E PATRONADO DE 1977 A 2017 | Kamile Aparecida Lemes de Lima de Almeida | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

A comunicação faz parte integrante da monografia de conclusão de curso de Bacharelado em História pela-UEPG. Ao qual se debruçou em traçar a trajetória do atual Programa Patronato Penitenciário de Ponta Grossa, desde sua criação em 1977 como Themis, posteriormente sua mudança para Pró-Egresso e atual Patronato. O objetivo da presente comunicação é realizar uma abordagem acerca da trajetória do Programa Patronato numa perspectiva histórica das dinâmicas locais de fiscalização e reinserção social. As fontes e a metodologia de pesquisa foram a análise documental a partir de alguns relatórios do Programa, e a análise bibliográfica realizada a partir de trabalhos já consolidadas sobre a atuação do projeto de extensão universitária junto a sociedade. Os resultados demonstram a importância social e cultural do trabalho do Programa Patronato, juntamente a importância da Universidade Estadual de Ponta Grossa como intuição pública produtora de saberes que possui atuações sócias junto à cidade de Ponta Grossa. Palavras Chaves: Extensão Universitária; Patronato; Justiça Restaurativa; UEPG.

A DINÂMICA DA POLÍTICA OU UMA POLÍTICA DINÂMICA? ARRANJOS DA POLÍTICA CAJAZEIRENSE NA SEGUNDA METADE DOS OITOCENTOS | Maria Larisse Elias da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

Os arranjos políticos perpassam, ao longo dos séculos, os caminhos que produzem a história política do Brasil. Diversos vetores sociais serviram como ferramenta política, seja: famílias, Instituições ou partidos. Esses eram apropriados como forma de apoio aos interesses de grupos dominantes que possuíam poder político e econômico. Serge Berstein e Rodrigo Patto Sá Motta atentam para a atuação de fenômenos dessa natureza no Brasil, desde os tempos da Colônia e também durante o Império, período tratado neste artigo. Dito isto, este trabalho analisa como as práticas e representações políticas são produzidas por membros do partido Liberal em Cajazeiras/PB, durante as primeiras décadas do Segundo Reinado. Problematiza-se, portanto, como a ocorrência de tensões em âmbito local favorece a confluência entre práticas e representações políticas, deste grupo, a partir do que os jornais da época intitulam, por: “morticínio eleitoral”. Para alcançar os objetivos deste trabalho, selecionamos como fontes algumas edições do jornal, Cearense, que circularam na Província do Ceará, naquela época. A problematização do periódico versa sobre os modos como, as narrativas nele expressas, traçam uma fidelidade de sujeitos políticos à instituição partidária Liberal. – PALAVRAS-CHAVE: Segundo Reinado; Cajazeiras/PB; Política; Práticas e Representações.

CONSPIRACIONISMO E CONSPIRAÇÃO: DO DISCURSO ANTICOMUNISTA EXACERBADO À “DITADURA EMPRESARIAL MILITAR” DE RENÉ DREIFUSS | Victor Gabriel de Jesus Santos David Costa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

Esse trabalho visa debater alguns dos produtos historiográficos mais utilizados para se pensar a Ditadura brasileira, de 1964, a fim de problematizar as mais variadas argumentações que compreendem o desmonte do Estado de Direito, enfatizando na mais famosa justificativa para implementação de tal golpe: a aproximação política de Goulart aos governos da União Soviética e de Cuba, bem como, de uma possível ameaça comunista oriunda das organizações sociais de determinadas guerrilhas urbanas e rurais. Além disso, busca-se discutir como a teoria do “Estado Ampliado” de Antonio Gramsci é de fundamental importância para compreender a complexidade de uma temática tão discutida nesses tempos de efervescência política, sendo utilizada, para pensar em tal perspectiva teórica, a obra “1964. A Conquista do Estado”, do cientista político René Dreifuss. Palavras Chave: Anticomunismo, Ditadura Empresarial Militar, Teoria Gramsciana.

REFLETINDO O PATRIMÔNIO CULTURAL NO BRASIL: RECONHECIMENTO E DEFINIÇÕES | Wesley dos Santos Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

Analisar o monumento como patrimônio exige ponderar sobre suas variadas ramificações no campo da História cultural, como também da Geografia cultural. Entre signos e significações, estruturas e simbolismo, o patrimônio como área de pesquisa ganha espaço científico para problematizar sua definição e sua relação com as identidades e com a cultura. Nesse aspecto,

O presente artigo elabora uma reflexão em torno da discussão conceitual de patrimônio cultural no Brasil relacionado com as políticas públicas de conservação. Além disso, discorre sobre os monumentos como formas simbólicas espaciais, sendo, portanto, instrumento marcante da paisagem. – PALAVRAS-CHAVEs: Políticas Públicas, Patrimônio Cultural, Monumentos Históricos.

NARRANDO A VIAGEM E RECONFIGURANDO O HABITUS: A IMIGRAÇÃO ALEMÃ PARA O BRASIL NUM RELATO DE EXPERIÊNCIA | Zuleide Maria Matulle | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan./mar. 2020.

Estas páginas têm a finalidade de abordar as viagens transoceânicas e terrestres no contexto da imigração, tendo como fonte um diário escrito por Mathias Mibach, que veio da Alemanha para o Brasil em 1924, fixando-se na colônia São Miguel da Serra, em Porto União, Santa Catarina. O objetivo é explorar como o diário revela a viagem da Alemanha ao Brasil e o cotidiano dentro do navio (?). Quais as primeiras impressões do país e como ele captou as mudanças na sua condição de imigrante durante a viagem (?). Para isso estabelecemos um diálogo com as considerações de Pierre Félix Bourdieu e suas contribuições teóricas para as ciências humanas, isto é, os conceitos de “habitus” e “capital simbólico”. Espera-se que essa rápida incursão ao diário, as experiências e representações produzidas por Mathias Mibach, possam contribuir para a reflexão de como é complexa a dinâmica migratória e como ela é apreendida pelos sujeitos, bem como contribuir para o conhecimento sobre parte da história da imigração alemã para o Brasil. – PALAVRAS-CHAVE: Diário. Imigração. Viagem.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

ENTRE O CINEMA E O CLUBE DO COMÉRCIO: SOCIABILIDADE NO MUNICÍPIO DE IRATI-PR NA DÉCADA DE 1960 | Cibeli Grochoski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Este artigo apresenta e discute os espaços de sociabilidade construídos e frequentados pela dita elite iratiense durante a década de 1960. Irati apesar de ser município pequeno era muito badalado, conhecido por seu clube de festas famoso “Clube do Comércio”, e pelo cinema “Cine Theatro Central”, que foi um dos primeiros do país. Nessa pesquisa além das pesquisas bibliográficas foi utilizada a metodologia da História Oral como fonte.
Palavras-Chave: Espaços de sociabilidade. Irati. Década de 1960. História Oral.

O AVANÇO DA HISTÓRIA E O PAPEL DO HISTORIADOR DO SÉCULO XXI  | Jéfferson Balbino | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019. | A História é uma ciência que têm como missão estudar toda a atividade humana ao longo do tempo. Partindo-se de tal pressuposto percebemos como a História enquanto ciência evoluiu. Ainda, fica perceptível as evoluções e questões ocorridas e concernentes no campo do ofício do historiador. Sendo assim,

O presente artigo objetiva-se em discutir acerca do avanço da História enquanto ciência e o papel que foi imposto e/ou exercido pelo historiador à face do desenvolvimento dos estudos historiográficos. Para alcançar tal intento recorreremos a uma gama de estudiosos tais como: Maurice Halbwachs (1990), Eric Hobsbawm (1998), Marc Bloch (2002), Peter Burke (2011) e Antoine Prost (2012).
Palavras-chave: História; Evolução; Historiografia.

HISTORIOGRAFIA EM QUADRINHOS: D. JOÃO CARIOCA | Leonardo Paiva Monte e Lilian Bento | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2020.

Este artigo pretende propor uma reflexão acerca das possibilidades de formatos pelos quais o conhecimento histórico é divulgado. Nestes termos, tratou-se de analisar uma historiografia transformada em história em quadrinhos. Como exemplo disto, considerou-se a obra “D. João Carioca”, publicada em 2007, trabalho em conjunto da historiadora Lilia Schwarcz e do ilustrador João Spacca. Buscou-se compreender como a narrativa histórica se coaduna com as imagens sequenciais em um formato de quadrinhos. Posto isto, destacaram-se algumas propriedades que caracterizam as histórias em quadrinhos e como são aplicadas à historiografia.
Palavras-chave: Historiografia; História em quadrinhos; Narrativa.

AÇÃO DOUTRINÁRIA, REVISIONISMO HISTÓRICO E CONSENSO: A AGRESSIVIDADE DO BRASIL PARALELO (2016-2019) | Mayara Aparecida Machado Balestro dos Santos e João Elter Borges Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Nos últimos anos temos acompanhado o avanço do pensamento da chamada “Nova Direita”, sendo algumas das manifestações desse reacionarismo o discurso de ódio sobre minorias, mulheres, movimentos sociais e sindicatos; a exaltação do mercado como espaço de realização das liberdades; a perseguição de professoras e professores e à liberdade de cátedra. Em tempos difíceis como o nosso, é mister a reflexão a respeito desse “refluxo” reacionário. No presente trabalho abordaremos o aparelho privado de hegemonia (exemplo disso são partidos, igrejas, jornais, revistas, sites na internet, ONGs) chamado Brasil Paralelo que produz uma série de documentários com o objetivo de constituir uma nova visão da história. Em nosso entender, a luta perpetrada pelo Brasil Paralelo pela hegemonia do que deve e não deve ser “educativo”, “ensinado” a respeito da história passada e presente, está relacionada a perpetração de um revisionismo histórico e também a uma atuação decisiva no âmbito ampliado do Estado, na medida em que se trata de uma estratégia de organização e ação orgânica de classe que culminou no golpe de 2016 e em seus desdobramentos atuais. Brasil Paralelo representa, neste sentido, a defesa de ideias autoritárias e de mudança de regras democráticas, procurando difundi-las no poder político.
Palavras-Chave: Brasil Paralelo; Nova Direita; Revisionismo.

RECORTES DO MEDIEVO: TECENDO COMENTÁRIOS | Giovanni Fernandes Abreu de Oliveira e Wesley dos Santos Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente artigo que se estrutura em forma de ensaio crítico, busca analisar três obras de autores consagrados no campo da Historia Medieval. Perpassando por Jean-Claude Schimtt, Witold Kula e Henri Pirenne, buscamos trazer nesta abordagem textual um apanhado de informações que apresenta um recorte curioso dos textos encontrados nas obras desses autores. Destarte, a discussão em questão tece comentários que transcorrem entre o imaginário, a produção simbólica, a formação das cidades e a estrutura econômica destas.
Palavras-chaves: Medievo, Economia, Cidades.

O FOTÓGRAFO ENQUANTO INTELECTUAL: JOÃO BAPTISTA GROFF E A “ILLUSTRAÇÃO PARANAENSE”, 1927-1930 | Audrey Franciny Barbosa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente artigo buscou analisar uma pequena parte da produção fotográfica de João Baptista Groff, partindo da perspectiva que o mesmo pode ser analisado enquanto uma figura da intelectualidade paranaense do início do século XX e cuja obra fotográfica foi potencial para a discussão da dimensão visual e das relações culturais do período em que foi produzida. Para tal, teve como objetivos: ressaltar de que maneira JB Groff pode ser entendido como uma figura intelectual; propor quais os motivos inserem a obra fotográfica de JB Groff no campo da produção intelectual; e compreender alguns dos aspectos que permeavam a produção visual de Groff – seus imperativos de produção, estética, consumo e circulação – e indícios do seu círculo cultural. Diante disso, a discussão pautou-se, sobretudo, nos estudos de Leclerc (2004) e Silva (2002) acerca da História Intelectual e dos intelectuais; Essus (2016), Kossoy (2014) e Rouille (2009) no que se refere aos usos e estatutos da fotografia; e Vieira (1998) e Galiginiana (2016) para as discussões relacionadas a figura de JB Groff.
Palavras-Chave: História Intelectual; Cultura visual; Fotógrafo-Intelectual; Representações visuais.

APELOS PRINCESINOS: AS CAMPANHAS DO DIÁRIO DOS CAMPOS PELO DESENVOLVIMENTO DA ESTRUTURA SANITÁRIA EM PONTA GROSSA | Isaias Holowate | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente artigo investiga as representações discursivas sobre a situação sanitária de Ponta Grossa, no Paraná, publicadas no jornal Diário dos Campos, da referida cidade, entre os anos de 1908 e 1917. Para isso, busca levantar os desafios sanitários, os olhares e possibilidades aventadas pelos colaboradores do Diário dos Campos em relação a essa sociedade em transformação. Dessa forma, busca-se perceber no posicionamento dessa parte da população local, quais eram as suas representações sobre saúde e doença, seus temores em relação às endemias e epidemias e suas estratégias de combate a esses desafios sociais.
Palavras-Chave: Representações; Saúde; Sociedade.

O FILME COMO FONTE, NARRATIVA E CONSCIÊNCIA HISTÓRICA | Bruno José Yashinishi | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente artigo elucida a relação entre Cinema e História refletindo sobre as possibilidades de se tratar as narrativas cinematográficas como narrativas históricas. O objetivo principal é demonstrar que um filme pode ser tomado como fonte e objeto da História e sua narrativa pode ser tratada como uma narrativa histórica, ao passo que a linguagem cinematográfica pode organizar a consciência histórica. Os métodos adotados nessa pesquisa correspondem a revisões bibliográficas que tratam da relação entre o Cinema e a História, das narrativas históricas e cinematográficas e de suas possíveis aproximações. Este texto objetiva traçar possibilidades de se compreender a linguagem do cinema como discurso e representação que produza conhecimento histórico e intervenha no processo de ensino/aprendizagem da História, bem como novos sentidos à própria consciência histórica. Pretende-se também encarar as dificuldades e resistências quanto ao uso das fontes audiovisuais pelo historiador, oferecendo possibilidades teórico-metodológicas no ofício de fazer e compreender a História.
Palavras-chave: Cinema-História. Ensino de História. Consciência histórica.

INDIVÍDUO, MEMÓRIAS E IDENTIDADES: DIMENSÕES HISTÓRICAS COGNITIVAS NO FAZER BIOGRÁFICO | Leandro Braz da Costa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Este ensaio aborda um dos principais problemas inerente ao historiador-biógrafo no que tange às relações entre indivíduo e contextos históricos. Nesse sentido, procura apresentar, brevemente, possibilidades de abordagens teóricas que visam contribuir para o desenvolvimento de construções cognitivas da história por meio do protagonismo das trajetórias individuais, com enfoque em perspectivas relacionadas às memórias e as identidades.
Palavras-chave: Biografia, memórias, identidades.

SEMINÁRIO DE OLINDA: A ORGANIZAÇÃO FINANCEIRA PRESENTE NOS ESTATUTOS DO SEMINÁRIO EPISCOPAL DE NOSSA SENHORA DA GRAÇA | Estevam Henrique dos Santos Machado, Jéssica Santos da Silva e Mesaque Noronha da Silva do Nascimento | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente artigo tem o objetivo identificar os dados acerca da organização financeira da educação do Seminário de Olinda, instituição religiosa que teve sua atuação no século XIX. Para tais fins, foi realizada uma pesquisa qualitativa do tipo bibliográfica, por meio de produções que foram realizadas sobre a instituição, e documental, a partir dos Estatutos do Seminário Episcopal de Nossa Senhora da Graça da Cidade de Olinda, 1798, analisando- a organização e estrutura do Seminário.
Palavras-chave: Seminário de Olinda. Recursos Financeiros. História da Educação. Pernambuco

AS DIFICULDADES FINANCEIRAS EM UMA VIDA DE CANDOMBLÉ: OS ESFORÇOS NECESSÁRIOS EM NOME DA FÉ | Fabiano Pio da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente trabalho faz referência às relações entre o Candomblé e o dinheiro no universo dos Barracões ou Terreiros, bem como a relação entre aqueles que integram o seio de uma família de santo, sejam estes pai ou mãe de santo e seus respectivos filhos. Assim sendo, foi colhida uma entrevista com uma senhora de 65 anos de idade que foi iniciada aos 18 anos por motivos de saúde e, desde então, ela, assim como a maioria dos adeptos da religião, se viu em situações as quais a fizeram caminhar por uma jornada de sacrifícios pessoais, negociando com patrões, a fim de ter condições financeiras para cumprir com suas etapas dentro do mundo do Candomblé.
Palavras chave: Candomblé, dinheiro, fé.

FERNANDES FIGUEIRA E O “LIVRO DAS MÃES”: MATERNIDADE E ASSISTÊNCIA À INFÂNCIA NA PRIMEIRA REPÚBLICA | Fernanda Loch | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente artigo tem por objetivo analisar, com base nos pressupostos da história de gênero, e da historiografia sobre a maternidade e o amor materno, a obra “Livro das Mães”. O livro escrito pelo médico Fernandes Figueira se tornou uma espécie de manual para o “bom exercício” da maternidade nas primeiras décadas do século XX. Lançada em 1910, teve ampla circulação no meio médico tornando-se uma referência para um novo modelo de maternidade e de infância no Brasil. Fernandes Figueira, médico formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializado em pediatria, teve um grande papel na construção de políticas públicas de auxílio à maternidade e à infância na Primeira República. Assim, através do livro analisado, busca-se refletir de maneira introdutória, sobre o sofrimento supostamente recompensador da maternidade a partir de dois capítulos desta mesma obra. Ao tratar do debate médico acerca da maternidade e da gestação, também tratamos de uma articulação estabelecida entre a medicina e os discursos de modernidade. Nesse sentido, um modelo específico de mãe e de maternidade é criado e consolidado afim de promover um novo modelo de família e de sociedade.
Palavras-chave: Fernandes Figueira; Infância; Maternidade.

O LÚDICO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM: AS DINASTIAS CHINESAS | Arthur Caetano | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente artigo busca discutir o uso de jogos como recurso lúdico ao processo de ensino-aprendizagem. Na presente proposta, buscaremos desenvolver a percepção temporal-espacial de nossos alunos sob parte da perspectiva “Oriental”. A atividade proposta para os alunos a partir do 6° ano do Ensino Fundamental e está delimitada na compreensão da cronologia tradicional chinesa com abordagens a partir das dinastias Xia, Shang, Zhou e Qin.
Palavras-chave: Ensino de História; Jogos; Oriente; Cronologia Chinesa. | Clique aqui para ver o anexo com o tabuleiro e fichas do jogo.

O CINEMA E SUAS ESCOLAS: DAS ORIGENS À CONSOLIDAÇÃO NO SÉCULO XX | Fernando Rodrigues Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019. |

Com o passar dos tempos, a linguagem cinematográfica passou de mero entretenimento das massas a importante instrumento de conscientização e crítica. Diversos movimentos cinematográficos, como o neo-realismo italiano, o cinema revolucionário soviético, o expressionismo alemão e a nouvelle vague francesa conseguiram mostrar que, a partir de diversas proposições ideológicas que compõem a temática de determinadas produções, é possível apontar e difundir uma série de questionamentos referentes às mais variadas questões, principalmente as de ordem social.
Palavras-chave: cinema; escolas cinematográficas; rupturas.

APONTAMENTOS SOBRE O PATRIMÔNIO CULTURAL NO CONTEXTO BRASILEIRO: O CASO DA LITERATURA DE CORDEL  | Maria Joedna Rodrigues Marques e José Rodrigues Filho | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Este trabalho tem como objetivo refletir sobre as concepções de patrimônio cultural no cenário brasileiro do século XX assim como problematizar as mudanças realizadas nas perspectivas das políticas patrimoniais no século XXI. Para isso, elencamos como exemplo o processo de patrimonialização da literatura de cordel pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Ainda enquanto forma de contribuição acadêmica, destacamos a iniciativa da pesquisa “Sementes de Poesia: ações para registro e salvaguarda da literatura de cordel como patrimônio imaterial” que propõe articular o cordel ao ensino, pesquisa e extensão. A pesquisa em desenvolvimento na Universidade Federal de Campina Grande atua no registro da memória dos cordelistas, fortalecimento dos grupos representativos, aquisição de folhetos de cordel para a formação da Cordelteca do Centro de Formação de Professores da UFCG e realização de documentário com poetas, editores, xilografos e pesquisadores. Neste artigo dialogamos com a perspectiva do patrimônio, com autores como Ulpiano Toledo Bezerra de Menezes, Lucia Lippi Oliveira, e bibliografia complementar. – PALAVRAS-CHAVE: Literatura de Cordel; Patrimônio Cultural; Memória.

DISCURSOS DE PODER SOBRE OS CORPOS E AS SEXUALIDADES | Renata Santos Maia | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Questionar por que os corpos são alvo de tanto interesse e do investimento de tantos discursos, é o começo para tentarmos entendê-los e enxergarmos as frestas pelas quais eles escapam do controle. Neste artigo são apresentadas algumas formas pelas quais os corpos podem ser percebidos e estudados, e as combinações de perspectivas que resultam na produção de “verdades” sobre eles. – PALAVRAS-CHAVE: Corpos; gênero; sexualidades.

NO RASTRO DO CANGAÇO: A CONSTITUIÇÃO REPRESENTATIVA DO NORDESTE E O PROTAGONISMO DE LAMPIÃO NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX | Maykon Albuquerque Lacerda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019. |

O presente artigo versa sobre às distintas concepções e problemáticas concernente ao Cangaço, bem como o protagonismo de Lampião e seu ingresso na vida de cangaceiro, constituído a partir da historiografia regional: influências, contradições e revisionismo, direcionado as temáticas sob a égide de construções místicas, estrutura coronelística, práticas discursivas, políticas raciais, produções histórico-culturais, além de um conjunto de representações do Nordeste; sobretudo, no que tange às relações de poder e redes de sociabilidades tecidas na espacialidade nordestina. Uma invenção regionalista-tradicionalista que visa legitimar uma tentativa de unidade e identidade de uma sociedade patriarcal, com suas peculiaridades e tipologias histórico-geográficas. Uma gestação articulada politicamente pelas elites agrárias do Norte do país, em prol da manutenção da ordem e hierarquia social na primeira metade do século XX. A própria(re)configuração do Cangaço e suas múltiplas dimensões, perpassam pelo viés de exaltação versus condenação frente aos dispositivos de repreensão da precoce República Brasileira, cuja jurisdição e atuação estatal era ausente ou inerte em terras inóspitas, hegemonicamente atrelada ao mandonismo senhoril.
Palavras-chaves: Cangaço; Lampião; invenção regionalista-tradicionalista

A REPRESENTAÇÃO DA AMERICA LATINA EM PROGRAMAS RELIGIOSOS TELEVISIVOS | Kamile Aparecida Lemes de Lima de Almeida | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Está pesquisa está inserida no campo historiográfico da Nova História Cultural, utilizando-se da religião como a representação de um produto cultura. Está inserida também no campo historiográfico da Didática da História (pensar e pesquisar os conhecimentos históricos em todo o tecido social), permite-nos assim; entender a nossa problematização central: como a América Latina é representada em programas religiosos televisivos. Possuindo também como objetivo: compreender como a Cultura Histórica é apresentada para a sociedade em espaços sociais diversos, como família, escola, movimentos sociais, mídia (neste caso, especificamente os programas religiosos televisivos). Acompanhamos no período de 24 de agosto a 24 de setembro de 2017, os seguintes programas religiosos: Novena dos Filhos do Pai Eterno, Show da Fé, e Palavra amiga do Bispo Edir Macedo. Utilizamos como metodologia à análise de conteúdo proposta por Àrostegui, e como referencial teórico a noção de representação de Chartier.
Palavras chaves: Religião; programas televisivos; didática da história.

COSTUMES E IDENTIDADES: ESTUDOS SOBRE OS GRAFISMOS CORPORAIS JIRIPANKÓ | Vinícius Alves de Mendonça | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Está produção tem por objetivo realizar uma série de discussões sobre os grafismos corporais utilizados entre os indígenas Jiripankó, habitantes no município de Pariconha, alto sertão do Estado de Alagoas. A pintura corporal desenvolve no meio cultural do grupo um papel de contato entre seus membros e os espaços sagrados que lhes são comuns; sendo, portanto, passível de uma análise historiográfica junto a contribuição na escrita da história Jiripankó, através dos moldes da História Cultural e de uma História do tempo presente. Durante o desenvolvimento da pesquisa utilizamos as metodologias vinculadas à pesquisa de campo (OLIVEIRA, 2000), coletas de relatos orais na comunidade (ALBERTI, 2004), anotações em diários de campo e produção de fotografias complementando, em seguida, esse processo metodológico por uma descrição de caráter etnográfico explicativo (MALINOWSKI, 1976). Teoricamente o trabalho está embasado em autores como Candau (2016), Pollack (1992), Peixoto (2018) junto à revisão bibliográfica de pesquisadores como, Mendonça (2019), Silva (2015) e outros, logo buscamos possibilitar uma análise da pintura corporal enquanto parte da religiosidade dos indígenas e fonte de pesquisa.
Palavras-chave: História Cultural. Indígenas. Pintura corporal.

“A MANIA DE TORCER AUTORES”: OS DEBATES ENTRE O MÉDICO FRANCISCO BARBOSA MACIEL E OS COLABORADORES DO JORNAL DIÁRIO DOS CAMPOS | Isaias Holowate | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019. |

O presente artigo analisa a disputa discursiva entre o médico Francisco Barbosa Maciel e a redação do jornal ponta-grossense Diário dos Campos no Paraná, ocorrida no final de 1915 e primeira metade de 1916. Nessa disputa, concepções divergentes sobre o aprimoramento racial brasileiro foram colocadas em pauta. Publicadas em um meio noticiativo próprio, as representações defendidas apontam tanto para relações de poder entre os indivíduos que colaboravam e que se relacionavam no periódico quanto para apropriações próprias de textos científicos da daquele período pelos colaboradores do jornal e entusiastas do aprimoramento humano brasileiro. – PALAVRAS-CHAVE: Apropriação; Diário dos Campos; Racialismo.

BRASIL CONTEMPORÂNEO, NOVA DIREITA E MOVIMENTO BRASIL LIVRE: REFLEXÕES EM UM MUNDO EM CRISE  | João Elter Borges Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente trabalho tem o objetivo duplo de analisar o processo histórico que perpassa o Brasil contemporâneo e, conjuntamente, situar historicamente o Movimento Brasil Live (MBL), apontando também alguns elementos da sua atuação e de suas premissas político-ideológicas. Através da investigação das transformações no capitalismo e no sistema político brasileiro, com atenção especial para o Golpe de 2016, buscou-se contextualizar o MBL na constelação de aparelhos privados de hegemonia que, no debate acadêmico progressista e crítico, tem analisado esse fenômeno entendendo-o como uma “nova direita” no Brasil; buscou-se, ainda, compreender os motivos pelos quais surgem na atual fase do capitalismo esses movimentos políticos de cunho conservador, dando enfoque no MBL. Assim, à luz do referencial gramsciano, objetivamos situá-lo teórica e historicamente, de modo a compreender o processo histórico de constituição desse aparelho de ação doutrinária, assim como alguns elementos das suas estratégias e táticas de atuação e as suas ligações nacionais e transnacionais. – PALAVRAS-CHAVE: Movimento Brasil Livre; Aparelho privado de hegemonia; Ação doutrinária.

MÁRTIR DA RELIGIÃO PROIBIDA: O CASO DA CRISTÃ-NOVA MOR ÁLVARES (1627-1629) | Ronaldo Manoel Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Este artigo tem por objetivo analisar o processo inquisitorial da cristã-nova Mor Álvares, 65 anos de idade (em 1627), condenada pelo Tribunal do Santo Ofício à pena de morte pelo fogo, por crime de judaísmo. A partir de uma abordagem micro-histórica investigamos as peças judiciais do processo, centrando-nos nas acusações que pairavam sobre a ré e na sua defesa. Por fim, ressaltamos que a cristã-nova foi queimada na fogueira, tão somente, por afirmar que tinha “fé na Lei de Moisés”. – PALAVRAS-CHAVE: Inquisição portuguesa; Cristãos-novos; Crime de judaísmo.

APONTAMENTOS SOBRE HISTÓRIA E CULTURA MATERIAL | Bruno José Yashinishi | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

O presente artigo tem como objetivo geral traçar alguns apontamentos sobre a relação entre História e Cultura Material, tomada em sua dimensão historiográfica. Para tanto, no primeiro momento o texto propõe reflexões sobre os conceitos de “cultura”, entendido como modos de vida e de “experiência”, que se constrói no espaço das tensões da vida cotidiana, sendo que essas noções são fundamentais para compreender a transformação do ambiente e construção do mundo material pelo homem. No segundo momento serão apresentados fundamentos teóricos e metodológicos específicos sobre a Cultura Material e sua possível relação com a História. – PALAVRAS-CHAVE: Cultura. Experiência. História e Cultura Material.

CANÇÃO, INDÚSTRIA FONOGRÁFICA E UMA POSSÍVEL HISTÓRIA GLOBAL DA MÚSICA POPULAR | Daniel Henrique França Lunardelli | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, ago./dez. 2019.

Esse artigo tem como proposta pensar as possibilidades teórico-metodológicas para se produzir uma história global da canção. A princípio é possível vislumbrar uma história global da canção partindo de dois eixos: o primeiro é a própria canção, tendo em vista que as particularidades de sua estrutura e sua capacidade de transpor fronteiras possibilitam formas de consumo deslocalizadas e mundializadas. O segundo eixo diz respeito à indústria fonográfica. Acompanhar o seu desenvolvimento, as mudanças na estrutura e na organização da produção fonográfica nos permite verificar seu entrelaçamento com o movimento da globalização. – PALAVRAS-CHAVE: Canção; História Global; Indústria Fonográfica

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019. | Volume Especial Ensino de História 2019

Organização: | Bruna Silva [UNESPAR] | Dulceli Tonet Estacheski [UFMS] | Everton Crema [UNESPAR] |

O ESTÁGIO DE DOCÊNCIA: METODOLOGIAS DIVERSIFICADAS PARA UM ENSINO-APRENDIZAGEM IGUALITÁRIO NO AMBIENTE ESCOLAR | Aline Juliane Blattmann | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

O presente trabalho tem como objetivo socializar e refletir sobre a experiência do estágio supervisionado, realizado no 4º ano do curso de Licenciatura de História, da Universidade Estadual do Paraná, campus de União da Vitória. A prática foi realizada na 8ª série do ensino fundamental, no período matutino, na Escola de Educação Básica Nilo Peçanha. O tema desenvolvido foi expansão marítima, importante na história do mundo. Inicialmente, apresenta-se a fundamentação teórica, ou seja, as considerações que norteiam o ensino de História, pautado no conceito de consciência histórica. Dedica-se espaço para apresentar a escolha das metodologias de ensino aplicadas durante a prática. Na sequência o texto traça considerações sobre o ambiente escolar em que o estágio foi realizado, sobre as aulas de co-participação e a realização do estágio, refletindo e problematizando essa experiência para a formação profissional.
Palavras-chave: Consciência História. Ensino de História. Expansão Marítima.

ENTRE O PRESENTE E O PASSADO: ESTRATÉGIAS DE APROXIMAÇÃO DOS CONTEÚDOS DE HISTÓRIA ANTIGA PARA AS PERSPECTIVAS DA ATUALIDADE | Anna Luiza Constancio Monteiro | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

O presente artigo apresenta a experiência de estágio realizado como requisito para a conclusão do 4º ano do curso de História da Universidade Estadual do Paraná Campus União da Vitória. Nele busquei promover uma discussão sobre a importância do ensino de história articulado a uma reflexão social, pensando a temática da Grécia Antiga pautada por uma ótica ligada a atualidade.
Palavras-chave: Ensino de História, Grécia Antiga, Atualidade.

DEBATENDO SOBRE A MORTE: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS A PARTIR DA PERSPECTIVA DA IDENTIDADE NA EDUCAÇÃO PATRIMONIAL | Anna Luiza Pereira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019. | O presente relato de experiência tem como objetivo refletir sobre a educação patrimonial aliada ao ensino de história privilegiando questões como memória e identidade. O Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos, em União da Vitória – Paraná, no ano de 2019, foi a instituição escolhida para o estágio final supervisionado do curso de História por refletir diferentes realidades sociais. A partir da concepção de um ensino voltado ao ‘humanismo’, discussão de Jörn Rüsen, procurou-se problematizar a história da cidade e também a história da morte, ambas temáticas a partir da educação patrimonial.
Palavras-chave: ensino de história – estágio supervisionado – educação patrimonial

HISTÓRIA E GAMES: O USO DE JOGOS ELETRÔNICOS COMO RECURSO DIDÁTICO EM SALA DE AULA | Claudio Dos Santos Pereira De Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

Com intuito de apresentar as possibilidades de ensino através de games esse trabalho busca discutir o uso de jogos eletrônicos em sala de aula e como os jogos podem ser um importante e eficiente recurso para promover o ensino-aprendizagem em sala de aula na Disciplina de História. A discussão será baseada na experiência do uso do jogo chamado “Age of Empires II” durante as aulas de regência na disciplina de estágio supervisionado. – PALAVRAS-CHAVE:História, didática, jogos eletrônicos.
O ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NUM RELATO DE EXPERIÊNCIA: O LIVRO DIDÁTICO, A LEI 11.645\2008 E OS DESAFIOS DA TEMÁTICA INDÍGENA NA PRÁTICA DOCENTE | Débora do Rocio Pacheco da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

Este trabalho tem como objetivo apresentar e refletir sobre a experiência do estágio supervisionado, realizado com turmas de 6º e 9º anos do ensino fundamental da educação básica, para a conclusão do curso de História da UNESPAR, campus de União da Vitória. Apresenta-se, inicialmente, a importância de se trabalhar a temática indígena em sala de aula, amparada na Lei nº 11.645/2008, apontando barreiras e dificuldades encontradas pelos\as professores\as e a problemática dos livros didáticos. Em seguida destaca-se a fundamentação teórica, amparada em historiadores e documentos que orientam o ensino de História. Na sequência o texto trata do relato da experiência de estágio, problematizando o ensino de História e a temática indígena. Por fim, destaca-se as considerações finais, de cunho pessoal, sobre a profissional que buscamos ser diante das demandas na sociedade.
Palavras-chave: Estágio de Docência. Diversidade.Temática Indígena.

O ENSINO DE HISTÓRIA E A DESMISTIFICAÇÃO DE (PRÉ) CONCEITOS EM SALA DE AULA ATRAVÉS DOS TEMAS: MOVIMENTO NEGRO, MOVIMENTO FEMINISTA E FEMINISMO NEGRO | Elaine Cristina Florz | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

O presente artigo procura trazer ao(à) leitor(a) as experiências vividas enquanto estagiária do curso do 4º ano de História da Universidade Estadual do Paraná, Campus de União da Vitória, juntamente com duas turmas do 2º ano do ensino médio do Colégio Estadual São Cristóvão – CESC. A ideia central foi analisar através dos conhecimentos prévios dos(as) estudantes, a influência do backlash – retrocesso – na vida escolar, como propagador de concepções negativas ou estereotipadas sobre os Movimentos Sociais, mais especificamente: Movimento Negro, Movimento Feminista e Feminismo Negro. O olhar atento às visões de mundo dos(as) alunos(as) e as suas vivências, possibilitaram selecionar conteúdos, dinâmicas e atividades que colaboraram para que através da abordagem dos temas, que antes eram vistos de forma estereotipada, o pensamento se ressignificasse, proporcionando o desenvolvimento da consciência histórica.
Palavras-chave: Backlash; Movimentos Sociais; Consciência Histórica.

EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS À ÓTICA DO ESTIGMA SOCIAL: AULAS COLETIVAS COMO PONTE NA FORMAÇÃO DA IDENTIDADE PESSOAL | Libiane Karina Orth | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

O ensino de jovens e adultos através de centros de educação e suas didáticas específicas tem um valor inestimável para sociedade brasileira. É necessário levar em conta vários aspectos e metodologias que além de cumprir o currículo, proporcionem habilidades, competências, consciência política e social a estes alunos. Deste modo, torna-se indispensável reconhecer quem são estes alunos, frutos de uma sociedade desigual do século XXI, e desconstruir como os vemos à ótica do estigma de desviados de um sistema educacional igual, não equitativo. O artigo aborda a construção da educação no Brasil, bem como a perspectiva social do descrédito aos que buscam o seu direito de usufruir do sistema educacional público e regular. Essa abordagem é fruto de aulas coletivas com o tema do período Getulista 1930-1945 em uma turma de ensino individual no EJA, para qual aponto igualmente os benefícios da formação discente com debates e reflexões dentro da disciplina de História do Brasil, para a formação da consciência histórica e para o reconhecimento do aluno como agente responsável e participativo do seu meio social.
Palavras-chave: Estigma; educação de jovens e adultos; identidade social;

POR UMA HISTÓRIA DOS NEGROS ALÉM DA ESCRAVIDÃO: A NECESSIDADE DE UM ENSINO DE HISTÓRIA A PARTIR DO DIÁLOGO ENTRE PROFESSOR E ALUNO | Ligia Daniele Parra | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

O intuito do presente trabalho foi relatar a experiência do estágio supervisionado realizado na Escola Estadual de Educação Básica Balduíno Cardoso localizada no centro de Porto União- SC. Através das aulas do estágio, busca-se atenuar o silenciamento de alguns sujeitos históricos no currículo escolar, como os escravos africanos, procurando construir aulas que promovam o diálogo entre discentes e docentes como propõe Schimidt, Barca e Gadotti. Por meio dessa metodologia procuramos que os estudantes desenvolvessem a aprendizagem sobre as relações e resistências que os escravos construíram na sociedade que estavam inseridos ultrapassando a limitada discussão sobre a passividade dos escravos frente à violência do sistema escravo.
Palavras-chave: Estágio Supervisionado; Silenciamento Histórico; Diálogo Discente e Docente.

A IMPORTÂNCIA DA AULA EXPOSITIVA DIALÓGICA NO ENSINO DA HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL NO 8º ANO | Maria Carolaine Domingues Maciel | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

O presente trabalho analisa as experiências realizadas em sala de aula no período de estágio do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Paraná – Campus União da Vitória. Sendo como requisito para a aprovação nas disciplinas de Metodologia e Prática do Ensino de História e Estágio Supervisionado II, no quarto ano do curso. O tema do estágio foi a Revolução Industrial que busquei discutir as linguagens de ensino que utilizei em complemento a metodologia da aula expositiva dialógica a partir do texto da Antônia Ozima Lopes “Aula expositiva: superando o tradicional” assim como demais bibliografias sobre o ensino de história.
Palavras-chave: História; Estágio; Revolução Industrial.

EXTERMINISMO, PROPAGANDA E TERCEIRO MUNDO: UMA ABORDAGEM NO ENSINO DA GUERRA FRIA | Ramon Gustavo Becker | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

Esse artigo busca apresentar uma proposta de ensino de história sobre a Guerra Fria para alunos do 9º ano do ensino fundamental, bem como seus resultados durante a aplicação. A abordagem do conteúdo baseia-se em estudos de importantes pensadores contemporâneos ao conflito, como E. P. Thompson e N. Chomsky que fizeram uma análise baseada nas relações políticas durante o conflito e desenvolveram estudos sobre o Exterminismo e o papel do Terceiro Mundo na Guerra Fria. Além disso, é também elaborada uma análise sob a ótica de parte do desenvolvimento cultural, especialmente ligados às propagandas ideológicas, que desempenharam um importante papel nas disputas entres as duas grandes potências.
Palavras-chave: Ensino de História. Guerra Fria. Século XX.

OS DIFERENTES GRUPOS ETNO-CULTURAIS E ÉTNICO-RACIAIS NA PERSPECTIVA DE ENSINO E APRENDIZAGEM NA MODALIDADE DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS | Sirlene Maria Hutchok | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019. |

O Trabalho Final de Estágio Supervisionado tem como propósito apresentar a dinâmica das aulas aplicadas com a turma mista de ensino médio na modalidade de ensino de Jovens e Adultos EJA. As aulas foram realizadas no Centro Estadual de Educação de Jovens e Adultos CEEBJA, localizado na cidade de União da Vitória Paraná. A temática levada para aplicação com a turma trabalhou tanto os aspectos sobre a etnia Ucraniana e Polonesa, quanto a variedade de interpretação que a temática étnica envolve. Dessa forma aproximando-os do conhecimento de percepções de gênero, raça, organizações grupais comunitárias entre outras, que o conteúdo traz como possibilidade de discussão e debate. A experiência de estágio na turma de modalidade EJA permitiu melhor abordagem da trajetória dos grupos étnicos dentro de uma perspectiva historiográfica, com um olhar especial para a parte teórica da temática, pensando na questão étnica como aporte cultural que está presente também no cotidiano desses alunos. Dessa forma abrindo margem para auxiliar no entendimento de fatos históricos, que também pertencem as vivências dos alunos que compõem a turma, tanto pelo aspecto de identidade como pelo aspecto de tradições e costumes em comum. Abre o debate para aqueles que não tinham nenhum acesso ou compreensão do contexto étnico. Salienta-se o uso de fontes diferenciadas como o jornal, filme, caracterizando-os como um instrumento de ensino indispensável para o processo de ensino e aprendizagem.
Palavras-chave: Eja- Etnia- Ensino Histórico.

O USO DE FONTES HISTORIOGRÁFICAS NO ENSINO DA HISTÓRIA DOS IMPÉRIOS ASTECAS E INCAS | Sthefani Brum Bär | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

O seguinte trabalho tem como objetivo analisar as experiências obtidas em sala de aula no período de estágio para o curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Paraná – Campus União da Vitória no ano letivo de 2019. As aulas foram aplicadas em uma turma de 7° Ano do Ensino Fundamental, e os temas trabalhados foram formação dos Impérios Asteca e Inca e a chegada espanhola na América, bem como as formas de resistência indígena diante da dominação europeia. Busco analisar a relevância do uso das fontes historiográficas em sala de aula e as diferentes formas de aplicação destas para o ensino da História da América, utilizando como materiais didáticos trechos das Cartas de Hernan Cortez, da obra de Bartolomeu de Las Casas, e imagens iconográficas do Códice Mendonza, enfatizando a importância do uso de produções indígenas para destacar a visão dos nativos como participantes dos eventos históricos.
Palavras chaves: Ensino de História. Fontes Históricas. História da América.

TEMPORALIDADES E ENSINO DE HISTÓRIA: UMA REFLEXÃO SOBRE O TEMPO HISTÓRICO E A PRÁTICA PEDAGÓGICA | Aquilles Trindade | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial 2019.

O presente texto tem como objetivo refletir sobre o ensino de História sob a perspectiva do tempo histórico, buscando problematizar de que forma a categoria “tempo” está sendo pensada pela historiografia, afim de perceber as implicações nas relações de temporalidade. É fundamental que os(as) professores(as) compreendam as questões temporais como um objeto de ensino, refletindo sobre ele além de sua linearidade, mas pensando nas suas rupturas, permanências, simultaneidades, continuidade e descontinuidades. Sob a análise da educação, tempo histórico e do “presentismo”, propõe-se uma discussão que acompanha debates da teoria da história e metodologia de ensino. A reflexão é um componente imprescindível para a conclusão do curso de História na Universidade Estadual do Paraná.
Palavras-chave: Ensino de História; Temporalidades; Teoria da História e Metodologia.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

MULHERES & HISTÓRIA: DOMINAÇÃO, SILENCIAMENTO E ESQUECIMENTO | Nikolas Corrent | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Tratar sobre as mulheres na História tem sido um tema recorrente a partir do final do século XIX. A condição de subserviência das mulheres tem gerado conhecimento acerca da sua figura histórica e da sua invisibilidade perante um mundo dominado pelos homens. Dentro dessa perspectiva Spivak (2010) relata que diversas mulheres permanecem sendo silenciadas ainda que sejam sujeitos da contemporaneidade. O artigo utiliza-se de textos que procuram corroborar sua trajetória e colocação das mulheres em diferentes tempos na sociedade, descrevendo sobre elas e sua inserção na a família, na educação, no trabalho, procurando esclarecer as transformações que foram imperativas para que a sociedade e a História começassem a tratá-las sob um novo olhar. – PALAVRAS-CHAVE: História. Mulheres. Historiografia. Gênero.

TRABALHANDO COM FONTES DIGITAIS: BOOKTUBERS, PROPOSTAS METODOLÓGICAS E ESCRITA DA HISTÓRIA | Lucas Kammer Orsi | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Com o advento da internet, principalmente a partir dos anos 2000, as relações entre indivíduos, mas também com o tempo e espaço, sofrem constantes modificações. No campo historiográfico, surge o desejo de compreender tais mudanças, o que faz com que o historiador tenha que se debruçar muitas vezes em materiais nunca antes trabalhados. Todavia, o contato com esse novo universo pode carecer de metodologias. Consequentemente, torna-se necessário que o pesquisador precise recorrer a outras áreas num exercício interdisciplinar, trazendo contribuições de outras áreas para responder problemas propostos. O trabalho que se segue procura explorar possibilidades metodológicas de uma pesquisa em andamento envolvendo três booktubers que atuam na plataforma do YouTube. Esta, por sua vez, audiovisual, torna-se emblemática no meio virtual por permitir o compartilhamento de vídeos amadores de assuntos variados. Os indivíduos protagonistas, nesse sentido, trazem temas do universo literário por meio da produção desses materiais, estimulando o debate e o consumo de literatura. Os booktubers analisados foram Mayra Sigwalt, Vitor Almeida e Victor Martins e o contato interdisciplinar para a realização desse trabalho se deu por meio da aproximação com a netnografia, advinda da Antropologia, e o debate dos gêneros e formatos jornalísticos, da área do Jornalismo. – PALAVRAS-CHAVE: Booktuber, fontes históricas, literatura

ASPECTOS DA PÓS-MODERNIDADE EM “A METAMORFOSE” DE KAFKA (1912): TRANSIÇÃO, RUPTURA E REVERSÃO DE CONCEITO | Alam Cristian Arezi | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

O objetivo desse artigo é o de reconhecer aspectos característicos da chamada pós-modernidade, tendo como fonte principal “A Metamorfose”, escrita em 1912 por Franz Kafka (1883-1924). Abstendo-se da pretensão definitiva de rotular um texto escrito no inicio do século XX, a intenção maior dessa problemática é a de identificar essências de significado no contexto ficcional – nas personagens, nas ações destes e na trama – que por ventura possam ser compreendidos através de um diferente prisma – em voga nas discussões históricas. Portanto, essa pesquisa tem a pretensão de analisar os conflitos de um universo ficcional e, compará-los a algumas problematizações de discurso e de conceito que envolve a modernidade, a pós-modernidade e o possível momento de transição entre estas divisões. – PALAVRAS-CHAVE: Conceito; Pós-modernidade; A Metamorfose; Franz Kafka

O CONFLITO ENTRE MARROCOS E A REPÚBLICA ÁRABE SAARAUI DEMOCRÁTICA: UM BREVE ESTUDO GEOPOLÍTICO DA QUESTÃO SOBRE O SAARA OCIDENTAL  | Jonathan Christian Dias dos Santos | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

O Saara Ocidental é um espaço oculto para grande parte do Mundo, que desconhece a sua luta por legitimação enquanto um Estado soberano. Sendo uma das áreas de protetorado espanhol, no século XX, sob o continente africano, com o fim do franquismo, após a morte de Francisco Franco, o território saaraui passou para as mãos dos marroquinos, que mantém o controle sobre aquele espaço até os dias atuais. Neste artigo, buscamos compreender quais os fatores geopolíticos, os agentes externos, internos e o que está em disputa para que este processo se arraste por décadas e se torne um das principais heranças do período de ocupação europeia sobre o continente africano. – PALAVRAS-CHAVE: Geopolítica; Geografia Política; África; Marrocos; Saara Ocidental.

A ALTERIDADE MEDIEVAL PARA ALÉM DA IDADE MÉDIA | Eduardo Leite Lisboa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Este artigo tem por objetivo explorar o significado da alteridade na Idade Média para com criaturas monstruosas/selvagens e apresentar sumariamente seu alargamento para os séculos posteriores. A partir das narrativas de viagens, sobretudo de Jean de Mandeville (c. 1356), o texto vale-se dos pressupostos teórico-metodológicos da literatura enquanto fonte para o historiador do imaginário, ou seja, abarca seu contexto, tradição literária na qual está inserida, os recursos narrativos e sua circulação. Após isso, avança sobre aquilo que poderíamos chamar de “discurso civilizatório moderno” e reflete sobre as categorias de assimilação do Outro (no caso, indígenas e africanos), bem como a legitimação de sua conquista. – PALAVRAS-CHAVE: Literatura de viagem; Alteridade; Idade Média.

HISTÓRIA INTELECTUAL E SEUS USOS: FERNANDES FIGUEIRA E O PAPEL DOS INTELECTUAIS | Fernanda Loch | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Este trabalho é resultado das reflexões feitas na disciplina de Tópicos Especiais em Cultura e Identidades: Intelectuais e História Intelectual, do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR). A partir das leituras e, portanto, dos estudos feitos sobre a História Intelectual durante a disciplina, vislumbramos diversas abordagens teóricas, historiográficas e até mesmo sociológicas da História Intelectual. Este artigo não se propõe inovador. Proponho apenas discutir algumas dessas abordagens, bem como, a partir delas, tratar (a título de exemplo), em específico, sobre o intelectual e médico Fernandes Figueira, formado pela Faculdade de Medicina do Rio de Janeiro, especializado em pediatria, e que teve um grande papel na construção de políticas públicas de auxílio à maternidade e à infância no começo do século XX. Intelectual este, com que trabalho no meu próprio projeto de pesquisa do mestrado.Além disso, também pretendo debater sobre o papel social dos supostos intelectuais no passado, e ao longo do tempo. – PALAVRAS-CHAVE: Intelectuais; História Intelectual; Fernandes Figueira.

MÚSICA: VIÉS CULTURAL DE RESISTÊNCIA À DITADURA | Matheus Mendanha Cruz | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

Com a tomada de poder liderada pelos militares o Brasil passou por 21 anos sob o patriarcalismo exacerbado das Forças Armadas. Embora houvesse crescimento na economia nacional, tendo como expoente maior desse fator a elevação do PIB, o clima à época não era de todo amistoso dentro da sociedade brasílica. A arte, no trabalho a seguir mais em foco a música, é a grande demonstração da insatisfação de comunidades quanto ao governo que estava sendo imposto e se perpetuava no poder. Embora houvesse vieses de luta armada, em grande parte da resistência era feita de maneira mais moderada, com o intuito de conscientizar a maior quantidade de pessoas possível.
Palavras-Chaves: Música de Resistência; Ditadura Militar; Movimentos Culturais.

A ASCENSÃO DO FRONT NATIONAL COM MARINE LE PEN NA PERSPECTIVA DA GESTÃO DOS SENTIMENTOS POLÍTICOS | Makchwell Coimbra Narcizo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

A extrema direita volta a ganhar força na Europa, inclusive na França com o Front National. Em 2011 Jean-Marie Le Pen é substituído por sua filha Marine Le Pen na presidência do partido. Com a troca vieram modificações estratégicas na busca pelo poder que solidificaram ainda mais o FN entre os principais partidos franceses, dentre as modificações está uma modificação de sua imagem, feita a partir da gestão de sentimentos, de forma criteriosa e profissional. A intenção da presente investigação é refletir sobre como essa estratégia é feita a partir da gestão dos sentimentos políticos.
Palavras chave: Extrema Direita, sentimentos políticos, Marine Le Pen

IMAGENS E INTERPRETAÇÃO: A IMATERIALIDADE DAS PINTURAS CORPORAIS JIRIPANKÓ | Vinícius Alves de Mendonça | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Este trabalho tem por intuito realizar uma análise do grafismo corporal utilizado entre os indígenas Jiripankó, habitantes no município de Pariconha, alto sertão do Estado de Alagoas, o compreendendo enquanto expressão imagética da concepção imaterial da etnia acerca do seu sagrado. Visto que, o grupo em questão tende a interpretar suas práticas tradicionais, como a pintura corporal, como transcendentais a realidade material ligando-as a interpretações e concepções embasadas na religiosidade e imaterialidade. Para o desenvolvimento desta pesquisa foram utilizadas as metodologias vinculadas à pesquisa de campo, nos moldes de Oliveira (1996), junto à revisão teórica de autores como Candau (2016), Peixoto (2018), Samain (2012), Santos (2015) e Guinzburg (1989) de modo a proporcionar um estudo da interpretação Jiripankó acerca das imagens desenvolvidas através das pinturas corporais e a forma que as vinculam a um imaterial interétnico particular.
Palavras-chave: Grafismos. História visual. Indígenas.

REVISANDO A JUSTIÇA RESTAURATIVA NA EDUCAÇÃO E REFLETINDO SOBRE AS PRÁTICAS CIRCULARES NO AMBIENTE ESCOLAR  | Eduardo da Silva Melo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Os efeitos adversos da violência nas escolas implicam na busca por medidas que visem amenizar e até erradicar as expressões desse mal no contexto escolar. O presente estudo apresenta, por meio de uma revisão bibliográfica, através de livros, periódicos eletrônicos, anais, etc., a interconexão existente entre a Justiça Restaurativa e a educação. A interdisciplinaridade entre estas possibilita instrumentos de melhoria das relações interpessoais na sala de aula. Os círculos dialógicos e de construção de paz são respostas eficazes para a problemática em tela: a violência nas escolas.
Palavras – chave: Violência. Escolas. Justiça Restaurativa. Interconexão.

PANTERA NEGRA (2018): FILME DE SUPER-HERÓI, BLOCKBUSTER, EXPERIMENTO MULTICULTURAL | Vilson André Moreira Gonçalves | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

O filme de super-herói se estabeleceu como uma das vertentes mais exploradas do cinema hollywoodiano. Dada a proficuidade do gênero, cabe questionar se este encontra-se desgastado ou se é capaz de ser relevante, tratando de temas de ressonância cultural e política, além de sequências de ação e efeitos visuais. Diante desse panorama, proponho-me discutir o filme Pantera Negra (Ryan Coogler, 2018), a fim de investigar seus principais desdobramentos temáticos.
Palavras-chave: Pantera Negra, blockbuster, multicultural, adaptação de quadrinhos, super-herói.

O PÁSSARO FRANCÊS: O CARTÃO POSTAL COMO DISCURSO VISUAL/PEDAGÓGICO DURANTE A GRANDE GUERRA (1914-1918) | Audrey Franciny Barbosa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

O presente artigo teve como objetivo analisar dois cartões-postais franceses produzidos e consumidos no contexto da Primeira Guerra Mundial (1914-1918) a fim de refletir como se deu a produção desses dois postais, sobretudo no que se refere as representações visuais contidas nos anversos. Partiu-se da perspectiva que essas representações visuais não são meras ilustrações, afinal, dentro do contexto visual das sociedades, as imagens possuem força de ação e legitimação (CHARTIER, 1991). Para isso, compreendeu-se que tais postais correspondem a um discurso visual/pedagógico, ou seja, enquanto artefato característico da Belle Époque francesa, o cartão-postal assumiu funções muito além da simples comunicação e foi utilizado como instrumento de persuasão e defesa do discurso em prol da Guerra em vários âmbitos, inclusive no que se refere a infância. Por fim, a metodologia empregada foi a iconografia/iconologia proposta por Panofisky (2011) – após alterações necessárias – embasada numa postura crítica frente as representações visuais, a fim de pontuar que toda a imagem é produzida para fins específicos, que correspondem a determinados objetivos e que interessam a História.
Palavras-chave Cartão-postal; Primeira Guerra Mundial; Infância.

A INSERÇÃO DAS FONTES HISTÓRICAS NO ENSINO DE HISTÓRIA REGIONAL: UM RECURSO PEDAGÓGICO UTILIZADO EM SALA DE AULA NO ENSINO MÉDIO | Eliomar Gomes dos Reis e Daniel Rodrigues de Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

Este paper é o resultado da disciplina estágio curricular etapa III, que compreende observação e regência; que tem como objetivo capacitar o acadêmico estagiário para uma futura atividade na área da docência. Esta atividade curricular foi aplicada no CETI- João dos Santos Braga, sob a supervisão do professor de História. A área de concentração escolhida foi a história regional. O propósito desse estágio é a utilização das fontes históricas como uma dinâmica de grande valia no ensino em sala de aula. Na estrutura teórica utilizei obras de autores como March Bloch, Circe Bittencourt, Marilene C. Silva, Carla Pinsky, Rogério Rodrigues, Aguinaldo Figueiredo, entre outros. A metodologia aplicada foi um trabalho de campo com métodos qualitativos que foram concluídos com entrevistas semiestruturadas com o professor de História, onde foi possível expor a importância da História Regional, a fim de que os alunos possam compreender sua formação cultural, e as conjunturas do passado da sociedade onde vivem.
Palavras-chave: História Regional e local. Estágio Curricular III. Fontes históricas.

OS MEANDROS DE RESISTÊNCIA ESCRAVA NO BRASIL, E A TÃO ESPERADA (OU CONQUISTADA?) LIBERDADE (1831-1888) | Aristides Leo Pardo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Este artigo explana o funcionamento da escravidão no Brasil Império, as esperanças de liberdade e as estratégias para amenizar a agonia das senzalas até o dia da “redenção”, em que foi abolido definitivamente o cativeiro no Brasil, não por benevolência dos governantes, membros de uma aristocracia sustentada em parte, pelos senhores escravocratas e sim por uma sequência de fatores, que fizeram ruir o último foco de escravidão nas Américas, já no raiar do Século XX, mas deixando na História do Brasil, uma ferida aberta que dificilmente cicatrizará. – PALAVRAS-CHAVE: Escravidão. Brasil Império. Liberdade. História do Brasil

NA TRANSVERSAL DO TEMPO: CIDADE E CANÇÃO NA OBRA DE JOÃO BOSCO E ALDIR BLANC (1973-1977) | Daniel Henrique França Lunardelli | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Este artigo é o resultado preliminar de uma pesquisa que tem como objetivo investigar as aproximações entre canção, política e cultura durante o processo de repressão e abertura do regime militar através da produção musical dos compositores João Bosco e Aldir Blanc. Para isso, faz-se uma breve trajetória profissional dos compositores, assim, como se faz a delimitação da canção como fonte de pesquisa histórica e uma avaliação das representações sobre a cidade do Rio de Janeiro nas canções e sua relação com a resistência cultural sob o autoritarismo. Palavras Chave: Cidade; Canção; Música Popular Brasileira

O PATRIMÔNIO INDUSTRIAL COMO TEMA DE ESTUDOS DA HISTÓRIA SOCIAL | Alexandra Sablina do Nascimento Veras | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Apesar de ser um tema ainda pouco estudado para o caso brasileiro, sobretudo nos cursos de Graduação e Pós-graduação em História, as pesquisas e discussões em torno do Patrimônio Industrial tem crescido significativamente nos últimos anos. Tal fato pode ser identificado a partir do aumento no número de eventos acadêmicos e ações em prol da identificação e valorização dessa tipologia de patrimônio, que tem instigado o desenvolvimento de novos estudos e pesquisas. Esse artigo tem por objetivo apresentar algumas reflexões sobre a identificação e reconhecimento dos vestígios associados aos processos da industrialização como patrimônio, compreendendo o Patrimônio industrial como um tema de estudos legítimo da historiografia e, sobretudo, da História Social, ao apontar possíveis caminhos para o tratamento e abordagem desses vestígios. – PALAVRAS-CHAVE: Desindustrialização; Patrimônio Industrial; História Social.

A EXPANSÃO DA INDÚSTRIA AÇUCAREIRA E A ESCRAVIDÃO NA PROVÍNCIA DE PERNAMBUCO (1831-1850) | Adriana Ribeiro de Araujo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

O presente artigo contextualiza a indústria açucareira com a escravidão na província de Pernambuco. Trata de aspectos importantes sobre a economia, o crescimento da lavoura, a dependência dela em relação a escravidão. Relaciona a demanda do tráfico ilegal de africanos com a necessidade de mão de obra escrava destinada ao trabalho na indústria açucareira em Pernambuco entre os anos de 1831 e 1850, quando o comércio de escravos ocorria sob condições de ilegalidade. Os métodos utilizados foram baseados em uma revisão bibliográfica, analisando e comparando a bibliografia existente sobre o tema. Os resultados obtidos refletem a malha de influência política tecida, assim como, revelam aspectos econômicos e sociais da conjuntura da sociedade da época. – PALAVRAS-CHAVE: Indústria açucareira; Província de Pernambuco; Tráfico ilegal.

A REDENÇÃO DE CAM: AS TRANSFORMAÇÕES NOS SIGNIFICADOS DAS REPRESENTAÇÕES DA PINTURA | Isaias Holowate | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

No final do século XIX o racismo científico, em ascensão no Brasil, foi utilizado para explicar o que se jugava ser um atraso – tecnológico, científico e cultural – em relação aos países europeus e aos EUA. Nessa época, discursos que defendiam o embranquecimento da população através de cruzamentos selecionados ganharam força, sendo apontadas como a possível solução para a chamada questão racial brasileira. Nesse aspecto, a pintura “A redenção de Cam” foi utilizada pelo diretor do Museu Nacional João Batista Lacerda para exemplificar o processo de branqueamento que ele julgava que deveria acontecer no Brasil.

O presente artigo investiga, a partir do estudo das ressignificações da pintura nos processos de apropriação e produção de representações, os significados presentes na obra de Modesto Brocos y Gómez e as ressignificações inseridas por Lacerda e seus seguidores, analisando a forma com que essa arte, pintada em um ambiente histórico e cultural próprio, produziu e foi produzida pelo ambiente da qual fazia parte. – PALAVRAS-CHAVEs: Branqueamento racial; Representação; Ressignificação.

SOCIABILIDADE ESCRAVA NOS CAMPOS DE PALMAS 1839- 1889 | Fabiana Mathias Roncatto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Este artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão sobre a sociabilidade escrava nos Campos de Palmas, onde por muito tempo acreditou-se na inexistência de sociação entre os negros, cativos, donos de terras e da própria escravidão como um todo. Com o avanço de pesquisas e o reconhecimento de fontes primárias do referido lugar, foi possível obter informações deste período de grande valia para a história e a cultura palmense. A fundamentação teórica assegurou-se na análise de registros do Tabelionato de Notas Leinig, atas de batismo da Cúria Diocesana e alguns inventários post-mortem. Utilizou-se também referenciais teóricos tais como, livros e artigos de autores renomados no quesito, Campos de Palmas. Assim, a metodologia firma-se em uma análise crítica da bibliografia. – PALAVRAS-CHAVE: Sociabilidade; escravidão; Campos de Palmas; Compadrio. | | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2019.

A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL: O USO DE FONTES EM SALA DE AULA E A IMPORTÂNCIA DO ENSINO DE HISTÓRIA | Ana Letícia Pasquali Kziozek | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

O presente artigo tem como intuito fazer uma reflexão sobre a importância do ensino de história e a utilização de fonte como a literatura, em sala de aula. Trata-se do relato de experiência dos estágios supervisionados realizados como requisitos do 4º ano do curso de História da Universidade Estadual do Paraná Campus União da Vitória. Constatei a importância de trabalhar com fontes históricas nas aulas de história para que os alunos tenham novas percepções e visões sobre o tema proposto que foi a Segunda Guerra Mundial.
Palavras-chave: Ensino de História, Fontes Históricas, Literatura.

O ENSINO SOBRE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA: ENTRE O LIVRO DIDÁTICO E OUTRAS LINGUAGENS | Bruna Brandel Meleck | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

O presente trabalho analisa as experiências realizadas em sala de aula no período de estágio do curso de Licenciatura em História da Universidade Estadual do Paraná – Campus União da Vitória. O tema ministrado no estágio foi o período da Segunda Guerra Mundial e aqui busco analisar o livro didático e seus limites, discutindo outras linguagens utilizadas como complemento para as aulas.
Palavras-chave: Ensino de História; Segunda Guerra Mundial; Linguagens e ensino.

NARRATIVAS HISTÓRICAS DE ESTUDANTES DO SÉTIMO ANO DA EDUCAÇÃO BÁSICA: GÊNERO, PESSOAS COM DEFICIÊNCIA E DESCONSTRUÇÃO DE PRECONCEITOS | Daniele Gluszczak Skorupa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

Este trabalho tem como objetivo apresentar as metodologias e os resultados obtidos com estudantes do sétimo ano da educação básica sobre gênero, pessoas com deficiências e preconceitos no período da idade média. Buscando fazer uma reflexão sobre o ensino de história e as teorias disponíveis para elaboração de um material didático mais próximo ao ideal, uma história mais humanitária levando em conta a autonomia docente e as diretrizes educacionais do Paraná. Possibilitando ao final do conteúdo a elaboração de uma narrativa própria do (a) aluno (a) sobre o tema, destacando a sua bagagem cultural, o seu entendimento de mundo e a sua consciência histórica.
Palavras chaves: Metodologias, ensino de história, narrativas históricas.

ENTRE A EXPECTATIVA E A REALIDADE: EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO PASSANDO PELOS TEMPOS HISTÓRICOS (ANTIGUIDADE, ANTIGUIDADE TARDIA E IDADE MÉDIA) | Gabriel Irinei Covalchuk | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

Este trabalho é resultado do estágio supervisionado, realizado em União da Vitória-Paraná, na instituição de ensino Colégio Estadual José de Anchieta durante o ano letivo de 2018 no primeiro ano do ensino médio, sob supervisão da professora Siclinde Werle. O tema selecionado para ser trabalhado em sala foi desde o início de Roma até o Feudalismo, abrangendo o Império Bizantino e Carolíngio. Busco no texto primeiramente mostrar a realidade que o professor e professora da escola pública enfrentam diariamente, como a falta de materiais, tecnologias sucateadas, mudança de datas. Também abordo como a Copa do Mundo interferiu nesse processo em que eu estava aplicando as aulas e como eu utilizei as tecnologias disponíveis pela instituição. No segundo momento procuro demonstrar através da experiência em sala e os resultados obtidos nas avaliações, a importância do ensino da Antiguidade, Antiguidade Tardia e Idade Média no contexto escolar, salientando que embora esteja abordando uma época longínqua, tem total vinculação com a realidade atual e o processo de formação social através dos anos.
Palavras-chaves: Estágio Supervisionado; Ensino de História; Roma; Feudalismo; Docência.

ENSINO DA HISTÓRIA DIFÍCIL (BURDENING HISTORY): REFLEXÕES SOBRE O PENSAMENTO HISTÓRICO DOS ESTUDANTES DO 2º ANO DO ENSINO MÉDIO DO COLÉGIO ESTADUAL PADRE GIUSEPPE BUGATTI | Hemerson dos Santos Junior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

O presente trabalho apresenta as experiências e as reflexões adquiridas através da prática do estágio supervisionado, que foi aplicado na turma do segundo ano do ensino médio do Colégio Estadual Padre Giuseppe Bugatti, localizado no município de União da Vitória – PR. Durante o estágio, defendemos que o ensino de história deve estar a serviço dotempo presente, de modo a relacionar o ensino dos conteúdos históricos com a vida dos estudantes, levando em conta a relevância social dos temas trabalhados. Essa abordagem é significativa quando temos em vista a necessidade de estimular e auxiliar os estudantes no desenvolvimento de uma consciência histórica e de um compromisso com a responsabilidade social. Para fundamentar nosso texto utilizaremos o conceito de Burdening History proposto pelo historiador alemão Bodo Von Borries (2011), que se refere à tese de que a população do presente deve ter responsabilidade com as questões do passado. Os temas trabalhados são: povos indígenas; escravidão; monopólio da terra; e problemas sociais.
Palavras chave: burdening history; ensino de história; responsabilidade social.

HUMANISMO E MULTICULTURALISMO: A CULTURA VIKING NA SALA DE AULA | Larissa Faesser | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

O objetivo deste artigo foi descrever a experiência da docência em sala de aula, realizada no Centro Estadual de Educação Básica para Jovens e Adultos – CEEBJA. O tema proposto para as aulas do estágio foi “Cultura Viking”. Busquei estruturar as aulas de forma a aproximar a teoria histórica com a vida prática dos alunos e alunas, para que os mesmos pudessem identificar-se como sujeitos históricos e compreender o conteúdo de forma mais significativa. O referencial teórico e metodológico do trabalho está pautado nos seguintes autores: Jörn Rüsen, Isabel Barca, Maria Auxiliadora Schmidt, Circe Bittencourt e Fernando Seffner. Utilizo-os para refletir sobre a nossa educação e o ensino de história a partir de questões culturais voltadas ao humanismo e multiculturalismo.
Palavras-chave: Humanismo, multiculturalismo, ensino da cultura viking.

ENSINO DE HISTÓRIA: DA ANTIGUIDADE À ALTERIDADE | Luiz Henrique S. Moreira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019. |

O presente texto tem por objetivo refletir sobre o ensino de história antiga como componente dos conteúdos de história, devido ao fato de que por vezes o mesmo é negligenciado pela visão de que não estabelece relações com a realidade brasileira. Através de uma análise da educação necessária para a sociedade contemporânea, que vive simultaneamente os fenômenos da Quarta Revolução Industrial e do “presentismo”, propõe-se um ensino de história antiga que acompanhe os debates da teoria da história, com a intenção de estimular a criatividade e a alteridade dos alunos. O objeto de análise para tal reflexão é o estágio de docência necessário para a conclusão do curso de História, na Universidade Estadual do Paraná.
Palavras-chave: Ensino de História; História Antiga; Teoria e metodologia.

O ENSINO DE HISTÓRIA EM TEMPOS MODERNOS – A VALORIZAÇÃO DA UTILIZAÇÃO DE FONTES DOCUMENTAIS EM SALA DE AULA  | Thaynara Morganna de Souza de Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, jan/jul. 2019.

Este trabalho tem como objetivo demonstrar os resultados obtidos em sala de aula durante a experiência dos estágios supervisionados, requisitados no último ano do curso de licenciatura em História da UNESPAR – Campus de União da Vitória, aplicado no Colégio Estadual Astolpho Macedo Souza. Como metodologia utilizei fontes documentais, sendo que estagiei em turmas diferentes, com alunos de faixa etária diferentes e as temáticas foram diferentes, as fontes me auxiliaram para trabalhar de forma significativa, para que assim possamos atentar aos alunos(as) sobre a importância das fontes, e, durante este processo possibilitar a construção do saber histórico e desenvolvimento da consciência histórica dos(as) alunos(as). Como embasamento teórico e metodológico, me utilizei dos(as) seguintes autores(as): Jörn Rüsen, Isabel Barca, Circe Bittencourt e Paulo Freire, para assim pensar no papel do(a) professor(a) durante a elaboração do plano de aula, e no impacto que o mesmo pode/deve causar nos(as) alunos(as).
Palavras-chave: Ensino de História, Fontes, Consciência Histórica.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

IMPRESSÕES DE UM VIAJANTE OITOCENTISTA SOBRE O NILO E O AMAZONAS | Anna Carolina de Abreu Coelho | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. | |

José Coelho da Gama e Abreu, o Barão de Marajó, político e intelectual amazônico, em suas inúmeras viagens refletiu sobre o espaço urbano durante o século XIX. Comparando as cidades de diversas partes do mundo, ele percebia “diferentes grandezas” relacionadas à natureza e à civilização. Neste artigo, pretendemos analisar o olhar comparativo do viajante amazônico a respeito dos rios Amazonas e Nilo.
Palavras-chaves: Viagens; Amazonas; Nilo

| A IGREJA TENRIKYO AMAZÔNIA: A HISTÓRIA E A CULTURA DA RELIGIÃO | Vitor Moises Nascimento Therezo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Este artigo destaca algumas características distintivas, da forma como a religião é vivida na Igreja Tenrikyo Amazônia, localizada em Ananindeua, zona metropolitana de Belém (Pará). As características percebidas na Tenrikyo na Amazônia contrastam com os padrões estabelecidos no Ocidente, principalmente em perspectivas de tempo e espaço, que acabam por unificar os conceitos de tradição e cultura. Mesmo com uma estrutura e doutrina bem definida e uma carga de ocidentalização muito forte, a religião não é uma categoria autônoma da cultura e da história. Isso permite o estabelecimento e a percepção mais clara de fins sociais neste contexto religioso nipo-amazônico, o que acaba por poder ser um fator útil para qualquer pesquisa que se debruce sobre a religião e a cultura. Assim, pode-se haver proveito dessas análises para construção de outras perspectivas de interpretação do cenário religioso ocidental, que hoje é tão plural e heterogêneo.
Palavras Chave: Igreja Tenrikyo; Amazônia; Religiosidade no Brasil

A CULTURA ÁRABE MUÇULMANA E O CINEMA: O RETRATO DO ÁRABE MUÇULMANO GERADO PELO CINEMA HOLLYWOODIANO | Débora Dorneles Uchaski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Este artigo traz uma perspectiva sobre como o cinema hollywoodiano têm representado a cultura árabe muçulmana e como o cinema tem sido utilizado como uma ferramenta ideológica para a legitimação de projetos políticos e econômicos norte-americanos. Baseados na teoria da Nova História Cultural e nos métodos de Marc Ferro, analisaremos vinte e um (21) filmes criados entre a década de 1970 e os dias atuais, partindo do contexto em que havia sido criada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o mundo estava sendo acometido com a crise do petróleo, atingindo primariamente os Estados Unidos. Fundamentado em interesses políticos e econômicos, os Estados Unidos tem utilizado do cinema hollywoodiano como um instrumento para atingir o inconsciente coletivo das massas. Aumentando consideravelmente a utilização da figura do árabe muçulmano em seus filmes, criando um retrato de tal cultura sob uma ótica orientalista. Além disso, dedicamo-nos a estudar a representatividade da cultura árabe muçulmana no cinema salientando a forma como é estampada, os estereótipos arremetidos a tais sujeitos e analisar se houve alterações e degradações de sua imagem com o decorrer da história. Enfatizando a importância de trabalhar em sala de aula a desconstrução dessa ótica eurocêntrica e orientalista a fim de despertar no educando um olhar crítico ao que lhe é ofertado pela mídia de massas. Portanto, com o objetivo de trazer novas perspectivas e visões a fim de romper com estereótipos e com o estranhamento a culturas diferentes das quais este se insere, visando que alcance um pensamento mais ambíguo e tolerante.
Palavras-chave: Cinema; Representação; Orientalismo; Estereótipos; Racismo.

A IMIGRAÇÃO JAPONESA VISTA PELO CINEMA BRASILEIRO: APONTAMENTOS SOBRE “GAIJIN, CAMINHOS DA LIBERDADE”, DE TIZUKA YAMASAKI (1980) | Diogo Matheus de Souza | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

A Lei 13.006/2014 determina a exibição de duas horas mensais de filmes de produção nacional em todas as escolas de educação básica do país. Buscando refletir sobre possibilidades acerca do cinema brasileiro na escola, e mobilizando temáticas,

O presente artigo pretende analisar o filme “Gaijin, Caminhos da Liberdade” (1980), da cineasta nipo-brasileira Tizuka Yamasaki. Por meio do filme, de notícias de jornal que circularam no contexto de seu lançamento, de entrevista com a diretora e da bibliografia existente, pretende-se compreender como “Gaijin” mobiliza e produz memórias acerca da imigração japonesa, e quais os indícios que nos fornece sobre a construção de uma identidade japonesa no Brasil.
Palavras Chave: Imigração Japonesa; Cinema; Educação

REMINISCÊNCIAS DE MILTON HATOUM: ORIENTE E AMAZÔNIA COMO VETORES DA ARTE LITERÁRIA | Heraldo Márcio Galvão Júnior | Arcângelo da Silva Ferreira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. | Com

O presente artigo buscamos esboçar sobre a trajetória intelectual do escritor amazonense Milton Hatoum, elucidando, essencialmente, a Amazônia e o Oriente, real e imaginário. Estes motes literários herdeiros das experiências vividas pelo literato desde sua infância. As lembranças, as memórias e seus espaços se tornaram vetores da arte literária de Hatoum.
Palavras Chave: Milton Hatoum; Literatura; Oriente.

NARRATIVAS ORAIS DE MULHERES CHINESAS EM MANAUS 1980-2017 | Raphaela Martins Pereira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |

Este artigo é fruto de uma pesquisa de Iniciação Cientifica vinculada ao Laboratório de História Oral e Audiovisual do Amazonas (LABHORA-AM) do Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas e seu objetivo é refletir sobre memórias de mulheres chinesas que migram/migraram para Manaus no interstício de 1980-2017. Para isso nos utilizaremos fundamentalmente dos diálogos estabelecidos com as fontes orais, obtidas através de entrevistas que realizamos com três chinesas migrantes e que versaram sobre suas Histórias de vida, seu trabalho e o processo de migração. Entendemos que o modo de migrar de homens e mulheres são diferentes e que refletindo acerca das memórias e experiências desses sujeitos históricos podemos ter dimensões da História da imigração chinesa para o Brasil.
Palavras – Chave: mulher chinesa; imigração; história oral.

LENDO O OCIDENTE A PARTIR DO ORIENTE: O NARRADOR MACHADIANO EM QUESTÃO | Nelson de Jesus Teixeira Júnior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |

O ensaio visa, através de uma perspectiva ficcional e histórica, discutir como o Ocidente era lido através dos acontecimentos no Oriente, isso, por meio de uma crônica datada de “1 de julho de 1876”, assinada por Machado de Assis, que circulou no espaço carioca do Oitocentos. Esse escritor brasileiro operacionalizava ideias diversas em favor da formação informativa do seu leitor, apesar de não ter precisão acerca da composição desse leitorado. Essa narrativa machadiana viabiliza ampliar, para nós, a forma de compreensão sobre o cronista e seu processo de apreensão do cotidiano.
Palavras-chave: Machado de Assis; Oriente; Literatura

“FAÇA-SE O QUE SE QUISER – OS CHINESES POVOARÃO O BRASIL”: A PRIMEIRA MISSÃO BRASILEIRA NA CHINA | Kamila Rosa Czepula | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |

Nesse breve texto, analisaremos a primeira missão brasileira realizada na China em 1881, que tinha por objetivo estabelecer acordos comerciais e viabilizar a vinda de imigrantes chineses para o Brasil Império.
Palavras-chave: Imigração Chinesa; Brasil Império; China Imperial

A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS DECOLONIAIS PARA O ORIENTALISMO DE EDWARD SAID | Pepita Afiune | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |

O artigo propõe um debate teórico a respeito da importância dos estudos orientalistas do palestino Edward Said e a contribuição que os estudos decoloniais podem oferecer às suas discussões. Quando Said atribui às significações criadas sobre o Oriente por parte do Ocidente como uma reminiscência da herança colonial, atribuímos aos estudos decoloniais o protagonismo de uma crítica análise cujas raízes estão na pós-colonialidade. A Decolonialidade emerge como um enriquecimento dos estudos pós-coloniais, sem deixar de mostrar a importância que eles tiveram no âmbito de seu contexto histórico. Autores que contribuem para este debate fazem parte deste grupo de pensamento que propõe um desprendimento epistemológico, como Alejandro Haber, Walter Mignolo, Santiago Castro-Gómez, Aníbal Quijano e Boaventura Santos. A linha de pensamento dos referidos autores entende o orientalismo de Said como uma perpetuação da academia norte-americana, o que fez com que o Oriente continuasse sendo pesquisado a partir de matrizes de pensamento imperialistas e metropolitanas.
Palavras-chave: Orientalismo; Decolonialidade; Pós-Colonialidade.

DE TRANSNACIONALISMO TIBETANO À UM LOCAL DE PEREGRINAÇÃO: O CASO DO TEMPLO BUDISTA KHADRO LING DE TRÊS COROAS-RS | Jander Fernandes Martins e Vitória Duarte Wingert | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

O presente trabalho é fruto de uma Etnografia realizada no Templo Budista Khadro Ling, localizado na cidade de Três Coroas-RS a 91km da capital gaúcha Porto Alegre. O objetivo desse trabalho foi perscrutar os motivos que levavam inúmeros sujeitos de diversas localidades e distintas cosmovisões religiosas a visitar esse ambiente. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semidirigidas. Estas, foram realizadas durante dois finais de semana culminando em um total de 30 entrevistas. Partindo da Antropologia da Religião. Nesse sentido, compreender como uma religião oriunda de uma cultura oriental milenarmente constituída, instaurou-se em outro país, o qual é culturalmente distinto, especialmente, em seus processos e manifestações (religiosas) se demonstraram relevantes. Os resultados desse estudo nos convidam a abrir discussão e reflexão sobre a o papel do budismo em uma região, histórica e culturalmente, constituída de uma identidade germânica protestante. Além disso, constatou-se que, mais do que uma questão de migração étnica, trata-se em nosso entendimento de uma questão de “transnacionalismo religioso”.
Palavras-chave: Antropologia da Religião; Budismo; Etnografia; Transnacionalismo Religioso.

OS PROCESSOS MIGRATÓRIOS JAPONESES ENTRE OS SÉCULOS XIX E XX | Ronaldo Sobreira de Lima Júnior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Uma série de mudanças aconteceu no Japão durante o século XIX, e a maior parte delas foi proveniente do período conhecido como “Restauração Meiji”, onde o país se abriu ao Ocidente, após séculos de isolamento estabelecido pelo shogunato Tokugawa. Este momento da história japonesa é crucial para entendermos como e porque o país enfrentou ondas migratórias de seus cidadãos em seu próprio território e para fora dele. O século XIX se caracterizou por estes grandes deslocamentos populacionais internacionais, principalmente vindos da Europa, da China e do Japão. A presença dos nipônicos nos países em que se instalaram causou fenômenos que fomentam inúmeras reflexões, mas a maior e a primogênita destas é aquela que objetiva entender o que os levou a buscar uma nova vida em várias nações pelo mundo, principalmente no continente americano. Este trabalho se propõe a sistematizar e a fundamentar a discussão sobre este momento histórico do Japão que se iniciou no século XIX e adentrou pelo século XX, resultando em várias ondas de deslocamento de nipônicos em diversas direções, com destaque ao Brasil.
Palavras-chave: História; Japão; Imigração.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

A GUERRA DO FUTEBOL: EL SALVADOR E HONDURAS EM CEM HORAS DE CONFLITOS AGRAVADOS PELA BOLA | Aristides Leo Pardo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Através deste trabalho vamos ver que o futebol deixou há tempos de ser um assunto sem importância ou relegado ao segundo plano pelas ciências sociais já que através do mesmo é possível analisar uma sociedade e vivenciar fatos como o que aqui será narrado, quando uma partida de futebol resultou em um conflito bélico entre dois países vizinhos, da América central que conviviam com questões divergentes canalizadas na disputa por uma vaga na Copa do Mundo de 1970, realizada no México, que entrou para a história como “A Guerra do Futebol”.
Palavras-Chave: Futebol. Sociedade. Guerra do Futebol

AS IDEIAS PRÉVIAS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM HISTÓRICA: DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO EM ÂMBITO ESCOLAR | Ana Paula Rodrigues Carvalho | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Este trabalho busca debater acerca da importância das ideias prévias no processo de aprendizagem para a formação de sujeitos autônomos, críticos e aptos ao convívio democrático, pensando sobre tudo as relações de gênero. Buscar compreender quais as ideias históricas de jovens alunos à respeito das relações de gênero, remete à perspectiva na qual o aluno participa de forma ativa do processo de aprendizagem. A escola, enquanto local de debate e aprendizagem, mas também como ambiente em que permeiam as relações de sexualidade e de gênero aparece como espaço essencial para o debate e a desconstrução de concepções estereotipadas e preconceituosas. As ideias prévias, sobre qualquer temática, são frutos da vivência familiar, social, afetiva, entre outras e está intrinsecamente ligada a subjetividade de quem aprende, fazendo assim parte da sua identidade. O processo que leva ao reconhecimento respeitoso do outro é acompanhado por uma modificação subjetiva de quem aprende. Para que a aprendizagem atinja tais resultados não é possível ignorar as convicções de que o aluno é portador. | Palavras–chave: Ideias prévias; Aprendizagem histórica; Gênero

A CONSCIÊNCIA HISTÓRICA EM JÖRN RÜSEN: UMA REFLEXÃO ACERCA DA NOVELA NOVO MUNDO | Nikolas Corrent | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Este artigo visa apontar o problema da consciência histórica a partir da obra de Jörn Rüsen, fazendo um percurso que envolve os conceitos-chave de memória, aprendizagem e narrativa em entrelace com outros historiadores renomados. Pretende-se estabelecer uma relação entre o que Rüsen entende como consciência e importância da história e o modo como ela é abordada didaticamente na contemporaneidade, diante das perspectivas de ensino. Por isso, relacionaremos os conceitos abordados com a noção de historicidade vista a partir da novela das 18h da Rede Globo, Novo Mundo, que trata, entre outros temas, da Independência do Brasil. Nesse sentido, busca-se evidenciar uma ideia do que é ou não fato histórico e de como as novas mídias influenciam positivamente ou não a leitura e a consciência histórica do indivíduo. – PALAVRAS-CHAVE: Jörn Rüsen. Consciência Histórica. Aprendizagem. Novo Mundo.

NO “BOX EXPLICATIVO”: LIVROS DIDÁTICOS, REVOLUÇÃO RUSSA E A HISTÓRIA DAS MULHERES NO PNLD 2018 | Jorge Luiz Zaluski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018. |

Este texto tem como objetivo identificar como dois dos livros didáticos de história disponibilizados pelo Programa Nacional do Livro Didático (PNLD) 2018 apresentaram suas narrativas históricas acerca das mulheres e a Revolução Russa. Durante os últimos anos foram produzidas obras de grande importância sobre o tema e que dão visibilidade a participação ativa nesse momento histórico. Diante disso, é de grande importância perceber se essa produção é acompanhada pelos manuais didáticos, assim como se eles proporcionam narrativas que demostrem o protagonismo das mulheres.
Palavras chaves: História das mulheres; Livros didáticos; Revolução Russa.

| ANISTIA X MEMÓRIA: | DEMOCRACIA APRISIONADA NOS PORÕES DA DITADURA | Gabriela Soares Balestero | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018. |

O objeto do presente estudo é análise do direito à memória e do direito à verdade, ambos, considerados expressões da efetividade dos direitos humanos além de representar conquistas obtidas e garantidas como resultado de lutas sociais e simbólicas, tendo como enfoque a situação brasileira, tendo como base a relação entre memória, direitos humanos e a teoria do poder. Além disso, será analisada a aplicação da Lei da Anistia para os agentes públicos acusados de cometer crimes comuns durante a ditadura militar. Ainda, serão destacados os temas justiça histórica e memória, chegando-se ao direito à memória e à verdade na Corte Interamericana de Direitos Humanos, com abordagem das iniciativas implementadas pelo Estado brasileiro, sobretudo, diante das determinações impostas por força do julgamento do caso paradigma Gomes Lund e do papel desempenhado pela Comissão da Verdade. O Estado deve respeitar assegurar a democracia, o direito à memória, a participação popular e a não violação dos direitos fundamentais, sendo a memória um direito fundamental. A técnica de pesquisa utilizada é a bibliográfica e documental a partir dos métodos dedutivo, histórico-evolutivo e também indutivo.
Palavras – chave: Memória; Lei da Anistia; Impunidade; Democracia.

HISTÓRIA ORAL E CONHECIMENTO HISTÓRICO: A QUESTÃO DO CAFÉ EM 1975 EM SÃO PEDRO DO IVAÍ (PR) | Eliane Aparecida Miranda Gomes dos Santos | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018. |

O presente artigo visa tratar sobre a relação do município de São Pedro do Ivaí e o café, haja vista a importância da cultura cafeeira para a formação do município que está localizado no noroeste do Paraná. O trabalho desenvolveu-se pela perspectiva da história oral como fonte e a entrevista como ferramenta, pois através de ambas valoriza-se o constructo da memória dos são-pedrenses, colocando-os como sujeitos históricos e personagens ativos no interior da história do município. A sustentação teórica do referido trabalho apoiou-se em obras de Jörn Rüsen, tais como: Aprendizagem Histórica (2012) e História Viva (2007).
Palavras-chave: São Pedro do Ivaí. Café. Geada. História Oral.

POSICIONAMENTO POLÍTICO DOS JOVENS E CONHECIMENTO HISTÓRICO: UM ESTUDO EMPÍRICO NOS CAMPOS GERAIS – PR – BRASIL | Matheus Mendanha Cruz | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018. |

O presente trabalho visa discutir a relação entre conhecimento histórico e posicionamento político dos jovens de Ensino Médio, no geral entre 15 e 18 anos. Para tal foi utilizado método de levantamento de dados quantitativos para se ter um retrato geral dessa relação. Os questionários foram aplicados nas cidades de Ponta Grossa – PR e de Castro – PR, ambas as cidades da região dos Campos Gerais, entre os meses de maio e junho de 2017. O tema escolhido para se refletir sobre posicionamento político e conhecimento histórico foi o período entre 1964-1985 no Brasil, onde o país foi governado pelos militares. Os dados levantados permitem perceber que os jovens que apresentam maior conhecimento histórico sobre o período acabam também por aderir a soluções mais complexas.
Palavras-Chave: Período do Governo dos Generais; Cultura Histórica; Cultura Política; Soluções para o Brasil.
“A METADE DA LUA COBERTA DE SOMBRAS”: ELITES EM CONFLITO NAS ALTERAÇÕES DE PERNAMBUCO | Estevam Henrique dos Santos Machado | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018. |

No post Bellum A nobreza da terra e os comerciantes reinóis denominados mascates vinham protagonizando cenas de divergências, de um lado os mascates tentando adentrar na administração pública na posse dos honrados cargos da república como a Câmara de Olinda, os postos da administração local, o comando das milícias, os cargos da burocracia régia, as confrarias e irmandades religiosas, a Santa Casa de Misericórdia em Olinda, os hábitos das Ordens Militares e as funções de Familiares do Santo Ofício e do outro lado a açucarocracia tentando barrar esse avanço tendo em vista a sua permanência enquanto grupo regedor dos ditames políticos da antiga Capitania Duartina. Este artigo pretende apresentar algumas das razões desse conflito, dando ênfase ao discurso proferido pelas facções da nobreza e da mascataria.
Palavras-chave: Pernambuco, Guerra dos Mascates, Nobreza da terra

MIGRAÇÃO E MEMÓRIA: O DESLOCAMENTO DE IMIGRANTES ALEMÃES E DESCENDENTES PELO SUL DO BRASIL | Zuleide Maria Matulle | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

O presente texto aborda questões sobre a ocupação da região sul do Brasil por imigrantes que deixaram as fronteiras do Império Alemão no final do século XIX. O material utilizado na análise é uma entrevista de história de vida com traços temáticos e documentos particulares em diálogo com um conjunto de referências que contempla discussões sobre memória, história oral, imigração alemã para o Brasil e ocupação dos estados da região sul. Inicialmente observa-se algumas questões sobre a memória do sujeito que fala e possibilidades da história oral para a construção do conhecimento histórico. Na sequência, pontua-se o contexto social e econômico do Império Alemão, mais especificamente da antiga Província Prussiana da Pomerânia: o que motivou a saída de sujeitos desse território e que experiências essas pessoas trouxeram para Brasil (?). Posteriormente, direciona-se o olhar para os deslocamentos de alemães e descendentes pelo sul do Brasil em busca de novas fronteiras agrícolas como, por exemplo, no estado do Paraná. Tem-se como objetivo refletir sobre experiências vividas e presentes na cultura ordinária, colaborando para a superação de noções cristalizadas de um processo de ocupação simplificado, estanque e homogêneo. – PALAVRAS-CHAVE: alemães e descendentes; memória; migração pela região sul

EDUCAÇÃO ESCOLAR: GÊNERO E ETNIA CONSTRUINDO DIÁLOGOS | Adrieli Müller Sehnem | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018. |

Este artigo propõe refletir sobre as possibilidades que a educação escolar pode contribuir nas problemáticas sobre as relações de gênero e etnia, enfrentadas na atualidade no Brasil, refletindo também sobre sua função social, bem como nas legitimações das práticas políticas impetradas para abordar as inserções e exclusões de diferentes sujeitos históricos.
Palavras-chave: Educação, Gênero, Etnia.

OS USOS E APROPRIAÇÕES DA CIÊNCIA EUGÊNICA EM SEU PROCESSO DE FORMAÇÃO EM DIFUSÃO  | Isaias Holowate | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018. |

A eugenia foi uma ciência com um forte viés de atuação social, surgida na segunda metade do século XIX e que tinha por pressuposto principal o aprimoramento da espécie humana. Tal discurso é geralmente associada à figura do antropólogo inglês Francis Galton, considerado desde o surgimento dessa “nova ciência” como o “pai da eugenia”. Porém, a eugenia não se apresenta enquanto uma ciência estática, mas sim como um discurso em constante transformação, em que os significados variavam no decorrer do tempo e novos signos eram associados a eugenia, de forma que ao mesmo tempo em que se difundia, ela também se reconstruía e se moldava constantemente. Por isso, O presente artigo se utiliza dos pressupostos do conceito de Representação, presentes nas obras do historiador Roger Chartier, para refletir sobre a formação da eugenia enquanto uma produção representativa originada em um determinado contexto social, analisando tanto as suas condições de formação quanto os usos que foi tendo no ambiente em que se constituía.
Palavras Chave: Apropriação; Eugenia; Formação da eugenia; Representação.
RÜSEN, HABERMAS E OS FUNDAMENTOS DA CIÊNCIA HISTÓRICA | João Elter Borges Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

O presente trabalho tem como foco a reflexão sobre a problematização rüseniana para os fundamentos da ciência histórica, buscando pontos de contato, semelhanças e diferenças entre a sua teoria da história e a teoria da ação comunicativa de Jürgen Habermas. O enfoque será dado para a constituição e a validação da operação historiográfica. No que tange a constituição, percebemos pontos de contato entre as reflexões habermasianas e o fator “interesses” da matriz disciplinar. No que tange a validação na ciência histórica, percebemos proximidades entre os fundamentos “ideias” e “métodos” rüsenianos e a teoria do consenso da verdade; mais especificamente a problematização realizada por Rüsen quanto a essas noções para fazer frente ao debate do partidarismo e da objetividade. Realizaremos, assim, a análise na intenção de identificar (ou não, ou em que proporção se verifica) uma possível proximidade entre Rüsen e Habermas. – PALAVRAS-CHAVE: Rüsen; Habermas; Didática da História.

LIMITES E POSSIBILIDADES DA PRÁTICA DOCENTE FRENTE À ALTERIDADE: A FUNÇÃO DA EDUCAÇÃO E AS DIFERENÇAS SÓCIO-CULTURAIS | Arthur Luiz Peixer | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Ao pensarmos a educação no Brasil, estamos falando de um enorme contingente de diferenças regionais, onde muitas vezes um currículo homogêneo não privilegia todos os indivíduos que tem acesso a ele. Ao apresentar essa ideia, propomos discutir como se desenha alguns aspectos principais do fazer educacional. Afinal de contas, do que se trata a educação? O que é alteridade? Que diferentes aspectos socioculturais se refletem na escola? São somente os alunos? E os professores? Ao trazer esses questionamentos, pretendemos entender através das ideias de Emile Durkheim sobre a natureza e função da educação, como o ser humano enxerga e como executa esse processo. Dessa forma, iremos criar parâmetros com as analises de Valerie Walkerdine sobre o pensamento contemporâneo em relação às distinções feitas pelos próprios profissionais da educação, também citado nos trabalhos de Marilia Carvalho, o qual também será usado como parâmetro para o nosso entendimento. – PALAVRAS-CHAVE: Alteridade, educação, Escola.

AS TEORIAS RACIAIS E A POLÍTICA DE INCENTIVO À IMIGRAÇÃO EUROPEIA NO PÓS ABOLIÇÃO | Fernando Tadeu Germinatti e Alessandra de Melo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

O objetivo desse artigo é examinar por meio de pesquisas em obras teóricas de que modo os efeitos e influencias das teorias raciais que se instalaram no Brasil no período do pós abolição favoreceram para que o racismo científico agisse na exclusão social dos ex escravos negros. Assim sendo, viu-se que o Brasil se constituiu como um país mestiço, de ordem biológica e cultural, examinou-se como e por que a influencia das teorias raciais moldaram a imagem do negro provocando como fora constatado o adiamento de sua entrada, de forma efetiva, na sociedade. – PALAVRAS-CHAVE: Abolição, Teorias Raciais, Imigração.

DAS COLUNAS DO JORNAL TRIBUNA CRICIUMENSE: MORALIDADE E URBANIDADE PÚBLICA SOBRE A CIDADE DO CARVÃO – CRICIÚMA/SC (1955-1970) | Adriana Fraga Vieira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Este artigo busca investigar a linha editorial publicada em crônicas e colunas do jornal Tribuna Criciumense, o primeiro periódico de longevidade da região carbonífera de Santa Catarina. Caracterizando-se desde o início como um jornal de elite, buscou-se entender sobre quais aspectos da cidade o jornal dedicava mais atenção nas décadas de 1950 e 1960, período de crescimento demográfico acelerado em vista da expansão da indústria carbonífera e da diversificação industrial. Os assuntos mais abordados revelavam os anseios e valores que as camadas mais abastadas pretendiam disseminar na cidade, mas também a influência que o impresso exercia sobre opiniões e decisões tomadas pelo poder público.
Palavras-chaves: Imprensa. Moralidade.Urbanidade.

O DISCURSO MÉDICO-LEGAL SOBRE RAÇA, CRIME E IMPUTABILIDADE NO PRIMEIRO CÓDIGO PENAL REPUBLICANO | Rafael Santana Bezerra | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Após a Proclamação da República emergiram inúmeros debates sobre a necessidade de reorganização jurídica da nova nação. A preocupação concentrava-se em atualizar as leis brasileiras às novas descobertas do campo jurídico, além disso, era um marco de distinção da novidade que se instaurava. O Código Penal de 1890, promulgado através do decreto presidencial nº 847, não foi recebido no meio acadêmico e político de maneira unânime, ele foi alvo de inúmeras críticas, produzindo importantes debates que se expandiram para os mais variados campos científicos. Neste sentido, analisaremos as críticas ao Código Penal de 1890 realizadas pelo médico-legal Raimundo Nina Rodrigues, professor da Faculdade de Medicina de Salvador, tendo como cerne a contraposição entre o pensamento iluminista/liberal do Direito e as teorias criminais que ganhavam força no final do século XIX. Trata-se, portanto, de identificar as disputas e enfrentamentos entre o campo médico e o campo jurídico no processo de reorganização do Brasil nos finais do século XIX e início do século XX.
Palavras chave: Nina Rodrigues, Código Penal, Raça.

BAR: UM ESPAÇO DE SOCIALIZAÇÃO E UM REFLEXO SOCIAL DA DESIGUALDADE DE GÊNERO | Jaqueline Kotlinski e Bruno César Pereira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

O presente trabalho se propõem observar as normas sociais impostas aos gêneros masculino e feminino a partir da divisão de papéis-sociais, salientando a naturalização de características a estes gêneros, como a virilidade, racionalidade, além da marcante visão do homem como provedor do lar em contraponto as mulheres caracterizadas como frágeis e servis; reservando a estas, atividades como, cuidar da casa, dos filhos, etc. Em especial o presente trabalho parte de estudos etnográficos e entrevista realizada com os proprietários de um estabelecimento comercial situado na cidade de Irati-PR; tal local é um bar frequentado por moradores e estudantes universitários. A partir de tais entrevistas podemos compreender melhor as desigualdades de gênero, seja pela sua divisão em papéis-sociais, assim como na própria construção do bar como um espaço de socialização, destinado a um determinado público, o masculino. – PALAVRAS-CHAVE: Espaço-Público, Socialização, Gênero

TRABALHANDO COM A TEMÁTICA ‘AS MULHERES NO PERÍODO COLONIAL BRASILEIRO’ EM SALA DE AULA: RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA NO ESTÁGIO SUPERVISIONADO | Juliana Aparecida Nunes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

O presente texto diz respeito às experiências vivenciadas durante a docência na disciplina de Estágio Supervisionado II, no quarto ano do curso de licenciatura em História da Universidade Estadual de Ponta Grossa. Foram realizadas duas aulas em duas turmas de 2º ano de ensino médio do Colégio Instituto de Educação Professor Cézar Pietro Martinez, localizado no município de Ponta Grossa, PR, no ano de 2017. Ao longo do período de observação das aulas, a professora responsável pela turma havia trabalhado previamente o período colonial, mais especificamente a economia açucareira, o que permitiu que na docência fossem trabalhados temas específicos que complementassem essa aprendizagem. Por esse motivo, foi feita a escolha por trabalhar com a situação das mulheres no período colonial, fazendo relações com o presente e objetivando-se a fazer com que os alunos conseguissem perceber rupturas e permanências ao longo do tempo. Palavras Chave: estágio supervisionado, história das mulheres, período colonial brasileiro

DAS TERRAS INFIÉIS À TERRA DO ISLÃ: O PROJETO COMUNITÁRIO DO ESTADO ISLÂMICO A PARTIR DA REVISTA DABIQ (2014-2016) | Gilvan Figueiredo Gomes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

O presente artigo pretende investigar a metodologia de distribuição dos argumentos do Estado Islâmico na revista Dabiq, organizada e propalada em diversos idiomas entre 2014 e 2016. Zygmunt Bauman, em sua análise das sociedades ocidentais do Pós Segunda Guerra, evidenciou a sensação de vazio e incerteza sobre o futuro, bem como a busca por refúgio de tal sentimento. Ancorados nessas reflexões pretendemos discutir a possibilidade do Da’ish oferecer um modelo de comunidade pautado na crença, mas que reconhece as necessidades de seus membros inscrevendo-as no projeto do Califado como produto efetivo da ação de homens e mulheres. Os sujeitos são seduzidos por esse argumento e cooptados para o Da’ish via vídeos, áudios, ações em redes sociais e material textual. O argumento do Estado Islâmico se constrói a partir da análise das dificuldades enfrentadas pelos muçulmanos no mundo ocidental, apontando como solução a construção de uma sociedade que dá conta, tanto de suas necessidades mínimas de infraestrutura quanto religiosas, ou seja, como uma comunidade.
Palavras Chave: Dabiq; Comunidade; Estado Islâmico;

TECITURAS DO COTIDIANO DE UM ESTÁGIO E A ETNOGRAFIA NO ESPAÇO ESCOLAR | Maria Larisse Elias da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Ao longo do tempo a escola obedeceu várias configurações de acordo com exigências de determinados grupos sociais – geralmente ligados a elite. Junto com a constituição do que era designado por espaço escolar, também estava a concepção do que era ser professor, o que caracterizava-o e os limites empreendidos para exercer a docência. Foi crescente a falta de conhecimento do que a escola era constituída em sentido subjetivo e quem eram os sujeitos que a compunham. Embora essa visão tenha sofrido algumas modificações no decorrer dos anos, ainda são presentes essas raízes sobre ‘escola e docente’ no Brasil. Destarte, problematizaremos aqui as contribuições da etnografia numa experiência de estágio supervisionado de licenciatura em História – desenvolvido numa escola de Cajazeiras-PB. – PALAVRAS-CHAVE: Etnografia; História; Espaço escolar.

ESTADO, CINEMA E EDUCAÇÃO NO BRASIL: O QUE A LEI 13.006/2014 REPRESENTA COMO NOVIDADE NA HISTÓRIA DESSA RELAÇÃO? | Diogo Matheus de Souza | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

A Lei 13.006/2014 determina que todas as escolas de educação básica exibam duas horas de filmes de produção nacional por mês como componente curricular complementar, integrado à proposta pedagógica da escola. O presente trabalho busca fazer um levantamento histórico sobre a relação entre Estado, cinema e educação no Brasil, procurando compreender em que circunstâncias já se estabeleceram políticas públicas para inserir o cinema dentro das salas de aula e em que aspectos a Lei 13.006/2014 traz algo de novo para essa relação. A principal fonte de investigação utilizada é o Projeto de Lei do Senado nº 185, de 2008, elaborado pelo Senador Cristovam Buarque, e que representa o ponto de partida para a criação da Lei em análise. – PALAVRAS-CHAVE: Lei 13.006/2014; Cinema Brasileiro; Educação.

PROCESSOS ESTRUTURAIS DA GLOBALIZAÇÃO: DIÁLOGOS ENTRE MILTON SANTOS E AS CIÊNCIAS SOCIAIS | Wesley dos Santos Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Esse artigo tem como finalidade principal discutir os fenômenos do processo globalizante e o impacto desse sistema na modernidade líquida, iremos discorrer sobre a relação desses dois processos (globalização e modernidade líquida) e de suas estruturas dentro da sociedade. Assim, apresentaremos os efeitos da globalização, sua influência na construção identitária e na fragmentação das identidades, como também, analisaremos o impacto e as consequências nesse mundo líquido moderno globalizado. – PALAVRAS-CHAVEs: Globalização, modernidade, processos. |

PAPEL, TINTA E SANGUE: JUSTICEIRO MAX E OS QUADRINHOS COMO ESPAÇO DE DISCURSOS E PRÁTICAS | Felipe Raul Rachelle | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

O presente artigo tem por objetivo pensar o uso das histórias em quadrinhos como fontes para as pesquisas acadêmicas, problematizando justamente o periódico como um espaço passível de influências diversas. Tais influências que não se limitam apenas ao autor que o produz, mas também a editora, os meios de comunicação, o contexto social e a própria sociedade que o consome. Num processo de firmação enquanto obra de arte, as HQs vivem em transformação, e por meio delas, são veiculadas um vasto número de ideias e intentos. No trabalho em questão, utilizaremos a HQ Justiceiro MAX, parte de uma linha de quadrinhos voltados para um público adulto da Marvel Comics, fazendo um paralelo com seu contexto social e período de produção. Construir uma narrativa histórica em diálogo com uma fonte tão inusitada pode ser uma opção, dentre as tantas, que os historiadores possuem em seu campo, e não é um trabalho simplorio. Deste modo, desconstruir a fonte, questioná-la sob diferentes prismas, analisá-la minuciosamente é parte fundamental do ofício do historiador, e com as HQs, o processo não é diferente.
Palavras-chave: Quadrinhos; História; Espaço.

VESTÍGIOS DE UMA GUERRA: A PRESENÇA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA NO MUSEU XUKURUS DE HISTÓRIA, ARTES E COSTUMES DE PALMEIRA DOS ÍNDIOS | Pedro Samyr de Souza Barros | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

Este trabalho analisou algumas peças museológicas referentes à Força Expedicionária Brasileira (FEB) que estão localizadas no Museu Xukurus de História, Artes e Costumes no município de Palmeira dos Índios. Para analisar a parte da história da FEB, foram utilizadas as obras dos seguintes autores: Da Costa (2012) e Goyos Júnior (2013). Foi utilizada Lemos Paranhos (2017) e Peixoto (2013) para elucidar sobre a estrutura, formação e funcionamento do referido museu. Outros autores também foram utilizados para fortalecer a narrativa do texto.
Palavras Chave: Expedicionário; História; Município.

AS REFORMAS EDUCACIONAIS NO BRASIL DE D. JOÃO | William Vicari Filho | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2018.

A transmigração da Corte Portuguesa para o Brasil foi responsável por reviver no Corpo Monárquico um sentimento de glória e poder há tempos esquecido, e isso contribuiu para tornar o Rio de Janeiro em sede definitiva da Coroa, criando assim a necessidade de reestruturar a cidade. O Período Joanino marca o fim do regime colonial, ao abrir os portos às nações amigas ainda em 1808, mas também simboliza toda a transformação do antigo porto em Metrópole, inclusive as tentativas de modernizar a instrução pública da cidade, encaixando-a nos moldes do período e substituindo a religiosidade pela ciência. Porém, ao se analisar essa evolução educacional, percebe-se que, além das reformas visarem apenas à inserção da nova sede no modelo de civilização européia, a educação continuou sendo um privilégio de poucos, servindo inclusive como ícone de status social.
Palavras Chave: Brasil; Joanino; Educação | | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

SUCESSO NA VIDA: A REPRESENTAÇÃO DA MATERNIDADE E DO FEMININO NOS ALMANAQUES DE FARMÁCIA (1910 – 1940) | Caroline de Lara | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Com conteúdos diversificados, a partir do século XIX os almanaques de farmácia no Brasil propagaram discussões sobre nacionalidade, representando o emblema feminino da maternidade e reafirmando sua posição na sociedade, seu papel e sua identidade como guardiã da saúde e do bem estar.
Palavras-chave: Maternidade. Representação. Propagandas.

DINHEIRO, CORAGEM E BALA: A TRAJETÓRIA DO CANGAÇO | Douglas Augusto da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

O cangaço foi um movimento armado que teve seu auge no século XX. Dentre os motivos: a miséria, terras injustamente repartidas, as intensas brigas de família e a insolência dos coronéis para com o pobre sertanejo. Podemos classificar estes cangaceiros como “bandidos sociais”, vistos como criminoso pela elite e como um herói pelo seu povo. Surgiram vários cangaceiros famosos, dentre os mais: Antonio Silvino, Luís Padre, Sinhô Pereira, Corisco e o mais famoso, Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião. Durante anos uma guerra se instaurou no sertão nordestino entre cangaceiros e volante. Lampião e o cangaço ficaram eternizados na cultura nordestina. – PALAVRAS-CHAVE: Nordeste. Cangaço. Lampião.

O LUGAR SOCIAL DE JÖRN RÜSEN E O CONTEXTO DE SUA TEORIA DA HISTÓRIA | João Elter Borges Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O presente artigo, como aponta o título, tem como objetivo traçar apontamentos sobre a trajetória biográfica do historiador e filósofo alemão Jörn Rüsen e contextualizar a sua teoria da história. Existem muitas formas de contextualizar o pensamento e a teoria de Rüsen. À luz do conceito de lugar social de Certeau, a reconstrução interpretativa que realizaremos se concentrará no processo perpetrado por Rüsen de construção de uma teoria da história em resposta a duas transformações que marcaram a história da historiografia ao longo do século 20: a ampliação dos objetos de estudo do conhecimento histórico e a “virada linguística”. Esse olhar macro-histórico sobre o pensador pode oferecer suporte ao melhor entendimento das bases epistemológicas sobre as quais Rüsen edificou a sua teoria da história; espera-se ainda que a compreensão mais fundamentada dessas bases contribua, por sua vez, para uma maior clareza da teoria da história ruseniana em si e, também, da complexidade do pensamento rüseniano.
Palavras-chave: Jörn Rüsen; Lugar social; Didática da História.

| VIDAS NOS AUTOS: PESSOAS POBRES E O PODER EM UMA FRONTEIRA DO SUL IMPERIAL | Rodrigo Fidélis Renauer | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Este artigo tem por objetivo analisar algumas práticas de controle social empreendidas pelo Estado imperial sob a vigência do Código Criminal de 1830. Para atender a esse propósito, buscamos analisar um documento policial conhecido por termo de bem viver. Parte-se da hipótese de que alguns comportamentos dos pobres livres eram vistos como problema à ordem imposta. Os termos de bem viver analisados neste artigo foram produzidos em Guarapuava, região limítrofe do Paraná, na última década do Império. A pessoa que fosse obrigada a assinar esse documento firmava um compromisso diante de autoridades e testemunhas, sendo obrigada a mudar sua conduta. Caso infringisse esse termo, seria processada criminalmente. Além dessas questões, mostraremos como os termos de bem viver poderiam se ajustar aos arranjos sociais de cada região.
Palavras chave: controle social; termo de bem viver; pobres livres.

O SISTEMA EDUCACIONAL NA ERA VARGAS: O ENSINO DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA DO BRASIL NO ENSINO SECUNDÁRIO DO GINÁSIO AMAZONENSE PEDRO II EM 1934 | Gutierre Elias Nassur Junior e Daniel Rodrigues de Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O presente artigo busca compreender como era organizado o sistema escolar na Era Vargas no Estado do Amazonas em 1934, analisando o ensino da disciplina de História no ensino secundário na escola Pedro II ou Ginásio Amazonense. Utilizou-se dos conceitos de Hebe Castro em História Social como fundamentação teórica a nossa pesquisa onde é priorizada a ação dos homens como sujeitos construtores do processo histórico em seu ato de viver cotidianamente. As fontes que utilizamos além de bibliografias que tratam do tema são de cunho oficial como o Diário Oficial do Estado do Amazonas de 1934. Por fim, tem-se a pretensão de entender as mudanças educacionais ocorridas no ensino da disciplina durante esse período analisando as rupturas, permanências, continuidades e transformações no sistema educacional.
Palavras- chave: educação, ensino secundário, História, Era Vargas e Ginásio Amazonense.

A HOSPEDARIA DANZIGER HOF: O MARCO ZERO HISTÓRICO DA COLONIZAÇÃO DE CAMBÉ PR | Lucimara Andrade da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

Este artigo tem por objetivo apresentar a história sobre a Hospedaria Danziger Hof, sendo esse local o marco zero na história da colonização de Cambé, situada no Estado do Paraná que abrigou os primeiros imigrantes no que seria então a colônia Nova Dantzig, a construção foi realizada pela CTNP que empreendeu o loteamento das terras do norte do Paraná. Além disso, também abordaremos a missão Montagli, a propaganda da terra fértil, a chegada dos primeiros habitantes, ressaltando a construção da hospedaria e as condições em que viviam essas famílias. Essa pesquisa visa destacar a importância da memória e de construções pioneiras para a história de Cambé. Dessa forma, mostraremos que a preservação desse local é fundamental, em razão da sua importância como a primeira moradia da cidade. Atualmente está preservado como Parque Histórico Municipal Danziger Hof, contém em seu acervo duas importantes casas de madeira da época e também espécies da fauna e flora nativa. O principal resultado obtido nesse estudo, foi que há um desconhecimento dos moradores sobre a história local, os que tem memórias da época são os pioneiros, para o restante da população, o parque é uma novidade ao visitarem passam a se interessar pelas suas origens. Palavras Chaves: Imigrantes; Memória; Patrimônio Histórico.

HISTORIOGRAFIA BRASILEIRA: UM POSSÍVEL DIÁLOGO ENTRE FRANCISCO ADOLFO DE VARNHAGEN E GILBERTO FREYRE  | Rafael Marcelino Tayar e Bruno Moro | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Este artigo pretende realizar um diálogo entre Francisco Adolfo de Varnhagen e Gilberto Freyre, identificando em suas obras similaridades e diferenças de pensamentos que possam em si corresponder a ideias que norteavam o campo político e social de suas respectivas épocas. Para tal, o estudo divide-se em partes complementares do entendimento, primeiramente traçando as condições sócio políticas de ambos historiadores, visando entender seus anseios pessoais, assim como as possíveis amarras institucionais enfrentadas. Numa segunda ocasião, elencar as similaridades de suas obras, pensamentos e propostas, destacando também as diferenças, e quais condições as fizeram possíveis.
Palavras-chave: Historiografia brasileira, Invenção de uma nação, IHGB.

QUESTÃO AGRÁRIA NO BRASIL: ASPECTOS HISTÓRICOS SOBRE A EXTENSÃO RURAL NO PARANÁ | Caroline Becher e Alef Guilherme Zangari da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O objetivo deste trabalho é proporcionar um panorama sobre a questão agrária no Brasil, seus processos históricos bem como os paradigmas da questão agrária e do capitalismo agrário. Além disso, apresentar uma discussão sobre o processo histórico da extensão rural e surgimento do Instituto de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater-PR). Ainda, apresenta-se neste trabalho caracaterísticas peculiares das políticas públicas que atualmente incidem sobre o território rural brasileiro e a ação da extensão rural no estado do Paraná. Para atender os objetivos propostos foi realizado uma revisão bibliográfica referente a temática, análise da legislação pertinente e, utilização de documentos do arquivo histórico EMATER-PR.
Palavras-chave: Questão Agrária; Histórico da extensão rural; Políticas Públicas.

O ANTICOMUNISMO PRESENTE NO JORNAL CATÓLICO ‘O SEMEADOR’ | Pedro Samyr de Souza Barros | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Este artigo tem como objetivo mostrar como se deu a produção e o discurso anticomunista no jornal Católico “O Semeador” da diocese de Maceió – AL. Além disso, o trabalho irá expor como alguns dos altos membros da Igreja Católica e da sociedade Alagoana agiram para ‘combater o avanço do comunismo no estado.
Palavras-chave: Anticomunismo. Discurso. Igreja.

ESCONDER OU CONFINAR: ANALISANDO POBREZA E MIGRAÇÃO COMO CONTROLE SOCIAL | Rodrigo dos Santos | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Este texto pontua a pobreza analisada a partir da migração, apontando como ocorreu o processo migratório dos sujeitos pobres, especialmente nos séculos XVIII e XIX, através de autores que se debruçaram na temática social da pobreza ou com íntima relação com ela, sendo uma pesquisa de cunho bibliográfico. Com isso, como resultados verificou-se que para conter esses sujeitos pobres, surgem mecanismos como canalização de água, sistema de policiamento, criação de vilas operárias e asilos. Apesar disso, essa população promoveu resistências contra esses sistemas hegemônicos de controle da classe burguesa, principalmente pelas migrações.
Palavras chave: Domesticação, Miserabilidade, Povos Pobres.

A CAPOEIRA COMO POSSIBILIDADE DE APLICAÇÃO DA LEI 10.639/03 | Denis Henrique Fiuza | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Segundo o parecer 003/2004, a demanda da comunidade afro-brasileira por reconhecimento, valorização e afirmação de direitos, no que diz respeito à educação, passou a ser particularmente apoiada com a promulgação da Lei 10639/2003, que alterou a Lei 9394/1996, estabelecendo a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileiras e africanas. Nesse sentido, analisamos a utilização da capoeira, elemento cultural gestado pelos negros na sociedade brasileira desde o período colonial, nos estabelecimentos de ensino, como proposta de aplicação da Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na Educação Básica.
Palavra-chave: capoeira; história; relações étnico-raciais.

O PROBLEMA DO PENSAMENTO CHINÊS NO BRASIL | André Bueno | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Atualmente, o Brasil considera a China um parceiro ideal. As conquistas econômicas dos chineses inspiram os brasileiros. O modelo político e social chinês é olhado com admiração. Contudo, os brasileiros também são preconceituosos. Não compreendem a cultura chinesa. Não entendem seus hábitos. Não conhecem suas filosofias, e ignoram o conceito de uma história milenar. Os brasileiros, portanto, tem um desafio pela frente. Se quiserem a China como parceira no futuro, precisam compreender suas formas de pensar. Por outro lado, os brasileiros têm grandes dificuldades em absorver aquilo que não vem da Europa ou dos Estados Unidos. A sociedade brasileira costuma ser receptiva com os estrangeiros; mas, ao mesmo tempo, ela é muito receosa com novidades culturais. Essa questão se aplica ao caso chinês. Os brasileiros alternam entre a admiração e o repúdio, a curiosidade e o medo. Quais as razões desse comportamento? E como o estudo da filosofia chinesa poderia ajudar a resolver esse problema? É o que veremos a seguir, em nosso texto.
Palavras-chave: Pensamento chinês; Sinologia Brasileira; Diálogo Intercultural

DEVOÇÕES NEGRAS E IRMANDADES DE COR: | SOCIABILIDADES E PROFISSÃO DE FÉ NO RIO DE JANEIRO DOS SETECENTOS | Artur Rômulo Batista Henrique | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O nosso trabalho se propõe a uma breve análise acerca das manifestações populares de fé no século XVIII na cidade do Rio de Janeiro, como forma de expressão cultural e resistência escrava e africana. Nosso foco são as irmandades religiosas e as devoções negras, que promoveram a vinculação dos ascendentes africanos nos meios sociais e a sua integração aos meios religiosos do catolicismo.
Palavra Chave: Irmandades de cor, Santos negros, Antigo Regime.

ECOS DO SILÊNCIO: A DIÁSPORA E A CHEGADA DA FAMÍLIA RICARDO À FAZENDA CANTO (1872 A 1952) | Adauto Santos da Rocha e José Adelson Lopes Peixoto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O Xukuru-Kariri, objeto desse estudo é um povo indígena situado no município de Palmeira dos Índios, região Agreste do estado de Alagoas. Este artigo tem por objetivo discutir o processo de extinção dos aldeamentos em Alagoas e seu reflexo em Palmeira dos Índios, e a consequente aquisição das terras que hoje compõem a aldeia Fazenda Canto, descrevendo o protagonismo da família Ricardo, uma das treze famílias que povoaram a aldeia, à época de sua povoação. A abordagem descreve como essa família passou pelos processos históricos de silenciamento e ressurgência frente a negação do estado e da sociedade envolvente. As fontes da pesquisa constituíram-se em relatos de (10) dez membros da família Ricardo e também de moradores do distrito de Canudos (atual cidade de Belém-AL) que conviveram com os sujeitos entrevistados. Para o estudo dos relatos coletados partimos dos pressupostos teóricos de Maurice Halbwachs (2003), Lopes Peixoto (2013), Carneiro Martins (1994) e Silva Júnior (2013) como formas de evidenciar a experiência vivida pelo Xukuru-Kariri em nossa história recente.
Palavras-chave: Dispersão. História. Memória. Oralidade.

A IMPORTÂNCIA DO INTÉRPRETE DE LÍNGUA BRASILEIRA NA SALA DE AULA | Elisiane Zvir | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

Atualmente, os professores da rede pública convivem com uma escola repleta de diversidades, dentre essa diversidade se encontram os alunos surdos, esse se utilizam da Língua Brasileira de sinais para se comunicar e a escola deve estar apta para receber esses alunos em sala de aula. Nesse sentido o objetivo da pesquisa foi entender a partir de uma analise bibliográfica a importância da presença do intérprete de LIBRAS em sala de aula e os caminhos percorridos no Brasil para o reconhecimento da comunidade surda; com a pesquisa foi possível compreender que o intérprete na escola torna possível romper as barreiras da comunicação e construir o conhecimento com os alunos, mas sem intérprete vai além de fazer tradução, o trabalho envolve o conhecimento e a participação da comunidade surda. – PALAVRAS-CHAVEs: Intérprete de Língua Brasileira de Sinais, LIBRAS, comunidade surda.

LITERATURA, ARTE E HISTÓRIA NO BRASIL IMPERIAL: ENTRE A BUSCA DA IDENTIDADE NACIONAL, DO COTIDIANO E DO IMAGINÁRIO DA SOCIEDADE OITOCENTISTA BRASILEIRA | Bruno César Pereira e Ana Maria Rufino Gillies | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O presente texto apresenta o resultado de uma pesquisa desenvolvida como projeto de Iniciação Científica, tendo como objetivo realizar um estudo sobre pinturas e obras literárias produzidas ao longo da segunda metade do século XIX, para verificar o potencial das mesmas como fontes para o entendimento e a escrita da história, uma vez que há uma bibliografia que as aponta como parte do esforço para construção de uma identidade nacional, dentro do espírito da estética romântica do período. Este breve estudo permitiu perceber que a construção da identidade nacional brasileira pautou-se em aspectos singulares, entre eles a exclusão da figura do negro e a adoção do indígena como herói nacional. Além das pinturas, as obras literárias analisadas permitiram o estudo de aspectos do cotidiano e do imaginário da sociedade imperial brasileira. Optou-se pela seleção de obras as mais conhecidas e de fácil acesso partindo-se do pressuposto de que atingiram um largo percentual de público, então e agora.
Palavras-chave: representação; imaginário; identidade nacional; sociedade brasileira século dezenove.

SENHORES E ESCRAVOS NA FREGUESIA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DE SANTA CRUZ | João Batista Correa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

Este artigo tem por objetivo analisar a freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Santa Cruz, localizada na vila de Pirassununga, província de São Paulo. Temos em questão analisar o processo de surgimento e elevação deste local a freguesia no ano de 1879, buscando compreender o perfil dos proprietários de escravos nesta freguesia elencando aspectos sobre a escravidão e principalmente fatores políticos e locais da região. – PALAVRAS-CHAVEs: Santa Cruz da Conceição; Escravidão; Pirassununga; Ferrovia. |

BRUXARIA E HARRY POTTER: UMA ANÁLISE DO IMAGINÁRIO MEDIEVAL E MODERNO NA OBRA DE J. K. ROWLING | Leonardo Rodrigues Pugina | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Este artigo tem por finalidade analisar os diversos elementos do imaginário acerca da bruxaria medieval e moderna presentes na obra Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J. K. Rowling. A obra de 1997 conta a história de um garoto que na década de 1990 descobre ser bruxo e é inserido em um universo completamente diferente do que conhecia até então, onde os bruxos possuem uma sociedade secreta elaborada e praticam magia até mesmo para as tarefas diárias. Os diversos elementos sobre o mundo da bruxaria presentes na obra fazem referência direta ao imaginário medieval e moderno acerca da figura da bruxa e seus estereótipos. Tal artigo aborda algumas dessas referências, como as vassouras, os feitiços, as poções, entre outros elementos.
Palavras chave: Imaginário; Bruxaria; Harry Potter

CIDADE, BAIRRO E ESCOLA: CONTRASTES DE “MODERNIDADE”. GUARAPUAVA-PR (1970-1980) | Jorge Luiz Zaluski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

A década de 1970 é marcada no Brasil como o período de forte tentativa de integrar-se como um país moderno. Diante desse desejo, muitas das relações sociais foram alteradas devido a novas formas de morar, trabalhar, dentre outras atividades cotidianas transformadas pelo que era visto como pertencentes a modernidade. Em busca de compreender parte da dinâmica desenvolvida na cidade de Guarapuava-PR na década de 1970 e início de 1980, por meio da documentação da Companhia de Serviços de Urbanização de Guarapuava – SURG, e Escola Ana Vanda Bassra, busca-se perceber como os ideais de modernidade foram desenvolvidos na cidades, configuraram os bairros e chegou até a escola. Acredita-se ainda que por meio da investigação dos documentos dessa escola é possível perceber parte das relações de trabalho e condição social dos/as moradores/as da região.
Palavras chave: Cidade; desenvolvimento; modernidade.

PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO E EXPERIÊNCIA: UM ESTUDO ACERCA DOS POLICIAIS MILITARES EM PONTA GROSSA-PR NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XX | Daniela Cecilia Grisoski e Helio Sochodolak | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O presente texto apresenta resultados de um estudo referente aos processos de subjetivação de policiais militares da cidade de Ponta Grossa- Paraná, cujas trajetórias laborais ocorreram na segunda metade do século XX. Seu objetivo principal foi compreender as formas que ocorrem tais processos, a partir da realização de leituras ligadas ao filósofo Michel Foucault sobre processos de subjetivação e o conceito de experiência, contando também com a análise de material empírico. Iniciamos com um histórico da instituição denominada Polícia Militar, enfatizando a cidade de Ponta Grossa-PR. Em seguida, através de entrevistas coletadas a partir dos resultados obtidos de uma pesquisa já realizada, abordamos o cotidiano desses profissionais, procurando perceber como os mesmos se reconhecem enquanto sujeitos dentro de seus ambientes de trabalho e/ou em suas vidas particulares. Sua justificativa foi buscar uma melhor compreensão do cotidiano de tais profissionais e como os mesmos se reconhecem enquanto sujeitos dentro de seus ambientes de trabalho, visando que tais sujeitos possam vir a possuir suportes que diminuam os fatores que os prejudiquem em suas funções e vidas particulares. Percebemos que a experiência define a forma de uma pessoa se identificar enquanto sujeito (processo de subjetivação) em relação às regras impostas em seu cotidiano.
Palavras-Chave: Experiência; Polícia Militar do Paraná; Sociedade Disciplinar.

O CONGRESSO DOS ALEMÃES ANTINAZISTAS NAS PÁGINAS DOS JORNAIS URUGUAIOS | Wanilton Dudek | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Entre os dias 29 e 31 de janeiro do ano de 1943 ocorreu na cidade de Montevidéu, capital do Uruguai, foi cediado o Congresso dos Alemães Antinazistas da América do Sul. Entre os participantes estavam membros de movimentos políticos de exilados de fala alemã do Brasil, Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Peru, Colombia, Equador e Venezuela. O objetivo do encontro era discutir os rumos dos movimentos antinazistas no continente e buscar criar vínculos entre os exilados alemães que se encontravam nesses países. As maiores dificuldades encontradas no congresso foram as divergências políticas entre os participantes do evento. Entre eles haviam comunistas, sociais democratas, democratas cristãos, entre outros, originando intensas discussões a cerca dos movimentos de exilados de fala alemã na região sul da América. A imprensa escrita uruguaia fez ampla cobertura do evento, elencando os principais tópicos de discussão dos participantes. O objetivo do presente artigo é analisar o Congresso dos Alemães Antinazistas a partir da cobertura realizada pelos jornais El país, La Mañana e La Tribuna Popular, todos de Montevidéu.
Palavras-chave: Antinazistas; Congresso; Montevidéu; Imprensa.

RÜSEN ENTRE A TEORIA TRADICIONAL E O AUFKLÄRUNG: UMA CONTRIBUIÇÃO À DIDÁTICA DA HISTÓRIA | João Elter Borges Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O historiador e filósofo alemão Jörn Rüsen faz parte de uma geração de intelectuais que cresceu após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945) e que pode ser contrastada com a geração intelectual anterior, que era antiga o suficiente para ter percebido de maneira mais intensa as diferenças entre a velha Alemanha e a Alemanha Ocidental. Não se trata apenas de uma questão de gerações. Ambas também estavam separadas por uma linha divisória geral entre duas tradições política e filosoficamente opostas. A geração da qual Rüsen fez parte promove, assim, uma ruptura em relação a geração precedente. Essa mudança, entretanto, também foi permeada por continuidades. No presente trabalho, objetivamos verificar unicamente parte dessas continuidades da geração anterior no pensamento rüseniano, com enfoque na perpetuação da chamada “Teoria Tradicional”. Analisaremos os pontos de convergência e divergência entre a teoria da história de Rüsen e a teoria tradicional, comparando o pensamento deste com o do filósofo Jürgen Habermas, o qual pertencia a mesma geração daquele, mas que se posiciona mais próximo da teoria crítica.
Palavras-chave: Rüsen; Teoria Tradicional; Aufklärung.

O PROCESSO HISTÓRICO DE IMPLANTAÇÃO DA LEI 10.639/2003: PERSPECTIVAS E POSSIBILIDADES PARA A EDUCAÇÃO DAS RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS | Bruno Sergio Scarpa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O artigo visa apresentar o contexto histórico da luta do movimento negro e dos documentos legais da educação – Conselho Nacional de Educação, Diretrizes Curriculares Nacionais, Parâmetros Curriculares Nacionais, leis estaduais e municipais – com o objetivo de entender-se o processo de implantação da lei 10.639/2003. Para isso, foi realizada uma revisão bibliográfica-documental de autores que se debruçaram sobre os referidos temas: Munanga (2005), Gomes (2005), Valente (1994), dentre outros.
Palavras–chave: Relações étnico-raciais; lei 10.639/2003; formação docente; educação.

A HISTÓRIA E A GEOGRAFIA LOCAL COMO FERRAMENTAS DE APRENDIZAGEM E PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE EM PORTO UNIÃO DA VITÓRIA | Aristides Leo Pardo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

Considerando a necessidade da História e da Geografia produzirem relevantes debates para a sociedade atual, partindo do passado e do meio que nos envolve, o presente texto tem o intuito de apresentar a utilização destas disciplinas para o ensino da História Local e de questões ambientais, produzindo o sentimento de pertencimento ao lugar, assim como gerar a reflexões para a busca de soluções necessárias para a preservação do meio ambiente. Este artigo se insere nesse debate a partir da educação, em específico do ensino de história e geografia local, com o objetivo de entender qual a concepção dos alunos dos Ensinos Fundamental e Médio em Porto União da Vitória (PR/SC), cidade oriunda nas margens do Rio Iguaçu e intrinsecamente ligada à exploração indiscriminada da madeira, em pensar os problemas ambientais da atualidade. Os procedimentos metodológicos adotados foram a leitura e interpretação de referências que abordam o tema, análise documental e aulas de campo nos locais históricos e de memória das cidades, enfatizando os assuntos ambientais.
Palavras-chave: História e Geografia. História Local. Meio Ambiente

O HUMOR DE CALÍGULA NO DE VITA CAESARUM, DE SUETÔNIO – CONSTRUINDO UM MONSTRO | Braulio Costa Pereira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O presente trabalho é baseado na obra De Vita Caesarum, escrita por Gaius Suetonius Tranquilus sob os governos dos imperadores Trajano e Adriano, ao longo do século II d.C. O De Vita Caesarum descreve as vidas de doze líderes romanos, de Júlio César a Domiciano. Analisamos a quarta biografia desse conjunto, que narra a vida do imperador Gaius Iulius Caesar Augustus Germanicus, mais conhecido como Calígula. Procura-se demonstrar como Suetônio se vale de representações do senso de humor de Calígula para projetar no texto a imagem de um ser humano doentio, um governante cruel, vaidoso e insano.
Palavras-chave: Calígula, Suetônio, humor

MERCÊ RÉGIA NA CORRESPONDÊNCIA DA CÂMARA DE GOA (1595-1609) | Marcos Sokulski e Tiago Bonato | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

O objetivo desse artigo é analisar alguns elementos da rede de graças e mercês criada no Antigo Regime português, através da correspondência trocada entre a câmara municipal de Goa, na Índia, e os reis de Portugal nos últimos anos do século XVI. Goa foi um dos pilares do império português no Oriente e sua câmara municipal foi criada em 1510. A instituição tinha grande autonomia e alcance, uma vez que podia se corresponder diretamente com os reis de Portugal. A análise da rede de mercês é fundamental para o entendimento da própria administração colonial, bem como tensões internas dos territórios ultramarinos. Palavras Chave: mercê régia; Império português do Oriente; câmaras municipais. | Autores Convidados

CHINESE PHILOSOPHY – FACT OR FICTION? | Jana S. Rošker e Autores Convidados | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. | NEO-TRADICIONALISMO, PENSAMIENTO Y DISCURSO EN XI JINPING | Xulio Ríos | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. | | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.


CANÇÕES, DOCUMENTOS E JOGOS EM TORNO DO ENSINO SOBRE A DITADURA MILITAR
| Andréia Sznicer | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017. |

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar os resultados obtidos durante o estágio, que foi aplicado no Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski, na disciplina de História, no qual foi utilizado diversas metodologias de ensino, visando uma aprendizagem mais igualitária, assim como a participação d@s alun@s no decorrer das aulas, aproximando desta forma professor@ e alun@, para que assim a turma se sentisse mais à vontade para se expressar com indagações e colocações, buscando um entendimento do assunto.

O ENSINO DE HISTÓRIA SOBRE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL DIÁLOGOS INTERTEXTUAIS | Dulce Casagrande | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

A finalidade do Trabalho Final de Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em História é relatar a experiência de estágio realizado no colégio Dr. Lauro Müller Soares, localizado na cidade de União da Vitória, estado do Paraná. O tema proposto para o estágio foi a Segunda Guerra Mundial, tendo como objetivo trabalhar de uma forma que pudesse abordar o tema sob diversos pontos de vista, não somente apresentando as grandes batalhas e os importantes fatos que ocorrem no conflito, mas também ressaltando a necessidade de frisar a experiência do indivíduo comum que esteve inserido no contexto refletindo com os estudantes sobre qual foi a herança deixada pela guerra para o mundo contemporâneo, concluindo que desta maneira o conflito possa ter algum sentido na vida dos (as) alunos (as) e passando ser compreendido de maneira mais fácil para os (as) mesmos (as).

MINERAÇÃO NO BRASIL COLONIAL: COMO TRABALHAR O TEMA EM ‘DUAS TURMAS IGUAIS’, MAS OBTER RESULTADOS DIFERENTES? | Luana Pires de Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

O intuito deste trabalho foi descrever a experiência da docência em sala de aula, realizada no Colégio Estadual Túlio de França. O tema proposto para as aulas do estágio foi “Mineração no Brasil colonial: o ciclo do ouro”. Procurei levar aos alunos diferentes metodologias de ensino, para que os mesmos pudessem compreender o conteúdo de forma mais significativa. O referencial teórico está pautado nos seguintes autores: Paulo Freire, Jörn Rüsen, Isabel Barca e Antonia Osima Lopes. Utilizo-os não só para refletir a nossa educação e o ensino de história atualmente, mas também, pensar as melhorias que podemos realizar no nosso dia a dia, principalmente no ambiente escolar.

O ENSINO DE HISTÓRIA E A PROBLEMÁTICA DO CURRÍCULO | Nadine Nogara | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão entre a teoria e a prática do ensino de história através da experiência dos estágios supervisionados requisitados no último ano do curso de licenciatura em história da UNESPAR – Campus de União da Vitória, estabelecendo ligação com as propostas para o ensino desta disciplina nas escolas com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, tendo como embasamento teórico as ideias de Jörn Rüsen e Isabel Barca, para pensar sobre a importância de se trabalhar o uso de diferentes metodologias durante as aulas de História, para que se tenha uma aprendizagem eficaz durante o processo de construção do saber histórico de nossos alunos e alunas, bem como sobre a questão do desenvolvimento da consciência histórica.

A LEI COMO DEFESA? ANÁLISE SOBRE A LEI 10.639/2003 EM SALA DE AULA | Solange Fragoso | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar os resultados obtidos durante o estágio, que foi aplicado no Colégio Estadual Túlio de França, na disciplina de História, na turma do 1º ano do Ensino Médio no período matutino, com o professor regente Aristides Leo Pardo. Foram utilizadas algumas metodologias de ensino, assim proporcionando um ensino diferenciado e que visou o desenvolvimento da consciência histórica. Desta forma os (as) alunos (as) participaram e interagiram de uma forma mais acentuada, através das atividades desenvolvidas.

DESENVOLVENDO CONCEITOS ATRAVÉS DO ENSINO DE HISTÓRIA DO BRASIL COLÔNIA: MEDICINA NO PERÍODO COLONIAL | Vivaldino Gonçalves Junior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2017.

O presente trabalho tem como intuito analisar a teoria e prática no ensino de história, sobre olhares das aulas de estágio, das quais relato as experiências que apliquei no CEEBJA, Centro Estudantil de Educação Básica para Jovens e Adultos. A perspectiva teórica e metodológica no campo da História e os métodos de ensino foram pautados em autores como Paulo Freire, Fernando Seffner, Maria Auxiliadora Schmidt que oferecerem um pressuposto teórico para a busca da excelência na prática. As aulas tiveram como tema a medicina no Brasil Colonial, mais precisamente nos anos da publicação do Erário Mineral, do cirurgião Luiz Gomes Ferreira, que em sua passagem ao Brasil, retrata o dia a dia dos tratamentos médicos, principalmente da população pobre e escrava, na Minas Gerais, nos anos (1735-1770). Como metodologia, foi utilizado o método de aula expositiva dialógica, buscando a interação entre professor e aluno, utilizando das opiniões e posicionamentos deles para direcionar as aulas a partir do conhecimento prévio que possuíam, tornando as aulas mais agradáveis e motivadoras para o estudante. Os relatos são fundamentados em doze aulas de regência e nove de coparticipação, na cidade de União da Vitória, Estado do Paraná.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. 

O OFÍCIO DA MÚSICA NA ESCRAVIDÃO | João Batista Correa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O objetivo deste artigo é analisar as práticas musicais dos escravos músicos pertencentes a Imperial Fazenda de Santa Cruz. Temos como intuito ainda, compreender como esta relação escravo e música se davam na fazenda. Tentaremos encontrar indícios de como estes escravos aprendiam a música, e qual era a função social desta pratica artística no interior da fazenda no decorrer do século XIX.
Palavras Chaves: Escravidão; Fazenda de Santa Cruz; Música.

| O NEGRO NAS HISTÓRIAS EM QUADRINHOS BRASILEIROS: REPRESENTAÇÕES VALORATIVAS E DE AUTOESTIMA ÀS CRIANÇAS NEGRAS | Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Neste artigo pretende-se colocar em discussão a representatividade de negros(as) nas histórias em quadrinhos brasileiros. No entanto buscou-se recontar as histórias em que houvessem a valorização das matrizes e origens da cultura afro-brasileira, dos povos africanos e dos fatos históricos brasileiros, colocando o(a) negro(a) como protagonista destas histórias.
Palavras-chave: história em quadrinhos; autoestima; representação; cultura afro-brasileira.

| KARL VON LUSTIG PREAN: EXÍLIO E ANTINAZISMO NO BRASIL | Wanilton Dudek | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Com a ascensão de Hitler, intelectuais e políticos de fala alemã, opositores ao nazismo, buscaram exílio nos Estados Unidos, México e América do Sul. Nos lugares onde se estabeleceram, grande parte desses exilados atuaram em movimentos políticos antinazistas com a finalidade de fortalecer a oposição ao Terceiro Reich. Um dos líderes desses movimentos no Brasil foi o austríaco Karl Von Lustig Prean, que fundou o Movimento dos Alemães Livres, na cidade de São Paulo. N

O presente artigo examinaremos parte da trajetória de Lustig Prean no Brasil e suas atividades políticas na luta antinazista.
Palavras-Chave: Exílio – Brasil – Antinazismo

| ENSINAR A NAÇÃO PELA REGIÃO: REPRESENTAÇÕES DA INFÂNCIA EM CARTÕES-POSTAIS FRANCESES PRODUZIDOS DURANTE A PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918) | Audrey Franciny Barbosa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

A presente pesquisa teve por objetivo analisar cartões-postais franceses produzidos as vésperas e durante a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), a fim de problematizar a forma como as editoras francesas representaram a imagem de crianças em seus anversos e assim promoveram um discurso em relação a guerra. Para tal, compreende-se que na produção historiográfica contemporânea, inúmeras são as possibilidades de campo de pesquisa e fontes de análise disponíveis ao historiador para a construção do discurso historiográfico. Nesse caso, os cartões-postais apresentam-se como documentos potenciais para a análise historiográfica, uma vez que, são objetos que suscitam aspectos sociais e culturais do período em que foram produzidos, por meio de suas representações, usos e funções. Em relação à metodologia adotada, destacam-se os trabalhos realizados por Stancik (2009; 2012; 2013; 2014; 2015) no que se refere à abordagem dos cartões-postais como documentos para a historiografia e o método iconográfico/iconológico proposto por Panofsky (2011), ressaltando, porém, algumas revisões e adaptações necessárias. Quanto às fontes, todos os postais fazem parte do acervo particular do professor Dr. Marco A. Stancik e foram disponibilizadas pelo mesmo.
Palavras-chave: Cartões-postais; Infância; Representações.

PERSPECTIVAS DE ABORDAGENS ÉTNICAS SOBRE O CONTESTADO | Eloi Giovane Muchalovski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

O movimento sertanejo do Contestado, ocorrido no planalto catarinense entre 1912 e 1916, e seus desdobramentos, tem sido matéria de inúmeras pesquisas de história nos últimos anos, especialmente pela passagem do seu centenário (2012-2016). Contudo, os estudos acerca do tema ainda não trataram com efeito sobre a etnicidade do conflito, ou seja, não se efetivou um aprofundamento nas possíveis ramificações étnicas dos revoltosos, os quais, na maioria das pesquisas, são denominados apenas de caboclos, “fanáticos”, “jagunços” ou sertanejos. Os próprios indígenas, que ainda mantinham presença efetiva em boa parte do Brasil Meridional no final do século XIX e início do XX, até o presente momento, não foram devidamente inseridos na problemática do Contestado, haja vista que as fontes jornalísticas da época, por inúmeras vezes, mencionam a existência destes em todo território em litígio. Sendo assim, este trabalho procura analisar a historiografia da Guerra do Contestado identificando as lacunas existentes com relação à questão étnica, apontando possíveis encaminhamentos de pesquisa histórica na referida problemática. – PALAVRAS-CHAVE: Contestado; Etnicidade; Historiografia.

A LEI 10.639/2003 NO PERÍODO ATUAL: MESA REDONDA: “DEZ ANOS DA LEI 10.639/03 – BALANÇOS E PERSPECTIVAS “ | Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Neste artigo busca-se analisar discursivamente um evento que ocorreu no dia 19 de abril de 2013 no auditório da Geografia da USP, intitulado como: “Mesa Redonda: “Dez Anos da Lei 10.639/2003 – Balanços e Perspectivas”. Neste encontro, foram discutidos os dez anos de obrigatoriedade da lei 10.639/2003 nos estabelecimentos oficiais de ensino do Brasil com a participação das educadoras Nilma Lino Gomes e Petronilha Gonçalves.
Palavras-chave: racismo; cultura afro-brasileira; currículos escolares, instituições educacionais.

PONTA GROSSA: O IMAGINÁRIO DA CIDADE NO INÍCIO DO SÉCULO XX | Isaias Holowate | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

No início do século XX, a cidade de Ponta Grossa passou por um período de aumento populacional e intensa urbanização, decorrentes da chegada dos imigrantes e da transformação de uma sociedade baseada na economia rural tropeira para uma economia mais diversificada, onde a atividade urbana passou a ter uma importância crescente. Essa modificação estrutural na sociedade ponta-grossense também se caracterizou pela ascensão dos discursos modernizantes e a chegada de símbolos do progresso, como a instalação da ferrovia e a fundação do periódico O Progresso/Diário dos Campos. No presente estudo, busca-se fazer uma análise dos discursos sobre a cidade de Ponta Grossa presentes no periódico entre 1910 e 1921, tomando por base o conceito de representação presente na obra do historiador Roger Chartier, com o objetivo de refletir a respeito da Ponta Grossa construída nas páginas do jornal, buscando revelar assim as construções, as presenças e as ausências nos discursos sobre a Ponta Grossa do início do século XX. | Palavras–Chave: Cidade. Diário dos Campos. Ponta Grossa. Representações.

PERSPECTIVAS DE CONSERVAÇÃO DE FONTES PARA PESQUISA HISTÓRICA: O PROJETO E IMPORTÂNCIA DO PIBEX NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE PESQUISA E EXTENSÃO DOS ALUNOS BOLSISTAS | Neidi Natalia Skakum e Everton Carlos Crema | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O projeto desenvolvido dentro do Arquivo Histórico da UNESPAR de União da Vitoria trabalhou com a digitalização de processos trabalhistas, cobranças, entre outros, para que os mesmos pudessem ser mais bem preservados e tornar mais acessível esse material para o pesquisador utiliza-lo como fonte para pesquisas de âmbito regional.
Palavras-chaves: Arquivo Histórico, processos, digitalização.

MEMÓRIAS, LUGARES DE MEMÓRIA E HISTÓRIA: O CASO DO MUSEU CAMPOS GERAIS | Matheus Mendanha Cruz | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Este artigo visa discutir como a memória influi no cotidiano e como os lugares de memória são fundamentais para a permanência destas, além de dialogarmos como estas servem de base para a formação de sentido histórico. Conversaremos os conceitos aqui discutidos com algumas exposições do Museu Campos Gerais, localizado em Ponta Grossa e administrado pela Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), construindo assim, de maneira mais contundente e prática, a discussão acerca do papel do lugar de memória dentro da sociedade.
Palavras-Chave: Memória; Lugar de Memória; Museu Campos Gerais.

EDUCAÇÃO, DISCIPLINA E COMPORTAMENTO NAS ESCOLAS CRISTÃS DE JOÃO BATISTA DE LA SALLE | Lidiane Maria Fávero e Emerson Benedito Ferreira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O presente artigo tem como finalidade apresentar alguns conceitos basilares sobre a vida e obra de João Batista de La Salle. Para isso, o trabalho foi subdividido em duas partes: a primeira, trazendo uma breve narrativa da vida e da criação das escolas lassalistas, instituições de ensino que tomaram conta da França no final do século XVII e início do século XVIII; e a segunda, tentar entender a maneira como estas escolas foram organizadas e administradas, sobretudo com algumas reflexões sobre as regras de comportamento criadas por La Salle.
Palavras-Chave: História da educação; Religiosidade; Séculos XVII e XVIII; La Salle.

ENSINO E APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA: ASPECTOS COGNITIVOS E CULTURAIS | Adriano José Dias Rodrigues | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

A finalidade principal do presente trabalho é uma análise acerca do ensino e aprendizagem da História: aspectos cognitivos e culturais. Desta forma, justifica-se a atualidade do assunto e introduz os conteúdos sobre este assunto organizados em torno de duas importantes dimensões do ensino da História: a cognitiva e a cultural. No que diz respeito à dimensão cognitiva, esboça-se um panorâmico sobre as capacidades e os recursos didáticos implicados em aprender a pensar historicamente. No que diz respeito à dimensão cultural, apresentam-se as razões pelas quais o ensino formal da história continua intimamente ligado à construção da identidade e a transmissão da memória coletiva. Para tanto, realizou-se uma pesquisa de caráter bibliográfico com exame de uma investigação teórica acerca das duas dimensões do ensino de História. – PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História. Pensar historicamente. Memória coletiva.

A CONSTRUÇÃO DO MUSEU JOSÉ ANTÔNIO PEREIRA COMO PARTE DA IDENTIDADE CAMPO-GRANDENSE | Elaine Cristine Luz Santos de Moura | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

O presente trabalho resulta-se de estudos realizados durante a disciplina “Mobilidade, Globalização e Cultura Regional” ofertada pelo Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul em 2016. Pretende-se socializar as pesquisas realizadas sobre a construção da identidade de campo-grandense sob a imagem de José Antônio Pereira, tendo como recorte a construção do Museu José Antônio Pereira, localizado em Campo Grande, MS. Partindo-se do pressuposto de que a sociedade padece de uma “miopia cultural”, conforme Schwarcz (1994), entende-se que as identidades são construções realizadas por interesses ideológicos como instrumento de unificação social. Verifica-se o patrimônio como representação da família Pereira, configurando assim o imaginário e o simbólico dos pioneiros da cidade.
Palavras-chave: identidade; patrimônio; cultura regional.

O ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA – ALGUMAS CONSIDERAÇÕES | Alexandre Claro Mendes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O artigo tem como objetivo fornecer elementos ao professor para que ele possa introduzir em suas aulas de História Antiga o uso de documentos escritos ou iconográficos tendo como objeto uma discussão sobre o papel paradoxal da Mulher grega.
Palavras-Chaves: História, História Antiga e Ensino de História.

A UMBANDA SOB A LEI: A RELIGIOSIDADE E AFASTAMENTO DAS ORIGENS PARA O RECONHECIMENTO RELIGIOSO | Jorge Luiz Zaluski e Elenice de Paula | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Este texto visa apresentar uma reflexão sobre a religião umbanda e sua construção ao longo do século XX. Junto ao arcabouço de autores/as que investigam o tema, buscamos refletir como o Estado interferiu nas práticas religiosas no que se refere a religiões elaboradas através de matrizes africanas. Procuramos ainda, ao longo deste debate, perceber a sincronia entre intolerância religiosa e racismo, tendo em vista que ambos norteiam práticas discriminatórias e excludentes por tratar de uma religião marcada por traços afro-brasileiros.
Palavras chave: Legislação, Religião, Umbanda.

DA TABATINGA AO TECIDO: A IDENTIDADE ÉTNICA DA MÁSCARA ZAMBIAPUNGA (NILO PEÇANHA/BA) | Jamile Santos de Sena, Edson Dias Ferreira e Marise de Santana | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Esse texto é resultado de uma pesquisa sobre a identidade étnica enunciada por meio das máscaras do grupo Zambiapunga de Nilo Peçanha-Ba. Realizamos uma análise sobre as transformações plásticas ocorridas na confecção tradicional da máscara do referido Grupo, antes elaborada com um tipo de argila denominada tabatinga, sendo feita nos dias atuais com tecido de cetim. Foi identificado que mesmo perante as modificações conferidas na sua forma de elaboração, as funções ancestral e simbólica continuam a evidenciar o pertencimento identitário por parte do grupo. Argumentamos que o sentido ancestral remete ao imaterial e sentido simbólico remete à materialidade da máscara que recobre a face dos integrantes. Outro aspecto relevante a ser mencionado é que a máscara do grupo em foco, enquanto herança do legado africano, evidencia a presença de diferentes elementos que figuram grupos étnicos, seja africano, europeu ou indígena.
Palavras chave: Zambiapunga, máscara, identidade étnica.

O EXERCER DA DOCÊNCIA: OS DESAFIOS DOS CURSOS DE LICENCIATURA DA UNESPAR, CAMPUS DE UNIÃO DA VITÓRIA | Gabriel I.Covalchuk e Cristiane Brand de Paula Gouveia Pasini | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Utilizando os resultados obtidos a partir do questionário aplicado nas turmas dos cursos de licenciatura da Universidade Estadual do Paraná, Campus de União da Vitória, relativos ao ano de 2016, buscamos abordar o perfil dos(as) estudantes universitários(as), visando refletir sobre alguns dos possíveis motivos da evasão dos(as) alunos(as)deste ambiente acadêmico e também compreender por que muitos(as) estudantes estão cursando uma licenciatura sem ter o desejo de exercê-la.
Palavras-Chave: Docência; Evasão; Questionários; Levantamento de dados.

ENTRE A CRUZ E O TACAPE: | A ação da Igreja no cotidiano indígena dos Xucuru-Kariri  | Lucas Emanoel Soares Gueiros e José Adelson Lopes Peixoto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

A partir do momento em que o europeu chegou a ‘Nova Terra’ em 1500, e estabeleceu contato com os povos nativos iniciou-se um lento processo de trocas culturais e conflitos ideológicos que resultaram em profundas transformações para os envolvidos no processo. Este acontecimento apresentado como ‘O Descobrimento do Brasil’ passa a ser visto como fundante do processo de construção identitária do indígena brasileiro. Partindo dessa premissa, o objetivo deste artigo é descrever as imposições e conflitos religiosos que se deu a partir do contato de nativos e colonizadores com o intuito de entender e discutir a identidade imposta ou forjada para os grupos indígenas localizados na capitania de Alagoas, em especial para os Xucuru-Kariri habitantes da zona Rural de Palmeira dos Índios. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica ancorada nos pressupostos teóricos de Darcy Ribeiro, João Pacheco, Roque Laraia, além dos estudos contemporâneos de Adelson Lopes, Christiano Marinho, Dirceu Lindoso, Ivan Barros, Júlio Melatti, e Marcondes Secundino. Os estudos bibliográficos instrumentalizaram a posterior pesquisa de campo na aldeia indígena Mata da Cafurna, do povo Xucuru-Kariri, em Palmeira dos Índios, interior de Alagoas.
Palavras-Chave: Colonização. Conflitos. História. Índios. Religião

O “CIENTÍFICO” E O “TARIMBEIRO”: DISCURSO MILITAR SOBRE A REVOLUÇÃO DE 30 | Ariella da Silva de Albuquerque | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Este artigo tem por objetivo tratar das relações entre o discurso de dois militares e a formação profissional militar no período da revolução de 1930. A problemática central é entender como a formação profissional de dois militares do exército brasileiro construiu historicamente categorias do que é ser militar. A trajetória profissional dos militares revela distinções nos perfis dos dois militares, um militar que segue a vida nas tropas do exército e outro que busca especializar-se nos cursos das escolas militares. Essa diferenciação que segue no vocabulário militar representando uma dualidade: representando de um lado os “bacharéis de farda” como eram chamados os oficiais que tinham formação nas escolas militares, e de outro lado os “tarimbeiros”, denominação dado ao grupo que não frequentava a escola militar. Essa dualidade revela semelhanças e diferenças dentro de uma mesma unidade, a esfera militar.
Palavras-chave: Formação profissional; militares; revolução de 30.

ESTIGMA E CONDENAÇÃO: A PRESENÇA DA FEITIÇARIA NO BRASIL E A TERCEIRA VISITAÇÃO DO SANTO OFÍCIO NO GRÃO-PARÁ (1763-1769)  | Jessica Caroline de Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O Brasil colonial, assim como outros lugares ocupados pela ação da fé católica, foi palco de perseguições de cunho religioso, no qual, sujeitos ligados às práticas que não fossem aceitas ou conhecidas pela doutrina cristã eram rejeitadas, (re) educadas – por vezes, através da tortura. Nesta acepção, o objetivo deste projeto de pesquisa é investigar a presença da feitiçaria no período colonial brasileiro, fazendo uso dos processos inquisitoriais da Terceira Visitação do Santo Ofício no Grão-Pará no período de 1763-1769. Este tema possibilita analisar a estigmatização das práticas mágicas, da figura do feiticeiro e sua associação à heresia e/ou ao demônio, afinal, os indivíduos que não estivessem sob o molde católico tinham de se ajustar, e em última instância, eram condenados. Para tecer algumas reflexões iniciais, o debate historiográfico estruturou-se a partir de um levantamento bibliográfico tendo como foco a feitiçaria no Grão-Pará, fazendo o uso de autores como Souza (1986), Assis (2008), Caldas (2006), entre outros.
Palavras-chave: Brasil colônia, Feitiçaria, Santo Ofício.

EXTRA! EXTRA! NA GAZETA DE NOTÍCIAS: SERÃO OS CHINS NECESSÁRIOS? | Kamila Czepula | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Nesse breve texto, pretendemos identificar e analisar como o debate referente à imigração chinesa figura em um dos jornais de maior importância e circulação no período, a Gazeta de Notícias, e quem foram os personagens que entraram nesse debate por meio do periódico, assim como os expedientes por eles utilizados, suas interpretações e a difusão dessas ideias no restante da sociedade.
Palavras-chave: Imigração chinesa, Brasil, Gazeta de Notícias.

ETNOHISTÓRIA E CLASSIFICAÇÕES INDÍGENAS: ALGUMAS REFLEXÕES TEÓRICAS | Jessica Caroline de Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Buscando pensar sobre a História Indígena, este artigo tem por objetivo refletir brevemente sobre os conceitos que podem contribuir para a pesquisa vinculada ao Mestrado de História, Cultura e Identidades, da Universidade Estadual do Paraná, a qual tem por eixo norteador as práticas de mediação cultural durante o contexto indigenistas no século XIX. Dada a impossibilidade de apresentar ‘detalhes’ específicos deste trabalho (que está em andamento), optou-se por refletir sobre as ferramentas conceituais que podem contribuir e delinear a pesquisa, sobretudo, aquelas ligadas à Etnohistória, como também, procurar perceber como as populações indígenas são classificadas e significadas conforme as necessidades de cada momento histórico. Para atender as premissas teóricas, utilizou-se autores como Dulce Elena Canieli (2001), Fredrik Barth (1998), Isadora Lunardi Diehl (2015), entre outros.
Palavras-chave: Políticas Indigenistas; Classificações Indígenas; Etnohistória.

ELITE CAFEEIRA OITOCENTISTA: | TRANSFORMAÇÕES NAS RELAÇÕES SENHORIAIS NO VALE DO PARAÍBA | Carlos Eduardo Nicolette e Douglas Romero Vitorino de Souza | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

As pesquisas em história que abordam a zona cafeeira do Vale do Paraíba Fluminense do século XIX têm crescido substancialmente. Este artigo visa especificamente essa região e período, buscando compreender as transformações ocorridas no meio identitário e social da classe senhorial carioca à luz da cultura europeia. Para alcançar tal finalidade, tratar-se-á de dois pontos especialmente, sendo o primeiro algumas mudanças dentro do espaço da casa senhorial e as relações sociais a ela atreladas; e o segundo, compreender os aspectos relativos às transformações no campo da representação visual, à luz das cartes de visite que essa elite produziu.
Palavras-chave
Classe senhorial oitocentista; Vale do Paraíba Fluminense; Mise-en-scène europeia

O MUNDO UNIPOLAR E A GESTÃO GLOBAL: REFLEXÕES SOBRE A SOCIEDADE INTERNACIONAL CONTEMPORÂNEA | Zeferino Cariço André Pintinho | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

O fim da Guerra Fria alterou o quadro geopolítico mundial. O sistema internacional de até então possuía dois polos de poder bem definidos, que detinham uma grande margem de distanciamento com relação aos demais países do globo. Estados Unidos e União Soviética lideraram, desde o fim da II Guerra Mundial, os rumores e a agenda da política internacional. A disputa ideológica, que colocava de um lado os capitalistas e de outro, os comunistas, moldava as Relações Internacionais do período. Esse sistema bipolar encontrou o seu ponto final com o esgotamento de um dos contendores. Diversos factores podem explicar a derrocada soviética, tais como pontos de estrangulamento internos e pressões vindas de fora. Mas o que importava efetivamente era o simbolismo da situação: a derrota da ideologia comunista e do pensamento de esquerda, cujas falhas haviam produzido Estados autoritários, sem progresso e sem crescimento. Como consequência, o novo panorama internacional indicava a vitória ideológica dos EUA que viria a assumir o contorno do mundo com a sua hegemonia unipolar (Pecequilo, 2004, p.172-173). O presente trabalho procura explorar o debate gerado em torno do Mundo Unipolar e a Gestão Global: Reflexões sobre a História Actual.
Palavras Chave: Mundo Bipolar, Mundo Unipolar, Mundo Multipolar

UM OLHAR SOCIAL SOBRE ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO E A INSERÇÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE BRASILEIRA DO FIM DO SÉCULO XIX | Fernando Tadeu Germinatti e Alessandra de Melo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O texto investiga o processo abolicionista no Brasil, sublinhando o papel das leis emancipacionistas, que de forma gradual conduziram o país ao fim do regime de trabalho escravo, mantendo no entanto, a exclusão social do negro. A proposta preliminar deste trabalho é avaliar o modo como se desenhou o processo da abolição da escravidão, examinando as propostas das leis paliativas. Deste modo, ao expor por meio deste estudo as ambiguidades e falhas da abolição, questiona-se o direcionamento e o propósito das leis abolicionistas, bem como seus reais efeitos para com os escravos.
Palavras-chave: Abolição ,Escravidão, Exclusão social, Leis abolicionistas. |

HISTÓRIA E PODER: AS ELITES NO CONFLITO TERRITORIAL EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS – AL (1979-2015) | Luan Moraes dos Santos | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O objetivo desse artigo se situa na análise da atuação e inserção das elites nas disputas de poder, no processo de demarcação de terras, entre índios e fazendeiros, no município de Palmeira dos Índios – AL, entre os anos 1979 e 2015. As grandes retomadas territoriais e o acirramento das tensões políticas compõem o contexto de tais embates, tendo em vista a organização de movimentos indígenas desde a segunda metade do século XX, em oposição à coalizão de posseiros e grileiros dos territórios atualmente visados no moroso processo de demarcação. Assim, para entender as elites como uma forma de poder, partimos dos pressupostos teóricos de Boaventura de Souza Santos (1999) e com o intuito de analisar fontes escritas numa tentativa de reconstituição do passado, utilizamos as indagações de Francisco C. Falcon (1998). Portanto, em nossa tentativa de dar sentido histórico as transformações dos índios do Nordeste em sua (re)modelagem cultural, partimos da premissa dos índios misturados defendida por João P. de Oliveira (1998) e nas discussões de território elencadas por José Maurício Arruti (1999).
Palavras-chave: Demarcação. Disputa. Índios.

O CURRÍCULO DE HISTÓRIA E A LEI 10.639/2003: CO-CONSTRUINDO VERSÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA E AS QUESTÕES ÉTNICO – RACIAIS | Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

Neste artigo buscou-se analisar discursivamente o posicionamento de uma professora de História sobre a aplicabilidade da lei 10.639/2003 no município de Nilópolis. Dentre os tópicos abordados na entrevista, busquei abordar especificamente a percepção da professora sobre o currículo de História, o posicionamento da direção escolar e dos outros docentes da instituição de ensino e de sua formação para as questões étnico-raciais.
Palavras-chave: relato docente; lei 10.639/2003; análise discursiva.

BRASÕES E ARMARIAS: DE TRECOS A TESTEMUNHOS DOS HOMENS NO TEMPO | Daniel da Silva Miranda | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017.

Considerando as alterações teórico-metodológicas como um continuum na historiografia, e que estas mudanças representam construções e desconstruções do que se considerou e considera-se entre os historiadores como fontes para a pesquisa do homem no tempo. O presente artigo pretende indicar possibilidades e discussões de autores para a produção historiográfica, com o enfoque da utilização de brasões e armarias como fontes tangíveis ao ofício do historiador. – PALAVRAS-CHAVE: Heráldica; Iconografias; Identidade visual.

GÊNERO, MEMÓRIA E EDUCAÇÃO: CIVILIDADE E ETIQUETA NO “EDUCAÇÃO FAMILIAR” | José Roberto Corrêa Such | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O objetivo é propor uma reflexão sobre a educação na Escola Normal a partir de duas perspectivas: materiais guardados – no caso, manuais de civilidade – e em testemunhos de ex-alunas e professoras para pensar a memória feminina. Assim, pretendo pensar um elemento presente na educação feminina na Escola Normal – aulas de civilidade e etiqueta – e como isto está presente na memória de ex-alunas do Colégio de Educação Familiar de Curitiba/PR. A partir das categorias de gênero e memória, pretendo analisar relatos de ex-alunas desta escola para pensar a maneira como as construções sociais de civilidade e boas maneiras estão presentes na memória das alunas e que significados elas dão a esse tipo de educação em suas lembranças. Ao mesmo tempo em que as lutas contra a desigualdade de gênero anseiam por um acesso igualitário à educação para homens e mulheres, percebe-se nesses relatos um evidente saudosismo por parte de algumas ex-alunas por um antigo modelo de educação voltada para formar esposas, mães e donas de casa. Em um momento onde a “bela, recatada e do lar” assume uma posição de destaque no debate publico, essa discussão permite estabelecer uma relação com a atualidade e entre visões progressistas e conservadoras de educação.
PALAVRAS-CHAVE: Gênero, Memória, Educação, Civilidade, Boas Maneiras

LUIZ GAMA: IDENTIDADE ÉTNICA, ABOLIÇÃO E LITERATURA | Gessica Santos Seles e Itamar Pereira de Aguiar | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2017. |

O presente artigo, intitulado Luiz Gama: identidade étnica, abolição e literatura, objetiva abordar a construção da identidade do poeta, filho de Luiza Mahin, através dos dados sobre suas origens étnicas, evidenciando os elementos que fortaleceram os seus ideais e impulsionaram a resistência. Para tanto, foram utilizadas obras cujos autores desenvolveram os conceitos: Identidade, Etnia e Etnicidade. O texto foi organizado em três seções, abordando as categorias e conceitos específicos, relacionando-as com as atividades de jornalista, poeta, advogado e militante abolicionista, na defesa dos direitos de africanos e afro-brasileiros no século XIX, em um império de escravocratas e racistas.
PALAVRAS-CHAVE: Luiz Gama; Identidade; Etnicidade; Abolição; Literatura.

RITOS DO TROVÃO (LEIFA雷法): UMA VISÃO GERAL DAS PRINCIPAIS LINHAGENS E ESCRITURAS BASEADA EM ESTUDOS RECENTES | Bony Schachter [Convidado Especial]

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

CANÇÕES, DOCUMENTOS E JOGOS EM TORNO DO ENSINO SOBRE A DITADURA MILITAR | Andréia Sznicer | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017. |

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar os resultados obtidos durante o estágio, que foi aplicado no Colégio Estadual do Campo Professor Francisco Gawlouski, na disciplina de História, no qual foi utilizado diversas metodologias de ensino, visando uma aprendizagem mais igualitária, assim como a participação d@s alun@s no decorrer das aulas, aproximando desta forma professor@ e alun@, para que assim a turma se sentisse mais à vontade para se expressar com indagações e colocações, buscando um entendimento do assunto.

O ENSINO DE HISTÓRIA SOBRE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL DIÁLOGOS INTERTEXTUAIS | Dulce Casagrande | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

A finalidade do Trabalho Final de Estágio Supervisionado do curso de Licenciatura em História é relatar a experiência de estágio realizado no colégio Dr. Lauro Müller Soares, localizado na cidade de União da Vitória, estado do Paraná. O tema proposto para o estágio foi a Segunda Guerra Mundial, tendo como objetivo trabalhar de uma forma que pudesse abordar o tema sob diversos pontos de vista, não somente apresentando as grandes batalhas e os importantes fatos que ocorrem no conflito, mas também ressaltando a necessidade de frisar a experiência do indivíduo comum que esteve inserido no contexto refletindo com os estudantes sobre qual foi a herança deixada pela guerra para o mundo contemporâneo, concluindo que desta maneira o conflito possa ter algum sentido na vida dos (as) alunos (as) e passando ser compreendido de maneira mais fácil para os (as) mesmos (as).

MINERAÇÃO NO BRASIL COLONIAL: COMO TRABALHAR O TEMA EM ‘DUAS TURMAS IGUAIS’, MAS OBTER RESULTADOS DIFERENTES? | Luana Pires de Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

O intuito deste trabalho foi descrever a experiência da docência em sala de aula, realizada no Colégio Estadual Túlio de França. O tema proposto para as aulas do estágio foi “Mineração no Brasil colonial: o ciclo do ouro”. Procurei levar aos alunos diferentes metodologias de ensino, para que os mesmos pudessem compreender o conteúdo de forma mais significativa. O referencial teórico está pautado nos seguintes autores: Paulo Freire, Jörn Rüsen, Isabel Barca e Antonia Osima Lopes. Utilizo-os não só para refletir a nossa educação e o ensino de história atualmente, mas também, pensar as melhorias que podemos realizar no nosso dia a dia, principalmente no ambiente escolar. |

O ENSINO DE HISTÓRIA E A PROBLEMÁTICA DO CURRÍCULO | Nadine Nogara | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017. | O objetivo deste trabalho é fazer uma reflexão entre a teoria e a prática do ensino de história através da experiência dos estágios supervisionados requisitados no último ano do curso de licenciatura em história da UNESPAR – Campus de União da Vitória, estabelecendo ligação com as propostas para o ensino desta disciplina nas escolas com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, tendo como embasamento teórico as ideias de Jörn Rüsen e Isabel Barca, para pensar sobre a importância de se trabalhar o uso de diferentes metodologias durante as aulas de História, para que se tenha uma aprendizagem eficaz durante o processo de construção do saber histórico de nossos alunos e alunas, bem como sobre a questão do desenvolvimento da consciência histórica.

A LEI COMO DEFESA? ANÁLISE SOBRE A LEI 10.639/2003 EM SALA DE AULA | Solange Fragoso | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

O presente trabalho tem por objetivo demonstrar os resultados obtidos durante o estágio, que foi aplicado no Colégio Estadual Túlio de França, na disciplina de História, na turma do 1º ano do Ensino Médio no período matutino, com o professor regente Aristides Leo Pardo. Foram utilizadas algumas metodologias de ensino, assim proporcionando um ensino diferenciado e que visou o desenvolvimento da consciência histórica. Desta forma os (as) alunos (as) participaram e interagiram de uma forma mais acentuada, através das atividades desenvolvidas.

DESENVOLVENDO CONCEITOS ATRAVÉS DO ENSINO DE HISTÓRIA DO BRASIL COLÔNIA: MEDICINA NO PERÍODO COLONIAL | Vivaldino Gonçalves Junior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

O presente trabalho tem como intuito analisar a teoria e prática no ensino de história, sobre olhares das aulas de estágio, das quais relato as experiências que apliquei no CEEBJA, Centro Estudantil de Educação Básica para Jovens e Adultos. A perspectiva teórica e metodológica no campo da História e os métodos de ensino foram pautados em autores como Paulo Freire, Fernando Seffner, Maria Auxiliadora Schmidt que oferecerem um pressuposto teórico para a busca da excelência na prática. As aulas tiveram como tema a medicina no Brasil Colonial, mais precisamente nos anos da publicação do Erário Mineral, do cirurgião Luiz Gomes Ferreira, que em sua passagem ao Brasil, retrata o dia a dia dos tratamentos médicos, principalmente da população pobre e escrava, na Minas Gerais, nos anos (1735-1770). Como metodologia, foi utilizado o método de aula expositiva dialógica, buscando a interação entre professor e aluno, utilizando das opiniões e posicionamentos deles para direcionar as aulas a partir do conhecimento prévio que possuíam, tornando as aulas mais agradáveis e motivadoras para o estudante. Os relatos são fundamentados em doze aulas de regência e nove de coparticipação, na cidade de União da Vitória, Estado do Paraná. Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.


CONSTRUINDO NOVOS SABERES A PARTIR DA INTERDISCIPLINARIDADE: O USO DO TEMA “VAMPIRISMO” EM SALA DE AULA
| Danieli Ramos dos Santos | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017. |

O presente trabalho visa demonstrar como se deu a prática de estágio supervisionado como requisito para conclusão do curso de licenciatura em História da Universidade Estadual do Paraná (Campus União da Vitória). Tem como principal objetivo demonstrar como se deu o aprendizado d@s alun@s ao decorrer das aulas referente à temática Primeira Guerra Mundial, foca-se especificamente no movimento artístico cultural intitulado como Expressionismo Alemão. Este nascido em meados de 1920 que demonstrava a partir de manifestações culturais o sentimentalismo alemão pós Primeira Guerra, movimento principalmente voltado ao cinema que no filme Nosferatu – Eine Symphonie des Grauens (1922) destaca a importância da representação e da simbologia do vampiro dentro do estudo da história. Também visado a importância da vinculação dessa temática com a vida pratica d@s estudantes, referenciando influências do Expressionismo ate nos dias de hoje e principalmente destacando a importância da estética do movimento gótico como permanência da representação do movimento.
Palavras Chaves : Vampiro; Expressionismo Alemão; Primeira Guerra Mundial.

| ESCRAVIDÃO: A IMPORTÂNCIA DE ENSINAR O ALUNO A PENSAR HISTORICAMENTE A PARTIR DO USO DA AULA EXPOSITIVA DIALÓGICA E DO CINEMA EM SALA DE AULA | Eliane Luczkiewicz da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017. |

Neste presente artigo escrevo sobre o universo das relações de ensino e os problemas presentes entre alunos e professores dentro do meio escolar, e o que podemos fazer para mudar essa realidade. Destaco ainda sobre a importância do uso do cinema em sala de aula. Além dos assuntos acima relato minha experiência de estágio e como essa prática maravilhosa influenciou em minha vida.
Palavras Chaves: Escola, Ensino e Aprendizado.

CONSTRUINDO SABERES EM SALA DE AULA: DEBATES SOBRE RACISMO A PARTIR DO MÉTODO DA AULA – OFICINA | Felipe Rosenthal Rabelo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017. |

O objetivo deste TFES (Trabalho Final de Estágio Supervisionado) do curso de História é descrever a experiência de estágio realizado na Escola Estadual Neusa Domit localizada no munícipio de União da Vitória/PR. O racismo foi o tema escolhido para ser abordado no estágio sendo aplicado através do método da Aula Oficina de Isabel Barca, simultâneo a este processo, também levamos em consideração a ideia de Jaime Pinsky e Carla Bassanezi Pinsky que nos revelam a importância do estudante se perceber como sujeito histórico, bem como os princípios de aprendizagem do psicólogo Carl. R. Rogers.
Palavras Chave: Educação; racismo; teoria e metodologia da história.

ESCRAVIDÃO NO BRASIL: A CONSCIÊNCIA HISTÓRICA E O USO DE FONTES EM SALA DE AULA PARA UMA APRENDIZAGEM EFICAZ | Janaíne de Kássia Dias | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

A finalidade deste TFES (Trabalho Final de Estágio Supervisionado) do curso de História é descrever a experiência de estágio realizada na Escola de Educação Básica Professor Germano Wagenführ, localizada no município de Porto União /SC. O tema proposto para os estágios foi Escravidão no Brasil, tendo como objetivo levar os alunos a observarem e compreenderem as consequências tidas por conta da escravidão na vida dos indivíduos e na própria sociedade, bem como as modificações e as permanências ocorridas durante os anos. Fernando Seffner, Jörn Rusen, Isabel Barca, são os teóricos que utilizo como base para pensar tanto sobre a importância de se trabalhar com o uso de fontes durante as aulas de História para se ter uma aprendizagem eficaz durante o processo de construção do saber histórico de nossos alunos, como também sobre a questão do desenvolvimento da consciência histórica. – PALAVRAS-CHAVE: : Consciência Histórica; Escravidão; Ensino de História; Uso de Fontes.

POLÍTICA, GÊNERO E REVOLUÇÃO: PERSPECTIVAS DO ENSINO DE HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO FRANCESA | Jean Marcos Bonatto | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

O objetivo desse artigo é fazer uma análise entre a teoria e a prática de ensino utilizando-se de três aspectos importantes da Revolução Francesa. Primeiramente a Política, pois, é inerente ao tema analisado. As perspectivas de gênero, que são recorrentes nos estudos, sobretudo da Revolução Francesa. E o conceito de Revolução, que se fazem necessários para que os alunos compreendam o cenário sócio-político da época. – PALAVRAS-CHAVE: Ensino de História, Revolução Francesa, Política, Gênero.

A REVOLUÇÃO HAITIANA EM SALA DE AULA: CONSTRUINDO O CONHECIMENTO HISTÓRICO ATRAVÉS DA HISTÓRIA ORAL E DA DIALÉTICA | Leanderson Cristiano Voznei | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

O Haiti possui uma belíssima história, porém, nem ele e tampouco sua história, recebem ainda a devida atenção por parte dos pesquisadores. Este fato traz legitimidade a sua investigação e promove a necessidade de abordar sua temática em sala de aula, tendo em vista não só sua contribuição histórica, mas, também a importância de conhecer os fatores culturais e/ou sociais que apresentam as discrepâncias ou semelhanças entre brasileiros e haitianos. Estes últimos encontram-se em processo migratório ao Brasil desde o ano de 2010 e, dada a particularidade deste público, bem como a escassez de fontes que possibilitem este trabalho, nos deparamos com a necessidade de conhecer e suscitar novas formas metodológicas para verificação ou captura destes fatos históricos. Desta premissa surge a história oral, nascida no berço dos “Annales” na primeira metade do século XX na França e desembarcada no Brasil na década de 1950, de lá para cá, esta metodologia vem servindo de amparo a pesquisas, que muitas vezes, por falta de fontes escritas não ganhavam atenção por parte dos pesquisadores. – PALAVRAS-CHAVE: Haiti, Revolução Francesa, História Oral.

GRÉCIA ANTIGA: A DIVERSIDADE DE INSTRUMENTOS AVALIATIVOS PARA O DESENVOLVIMENTO DAS COMPETÊNCIAS COGNITIVAS EM SALA DE AULA | Morgana Lourenço | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

Pensar em educação é sempre algo importante ainda mais quando estamos tratando de questões relacionadas ao modo como avaliamos nossos alunos, além disso é importante verificar o modo como esses alunos estão aprendendo. Portanto este trabalho tem como objetivo principal analisar a importância dos professores utilizarem em sala de aula diversos instrumentos avaliativos para que desenvolvam as competências cognitivas dos alunos e assim obtenham um aprendizado significativo. Do mesmo modo também discutimos algumas formas de tornar as aulas de História mais significativas para um melhor aprendizado em sala de aula. – PALAVRAS-CHAVE: Aprendizagem; Competências; Ensino de História; Instrumentos Avaliativos.

DESENVOLVENDO CONCEITOS ATRAVÉS DO ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA: PRIMEIRAS CIVILIZAÇÕES  | Neidi Natalia Skakum | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

Trabalho final de estágio supervisionado traz os resultados obtidos do estágio que apliquei na Escola de Educação Básica Antônio Gonzaga na disciplina de História, na qual propus visar as diferentes maneiras e aprendizado que os alunos possuem, valorizando principalmente o diálogo e debate entre professor e aluno, fazendo com que o aluno participe ativamente da aula, no qual possa trazer seus conhecimentos para a aula e assim tornar o aprendizado mais amplo. – PALAVRAS-CHAVEs: diálogo, aula expositiva, leitura, atividades diversificadas.

REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA E O ESTUDO DO MEIO COMO PRÁTICA PEDAGÓGICA | Taciane Fernanda Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

O objetivo deste TFES (Trabalho Final de Estágio Supervisionado) do curso de História é descrever a experiência de estágio realizado no Colégio Estadual Novo Milênio localizado no munícipio de Bituruna/PR. Revolução Industrial e Revolução Francesa foram os temas propostos para serem abordados no estágio, tendo como objetivo contextualizar a realidade dos alunos e alunas com esses processos que determinaram mudanças nas estruturas do trabalho e da vida em sociedade. Paulo Freire, Fernando Seffner, Circe Maria Fernandes Bittencort, Selva Guimarães Fonseca, Antonia Osima Lopes e Isabel Barca, são os teóricos que serviram de base para minha reflexão sobre o ensino, teoria e metodologia na sala de aula superando o tradicional. Palavras Chave: Revolução; Ensino de História; Teoria e metodologia.

FORMANDO UMA CONSCIÊNCIA HUMANIZADA: A HISTÓRIA DA ESCRAVIDÃO E SUA RELAÇÃO COM O TEMPO PRESENTE | Tamires Nepomoceno Franco | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

O Trabalho Final de Estágio Supervisionado (TFES) tem como objetivo relatar a experiência de estágio realizado no Colégio Estadual São Mateus no segundo ano do ensino médio. Abordando a escravidão durante as aulas, o intuito central foi relacionar a situação da população negra atual do nosso país com a grande catástrofe histórica. O texto fundamenta-se em relatar o referencial teórico que proporcionou a base para o desenvolvimento das aulas, o relato de experiência e os resultados obtidos através da análise da narrativa dos estudantes. Palavras Chave: Ensino de História, Escravidão, Metodologia.

POR UMA DIDÁTICA HUMANISTA DA HISTÓRIA: O ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO E A RESISTÊNCIA DA ESQUERDA NA DITADURA MILITAR BRASILEIRA 1964-1985 | Thays Bieberbach | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2017.

Vivemos um momento político muito conturbado no Brasil. Os direitos conquistados em décadas de lutas estão sendo retirados da população sob o discurso da democracia, justiça e melhorias. Este trabalho resgata a resistência que esquerda fez durante a ditadura militar brasileira e como foi trabalhar essa temática em sala de aula com estudantes do 9º ano do ensino fundamental e 1º ano do ensino médio. Compreender que resistir a regimes totalitários é importante e que essa resistência começa na sala de aula quando o estudante tem a possibilidade de questionar e refletir. Palavras Chaves: Ditadura; Esquerda, Política, Escola

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v1, 2016 / v.1, 2011.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2016.

OS DESAFIOS DA HISTORIOGRAFIA CHINESA NA MODERNIDADE

André Bueno 

Neste breve ensaio, examinaremos algumas concepções historiográficas chinesas pós-comunistas, na China contemporânea. Tentaremos entender as possibilidades interpretativas na história chinesa atual, em relação aos métodos tradicionais e as mudanças no panorama político e social.
Palavras-Chave: China – Historiografia Chinesa – Teoria e Metodologia da História

DAOISMO, CONFUCIONISMO E BUDISMO: PENSAMENTOS DE UMA CHINA LONGÍNQUA

Lucas Rodrigues Pereira da Silva

Budismo, Confucionismo e Daoismo são as três correntes filosóficas mais conhecidas na China, entretanto, muito pouco se sabe sobre elas no ocidente, sendo assim, torna-se muito importante dá uma maior relevância para estas doutrinas, seja para entender um pouco mais sobre a história chinesa, tal como para preencher o grande vácuo histórico deixado pelo longo período sem um contanto formal entre China e o ocidente; então, para que se tenha uma melhor compreensão é necessário também saber que cada uma das doutrinas se desenvolveram de formas diferentes, cada uma possuíam objetivos diferentes, todas tiveram bons e maus momentos ao longo da história. Será também abordado um pouco sobre o objetivo de cada corrente e como elas foram mudando ao longo do tempo, sendo assim, a dinastia Han servirá de periodização para uma melhor análise, pois durante este período a China conseguiu unir muitas doutrinas, formando novos pensadores e novas correntes de pensamento; entretanto, esta mesma dinastia é cercada de mitos que acabam dificultando ainda mais o entendimento da história chinesa. Também se torna importante analisar se existe ou não religião na China, pois grande parte das doutrinas não segue uma divindade, para tal torna-se muito importante saber a origem do termo “religião”.

Palavras-chave: Daoismo, Confucionismo, Budismo.

OLHARES PARA A HISTÓRIA: ENTRE A FICÇÃO, TESTEMUNHO, HISTÓRIA E MEMÓRIA

Jorge Luiz Zaluski 

A história enquanto disciplina passa constantemente por várias interpretações e questionamentos. No século XX, em diferentes momentos foi colocado em questões seu reconhecimento enquanto ciência sejam por seus métodos, objetivos, fontes e escrita. São pela escrita que se desdobram outras inquietações, como a busca em afirmar se a história é ou não uma ficção. Partindo dessa problemática, este texto tem como objetivo fazer um breve apontamento sobre a narrativa histórica e a utilização da memória para a pesquisa historiográfica. Assim, diante da reflexão junto a alguns dos autores que trabalham sobre o tema, como Hayden White e Paul Ricoeur, destacam tais questões.

Palavras chave: ficção; história; memória; testemunho.

MULHER INDEPENDENTE OU PROSTITUTA? UMA ANÁLISE DO STATUS DE SIMAETA EM TEÓCRITO (SÉC. III A.C.) 

Vinicius Moretti Zavalis 

Resumo

Sob o título Mulher independente ou prostituta? Uma análise do status de Simaeta em Teócrito (séc. III a.C.), nosso trabalho tem por objetivo discutir o status da personagem Simaeta (Σιμαίθα), a qual foi delineada pelo poeta Teócrito de Siracusa, no “mimo” A feiticeira, ora como uma das prostitutas hetairai, conhecidas por sua postura socialmente ativa, ora como uma mulher independente, característica das sociedades cosmopolitas do período helenístico, como, por exemplo, a sociedade da ilha de Cós. Escrito por volta dos anos de 270-260 a.C., especificamente no século III, no círculo literário dos Ptolomeus do Egito, o poema de Teócrito combina profundidade psicológica e um realismo credível sobre a vida cotidiana de uma jovem comum da ilha de Cós, Simaeta, que recorre a magia, imprecações e autorreflexão para lidar com seus sentimentos em relação ao abandono após o intercurso sexual com Delfis de Myndus.

Palavras-Chave: Simaeta; Teócrito; período helenístico.

PELOS TRILHOS DO PROGRESSO: O TREM DE FERRO NA MEMÓRIA DE VELHOS EM SOUSA-PB (1925-1965)

Rivaldo Amador de Sousa 

Resumo

O presente artigo propõe-se a discutir o advento, a presença e a forte influência do transporte ferroviário na cidade de Sousa, localizada no Alto Sertão Paraibano, num período que compreende o intervalo de quatro décadas (1925-1965). Sua influência direta no escoamento de mercadorias e no transporte de pessoas permitiu um conjunto de mudanças materiais e imateriais na região. Para desvelar esse passado que trata das experiências com a denominada Maria Fumaça recorremos, especialmente, a oralidade, o que nos permitiu percorrer por uma memória do cotidiano. Contudo, outros documentos nos serviram também para a “invenção desse passado”, como periódicos e memórias escritas.

Palavras-chave: Trem de Ferro; Memórias; Cotidiano.

PÁGINAS DA HISTÓRIA DE UMA NOVA CIDADE: DISCURSOS DE PROMOÇÃO TURÍSTICA DE FLORIANÓPOLIS (SC)

Carolina do Amarante 

Patrícia Volk Schatz 

Resumo
Florianópolis, a capital do estado de Santa Catarina, destaca-se como um potencial destino turístico nacional. A trajetória histórica do desenvolvimento de Florianópolis evidencia discursos e medidas político-institucionais que explicam a pretensa vocação turística da capital catarinense. Como consequência do acelerado processo de crescimento urbano e da promoção midiática da Ilha de Santa Catarina observa-se uma rápida expansão imobiliária que evidencia conflitos ambientais, sociais e culturais. Assim, esse artigo visa identificar, nas fases de urbanização da cidade de Florianópolis, quais os fatores que contribuíram para a construção de uma imagem da capital como destino turístico, e, como, o desenvolvimento urbano é acompanhado de interesses econômicos e políticos.
Palavras-chave: Urbanização. Expansão. Cidade.

INVENÇÃO E CONQUISTA: A DESMITIFICAÇÃO DA DESCOBERTA DA MESOAMÉRICA EM EDMUNDO O’GORMAN E TZVETAN TODOROV

Jessica Caroline de Oliveira

Lucas Padilha

Michel Kobelinski

Resumo
Ao realizarmos estudos sobre a história da Mesoamérica, logo nos remetemos ao mito fundador e integrador deste espaço à cultural ocidental: a viagem de 1492 de Cristovão Colombo, o qual oficializou o descobrimento das terras que passariam a compor o que conhecemos como América. Nesta acepção, esta breve apresentação objetiva refletir sobre a forma como se consolidou o emprego do termo “descobrimento” dentro da historiografia e, deste modo, desconstruir essa ideia através da análise das obras “A Conquista da América: a questão do outro”, de Todorov e “A Invenção da América”, de O’Gorman. (1992) Buscando trabalhar com as perspectivas conceituais de “invenção” e “conquista”, demonstrando como a história da América foi inventada pelos espanhóis com o uso de relatos e manuscritos que, mesmo contraditórios, traziam em sua literatura os elementos necessários para compor uma justificativa espanhola frente ao acontecimento histórico. Vale ressaltar que diferente dos demais continentes, a América inaugura a noção de “descobrimento”, além disso, rompe com o imaginário e os medos que imperavam em uma sociedade fortemente influenciada pela religiosidade, fato observável na cartografia e nos discursos até então empregados. Neste sentido, demonstrar-se-á também, como a ideia de “conquista” é aplicada ao contexto mesoamericano, através do contato e da ação espanhola frente aos nativos americanos, possibilitando uma reflexão de como o eu e o outro eram percebidos dentro de cada civilização. Além de O’Gorman (1992) e Todorov (1998), serão empregados no debate historiográfico como autores Gruizinski (2006) e Wolosky (2012).
Palavras-chave: Descobrimento. Invenção. Conquista.

UM ESTUDO SOBRE A MEDIAÇÃO CULTURAL E A SUA IMPORTÂNCIA NO FOMENTO À PESQUISA

Elaine Cristine Luz Santos de Moura 

Lilian Raquel Ricci Tenório 

Resumo
O presente trabalho trata-se de uma análise da mediação cultural na promoção de diálogos referente a preservação patrimonial, fomentando à pesquisa e a valorização dos acervos presentes em museus. Resulta-se de uma análise da preservação patrimonial, da função social dos Patrimônios Históricos, e da importância de profissionais especializados em promover o atendimento museal. A realização deste trabalho ocorreu durante o curso de Pós-graduação em “Cultura e História dos Povos Indígenas” da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS). Para isso, foram realizadas observações no Museu de Arqueologia da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (MUARQ), sendo este o objeto de trabalho, além de pesquisas em periódicos que embasaram o referencial teórico desta pesquisa.  Pretende-se promover a salvaguarda dos acervos, apresentando considerações sobre a educação patrimonial. Verifica-se através de observações a importância da mediação cultural, da gestão do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e a necessidade de atenção dos gestores e de toda comunidade para a valorização e preservação dos patrimônios culturais brasileiros.
Palavras-chave: Cultura material; Museologia; Educação Patrimonial.

A COMPANHIA MATE LARANJEIRA NO SUL DE MATO GROSSO: UM “OBSTÁCULO” PARA A COLONIZAÇÃO

Vinícius Rajão da Fonseca 

Resumo
Este artigo tem como foco central historicizar o processo de formação da Companhia Mate Laranjeira no final do século XIX e analisar a sua relação com o processo de ocupação e colonização das terras no sul de Mato Grosso. Buscamos compreender se a Mate Laranjeira realmente atrasou o processo de colonização da região como é apontado por alguns estudos nas últimas décadas. Pensar que as dificuldades de colonizar o território mato-grossense foi resultado exclusivo da presença e força da CML é uma forma de isentar o Estado de sua responsabilidade, pois percebemos que existiu uma rede de relações de poder para favorecer ambas as partes.
Palavras-Chave: Sul de Mato Grosso; relações de poder; erva-mate.

“HISTORIADORES DE SI”: MEMÓRIA E NARRATIVA AUTOBIOGRÁFICA

Rycardo Wylles Pinheiro Nogueira

Resumo
Nosso interesse se desenvolve em torno da escrita autobiográfica. Este trabalho levanta questões teóricas necessárias ao campo historiográfico acerca do “historiador de si mesmo”, termo cunhado por Pierre Nora quando fala de um processo “psicologização da memória”. Levamos em consideração em como o sujeito autobiógrafo articula enquanto elemento essencial á sua narrativa autobiográfica uma relação com a memória. Quando faz usos do passado, quando “escreve” a si mesmo do passado por sua narrativa, não deixa de manter uma relação com uma noção temporal ficcional na qual articula temporalmente suas experiências narrativas a ponto de se fazer compreensível diante de outros. A escrita autobiográfica está ponderada na relação como passado na experiência de narrar a própria experiência pela relação entre memória, um “si mesmo” e narrativa.
Palavras-chave: autobiografia; memória; narrativa.

A POLIARQUIA BRASILEIRA: DA ALIANÇA ENTRE MÍDIA E GOVERNOS À LIBERDADE DE OPOSIÇÃO SOCIAL ORGANIZADA DURANTE OS GOVERNOS COLLOR E FHC

Guilherme Augusto Batista Carvalho 

Resumo
O presente artigo pretende realizar uma discussão sobre o papel da mídia brasileira no apoio à hegemonia governista, na ainda jovem democracia que tentava se estabelecer na década de 1990 no país. Para tal, buscamos realizar uma discussão teórica fundamentada em quatro conceitos basilares: “Poliarquia”, “Simbolismo”, “Hegemonia” e “Vontade”. Além disso, buscaremos nos debruçar sobre a conjuntura a qual esse trabalho se propõe a analisar, a fim de enrobustecer nosso diagnóstico final. Frente a tais proposições, buscaremos realizar uma análise qualitativa dos fatos, através de um método observacional das bibliografias pertinentes, como artigos e livros que mostram o histórico da temática, além de dados coletado na época, como desemprego, inflação e satisfação/insatisfação. Assim, o artigo levanta uma questão estrutural: a participação da mídia na manutenção da governabilidade interferiu na proeminência democrática de oposição organizada? Concluímos que ambos governos terminaram extremamente fragilizados devido aos escândalos, e números de baixa aprovação, nos levando a concluir que a participação de grupos opositores de cunho social organizado, se fortaleceram frente ao descrédito desses governos, apesar da oposição feita pela mídia a esses movimentos, nenhum consenso foi alcançado.
Palavras-chave: Poliarquia; Collor; FHC.

QUADRINHOS COMO FONTE:

POSSIBILIDADES DE ENTRE A FOICE E O MARTELO PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

Gildson Nascimento Pereira Vieira

Resumo
Não é de hoje que a História em Quadrinhos é percebida como objeto de estudo e de reflexo da sociedade que a produz, contudo, o seu uso como material didático ainda possui restrições, muitas vezes não tão claras. Este trabalho pretende acompanhar a ideia de que as histórias em quadrinhos podem ser usadas como fonte de um estudo/discussão sobre determinado fato histórico em aulas de Ensino Fundamental, ao sugerir a série Entre a Foice e o Martelo (2004), de Mark Millar, para discutir a Guerra Fria e seu papel ideológico.
Palavras-chave: Super-Homem, Guerra Fria, Quadrinhos

A CONTRIBUIÇÃO DA LITERATURA NA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO

Carlos Jordan Lapa Alves 

Resumo
Este artigo relata uma experiência interdisciplinar (Alvarenga et al., 2011) desenvolvida em sala de aula entre as disciplinas de Língua Portuguesa e História envolvendo o poema Navio Negreiro: uma tragédia no mar (1893), escrito por Castro Alves, contextualizando-o com o conteúdo de Brasil Colonial, estudado em aulas anteriores; para posteriormente, os alunos, através de suas percepções sobre o poema contextualizado com o assunto, construírem Histórias em Quadrinhos (HQs) e uma encenação baseada no teatro das sombras com o objetivo último de utilizar o texto literário como recurso metodológico na construção do conhecimento histórico pelos próprios alunos do Ensino Fundamental II na Escola Municipal “Manoel dos Santos Pedroza”.
Palavras-chave: História. Literatura. Poema.

LEPRA, BIOPOLÍTICA E A DISCIPLINARIZAÇÃO DO CORPO EM CUIABÁ ENTRE OS ANOS DE 1890 E 1900

Ariadne Marinho  

Resumo
Esta pesquisa visa compreender o discurso biopolítico por detrás da disciplinarização do corpo empregada pelas políticas sanitaristas do estado brasileiro com relação à lepra entre o final do século XIX e início do século XX. Buscando informações a partir de documentação oficial, como decretos de lei e outros impressos da época, procura-se identificar o tipo de tratamento que os doentes eram submetidos, tendo em conta o estigma social existente contra o leproso e as vítimas de moléstias semelhantes. Nesse sentido, percebeu-se que as instâncias político-administrativas adotaram diferentes estratégias de controle da enfermidade ao implementar medidas profiláticas nos espaços urbanos que previam a exclusão e o isolamento dos acometidos de lepra, considerados “impuros”.
Palavras-chave: Lepra, Biopolítica, Cuiabá.

DISCUTINDO ALGUMAS QUESTÕES HISTORIOGRÁFICAS A PARTIR DO ROMANCE HISTÓRIA DO CERCO DE LISBOA DE JOSÉ SARAMAGO

Rodrigo Conçole Lage  

Resumo
O objetivo desse trabalho é discutir como a literatura pode ser utilizada para a discussão da ideia de verdade histórica, utilizando como fonte o romance História do cerco de Lisboa de José Saramago. Na primeira parte, examinamos a ideia de verdade histórica. Na sequência, apresentamos o romance, abordando a questão da falsificação da história e de como ela pode ser utilizada por professores para se trabalhar a questão da verdade. Por fim, tratamos dos excluídos da história oficial.
Palavras-chave: José Saramago, História do cerco de Lisboa, Verdade Histórica.

O GUIA DO VIAJANTE NO TEMPO E NO ESPAÇO EM SALA DE AULA: PRÁTICAS DE LEITURA E DE ESCRITA NA APRENDIZAGEM HISTÓRICA

Carolina Corbellini Rovaris

Resumo
Este trabalho apresenta uma atividade de narrativa histórica desenvolvida por alunos do curso de Bacharelado e Licenciatura em História na disciplina de Estágio Curricular Supervisionado da Universidade do Estado de Santa Catarina -UDESC. Esta atividade foi realizada em uma turma de primeiro ano de ensino médio de uma escola pública da rede estadual de Santa Catarina em 2014. Partindo da hipótese de que as práticas de leitura e escrita de textos históricos no ambiente escolar podem contribuir para complexificar a consciência histórica, este trabalho também analisa as produções textuais dos estudantes, a fim de compreender como como estas habilidades interferem na aprendizagem histórica dos mesmos. Os resultados apontam para a necessidade de trabalhar com os alunos a compreensão histórica a partir de leitura de textos e interpretação de documentos, uma vez que será a partir das diversas linguagens que o aluno se transformará em sujeito crítico e atuante na sociedade.
Palavras-chave: aprendizagem histórica, compreensão histórica, práticas de escrita e de leitura, linguagem.

ESTA AGORA É A CASA DO TAL ROCK N’ROLL: ROCK E ENSINO DE HISTÓRIA EM QUATRO ACORDES

Gustavo Silva de Moura 

Resumo
Nesse breve ensaio em quatro acordes, temos como objetivo visualizar  possibilidades do uso do Rock nas aulas de História, mostrando essa nova perspectiva temática no ensino. Usaremos comunicações de quatro eventos acadêmicos internacionais ocorridos no Paraná, com o intuito de dar exemplos dos locais em que a temática Rock e Ensino de História estão sendo debatidas.
Palavras-chave: Rock – Ensino de História – Abordagens educacionais

O QUE SÃO ESTILOS DE APRENDIZAGEM? CONCEITOS E TEORIAS

Daniel Rodrigues de Lima 

Resumo
Os estilos de aprendizagem são diferentes formas de perceber e processar as informações, é como nos comportamos durante o processo de aprendizagem, diante disso há três formas perceptivas de aprendizagem que são: a visual, a cinestésica  (corpo, sensação e movimento) e a auditiva. O objetivo geral de nosso artigo é conceituar o que são dos estilos de aprendizagem. A pesquisa foi desenvolvida a partir de uma revisão bibliográfica, analisando o que foi produzido sobre o tema, onde seu cunho é de uma pesquisa qualitativa em que utilizaremos o método de amostragem, pois a partir da aplicação do teste de VAC (Visual, Auditivo e Cinestésico) baseado na teoria dos 6 estilos de aprendizagem de Markova podemos mensurar e identificar os estilos de aprendizagem predominantes da turma HID0167 de Licenciatura em História (UNIASSELVI). Acreditamos que hoje em nossa prática pedagógica não devemos apenas ensinar os nossos alunos a aprender, e sim, devemos é aprender as várias formas como ensinar, além de entender como estes melhor aprendem, e a teoria dos estilos de aprendizagem é uma excelente ferramenta se bem aplicada, para desenvolvermos práticas que norteiam tais condutas
Palavras-chave: Estilos de aprendizagem. Conceitos. Teorias.  Aprendizagem.

REFLEXÕES EM TORNO DO ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA NA GRADUAÇÃO: RELATO DE EXPERIÊNCIA A PARTIR DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ

José Petrúcio de Farias Júnior 

Resumo
Refletir sobre o ensino de História Antiga tanto na Educação Básica, quanto no Ensino Superior, em tempos de reelaboração da Base Curricular Comum, assume, para muitos historiadores, caráter de militância. Ainda que saibamos que esta designação seja exagerada, ela sinaliza uma postura bastante comum no meio acadêmico, defendida por muitos historiadores. Diante disso, este artigo pretende pensar a relevância dos conteúdos de História Antiga na formação de professores a partir de um relato de experiência. Objetiva-se, com isso, problematizar o lugar dos estudos sobre a Antiguidade nos currículos de licenciatura em História, tendo em vista um cenário de intensos debates acerca da renovação do ensino de História na Educação Básica.
Palavras-chave: Ensino de História – História Antiga – formação de professor

OS CAMINHOS DA DISCIPLINA DE HISTÓRIA NA EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Daniele Cristina Frediani

Resumo
A organização do Ensino de História enquanto disciplina surgiu no cenário educacional brasileiro em meados do século XIX, sob forte influência do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) fundado em 1838. Nesse momento histórico a disciplina se pautava na narrativa dos “grandes feitos” dos supostos heróis nacionais membros da elite e do clero. Essa forma de ensino de História perdurou por um longo período na Educação Brasileira e seguia os moldes do modelo europeu de Ensino de História. A disciplina de História sofreu uma forte modificação a partir de 1930 quando com a Reforma Francisco e sob influência de movimentos escolanovistas passaram a se desenvolver um abordagem generalista de história, apresentando ainda outros sujeitos históricos, passou também a se evidenciar nesse momento o apreço a adesão aos estudos sociais. A partir da lei n° 5692/71, durante o Governo Militar, a História e a Geografia foram definitivamente substituída pelos Estudos Sociais , houve então a aplicação dessa disciplina ao lado da Moral e Cívica. Na década de  1990 com a desanexação da disciplina de História dos Estudos Sociais, passaram a se desenvolver novas reformulações no ensino de História, influenciados por diversas tendências historiográficas como a História Cultural, Social e do Cotidiano.Os currículos de História foram sendo analisados e desenvolvidos de acordo com o corpo discente e docente.
Palavras-chaves : Ensino de História,  Disciplinas Escolares e Educação.

HISTÓRIA, MEMÓRIA E ESQUECIMENTO:

A IMAGEM DO ÍNDIO NA HISTORIOGRAFIA TRADICIONAL DO CEARÁ

Ana Alice Menescal 

Resumo: O Instituto do Ceará, fundado ao fim do século XIX, tinha o propósito de inaugurar a História local através da investigação, compilação, publicação e análise de documentos. A Revista do Instituto do Ceará era a principal fonte de difusão da produção intelectual da agremiação, entretanto, era de acesso restrito a uma pequena parcela da população. A proposta deste artigo é discutir como a produção do Instituto do Ceará contribuiu para a fundação da historiografia cearense tradicional, analisando a abordagem dada aos povos indígenas do Ceará nos trabalhos de autores de obras mais populares entre a sociedade do início do século XX. Recorremos aos conceitos de história, memória e esquecimento para analisar o que consideramos uma espécie de esquecimento dos nativos, embora levemos em conta que não se tratou necessariamente de um esquecimento proposital dos indígenas da região, mas da elaboração de uma memória específica da época e da parcela da população que a difundiu. O presente artigo é parte da tese de doutorado intitulada “Indígenas e Intelectuais: a questão indígena no Instituto do Ceará (1887-1938)”, desenvolvida junto ao curso de Doutoramento em História e Cultura do Brasil da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa – Portugal.
Palavras-chave: Memória, Indígenas, Historiografia cearense.

CONCEPÇÕES DE FORMA DE GOVERNO DE ATENAS EM LIVROS DIDÁTICOS CONTEMPORÂNEOS

Elvis Rogerio Paes

Luís Ernesto Barnabé 

Resumo
O presente texto possui o objetivo de analisar, como os livros didáticos referentes ao PNLD (Plano Nacional do Livro Didático) de 2014, apresentaram as formas de governo e suas concepções desenvolvidas em Atenas. Tendo ciência, que a História Antiga e seu recorte espacial e temporal não pode ser visto como algo naturalizado, o livro didático também reflete a interesses que são apontados no texto, discutidos em conjunto com os dados obtidos que envolvem os conceitos de formas de governos; ostracismo; definição do termo democracia; que são apresentados nos referentes livros. Todos esses fatores implicam compreender a dimensão complexa do livro didático para o seu principal utilizador: o estudante.
Palavras Chaves: História Antiga; Atenas; Formas de Governo; Ostracismo; Democracia.

O FILME COMO AUXILIAR DIDÁTICO NO ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA: ANALISANDO O PRIMEIRO EPISÓDIO DA SÉRIE ROMA

Flaviano Oliveira dos Santos

Resumo: O uso de materiais audiovisuais no processo de aprendizagem tem sido um aliado dos professores, auxiliando de forma válida em suas aulas. A compreensão do fato de que a produção audiovisual pode ser usada como fonte de apreensão do passado e do momento de produção é irrefutável. O seu uso constitui uma forma de conciliar o ensino com elementos do cotidiano dos alunos. Desta forma, o presente trabalho tem como objetivo demonstrar a possibilidade de abordagem do recurso audiovisual em aulas de História Antiga, através da série televisiva Roma.
Palavras-chave: Ensino de História; Recurso audiovisual; Série Roma.

O QUE TEM A VER A HISTÓRIA ENSINADA NA UNIVERSIDADE COMO CIÊNCIA COM A HISTÓRIA ENSINADA NA ESCOLA COMO MATÉRIA?

A CRIAÇÃO DO CURSO DE MESTRADO EM HISTÓRIA DA UFPR EM 1971 E A ANÁLISE DA RELAÇÃO HISTÓRIA ACADÊMICA E NÃO-ACADÊMICA

Bruno Flávio Lontra Fagundes 

Resumo
O texto é resultado de pesquisa sobre a história do curso de História da Universidade Federal do Paraná visando compreender a separação pesquisador-professor que constituiu o perfil institucional dos cursos de História no Brasil, que gira-ram em direção a um tratamento metodológico de natureza científica alinhado às políticas públicas de desenvolvimento científico e tecnológico característicos do projeto desenvolvimentista dos governos militares.   Principalmente após as medidas legais e programáticas que os cursos sofreram por ocasião das iniciativas que, ao longo dos anos 1960, desaguaram na Reforma Universitária em 1968. O curso de Mestrado da UFPR foi um emblema daquela situação, por onde é possível verificar a enorme valorização do cientista pesquisador em relação à desvalorização do profissional professor do ensino secundário na trajetória das licenciaturas de História brasileiras.
Palavras-chave: História, Licenciaturas, Ensino Superior.

A UTILIZAÇÃO DE QUADRINHOS NO ENSINO MÉDIO: O APRENDIZADO DE CONCEITOS

Weber Abrahão Júnior 

Resumo
O texto é uma sugestão de plano de aula para o Segundo Ano do Ensino Médio, como resultado de produção de material didático para conclusão parcial de disciplina do Mestrado Profissional em História, na Universidade Federal de Goiás, Regional Catalão. O tema escolhido foi Introdução às Revoluções Burguesas: o que é Revolução? O conceito de Revolução é recorrente nas Ciências em geral, e nas Ciências Humanas em particular, e especificamente na ciência histórica e em sua expressão didática, como disciplina escolar. É um conceito essencial para a compreensão dos processos históricos nas diferentes condições de mudança social, principalmente a partir do estudo da Revolução Francesa como marco da contemporaneidade. O objetivo principal da atividade é levar os alunos a compreensão das possíveis variações em torno da construção do conceito de revolução, compreendendo inclusive sua elaboração no tempo histórico. Além disso, viabilizar a comparação entre os diversos sentidos do conceito, e suas dimensões sociológica e filosófica, bem como algumas de suas manifestações históricas. Permitir ainda aos alunos a possibilidade do diálogo entre o texto didático tradicional e a linguagem dos quadrinhos. E, enfim, possibilitar aos alunos o acesso à percepção e compreensão de imagens através da leitura orientada dos quadrinhos.
Palavras-chave: conceitos históricos; quadrinhos; ensino

O ENSINO DE HISTÓRIA DA AMAZÔNIA: ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE ENSINO DE ESTUDOS AMAZÔNICOS E DA PRODUÇÃO E USO DOS LIVROS DIDÁTICOS EM SALA DE AULA

Wilverson Rodrigo Silva de Melo 

Resumo
Este artigo tem a tenra pretensão de analisar as perspectivas de produção e uso do livro didático que contemplem discussões acerca da história regional da Amazônia e, sua inter-relação com a formação sócio histórica do Brasil, no âmbito da sala de aula nas escolas básicas da cidade de Santarém-Pará. Dito isto, convém entendermos que existe uma lacuna entre o “querer” e “fazer história”, pois “o fazer história e o ensinar história” não são campos distintos do saber histórico, ambos encontram-se imbricados e não devem se dissociar. Nesse sentido, longe de ser uma receita ou normas de como se trabalhar com a temática do Ensino de História da Amazônia e, quais referências apontar reporto-me justamente a esta dificuldade inerente ao cotidiano escolar do professor, em ter que realizar a transposição didática e posteriormente a mediação didática dos conteúdos de Estudos Amazônicos – em virtude da dificuldade de acesso a materiais didáticos voltados a esta temática, seja pela carência, desatualização e até mesmo inexistência de materiais, que contemplem novas abordagens sobre História da Amazônia, sobretudo na perspectiva da “Interdisciplinaridade” como defendem Japiassu (1976) e Barros (2011).
Palavras-chave: Ensino de História da Amazônia, livro didático, mediação didática.

MÃE ÁFRICA DESFIGURADA: CONSIDERAÇÕES ACERCA DA DOCÊNCIA E AS QUESTÕES ÉTNICOS-RACIAIS 

Antonio José de Souza 

Jane Adriana Vasconcelos Pacheco Rios 

Resumo

Este trabalho visa debater a histórica representação subalterna dos povos negros na estrutura social brasileira, assim como o descaso que vitima a historiografia, os conhecimentos e as expressões culturais do continente africano. Essa constatação é confirmada pelas ideologias que categorizam o negro como uma raça inferior. À vista disso, a escola também contribuiu com o processo de negação da identidade e cultura afro-brasileira, permitindo, consciente ou inconscientemente, a presença do preconceito e da discriminação racial no espaço escolar. Desse modo, o referido trabalho, que é parte de uma pesquisa em andamento, desenvolve-se no terreno da educação, alicerçado na perspectiva da pesquisa qualitativa de abordagem autobiográfica. Trata-se de uma pesquisa-formação atravessada pelos princípios da fenomenologia e da hermenêutica a fim de investigar, através das histórias de vida-formação, de que maneira a cultura afro-brasileira emerge das narrativas e práticas pedagógicas de professoras e professores de classes multisseriadas das escolas rurais no município de Itiúba-BA.

Palavras-chave: África, relações étnico-raciais, docência.

HISTÓRIA ANTIGA E LIVRO DIDÁTICO: ALGUMAS CONSIDERAÇÕES

Ana Flávia Crispim Lima 

Resumo:
Através do problema enfrentado pelos professores sobre a transposição didática, do ambiente acadêmico ao ensino básico, abordaremos nesse ensaio algumas considerações sobre o ensino de História Antiga e o livro didático, mostrando algumas dificuldades encontradas pelo docente e algumas sugestões para melhoria na aprendizagem do aluno.
Palavras-chave: Transposição Didática; História Antiga; Livro Didático.

PÉS AMARRADOS – VIDAS EM LAÇOS

UMA REFLEXÃO SOBRE O RITUAL DOS PÉS DE LÓTUS E A FORÇA DA AMIZADE ENTRE AS MULHERES DO SÉCULO XIX, NA CHINA E A EDUCAÇÃO DAS MENINAS NO BRASIL

Helayne Cândido

Resumo

Nesse artigo, analisaremos o romance histórico “Flor de neve e o leque secreto”, e suas possíveis contribuições para o ensino de História. O Romance se passa na China do século 19. Ele aborda os relacionamentos de amizade femininos, e suas formas particulares de comunicação, como a escrita secreta Nushu. Trata, igualmente, das questões de gênero na sociedade chinesa. A partir dessa análise, buscaremos mostrar como romance pode ser usado como instrumento didático e pedagógico no ensino de História brasileiro. Estabelecendo comparações, mostraremos como discutir questões de gênero e igualdade em sala de aula.

Palavras Chave: China; Gênero, Ensino de História

O LÚDICO DIGITAL NAS AULAS DE HISTÓRIA: APLICAÇÃO DO GAME CAESAR III COMO MATERIAL LÚDICO NAS TURMAS DE SEXTO ANO DO CENTRO EDUCACIONAL SÃO JOSÉ (MIRACEMA – RJ)

Ramon Mulin Lopes 

Resumo
O presente texto tem por desígnio relatar a experiência da utilização do game “Caesar III” em turmas de ensino fundamental como parte do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de História. O objetivo desta aplicação propõe transformar o game em uma ferramenta de interação entre alunos, contexto histórico e política do antigo Império Romano em um ambiente lúdico e capaz de despertar o interesse dos alunos, uma vez estes imersos em um cotidiano ligado às tecnologias digitais. O game colaborou com a visualização das tecnologias do império romano e promoveu uma profunda reflexão sobre as atitudes de cada aluno durante a construção de suas atividades no jogo.
Palavras-chave: Ensino-aprendizagem; Games; Tecnologias Digitais.

OS FENÍCIOS: UMA EXPERIÊNCIA DE ENSINO DE HISTÓRIA ANTIGA A PARTIR DA PERSPECTIVA HISTÓRICO CULTURAL

Isaias Holowate 

Resumo
Partindo do pressuposto da necessidade de compreensão do surgimento e das especificidades do desenvolvimento da escrita no decorrer da História como uma das possibilidades para a compreensão do desenvolvimento das culturas do Oriente Próximo, o presente trabalho trata-se de uma reflexão sobre o Plano Didático aplicado durante as atividades da Disciplina de Estágio I aos alunos de quatro turmas do 6º ano do Ensino Fundamental do Colégio Estadual Edison Pietrobelli, em Ponta Grossa, no mês de agosto de 2014. O Projeto utilizou-se dos princípios da teoria cognitiva histórico cultural, de Vygotsky, e teve por objetivos ensinar sobre o surgimento da civilização Fenícia com enfoque em aspectos culturais buscando clarificar a influência das características de seu sistemas de escrita para o desenvolvimento dessa sociedade. A realização do projeto além de permitir a compreensão da escrita como uma prática histórica, cuja historicidade influencia na forma com que ela é compreendida pela sociedade, buscou também, atraindo a atenção do aluno para a aprendizagem de História Antiga, possibilitar uma melhor compreensão das características da sociedade Fenícia, da forma com que se relacionavam com o mundo, a sua religião, a sua estrutura política, comercial e cultural.
Palavras-chave: Ensino; Escrita; História Antiga.

ENSINO DE HISTÓRIA E ESTÁGIO: PERCURSOS DE UMA EXPERIÊNCIA

Antonio Alves Bezerra 

Resumo
O artigo analisa experiências desenvolvidas nas disciplinas Prática de Ensino de História e Estágio Supervisionado II e III, tendo como objetivo a motivação de estudantes universitários à docência do ensino de história na educação básica. Tal prerrogativa evidenciou a conexão entre escola e universidade, apontando para o fortalecimento da profissão docente. O uso de projetos com eixos temáticos no ensino de história potencializou a interdisciplinaridade do ensino nas escolas e fez notar o uso de novas técnicas e linguagens na problematização das aulas de história. As atividades realizadas no âmbito das escolas atenderam os objetivos iniciais, levando os estudantes estagiários a testarem os conhecimentos adquiridos na academia nos espaços escolares, levando-os a saborearem os primeiros momentos da docência. Palavras-Chave: Docência, Projeto, Eixo-temático.

“RELATO DE UM CERTO ORIENTE”: A TEMÁTICA INDÍGENA COMO PROBLEMATIZADORA DA DIVERSIDADE CULTURAL EM SALA DE AULA

Everton Demetrio 

Resumo
Tendo em vista a obrigatoriedade do ensino de história e cultura indígenas nas escolas de educação básica de todo o Brasil, conforme determina a lei 11.645, ampliando as determinações da lei 10.639/2003, que instituiu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira e africana, contribuindo dessa forma para a discussão deste tema, possibilitando a ruptura do modelo eurocêntrico no ensino e a construção de uma educação voltada ao exercício da alteridade na escola brasileira. Historicamente os povos indígenas têm sido objeto de múltiplas imagens e conceituações por parte dos não índios e, em consequência, dos próprios índios, marcadas profundamente por preconceitos e ignorância; o texto que ora apresentar-se-á visa, sobretudo, compartilhar experiência engendrada no âmbito da rede pública de ensino onde pudemos discutir a realidade dos povos indígenas, suas lutas e invisibilidade sociocultural e política, bem como promover um espaço de dialogo entre dois universos culturais distintos, possibilitando a construção de um conhecimento mais próximo da realidade indígena e dos estudos atuais sobre ela, valorizando o diálogo e o repensar das diferenças. De forma tal, este texto é o registro comentado de uma vereda que se põe em aberto no contexto do ensino de história e da temática indígena.
Palavras-chave: história indígena, educação, alteridade.

LUZ, CÂMERA, AÇÃO… EXPERIÊNCIAS NA PRODUÇÃO DE DOCUMENTÁRIOS DENTRO DO PROJETO “CATADORES DA MARGEM ESQUERDA EM UNIÃO DA VITÓRIA

Elois Alexandre de Paula

Resumo
Nesse texto abordamos a trajetória acadêmica dentro  do projeto “Catadores Da Margem Esquerda : Coleta sobrevivência no médio Iguaçu no inicio do século XXI”.  Este projeto foi proposto pelo departamento de História da Fafi-UV de União da Vitória, em convênio com a Seti-PR, nos  anos de 2009 e 2011 nesta cidade. Basicamente o projeto vinha em busca de colher depoimentos de personagens chamados “catadores” de material reciclável e que viviam nas áreas ribeirinhas do rio Iguaçu e parte da região, e que muitas dessas histórias foram selecionadas para produzir um documentário sobre os mesmos.  Com relação ao trabalho proposto comentamos no presente texto os avanços com relação ao projeto, as experiências vívidas e o aprendizado técnico e profissional, que não ficou apenas na elaboração não somente de um documentário, mas de vários outros que ampliou ainda mais o sucesso do projeto e de toda a equipe de trabalho que participou do projeto. Enfim os relatos descrevem não somente a trajetória do projeto, seus avanços e expectativas alcançadas, mas também  relata o experiência profissional atingida por nós, e a ideia principal do aprendizado de se fazer história  e também ensinar  Historia, principalmente no que se tange a História local e oral.
Palavras Chaves:  Documentário  -Catadores – História

A ATUAÇÃO DA COMUNIDADE EPISTÊMICA NA FORMULAÇÃO DAS POLÍTICAS EDUCACIONAIS: PROCESSOS DE SELEÇÃO DO LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA NO PNLD

Roper Pires de Carvalho Filho 

Resumo

Esse trabalho objetiva refletir sobre o processo de circulação do livro didático de História, e neste, o papel desempenhado por um ator – a comunidade epistêmica, comunidade científica formada pelos historiadores – na avaliação e triagem dos livros didáticos, via participação no PNLD, o Plano Nacional do Livro Didático. Para isso, referenciado nas pesquisas desenvolvidas por Stephen Ball e Alice Casimiro Lopes, estabeleço como itinerário apresentar o conceito de comunidade epistêmica, para em seguida buscar estabelecer os nexos entre a produção acadêmica sobre o ensino de História e os critérios adotados pelos historiadores para avaliar os livros didáticos que compõem o catálogo do referido PNLD.

Palavras-Chave: Comunidade Epistêmica. Livro Didático. PNLD. História escolar.

“MUSAS FILHAS DE APOLO, TRAGAM-ME INSPIRAÇÃO, PARA NARRAR UMA GUERRA, DE NAÇÃO CONTRA NAÇÃO”: A LITERATURA DE CORDEL NO ENSINO DA GRÉCIA ANTIGA, UM RELATO DE EXPERIÊNCIA EM ESCOLAS PÚBLICAS DO PARÁ 

Geraldo Magella de Menezes Neto 

Resumo

O presente artigo socializa um relato de experiência no ensino da Grécia Antiga em turmas de 5ª série/6ª ano do ensino fundamental em escolas públicas do Pará. Ao tratar do tema da mitologia grega, utilizamos a literatura de cordel, que apresenta uma linguagem em versos rimados, de fácil compreensão para os alunos. Destacamos que o cordel pode ser um recurso didático interessante para o ensino de História, ao estimular a leitura e possibilitar a relação passado-presente.

Palavras-chaves: Ensino de História; Grécia Antiga; Literatura de Cordel.

RPG, OS PROCESSOS COGNITIVOS E A COMPLEXIDADE: METODOLOGIA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

Alexandre Silva da Silva 

Sara Schneider de Bittencourt

Resumo
O Presente artigo visa refletir sobre o ensino da História nas instituições formais, tendo como base um processo lúdico e temporalmente contemporâneo, o Role Playing Game (RPG), um jogo de interpretação que propicia múltiplas interações, o qual tem sua aplicação incentivada pelo MEC (Ministério da Educação). Para desenvolver tal tarefa lançaremos mão de revisão bibliográfica relações sistêmicas, sob a luz da teoria da complexidade de Edgar Morin.
Palavras Chave: RPG, Complexidade, Ensino

A HISTÓRIA E O ENSINO DA HISTÓRIA DA CIÊNCIA

Alexandre Claro Mendes 

Resumo
O artigo tem como objetivo fornecer elementos ao professor para que ele possa introduzir em suas aulas de História o ensino da História da Ciência. A perspectiva desse trabalho está fundamentada na possibilidade de promover uma discussão interdisciplinar tendo no seu núcleo a história, ciência e a filosofia. A compreensão dessas diferentes áreas do conhecimento, vista pelo prisma da História da Ciência, fornece um maior entendimento aos alunos sobre as condições históricas, políticas e sociais nas quais se constrói o conhecimento científico.
Palavras-Chaves: História, História da Ciência, Ensino de História

O OFÍCIO DO HISTORIADOR, O ENSINO DE HISTÓRIA E AS SUAS FERRAMENTAS

Vitor Angelo Cardozo Frasca 

Resumo
O presente artigo visa, uma reflexão sobre as ferramentas de intervenção que podem tornar o ensino de história e suas correlatas, uma tarefa mais produtiva e de grande valia na formação do senso crítico. Ademais, flexionamos a responsabilidade do historiador, quanto à sua teleologia que no que diz respeito tende a sugerir novos olhares e trazer à luz o que se fez oculto e que se contrapõe diante uma história tradicional, factual e que não aceita versões. Além do ofício do historiador, que pode ser resumido a vislumbrar o interesse e a reflexão dos leitores aos diversos prismas existentes sobre um determinado fato. O desafio desse artigo será relatar a importância do uso de novas ferramentas, para instigar a curiosidade, o conhecimento e aprofundar o senso crítico em sala de aula, buscando assim significantes na relação ensino-aprendizagem, por fim, referenciando ao mito da caverna de Platão, o professor deve regressar à “caverna” e avisar aos outros que existe luz, ideias e conhecimentos novos do lado de fora.
Palavras-Chaves: história, ensino, desafios.

A LEI 11645/08 NA EDUCAÇÃO BÁSICA: UM ESTUDO DE CASO NA ESCOLA ESTADUAL HUMBERTO MENDES EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS-AL

Cássio Júnio Ferreira da Silva

Luan Moraes dos Santos

Resumo: Em 2008, foi sancionada a lei 11645/08 que tornou obrigatório o ensino de história dos povos indígenas nas escolas regidas pelo Ministério da Educação e Cultura. Mesmo com essas prerrogativas estabelecidas, nem todas as escolas aplicam os estudos sobre os povos indígenas de forma adequada; um ensino que não corresponde a pluralidade dos povos indígenas do Brasil e que os retrata, nos livros didáticos, como seres ainda puros e cuja presença só é notada nos primórdios da história do Brasil. Assim, o artigo que segue é resultado de um estudo de caso, na Escola Estadual Humberto Mendes, localizada no Município alagoano de Palmeira dos Índios, que evidencia a segregação dos indígenas em uma região rodeada por suas comunidades. O embasamento teórico, consiste nos estudos feitos sobre as comemorações do dia do índio pelo professor Edson Silva (2015), nas obras de Maria Teresa Nidelcoff (1979), Paulo Meksenas (1988) e Michael Pollak (1989).
Palavras-chave: Ensino. Formação. Pluralidade.

UMA ALEGORIA DO PROCESSO COLONIAL NA AMÉRICA PORTUGUESA ATRAVÉS DO FILME AVATAR: UMA EXPERIÊNCIA COM AULA OFICINA NO ENSINO FUNDAMENTAL II

André Moreira da Silva 

Resumo: Este artigo tem por objetivo analisar e discutir a experiência de concepção e prática de uma aula oficina em uma escola pública na cidade de Vitória da Conquista – BA. Discutir-se-á a prática metodológica da oficina e do desenvolvimento das discussões e atividades que objetivaram observar alguns aspectos da colonização europeia na América através de vários textos, incluindo a obra cinematográfica Avatar (2009), de James Cameron, como uma alegoria do processo colonial ocorrido na América portuguesa, a partir do século XVI. Através destas conexões a aula oficina pretendeu estabelecer conexões entre as experiências pessoais dos alunos e o tema proposto a fim de gerar debates e instigar a desconstrução de preconceitos e erros sobre esse processo.
Palavras-chave: período colonial brasileiro; história indígena; aula-oficina.

ENSINAR HISTÓRIA: ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: DESAFIOS NA FORMAÇÃO DO PEDAGOGO 

Andréa Giordanna Araújo da Silva

Resumo: O construto apresenta os resultados da pesquisa sobre a formação do professor-pedagogo que leciona história nos anos iniciais do ensino fundamental e do trabalho de elaboração de arquétipos de programas curriculares para o ensino de história. Considerando as diretrizes oficiais para o ensino da disciplina no Brasil e as demandas sociais e culturais das escolas públicas e privadas da região metropolitana de Maceió, o estudo foi desenvolvido no período de 2012 a 2013 e teve como coautores os estudantes do curso de Pedagogia da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Palavras-chave: Ensino de História; Pedagogo; Ensino Fundamental.

A DIDÁTICA DA HISTÓRIA ORIENTADA PELA VIRADA PARADIGMÁTICA ALEMÃ DOS ANOS 60 E 70 

Max Lanio Martins Pina 

Resumo: Neste artigo apresentaremos a Didática da História com sua conceituação definida na bibliografia alemã referente ao movimento que ficou conhecido como virada paradigmática dos anos 60 e 70, bem como discutiremos as influências desse grupo na ampliação desse conceito no Brasil a partir da última década. Contextualizaremos esse movimento com suas características sociais e históricas peculiares, para mostrar como essa disciplina foi expulsa e reintroduzida no campo da Ciência Histórica. Analisaremos essa disciplina como subdisciplina da Ciência da História com o seu caráter metateórico na reflexão da práxis historiográfica e por fim vamos expor os atuais rumos dessa área no Brasil.
Palavras-chave: Didática da História. Virada Paradigmática. Anos 60 e 70.

“BOLANDO UM SOM”: ENSINANDO HISTÓRIA COM MÚSICA

Adauto Santos da Rocha

Míriam de Lima Cabral

Resumo: A música é um proveitoso instrumento para o ensino de História, visto que funciona como meio de difusão de conteúdos através de uma justa harmonia entre sons, o que em síntese é tratado como eficiente no que diz respeito ao campo de ensino da História. Com o intuito de apresentar possibilidades de ensino através da música, esse trabalho norteia-se na busca e na análise de composições dos mais variados estilos musicais, fundamentadas no repasse de conteúdos históricos, implícita ou explicitamente. No decorrer do texto serão apresentadas ao leitor algumas composições, a fim de fomentar uma discussão subjetiva sobre possíveis diálogos entre música e história, visando como as composições podem ser aplicadas no espaço educacional.
Palavras-chave: Ensino. Escola. História.

O OURO ENCANTADO: IMAGINÁRIO E CULTURA POPULAR

Weverson Cardoso de Jesus 

RESUMO: As diversas manifestações culturais podem ser usadas como objetos de análise da História; assim, o artigo visa compreender e registrar os mitos e lendas que permeiam o imaginário coletivo, com foco de pesquisa no ouro encantado, bem como traçar um paralelo entre as formas de pensar a cultura como elemento constitutivo de um povo e a valorização da oralidade como fonte metodológica. O ouro encantado faz parte do imaginário coletivo de diversas regiões do país e relaciona-se com o passado colonial de extração aurífera. Desse modo, objetiva-se perceber as permanências e ressignificações sofridas acerca do mesmo no decorrer dos tempos, do período colonial ao contemporâneo.
Palavras – chave: mito, imaginário, encantaria.

A POLÍTICA EDUCACIONAL DOS GOVERNOS DO PT:

A predominância do interesse privado/mercantil

Alisson Slider do Nascimento de Paula

Kátia Regina Rodrigues Lima

Emmanoel Lima Ferreira

RESUMO: Buscou-se analisar as condicionalidades empreendidas pelas medidas econômicas e sociais dos governos Petistas no cenário da educação superior brasileira, caracterizando as políticas e ações instituídas no interior do ensino superior. Para trato metodológico, utilizou-se o materialismo histórico e dialético desenvolvido por Marx (2008), buscando, dessa maneira, apreender a realidade em sua totalidade. Assim, no cenário dos condicionantes atribuídos pelos organismos multilaterais a educação deixa de ser um direito passando à ser um serviço comercializável. Os governos do PT compreenderam, a partir das orientações do Banco Mundial, a educação como promissor nicho mercadológico, o que levou a cabo um vasto processo de expansão e privatização do ensino superior no Brasil.
Palavras-chave: Educação Superior. Capital. Governos Petistas. Mercantilização.

DE INVISÍVEIS A MARGINALIZADOS:

OS XUKURU-KARIRI E O CONTEXTO EM QUE VIVEM

Clara Maysa Alves da Rocha Torres 

Érica de Oliveira Santos 

José Adelson Lopes Peixoto 

Resumo: Este artigo tem por objetivo desconstruir a visão estereotipada existente em relação aos índios Xucuru-Kariri, povo que vive no município alagoano de Palmeira dos Índios-AL, mostrando que apesar das transfigurações étnicas e anos de invisibilidade perante a sociedade (por medo de represália), mantém como elementos principais a resistência e a sua cultura fortemente personificada em seus rituais. Logo apresentaremos o Toré, dança performática que simboliza a união e a construção de sua identidade, além de reforçar a busca por reconhecimento, através da luta pelas terras que são suas por direito. A metodologia parte basicamente de pesquisas de campo, realizadas com a população local, e estudos bibliográficos nos escritos de Aldemir B. da Silva Junior(2013), Darcy Ribeiro, João P. de Oliveira (1998), José Adelson Lopes Peixoto, Júlio Cezar Mellati pesquisadores da história indígena.
Palavras-Chave: Estereótipo. Xukuru-Kariri. Invisibilidade.

A IMPOSIÇÃO DO PODER CAPITALISTA NAS GUERRAS

Rafael Luiz Correia da Silva

RESUMO: A guerra é um tema muito discutido desde os primórdios da humanidade até os dias atuais, isto por que ela está presente em todos os séculos, podemos ver como grandes estrategistas de guerra ou mesmo historiadores veem este fenômeno que é extremista por natureza, como afirma Clausewitz “a guerra é um ato de violência destinado a obrigar o inimigo a fazer a nossa vontade” . Podemos notar isto em todas as guerras registradas, desde as do Peloponeso (431 a 404 a.C.) aos conflitos civis que estão acontecendo no Oriente Médio (Guerra Civil na atualidade). Isto com grande influência das multinacionais e Estados ricos que financiam as guerras com o interesse no lucro posterior.
PALAVRAS CHAVES: Guerras, Corrupção, Economia.

A SOCIEDADE PAULISTA DOS ANOS DE 1920: UMA ANÁLISE A PARTIR DA OBRA ORFEU ESTÁTICO NA METRÓPOLE

Denis Henrique Fiuza 

Rodrigo dos Santos 

Resumo: Vários historiadores se dedicaram a estudos e a construção de obras sobre a sociedade e a cultura paulista do século XX. Dentre eles, se encontra Nicolau Sevcenko, autor da obra Orfeu Estático na Metrópole: São Paulo sociedade e cultura nos frementes anos 20. O objetivo desse artigo é realizar uma análise historiográfica da obra de Sevcenko, principalmente de suas investigações sobre os imaginários e mentalidades da sociedade paulista em constantes transformações nos anos 1920. Para tal, elabora-se um esboço de revisão historiográfica e um estudo de caso referente a obra Orfeu Estático na Metrópole. Verificam-se a importância dessa obra tanto na literatura quanto na história, e a contribuição com os conceitos que envolvem a modernidade. A obra Orfeu Estático na Metrópole esmiúça o contexto de explosão da arte moderna e da transformação estrutural da Cidade de São Paulo nos anos 1920, e a partir de fontes exclusivamente literárias, Sevcenko realiza uma extensa análise da produção modernista, e a entrecruza ao cenário de urbanização da cidade, e do desenraizamento e fragmentação no cotidiano dos paulistanos da época.
Palavras-Chave: São Paulo, Modernidade, anos 1920.

PARA ALÉM DO MITO DE ADÃO E EVA NAS AULAS DE HISTÓRIA: A HISTÓRIA DE COMO OS TUPINAMBAS ENTENDIAM A CRIAÇÃO DO UNIVERSO

Carolyne do Monte  

Resumo: Este trabalho apresenta um relato de experiência de uma prática de ensino voltada para o ensino de história que valoriza um ensino multicultural contribuindo com o processo de mudança apontado pela Lei 11.645/2008, realizada em uma escola de ensino básico da cidade do Recife. Sendo assim visamos compartilhar uma experiência vivida em sala de aula e seus resultados, sobre a leitura da obra literária de caráter cosmológico sobre os nativos Tupinambá, Meu destino é ser onça, de Alberto Mussa. Por meio de uma perspectiva inovadora no sentido de adequar conteúdos as realidades dos educandos, desenvolvemos com os educandos a produção de imagens/desenhos a partir da leitura da obra, analisando-as é possível perceber o processo de recepção da mesma, seguindo a ideia de Hans Robert Jauss de que o leitor é protagonista no processo de leitura.
Palavras chaves: Lei 11.645/2008; Tupinamba; Recepção.

A INICIAÇÃO CIENTÍFICA NO ENSINO MÉDIO INTEGRADO: INSTRUMENTO DE INTEGRAÇÃO ENTRE A HISTÓRIA E AS DISCIPLINAS TÉCNICAS

Luis Fernando Tosta Barbato 

Resumo: O presente artigo tem como objetivo analisar a importância da Iniciação Científica como instrumento de integração entre a História e as disciplinas do currículo técnico, dentro dos cursos de Ensino Médio Integrado. Com o avanço dessa modalidade de ensino, alcançada principalmente através da difusão dos Institutos Federais, a partir de 2008, percebemos que há uma necessidade cada vez maior de se integrar de fatos as disciplinas do currículo básico com as disciplinas do currículo técnico, e nesse sentido, observamos a Iniciação Científica como um instrumento eficiente nesse sentido, uma vez que permite o desenvolvimento de pesquisas que trabalhem aspectos históricos e técnicos de maneira integrada, contribuindo assim para a formação que esses cursos almejam a seus alunos.
Palavras-chave: Ensino de História; Ensino Médio Integrado; Iniciação Científica.

A COMISSÃO NACIONAL DE MORAL E CIVISMO E A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Amanda Marques de Carvalho Gondim 

Resumo: O processo de ampliação da rede de ensino público no Brasil entre os anos de 1960 e 1980 atendeu a interesses específicos da conjuntura política e social do país. Um deles foi a produção da identidade nacional a partir da afirmação de verdades instituídas pelo governo. Um dos caminhos para inserir os discursos no meio educacional foi a retomada da Educação Moral e Cívica, pautada em valores morais ligados à religião cristã. Para a sua legitimação, execução e fiscalização foi criado um órgão, a Comissão Nacional de Moral e Civismo (CNMC).
Palavras-chave: Comissão Nacional de Moral e Civismo, Identidade Nacional, Discursos.

HAITI: A PRIMEIRA REPÚBLICA NEGRA DO MUNDO

Leanderson Cristiano Voznei 

Resumo: A República haitiana é fruto da união de povos escravizados que enxergaram na junção de ideias, ideais e forças, a esperança necessária para tentar reverter um destino vil de quase três séculos de domínio europeu. Liberdade, Igualdade e Fraternidade, convicções da Revolução Francesa foram primordiais na revolta e revolução negra haitiana, e culminaram em sangrentas batalhas envolvendo brancos, negros e mulatos. O país conquistou sua liberdade e o título de Primeira República Negra do Mundo, porém, mais de dois séculos depois é possível verificar que os ideais sonhados e que sustentaram a revolta e revolução, não foram alcançados e o país sofreu com bloqueios comerciais, violência, ascensão de gangues criminosas, períodos ditatoriais e de intervenções militares internacionais apoiadas pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Palavras-chave: República Negra. Revolta. Toussaint Louverture.

MEMÓRIAS DE UM CONFLITO: O ÍNDIO NO DIÁLOGO ENTRE O COTIDIANO E O CONTEXTO SOCIAL ENVOLVENTE

Luan Moraes dos Santos

José Adelson Lopes Peixoto

Resumo: Este trabalho tem como principal objetivo descrever fatos rotineiros da comunidade indígena Xukuru-Kariri da Mata da Cafurna (Palmeira dos Índios-AL) em contextos sociais decorrentes do processo de assimilação da cultura dos não índios. Permeia os conceitos de memória e história oral, tendo como fontes metodológicas principais, relatos colhidos durante pesquisa de campo na Aldeia Indígena Mata da Cafurna. Pretende-se analisar de que forma o cotidiano da comunidade indígena vem se relacionando com o desenvolvimento do Município de Palmeira dos Índios. A pesquisa é fundamentada em pressupostos teóricos de Carrara (2003), Le Goff (1994), Peixoto (2011), Silva (2007) e Silva Júnior (2013). Este estudo contribui com a discussão sobre o cotidiano indígena na aldeia frente ao processo de demarcação territorial que tramita na justiça e ocupa o centro das discussões na cidade de Palmeira dos Índios-AL.
Palavras-chave: Etnografia. História. Memória.

A DOCÊNCIA E SUAS IMPLICAÇÕES: UM RELATO DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO SUPERIOR

Ana Luiza de Vasconcelos Marques

Resumo: Este artigo pretende refletir sobre a ação de ensinar, considerando a docência enquanto prática social, sobretudo no que tange aos objetos de ensino e sujeitos envolvidos. Para isso, apresento como ponto de partida um relato de experiência que vise esmiuçar as Diretrizes Psicopedagógicas de uma determinada instituição privada de ensino superior, a fim de evidenciar por meio das metodologias, práticas e fundamentos por ela adotados, os limites e críticas que envolvem os docentes e, consequentemente, os discentes no exercício do ensinar. Desta forma, conclui-se que pensar na formação do professor no Ensino Superior é atentar para a necessidade da criação de políticas públicas e institucionais que possibilitem uma abordagem que, antes de se respaldar no plano mercadológico, valorize o caráter institucional, individual e coletivo da formação. Não obstante, para além do elemento da formação docente, espera-se também que as Instituições de Ensino Superior (IES), em sintonia com a gestão pedagógica e professores do curso, juntos, comprometam-se em prol da construção do conhecimento, seja no âmbito de planejarem as disciplinas, seja na perspectiva de escolher as metodologias ou mesmo na definição dos critérios avaliativos.
Palavras-chave: Relato. Docência. Ensino Superior.

AS MUDANÇAS PARADIGMÁTICAS E AS FILOSOFIAS DA HISTÓRIA

Matheus Mendanha Cruz 

Maytê Regina Vieira 

Resumo: O artigo foi feito sob a orientação da professora mestre Maytê Vieira, dentro das aulas de Teoria da História II, disciplina oferecida pela UEPG – Universidade Estadual de Ponta Grossa. O presente trabalho visa discutir, através de revisão bibliográfica, as mudanças paradigmáticas desde o início do século XVIII até a transição para as Teorias Históricas, buscando evidenciar que o Historicismo e a Escola Metódica trouxeram a História o staus de ciência, rompendo com as Filosofias da História, não desmerecendo o papel desta quanto o desenvolver do pensamento histórico. A bibliografia utilizada foram os textos sugeridos, utilizados em aulas e, também, bibliografia complementar.
Palavras-Chave: Filosofias da História; Mudança de Paradigmas; História como Ciência.

APONTAMENTOS SOBRE A RELAÇÃO ENTRE CINEMA E ENSINO DE HISTÓRIA

Rebecca Carolline Moraes da Silva 

Resumo: Com a abertura da História para novos olhares por meio da revolução documental, os filmes puderam entrar no arsenal de fontes históricas dos historiadores. Os filmes históricos representam o passado, havendo, no entanto, uma tensão entre evidência e representação, tendo em vista que os espectadores podem considerar o que eles dizem sobre o passado como verdade histórica. A necessidade humana de se orientar no tempo está ligada ao conceito de consciência histórica, de maneira que, pelo conhecimento do passado, o ser humano se orienta no tempo e se identifica com seus pares em seu espaço-tempo, podendo assim projetar suas ações futuras de maneira crítica e autônoma. Na Educação Histórica os alunos podem trabalhar como formadores do próprio conhecimento, valorizando sua bagagem cultural. Tendo isto em vista, o cinema pode se agregar aos conhecimentos prévios dos alunos. Nesse sentido, ao utilizar o cinema em sala de aula, o papel do professor é o de problematizador. Para isso, deve realizar observações que os levem a pensar de forma crítica em relação ao filme.
Palavras-chave: Cinema; História; Educação Histórica.

ECOS DA RECLUSÃO: O ENSINO DE HISTÓRIA PARA ADOLESCENTES EM ESPAÇOS DE PRIVAÇÃO DE LIBERDADE

Luciana Mendes dos Santos

Resumo: Este artigo está centrado na experiência do ensino de história para jovens em espaços de privação de liberdade na região da Grande Florianópolis, abordando a situação dos jovens em reclusão, a conjuntura política quanto a questão da maioridade penal e a vivência em sala de aula com os educandos. A experiência é vista a partir dos conceitos de educação abordados por Paulo Freire (1987), das possibilidades da História segundo Walter Benjamin (2005) e das visões de experiência de Jorge Larrosa (2002).
Palavras-chave: reclusão, sistema socioeducativo, ressignificação.

POEMA QUE TECE O PASSADO: CONTRIBUIÇÕES DA LITERATURA PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

João Pedro Pereira Rocha

Resumo: Dentre as discussões que mobilizam os pesquisadores no campo do Ensino de Historia, boa parte está preocupada com as estratégias de ensino e aprendizagem desenvolvidas em sala de aula. Nesse sentido, o presente trabalho faz uma reflexão acerca do uso de poemas nas aulas de História. O caminho trilhado seguiu dois momentos: primeiro, fez-se um estudo sobre alguns escritos do poeta Castro Alves presentes nas obras Os Escravos e Espumas Flutuantes, com o intuito de identificar poemas entendidos como fontes de inspiração em uma determinada época e passíveis de uso nas aulas de História. Em um segundo momento, optou-se pela reunião de alguns textos e reflexão a partir de bibliografia que versa sobre o uso de documentos autênticos nas aulas de História, sobretudo os estudos de Circe Bittencourt (2011) e Selva Guimarães Fonseca (2012). A poesia, como perspectiva para o ensino e aprendizagem de História permite ao professor visualizar o poema como um gênero cultural de uma época, com marcas e registros de seu tempo, elementos possíveis de serem utilizados em sala de aula.
Palavras-chave: Ensino de História. Poesia. Ensino Aprendizagem.

O GRANDE LEVIATÃ: 

Uma breve contextualização do conceito de Estado

José Anastácio Barbosa da Silva 

José Nilson Silva de Oliveira 

Luziano Pereira Mendes de Lima

Resumo:Este trabalho tem como escopo pesquisar o conceito de Estado nos principais teórico-estudiosos da temática. O Estado que é um termo que passa por diversas ressignificações no decorrer da História, compreende várias facetas. E isto, é o que pretendemos demonstrar no transcorrer desta pesquisa, evidenciando os seus principais aspectos, suas funções e caracterizações. Sendo assim, a principal fonte metodológica utilizada nesta pesquisa, se refere à pesquisa bibliográfica, tomando inicialmente como pressupostos teóricos os trabalhos de autores contratualistas como Hobbes, Locke e Rousseau, e ainda autores como Engels, M. Florenzano, Marx, Norberto Bobbio e Rothbard. Almeja-se tentar compreender o Estado através destas bases teóricas, que perpassam o jargão da História, no decorrer do tempo.
Palavras – Chaves: Nação. Poder. Teoria.

IMPERIAL FAZENDA DE SUA MAJESTADE O IMPERADOR: UM ESTUDO SOBRE A ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA NO BRASIL IMPERIAL

João Batista Correa 

Resumo: O objetivo deste artigo é analisar a história administrativa da Imperial Fazenda de Santa Cruz através das gestões administrativas dos administradores e superintendentes que passaram pela fazenda, buscando analisar suas possíveis implicações na estrutura da fazenda e o impacto de suas medidas na população escrava no decorrer do século XIX.
Palavra Chave: Fazenda de Santa Cruz, Escravidão, Jesuítas, Administração.

HUGO DOS REIS E A SOCIEDADE PONTA-GROSSENSE: A ATUAÇÃO DO JORNALISTA NO DIÁRIO DOS CAMPOS 

Isaias Holowate

Dones Claudio Janz Junior

Resumo: O presente artigo faz um estudo da atuação do jornalista Hugo dos Reis na sociedade ponta-grossense entre os anos de 1908 e 1921. Tendo vindo do Rio de Janeiro em 1908, ele atuou em Ponta Grossa junto ao jornal local O Progresso – depois Diário dos Campos -, em diversas funções, sendo redator, diretor e posteriormente, proprietário do jornal. No periódico, promoveu o surgimento de uma classe de colaboradores da publicação, permitindo a presença de uma diversidade de representações sobre a sociedade daquele período.  Na pesquisa utiliza-se como fonte, as publicações dos jornais O Progresso e  Diário dos Campos e entre 1908 e 1921 e embasados pela teoria das Representações do historiador Roger Chartier, analisa-se os sentidos produzidos pelo jornalista sobre o meio social ao qual fez parte, compreendendo que as representações são socialmente construídas e se relacionam com o ambiente social e cultural em que seus signos são produzidos.
Palavras-chave: Representações; Relações sociais; Diário dos Campos.

TRATADOS COM O “DIABO”: ANÁLISE DO INICIO DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL A PARTIR DA DIPLOMACIA NAZISTA | Jean Marcos Bonatto 

Resumo: Os documentos diplomáticos como fonte histórica proporcionam ao historiador diversos caminhos para abordagem da pesquisa, sejam em temas sobre economia, política, cultura ou estudos etnográficos. Este artigo irá analisar a partir de dois fatos da Segunda Guerra Mundial (Anschluss e Anexação da Checoslováquia) como a diplomacia atuou nos diversos fatores que marcaram o inicio do conflito, bem como sua correlação com o teatro das operações, e ainda como tais fatores acabaram por alterar a Geopolítica europeia.
Palavras-chave: Diplomacia, Geopolítica, Segunda Guerra Mundial.

COLONIZAÇÃO BRASILEIRA: ANTECEDENTES, OBJETIVOS E JUSTIFICATIVAS | Brunemberg da Silva Soares e José Adelson Lopes Peixoto

O encontro entre navegantes portugueses e povos ameríndios da região que corresponde ao atual Brasil, no ano de 1500 (suposto descobrimento), foi o marco inicial dos contatos entre duas culturas totalmente diferentes. Sabe-se que, a cultura do povo invasor se sobressaiu à dos povos nativos, por meio da imposição. Contudo, o conquistador, mesmo militarmente superior, preferiu agir cautelosa e estrategicamente, no intuito de criar formas para impor sua dominação, elaborando discursos que serviram para justificar seus propósitos. Em vista disso, o presente texto se propõe a fazer uma análise das proporções e dimensões que esses discursos alcançaram durante os primeiros anos da colonização brasileira, servindo como justificativa para as mais variadas formas de exploração. Este estudo foi pautado em pesquisa bibliográfica sobre cultura nos conceitos de Roque de Barros Laraia, na descrição da nova terra exposta nas cartas de Nóbrega e Anchieta analisadas por Felipe Moreau e sobre o descobrimento em Janote Pires, entre outros. Assim, discutem-se como tais literaturas contribuíram para mudar a tradição indígena, reduzindo a complexidade e a importância dessa cultura projetando uma imagem contrária a real, e que expressou a essência do colonialismo português no Brasil, imagem essa, que ainda hoje, é aceita e reproduzida.
Palavras-chave: Cultura. Discurso. Imposição.

DIVERSIDADE CULTURAL NO ESPAÇO ESCOLAR | Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes

Resumo: Este artigo visa analisar as relações que são estabelecidas nas esferas política, econômica e social com o propósito de se discutir ações que possam privilegiar a construção de um currículo multicultural nos espaços escolares. Neste sentido são realizados apontamentos ao longo de nossa pesquisa sobre ações que possam possibilitar uma educação voltada para a diversidade cultural abalizados na revisão bibliográfica de educadores que se propuseram a discutir o tema e questão.
Palavras-chave: diversidade cultural; currículo; formação docente; contexto escolar.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, 2016.

AUDIOVISUAL, REPRESENTAÇÃO E SOCIEDADE: 

O CINEMA COMO FONTE PARA A HISTÓRIA

Nicolle Taner de Lima 

RESUMO: Neste artigo apresentar-se-á uma breve revisão bibliográfica sobre as possibilidades de abordagem pela História do cinema como fonte. Discutindo a inserção de novas fontes para a historiografia, pretendi relacionar algumas das principais causas que suscitaram durante algum tempo a desconfiança do uso desse tipo de fonte, alguns apontamentos sobre o conceito de representação e como é útil para a análise de audiovisuais e acerca de possibilidades para se compreender a narrativa fílmica como documento.
Palavras-Chave: História, Fontes Históricas, Representação, Cinema

DA TRABALHADORA A ESTUPRADA: UM BREVE APANHADO SOBRE A MULHER TUPINAMBA

Carolyne do Monte De Paula  

Resumo: Refletir sobre as questões de gênero é algo que vai muito além do debate que compreende a relação entre homens e mulheres na sociedade. Refletir sobre gênero é fazer uma reflexão cultural e histórica, pois construções referentes ao feminino diferenciam-se entre as culturas e alteram-se com o passar do tempo. Logo trabalhar com gênero é também eleger um espaço, um tempo e uma cultura. Neste trabalho nos norteamos principalmente pelo aspecto cultural da sociedade tupinambá no que se refere às posições e significações atribuídas à mulher tupinambá. Para isso nos apoiamos em duas principais obras de uma bibliografia especializada nos estudos tupis. Buscando destacar as características e posições da mulher tupinambá nesta cultura.
Palavras- Chave: Gênero; Mulher tupinambá; cultura.

AS CONTRIBUIÇÕES DO ESTUDO DO PATRIMÔNIO PARA A HISTÓRIA LOCAL E PARA O ENSINO DA HISTÓRIA

Maria Doralice Nepomuceno Barbosa 

Genilda Pereira Batista Lima 

Max Lanio Martins Pina 

Resumo: O presente artigo pretende despertar nos professores de História o interesse pela pesquisa da história local, como meio de tornar suas aulas mais ricas e significativas para os adolescentes do ensino fundamental. Considera a importância do conhecimento da História para a formação integral do indivíduo e como a história do município (Porangatu) pode contribuir para a formação da consciência e da identidade cultural. Estabelece uma estreita relação do patrimônio histórico cultural com a formação dos grupos sociais e seu desenvolvimento, mostrando que o patrimônio pode ser tomado como fonte primária para a des/construção desse processo histórico, sobretudo quando não há documentos escritos. Por fim, relata uma experiência de estudo da história local, que teve origem na execução do projeto de extensão universitária – Educação Patrimonial: educar para preservar.
Palavras chave: Ensino de História. História local. Patrimônio cultural.

OS CANDOMBLÉS DE MARACÁS: PECULIARIEDADES DOS TERREIROS E DO POVO DE SANTO NO SERTÃO BAIANO

Ivana Karoline Novaes Machado

Itamar Pereira de Aguiar

Resumo: Este artigo pretende analisar os elementos de cultura presente na religiosidade afro, indígena, brasileira em Maracás-Ba e destacar as peculiaridades de sua formação baseada num contexto histórico, econômico e étnico no sertão da Bahia. Para tanto, recorremos ao método etnográfico utilizado por Clifford Geertz (2014) e à categoria de análise “candomblés do sertão”, criada por Itamar Pereira Aguiar (2012). Além disso, fundamentamos nossa discussão nas obras de Eric Hobsbawm editada em (1997), Pierre Bourdier (1998), Ronaldo Senna (1998), Júlio Braga (2005), Josildeth G. Consorte (2009) e Erivaldo F. Neves (2011), dentre outros, principalmente, dos que escreveram sobre Maracás.
Palavras-chave: Candomblés; Afro-indígena; Sertão.

EXERCÍCIO DOCENTE EM FOCO:

REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA

Giovana Maria Carvalho Martins

Resumo: O presente artigo traz reflexões acerca do ensino de História e o exercício docente, levando em consideração que, hoje, os trabalhos neste campo são voltados para a perspectiva da cognição histórica – ou seja, o ensino-aprendizagem de História não pode ser trabalhado da mesma maneira que se trabalham as outras disciplinas. Assim sendo, a famosa “decoreba”, que muitas vezes caracteriza o ensino da disciplina, não é suficiente na realidade das salas de aula da atualidade, mesmo que muitos professores ainda utilizem dela (cf. DIAS, 2007; SCHMIDT, CAINELLI, 2004). Para que haja uma aprendizagem significativa, é necessário ter em mente que o aluno não é tábula rasa, e sim, agente ativo do conhecimento, trazendo para a escola seus conhecimentos prévios que devem ser levados em conta. Abordamos ainda o cotidiano em sala de aula (RODRIGUES, 2007), bem como aspectos da psicologia da criança e do adolescente (MATHEUS, 2002) e os desafios do fazer-se professor (PAIM, 2006), que são aspectos que permeiam o ensino e a aprendizagem de História.
Palavras-chave: Educação Histórica; Exercício Docente; Sala de aula

TERRAS, ALMAS E ÍNDIOS: O SENTIDO DA EXPANSÃO PORTUGUESA NO SÉCULO XVI

Marcondes Silva da Rocha  

Resumo: Este estudo pretende fazer uma reflexão ao longo do processo histórico sobre o índio brasileiro inserido no sistema colonial implantado no Brasil Colônia do século XVI. Nesse sentido, o referido estudo analisa a ação dos colonizadores e o processo de catequização dos indígenas, procurando apresentar os processos de interação e suas possíveis consequências na vida e na cultura dos povos ameríndios. Para a realização desse estudo se recorrerá a diversos autores, como Filipe Moreau; Darcy Ribeiro; Agostinho Marques; Gilberto Azanha; Virginia Valadão, além de outros teóricos. Portanto, constatou-se que o principal objetivo da catequização indígena era impor o mercantilismo e a fé cristã em detrimento a crença indígena procurando estabelecer a dominação ideológica e, sobretudo, mercadológica.
Palavras-chave:  Índio brasileiro. Colonização. Catequização indígena.

OS DIFERENTES SUJEITOS HISTÓRICOS NA PÓS-MODERNIDADE. EXPERIÊNCIAS NO TEMPO ATRAVÉS DAS PERSPECTIVAS DA HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE

Thalyta Zuchinalli  

Resumo: O presente trabalho reflete sobre a trajetória da escrita da história sob a perspectiva de alguns conceitos e métodos que mudaram ao longo do tempo e, sobretudo, na contemporaneidade, refletindo sobre a influência do modo de produzir determinadas escritas históricas. A maneira de historicizar e de analisar as experiências do sujeito ao longo do tempo foi se modificando e a história pode pensar em ressignificar algumas experiências do passado deslocando-se do presente. Pensando através dessa perspectiva de se  fazer história no tempo presente, as experiências das populações de origem africana foram ponto de partida para ressignificados que ainda precisam ser repensados, ou seja o presente apontou para o passado para reconstrução e ressignificação histórica dessa experiências para o presente e futuro.

Palavras- chave: História do Tempo Presente- Experiências- Populações de origem africana.

A TRAJETÓRIA DA PESQUISA E DO ENSINO DE HISTÓRIA NO BRASIL ATÉ A PRIMEIRA REPÚBLICA

Débora Araújo Fernandes

Resumo:
Este trabalho trata do Ensino de História no Pará durante as primeiras décadas do século XX. É um campo de investigação que aos poucos começa a ser valorizado, pois coloca o ensino da História como centro das preocupações dos intelectuais da área. Sabe-se que durante muito tempo, talvez desde o reconhecimento da história como disciplina no século XIX, os profissionais da área se preocuparam muito mais com a metodologia da pesquisa em História e sobre os pressupostos que fundamentam essa “ciência” do que propriamente com a “didática da História”. Assim, em todas as “correntes históricas” as perguntas que orientaram os historiadores são: o que é história? Quais são seus métodos, procedimentos e fundamentos? Percebe-se, porém, que aos poucos a dicotomia entre ensino e pesquisa foi sendo rompida e os historiadores começaram a se perguntar, para que ensinar História? Este texto se propõe a analisar a trajetória da História como disciplina escolar no Brasil na Primeira República (1888-1930), desvelando papel das instituições oficiais de pesquisa em História, em especial, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) e o Instituto Histórico e Geográfico Paraense (IHGP), no direcionamento do ensino da História.
PALAVRAS-CHAVES: ensino de História; historiografia escolar; Primeira República.

ENTRE A HISTÓRIA E A LITERATURA: AS MEMÓRIAS HISTÓRICAS DE ANTÔNIO VIEIRA DOS SANTOS (1850/51)

João Elter Borges Miranda 

Rodrigo de Mello Ackler 

Resumo:
Antônio Vieira dos Santos nasceu na cidade portuguesa do Porto, em 1784, e faleceu na vila de Morretes, na Província do Paraná, em 1854. Em suas memórias históricas, ele discorre sobre a flora, a fauna, demonstra interesse sobre as diversas culturas dos povos que viviam na região litorânea da província, sobre a vida dos povos indígenas, a dos europeus que ali se instalaram, entre outros temas. A obra apresenta assim diversos dados e informações, tornando-se um documento importante para a história do Paraná. Partindo do pressuposto – definido por Hartog – de que diferentes regimes de historicidade perpassam uma mesma obra, analisaremos as memórias de Vieira dos Santos presentes no Memória histórica, chronologica, topográfica e descritiva da cidade de Paranaguá e seu município (1850/51). À luz da discussão de Certeau sobre a operação historiográfica, objetivamos compreender o conceito de história que orientou a sua escrita da história. Queremos vislumbrar o que Vieira dos Santos compreendia por história; qual era o seu lugar social; qual era o seu objeto de estudo e o período tratado; para quem se dirigia a sua obra e quais eram os seus objetivos ao escrever esse livro.
Palavras-chave: Antônio Vieira dos Santos; Historiografia; Paraná.

DELICADEZA E VIRILIDADE NO FRONT: REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO EM CARTÕES-POSTAIS FRANCESES NO CONTEXTO DA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL (1914-1918)  

Ana Regina Praxedes Fernandes  

Resumo:
A Primeira Guerra Mundial (1914-1918) foi palco de conflitos que estenderam-se das unidades de poder institucionalizadas até o campo das ideias e representações, construídas mediante o diálogo entre a realidade vivida e a realidade pensada. Essas representações não são discursos neutros e nem a verdade única acerca do passado, visto que estão submetidas às intencionalidades da conjuntura em que foram construídas. Também configuram-se como um campo de disputa a partir da seleção do que será falado/lembrado e do que será silenciado/esquecido. No entanto, essas representações são valiosas vias de acesso aos diferentes modos de pensar, sentir e agir no mundo. Neste sentido, os discursos de gênero, sendo estes a construção sociocultural variável das categorias feminino e masculino, deram-se através dos embates entre permanências e rupturas em função de uma nova caracterização dos papéis e posições sociais assumidas por homens e mulheres. Sendo assim, o presente estudo tem como propósito a análise iconográfica e iconológica de representações imagéticas veiculadas em cartões-postais franceses no referido contexto. Objetiva-se compreender a construção social dos discursos de gênero expostas por intermédio da comunicação não-verbal.
Palavras-chave: Cartões-Postais; Representações; Gênero.

CONTRIBUIÇÕES DA PRIMEIRA EXPEDIÇÃO MARÍTIMA DE VASCO DA GAMA PARA PORTUGAL

Ana Flávia Crispim Lima

Resumo:
Com a queda dos bens produzidos na zona rural no século XV, o mercado interno europeu passou por sérias complicações econômicas. Para evitar gastos com negociações de mercadorias vindas do Oriente, os europeus precisavam procurar rotas alternativas para encontrar o caminho até as Índias. Esta pesquisa reúne algumas reflexões acerca da primeira expedição de Vasco da Gama, durante o reinado do rei Manuel I de Portugal, onde os portugueses chegaram à Calicute em 1498. Especificamente, apresentaremos uma análise do “Diário de Viagem de Vasco da Gama”, que foi escrito por Álvaro Velho que estava a bordo da navegação. Este feito foi importante para Portugal conseguir criar uma nova rota comercial.
Palavras-chave: Expansão Marítima; Vasco da Gama; Álvaro Velho.

O ESPORTE NA SOCIEDADE: MUTUALISMO SOCIAL, CULTURAL E ECONÔMICO

Naton Joly Botogoske

Isaias Holowate

Resumo:
Neste artigo, analisamos a estruturação entre o esporte e a sociedade, buscando compreender através de uma reflexão histórico-sociológico as relações e os deslocamentos entre o esporte e a sua disciplinarização na sociedade atual. Partindo do pressuposto que as práticas esportivas possuem uma intrínseca relação com os valores da sociedade em que são produzidas, compreendemos que tais atividades, sejam individuais, ou coletivas, caracterizam-se por uma relação, que produz e reproduz essas práticas culturais, sejam a partir do jogo lúdico ou do esporte profissionalizado. Na pesquisa, apontamos que na sociedade pós moderna, o esporte profissional se tornou cada vez mais, uma ferramenta mercantilizada que promove o estímulo de determinados valores e atua uma ferramenta panóptica de controle do indivíduo, “prendendo-o” na sua posição social.
Palavras-chave: Corpo; Esporte; Mercantilização; Sociedade.

MEU AMIGO CLÁUDIA

Resenha

Áthyla Caetano

O CAMPO POLÍTICO: AS DISPUTAS PELA LIDERANÇA DO PARTIDO REPUBLICANO FEDERAL NO AMAZONAS EM 1910 

Daniel R. Lima 

A presente pesquisa tem como tema: O campo político: as disputas pela liderança do Partido Republicano Federal no Amazonas em 1910. O objetivo geral que se pretende alcançar com o estudo da presente pesquisa é: compreender as disputas pela liderança do Partido Republicano Federal no Amazonas em 1910, em que se utilizara a perspectiva teórica de campo político de Pierre Bourdieu. Pode-se elencar alguns dos periódicos que consultou-se em nossa pesquisa como: Correio do Purus, Correio do Norte, Diário do Amazonas, A Notícia e Folha do Amazonas (estes com circulação e funcionamento no Amazonas), estes jornais nos ajudam a visualizar a disputas políticas em torno da liderança do Partido Republicano Federal no Amazonas, pois os mesmos, funcionavam como órgãos propagadores de representação de visão social do mundo dos grupos antagônicos. Entende-se que muito há para pesquisar sobre a temática que de forma breve foi apresentada nestas páginas. Onde a leitura e análise crítica das fontes, em especial os jornais que circularam no período em questão, nos permitem compreender as disputas acirradas em torno dos cargos de liderança na política amazonense, e dessa forma, levar ao conhecimento acontecimentos tão importantes da História Política do Amazonas na primeira década do século XX.
PALAVRAS-CHAVE: Partido Republicano Federal no Amazonas. Representação de visão social do mundo. Liderança e disputas. Antonio Bittencourt. Silvério Nery.

GLOBALIZAÇÃO E CULTURA: ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A FRAGMENTAÇÃO IDENTITÁRIA DO SUJEITO PÓS-MODERNO

Wesley dos Santos Lima 

RESUMO: Este artigo visa discutir algumas concepções que se referem ao processo da globalização no âmbito de uma sociedade pós-moderna, a discussão perpassará a cultura, as tecnologias emergentes e a identidade do sujeito pós-moderno. Desse modo a problematização do conceito de globalização, aldeia global, sociedade líquida e identidade cultural terá um grande foco para compreender as modificações advindas do processo da globalização. Portanto o principal ponto será discutir as relações globalizadas e as transformações que esse evento causou, questionando se é possível manter a identidade cultural nesse mundo globalizado, onde tudo se tornou instantâneo.
Palavras-chaves: Globalização – Cultura – Identidade

HAITI:DA INDEPENDÊNCIA À DEPENDÊNCIA DUVALIER

Leanderson Cristiano Voznei

RESUMO: O Haiti conquistou sua independência após quase três séculos de domínio europeu, fruto da união dos escravos, que organizados se revoltaram e deram início a revolta de São Domingos (1791-1804), em plena Revolução Francesa (1789-1799), que instigou o mundo com seus ideais de Igualdade, Liberdade e Fraternidade. A situação do país nunca foi das melhores, mas piorou a partir de 1957 quando teve início a “Dinastia Duvalier”, considerado o pior e mais cruel regime ditatorial do Haiti. Atualmente, já se passaram mais de dois séculos desde sua independência e o país ainda sofre com a miséria, doenças, descaso político e esquecimento mundial e se vê obrigado a sobreviver com as migalhas das elites branca e mulata que se afirmaram no poder após sucessivos golpes de estado.
Palavras-chave: Revolução Francesa, Dinastia, Independência.

CARA DE ÍNDIO: DIFERENTES VISÕES SOBRE OS XUKURU-KARIRI EM PALMEIRA DOS ÍNDIOS

Brunemberg da Silva Soares

José Adelson Lopes Peixoto

RESUMO: O objetivo deste trabalho é realiza rum estudo das diferentes visões e concepções imagéticas sobre os Xucuru-Kariri do município de Palmeira dos Índios, analisando a utilização da imagem de um índio “exótico” como atrativo comercial e turístico, ligado diretamente com a fundação da cidade, ou seja, fazendo referência aos índios do “passado”, em contraste com a negação dos índios de hoje, bem como discutir sobre a visão que a população não-indígena tem a respeito dos índios. Ainda, propõe-se fazer um estudo das peças indígenas expostas no Museu Xucuru e da estatuária existente em espaços públicos; como continuidades do imaginário local em relação aos Xucuru-Kariri. Este trabalho será feito a partir de pesquisa de campo, baseada em entrevistas com moradores da cidade e índios Xucuru-Kariri (aldeados e desaldeados), Fundamentada em pressupostos teóricos como os de Laraia, Cancline, Oliveira, Peixoto, Martins, Silva Júnior, Ribeiro, Da Matta, Barros e Silva, que norteiam o percurso teórico e embasam o diálogo com o trabalho de campo sobre a imagem que se tem dos índios pesquisados no município.
Palavras-chaves: Estereótipos. Imagem. Índio.

UMA INVASÃO ORIENTAL EM PLENO BRASIL COLONIAL: ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE AS CHINESICES SÍNICAS EM TERRITÓRIO MINEIRO 

Kamila Czepula 

Resumo: As reflexões a seguir apresentam de maneira breve o que se entende teoricamente por chinesices, sua origem, sua base temporal-estilística. Diante deste contexto, será discutido a presença desse gênero na ornamentação sacra da Capitania de Minas Gerais, e os elementos que configuram uma chinesice como sendo sínica.

Palavras-chave: Chinesice, Igrejas católicas, Minas Gerais.

CARTOGRAFIAS LITERÁRIAS NA LISBOA DO SÉCULO XIX 

Luciana Marino do Nascimento

Resumo: A urbanização e a invenção da cidade moderna exerceram grande fascinação nos literatos, originando novas sociabilidades, pois a urbe tornou-se um espaço intenso, conflituoso e contraditório. Walter Benjamin (1994), ao estudar a modernidade literária de Baudelaire, nos afirma que a cidade emerge nas páginas dos livros, revistas e jornais, ensejando a voga da literatura panorâmica e, dessa forma, as cidades passaram a ser imortalizadas pela pena dos escritores: Charles Baudelaire inventa a Paris do século XIX, Dickens cria a sua Londres e Buenos Aires é escrita por Borges, o Rio de Janeiro é encenado na literatura de Machado de Assis, João do Rio e Lima Barreto e Lisboa é lida e escrita por Julio Cesar Machado, Eça de Queiroz, Cesário Verde, Fialho de Almeida, entre outros. Neste trabalho, pretende-se tecer algumas considerações acerca das representações da cidade de Lisboa na obra de Julio Cesar Machado, A Vida em Lisboa – Romance Contemporâneo, buscando evidenciar o espaço urbano (urbe) a partir de diferentes aspectos, tais como: o cotidiano, o lazer, o advento dos equipamentos modernos e como essas mudanças foram captadas pela literatura.
Palavras-chave: Literatura Portuguesa; século XIX; modernidade; cidade.

A COPA DO MUNDO FOI NOSSA? FUTEBOL E POLÍTICA NA VISÃO CINEMATOGRÁFICA DURANTE OS ANOS DE CHUMBO: “PRA FRENTE BRASIL”  X  “O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS”

Aristides Leo Pardo 

RESUMO: O presente trabalho busca sob o prisma da relação Cinema-História analisar o vínculo existente entre o futebol e a política no Brasil, especialmente no período da Ditadura Militar (1964-1985), relação esta, que teve como ponto alto, a conquista do Tri-Campeonato vencido pela Seleção Brasileira na Copa do Mundo realizada em 1970, no México, na qual ostentava uma geração de grandes jogadores que encantava o mundo com sua forma de jogar. Tendo por base as obras fílmicas “Pra frente Brasil” (1982), de Roberto Farias e “O ano em que meus pais saíram de férias” (2006), de Cao Hamburger, verificamos que embora divergentes nas representações, e separadas por mais de duas décadas, se complementam e retratam o momento vivido no país nos primeiros anos da fase que ficaria conhecida na história como “Anos de Chumbo”, os mais brutais do regime militar, representado pelos generais “Linha Dura” que presidiram a nação, Ernesto Geisel (1907-1996) e Emílio Garrastazu Médici (1905-1985). Apesar do clima de terror, a euforia causada pelo Tri-Campeonato e o “Milagre Econômico”, que forjava um crescimento à custa do endividamento do país, tomava conta da população, incluindo ai, os donos do poder, que capitalizaram enorme popularidade com a conquista do mundial, enquanto famílias eram destruídas pela ação do governo militar que cassava, torturava e matava sem piedade seus opositores e críticos, produzindo assim, feridas até hoje não cicatrizadas, o futebol continuou a representar a força e a identidade do povo brasileiro.
PALAVRAS-CHAVE: Cinema. História. Futebol. Ditadura Militar

A RELEVÂNCIA DA HISTÓRIA AMBIENTAL:

O CASO DOS INDÍGENAS NA PROVÍNCIA DO PARANÁ

Cristiane Brand de Paula Gouveia Pasini 

RESUMO: Considerando a necessidade de a história produzir discussões relevantes para a sociedade a partir das reflexões que faz sobre o passado, o presente texto tem o intuito de levantar questões que dizem respeito ao uso do saber produzido pela historiografia, a fim de produzir inquietações na sociedade, que possam produzir mudanças reais e necessárias. Assim, o tema da história ambiental, aliada à reflexão sobre a construção de uma imagem estereotipada do indígena no Brasil do oitocentos, nos permite compreender a função social da história e sua responsabilidade de promover a desconstrução dessas imagens distorcidas que chegaram até o século XXI.
PALAVRAS-CHAVE: História ambiental; Indígenas; Século XIX.

O LUPANAR E OS AVESSOS DA BELLE ÉPOQUE: UM OLHAR SOBRE A PROSTITUTA JUDAICA NO RIO DE JANEIRO NA CRÔNICA DE FERREIRA DA ROSA

Gabriel das Chagas Alves Pereira de Souza

Lorena Bordallo da Rocha Ferreira

Luciana Nascimento 

Resumo: As cidades, sejam elas reais ou imaginárias, são constituídas por seus mapas textuais, nos quais estão contidas suas histórias e suas personagens. Esses elementos foram captados pelos mais diversos discursos, dentre eles, o literário. Em relação ao crescimento dessas cidades, a imprensa tornou-se um importante instrumento de difusão da literatura em fins do século XIX/início do século XX, tendo sido a responsável por construir a imagem da nação, conforme os postulados de Benedict Anderson (2008). Naquele cenário, a crônica foi um gênero de grande importância, fruto da modernidade, “filha do jornal”, ou seja, uma narrativa urbana por excelência. Dentro desse contexto, este artigo tem por objetivo lançar um olhar acerca da presença da prostituição judaica no Rio de Janeiro da Belle Époque através da análise das crônicas de Francisco Ferreira da Rosa, publicadas no Jornal O Paiz, em 1895-1896, sob o título de A Podridão do Vício. Ademais, o estudo das crônicas de Ferreira da Rosa será articulado aos textos historiográficos sobre o tema, tais como: SOARES (1992); MEDEIROS (1992); ENGEL (1989), o que nos permite desvelar véus que muitas vezes encobriram as polacas. Dessa forma, é possível fazer com que a história de um grupo de “vencidos”, usando o termo de BENJAMIM (1985), possa brilhar por instantes, ainda que fugidios.
Palavras-chave: Cidade, crônica, mulher.

PODER, JUSTIÇA E PUNIÇÃO: REFLEXÕES SOBRE JUSTIÇA NA AMÉRICA ESPANHOLA NOS SÉCULOS XVII E XVIII

Denis Henrique Fiuza 

Rodrigo dos Santos 

Resumo: A América latina colonial foi palco de inúmeras relações sociais diversificadas, que se iniciaram com um choque causado pelo contato entre sociedades nativas e europeia. Essas relações foram conflituosas, de um lado os europeus, com sua ganância por riquezas e poder, entre eles, os religiosos em busca de novas almas, e de outro lado, os povos nativos, com sua cultura, com suas crenças, com sua organização política. Nesse contexto, os colonizadores europeus construíram um sistema de justiça e de punição em suas colônias para controlar e disciplinar a sociedade. O objetivo desse trabalho é analisar alguns aspectos da prática de poder, de justiça e de punição na América Latina colonial, tendo como objeto algumas obras historiográficas que refletiram sobre os poderes locais e a justiça no período colonial no século XVII. Especificamente analisamos duas obras de Antonio Manuel Hespanha (2006; 2001) e duas de Rafael Ruiz (2001; 2010).
Palavras chave: América Latina, Antigo Regime, Justiça, Crime.

 

“DO CANDEEIRO ÀS REDES ELÉTRICAS”: A ENERGIZAÇÃO DOS ESPAÇOS URBANOS JUAZEIRENSES E A EMPRESA ELÉTRICA PADRE CÍCERO (1945-1961)

Assis Daniel Gomes 

RESUMO: Neste artigo, analisamos os discursos dos poderes públicos juazeirenses forjados para fortalecer e legitimar seus propósitos de intervenção na produção e distribuição de energia elétrica em Juazeiro do Norte entre 1945 e 1961. Para isso, verificamos os conflitos insurgidos entre os interesses públicos e privados na localidade depois da Segunda Guerra Mundial. Com a criação da Companhia Hidroelétrica de São Francisco (CHESF) (1945) se construiu uma expectativa do Cariri cearense ser atingido pela energia produzida por essa empresa e, consequentemente, a terra do Padre Cícero também seria contemplada. Contudo, antes disso, a Prefeitura de Juazeiro do Norte necessitava empreender medidas urgentes para manter a sua empresa elétrica a fim de abastecer seus espaços urbanos de luz e força. Enfim, para os poderes públicos juazeirenses, comprar essa empresa era conectar a imagem de gestão de seus prefeitos e de sua cidade ao signo da modernidade.
PALAVRAS-CHAVE: energia elétrica, modernização, cidade.

INTELECTUAIS BOÊMIOS E DISCURSO OFICIAL:

UM CONFRONTO DE NARRATIVAS NOS PRIMÓRDIOS DA REPÚBLICA BRASILEIRA

João Elter Borges Miranda 

Resumo: O presente trabalho objetiva traçar reflexões a respeito do confronto de narrativas que se formou ao longo da Primeira República no Brasil, entre os intelectuais boêmios e o discurso oficial perpetrado pelo Estado brasileiro. Refletiremos, pois, sobre a intelectualidade boêmia, os espaços de sociabilidade em que viviam e brevemente sobre a sua luta contra o discurso oficial que legitimava as ações governamentais. No início do século XX o centro da vida intelectual e boêmia no Rio são os seus cafés, sempre envolvidos numa rica vida cultural e artística, agitada cotidianamente – para o temor das autoridades oficiais – com muita intelectualidade e boêmia. Os intelectuais boêmios criavam com uma incrível capacidade criativa e artística textos literários, música popular, teatro de revista e carnaval, entre outros, retratando com muita ironia e humor satírico a sociedade brasileira, o governo e qualquer um que opusessem aos seus ideais.
Palavras-chave: Discurso; Intelectuais boêmios; Primeira República.

AS VIOLÊNCIAS OCULTAS E A CORDIALIDADE BRASILEIRA: O HOMEM CORDIAL DE SÉRGIO BUARQUE DE HOLANDA E O FILME QUE HORAS ELA VOLTA?

Luis Fernando Tosta Barbato

Estefany Amorim Viana de Castro

Yasmin Amorim Viana de Castro

Mateus Henriques Patrício

Resumo: O presente artigo traz uma análise do filme Que horas dela volta?, de Anna Muylaert a partir do conceito de cordialidade, proposto pelo historiador Sérgio Buarque de Holanda em seu livro Raízes do Brasil. A partir da análise do filme, temos como objetivo mostrar que o conceito de cordialidade defendido por Holanda, marcante no caráter nacional brasileiro, e que, apesar de aparentemente ser positivo, serve para ocultar uma série de violências, pode ser evidenciado no filme. Desta maneira, a partir da análise conjunta das obras, pretendemos mostrar que a obra de Sérgio Buarque de Holanda ainda se mostra como muito relevante para entendermos os problemas sociais da atualidade.
Palavras-chave: Historiografia brasileira; Cinema Brasileiro; Sociedade Brasileira.

A REPRESENTATIVIDADE DOS NEGROS NO LIVRO DIDÁTICO DE HISTÓRIA: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA E ESTUDO COMPARATIVO

Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes 

Resumo: O presente artigo busca analisar de que forma o livro didático de História vem se posicionando em relação a história dos negros. Neste sentido procura-se identificar se a abordagem realizada sobre a história da África e da comunidade negra nos livros didáticos de História, colaborou para a desconstrução ou reafirmou o preconceito racial disseminado ao longo da historiografia brasileira. Para esse estudo foi necessária uma revisão bibliográfica de autores que se debruçaram sobre o tema em questão para que se pudesse colocar o referido assunto em discussão.
Palavras-chave: livro didático; história; representatividade dos negros; revisão bibliográfica.

GUERRA DO CONTESTADO: UMA ANÁLISE DA VILA DE CANOINHAS (1914-1917) 

Soeli Regina  Lima

Eloy  Tonon

Resumo: Este trabalho teve como foco de estudo a vila de Canoinhas-SC (1912-1917), buscando compreender a influência dos ataques sofridos, da proximidade dos redutos e do processo de rendição, ocorridos durante a Guerra do Contestado, no desenvolvimento local. O trabalho teve como fontes primárias: Livro de Tombo da Paróquia Santa Cruz de Canoinhas, relatórios militares, correspondências do governo.  Constatou-se que as estratégias de luta e resistência vividas por sertanejos rebelados e por moradores locais, somadas às medidas governamentais e militares, adotadas no processo de rendição, deixaram suas marcas nos aspectos de desenvolvimento econômico e relações socioculturais locais.
Palavras-chave: ataque sertanejo; vila de Canoinhas; rendição.

HISTÓRIA DO TEMPO PRESENTE E OS REGIMES DE HISTORICIDADE

Bruno Ramos Rodrigues 

Resumo: Este artigo tem por objetivo apresentar reflexões teóricas acerca da História do Tempo Presente, dissertando sobre as suas especificidades, bem como uma discussão pautada no tempo histórico, a partir do conceito de Regime de Historicidade. A problemática apresentada neste escrito utiliza da produção acadêmica de alguns historiadores e historiadores que, de maneira instigante e buscando ampliar a discussão, dissertam sobre o tema proposto, sendo iniciado com as possibilidades desta perspectiva histórica que se aporta em um passado recente e, por segundo momento, um debate sobre as relações com o tempo histórico que influenciaram diretamente no campo científico da história.
Palavras-chave: História do Tempo Presente, Teoria da História, Regime de Historicidade

POSTAIS DE FAMÍLIA DO FOTO BIANCHI: ANÁLISE DOS USOS DAS FOTOGRAFIAS DO ACERVO CASA DO DIVINO (1920-1930)

Luciana do Rocio Ramos 

Jessica Caroline de Oliveira 

Zuleide Maria Matulle   

Resumo: O diálogo entre história e fotografia tem ampliado os campos de pesquisas, possibilitando assim, investigar temas que, em virtude de uma historiografia tradicional, foram ignorados ou pouco abordados pelas ciências sociais e humanas. Nesta acepção, este trabalho objetiva discutir a relação entre história e fotografia a partir dos postais realizados pelo Estúdio Foto Bianchi, os quais, hoje fazem parte do Acervo Casa do Divino, localizado na Casa de Memória, em Ponta Grossa. Através da seleção dos materiais a serem analisados, temos a possibilidade de problematizar e contextualizar os elementos que compõe visualmente suas representações de arranjos familiares, considerando diferentes questões relacionadas à produção fotográfica. Além disso, outro aspecto que está intimamente ligado a estas fotografias é o sentido religioso atribuído à elas. Isso se dá pelo fato de se tratarem de ex-votos, objetos de oferecimento, promessas ou agradecimento por graças concedidas pelo Divino Espírito Santo, conforme podemos observar nos versos das fotografias, onde há registros escritos deixados pelas pessoas como um ato de fé e esperança. Neste sentido, família e religiosidade serão os eixos centrais para pensar as representações presentes nos postais do Foto Bianchi, tendo como recorte temporal o período de 1920 e 1930.

Palavras-chave: Foto Bianchi; Postais de Família; Religiosidade; Casa do Divino.

O SANEAMENTO URBANO NA IMPRENSA DA “CAPITAL DO CARVÃO”: IMAGENS E REPRESENTAÇÕES EM TORNO DA ÁGUA CANALIZADA EM CRICIÚMA/SC (1955-1970)

Adriana Fraga Vieira  

Resumo: Uma nova forma de ver as águas da cidade emergiu nos discursos oficiais e nas crônicas da impressa na década de 1960. As águas do espaço urbano começaram a incomodar o poder público quando deixa em evidência a fragilidade do serviço na cidade ou quando se opõe a construção de uma cidade idealizada. Este artigo discute como a implantação da água canalizada em Criciúma/SC foi sendo alvo de discursos e práticas em diferentes momentos da história da cidade. Destacam-se as principais intervenções feitas pelo poder público e a luta pela apropriação desse melhoramento entre os diversos agentes sociais, como também a cidade idealizada pelos articulistas da imprensa, elites políticas e econômicas, e as tentativas de viabilização desta cidade sonhada, limpa, saneada e dotada de moderna tecnologia. O artigo também pretendeu dar visibilidade ao relacionamento da população com esses equipamentos, percebendo como é que eles foram historicamente implantados e, assim, revelando diferenças sociais e diversas concepções de cidade.
Palavras-Chave: Melhoramento Urbano. Representações Urbanas. Modernidade.

PORTO DA FOLHA: UMA INVESTIGAÇÃO DESCRITIVA E HISTÓRICO-GEOGRÁFICA 

Marquessuel Dantas de Souza 

Resumo: O presente texto apresenta de forma sucinta um estudo histórico-geográfico sobre Porto da Folha-SE e sobre o sertão no baixo São Francisco em Sergipe. Busca apontar alguns aspectos da época da colonização e do período imperial com o propósito em mostrar a importância de Porto da Folha no contexto histórico e geográfico de Sergipe d’El Rei e do Brasil. Ao traçar ou cruzar as informações de outrora com as mais recentes o texto possibilita uma espécie de contribuição para a história de Sergipe, da sede do município e para a região estudada. Investigar a historiografia e a geografia regional de Porto da Folha-SE dando ênfase a conhecer a cultura do povo local buscando compreender o significado do lugar estudado.
Palavras-chave: Porto da Folha; História; Geografia.

ENTRE O LOCAL E O MUNDIAL: AS REPRESENTAÇÕES SOBRE A EUGENIA EM PONTA GROSSA E SUAS RELAÇÕES COM OS DISCURSOS NACIONAL E INTERNACIONAL, 1910 – 1921

Isaias Holowate 

Resumo: A eugenia foi um movimento científico e social surgido na Inglaterra, na segunda metade do século XIX, que tinha como objetivo o aprimoramento da espécie humana. Contudo, ao ser apropriada por pensadores de diversas regiões do mundo, ela foi ressignificada para atender às demandas locais. No Brasil, os discursos sobre a eugenia estiveram presentes, sendo seus pressupostos empregados objetivando-se explicar o pretenso atraso brasileiro em relação às nações percebidas como mais desenvolvidas. Também na cidade de Ponta Grossa, no Paraná, que nesta época passava por um período agitado política e culturalmente, existiram representações sobre a eugenia, sendo ela utilizada de forma a atender às necessidades de uma burguesia recém-ascendida ao poder. Com o objetivo de estudar a produção de representações sobre a eugenia na sociedade ponta-grossense, o estudo parte dos pressupostos da História das Representações e utiliza como fonte as publicações do jornal local Diário dos Campos, entre os anos de 1910 e 1921. A pesquisa é conduzida por meio de um levantamento dos discursos sobre a eugenia na sociedade ponta-grossense, analisando suas representações e relações com o movimento eugenista nacional e internacional.
Palavras-Chave: Diário dos Campos. Eugenia. História Cultural. Representações.

O PASSADO COMO PAUTA: CULTURA HISTÓRICA NA REVISTA A DIVULGAÇÃO (1947-1954)

Gilvana de Fátima Figueiredo Gomes 

Resumo: O artigo investiga um conjunto de textos dedicados a narrar o passado, publicados no periódico paranaense A Divulgação. Trata-se de um corpus documental que, embora não comprometido com os protocolos científicos de pesquisa histórica, interpelava o passado com o fito de estabelecer uma versão verídica dos eventos relatados. A análise proposta opera a partir da noção conceitual de cultura histórica e toma como objeto as interpretações dos eventos pregressos, produzidas e publicadas na revista. A conjuntura do período, as relações do impresso com o movimento paranista, os vínculos institucionais dos responsáveis pelas narrativas históricas, bem como, os temas privilegiados naquelas páginas indicam uma dupla representação do passado: um período de ações grandiosas que deveria servir como orientação para os contemporâneos e um tempo em vias de ser destruído pela marcha do progresso.

Palavras-chave: Cultura histórica; História paranaense; Imprensa e intelectuais; Paranismo.

JÚLIO DE PAULA E OS VAPORES: A INFLUÊNCIA DESSE PERSONAGEM NO DESENVOLVIMENTO DA NAVEGAÇÃO NO RIO IGUAÇU (1893-1905)

Elois Alexandre de Paula 

 

Resumo: Este trabalho faz uma análise histórica de Júlio de Paula, antepassado de nossa família e que teve uma relação direta com o primeiro ciclo da navegação a vapor entre os anos de 1890 e 1910. A sua e a sua História com relação aos vapores era comentado entre a nossa família, práticas da história oral que se seguia de geração a geração. Porém ainda faltavam muitas provas ou evidencias para chegar a uma exatidão desses relatos.  Mas durante os últimos meses de 2016, encontramos importantes fontes que relacionavam Júlio de Paula e a navegação. Antes se comentava que Júlio era um “artífice” responsável pela manutenção ou montagem dos vapores, mas as fontes comprovaram que Júlio de Paula era proprietário de dois vapores que navegavam no Rio Iguaçu, o vapor “Brasil” e o  “Cruzeiro”. As fontes encontradas datadas entre os anos de 1900 e 1910 e deram um novo direcionamento histórico sobre a História de Júlio de Paula. A obra “Vapores” de Arnaldo Bach (2006) também contribuiu para o desenvolvimento desse trabalho.  Este é ainda um trabalho inicial e o primeiro passo na tentativa de reconstruir a trajetória Histórica de Júlio de Paula e a sua relação com os vapores.

Palavras Chave: Júlio de Paula, Navegação, Vapores

A EDUCAÇÃO E O “MUNDO DA CRIANÇA”: INTERFACES ENTRE ESCOLA, GÊNERO E SEXUALIDADE

Georgiane Garabely Heil Vázquez 

Resumo:  Este artigo tem por objetivo debater acerca  das interconexões possíveis entre a categoria analítica de gênero e o espaço escolar. Neste sentido, a discussão aqui problematizada abarca um debate conceitual sobre  gênero bem como a analise do espaço escolar destacando a educação infantil. Acredita-se que neste primeiro momento da educação formal de crianças existe uma pluralidade de representações e práticas vinculadas a categoria analítica de gênero. Tais representações   acabam por influenciar ou até mesmo moldar parte dos sujeitos que, desde a primeira infância, são induzidos a se comportar desta ou daquela maneira, dependendo dos papéis de gênero que são atribuídos a seus sexos.

Palavras- Chaves: gênero, criança, escola.

A IMPORTÂNCIA DAS FERRAMENTAS ANALÍTICAS ‘INTERSSECIONAL’ E ‘INTERRELACIONAL’ NA ELABORAÇÃO DE ESTUDOS DE HISTÓRIA E DE GÊNERO

Talita Gonçalves Medeiros  

Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski  

RESUMO: Ao propor sexo e gênero como elementos não dissociáveis e que, uma vez formados pela linguagem alcançam o poder de representação, Judith Butler em sua obra ‘Problemas de Gênero: feminismo e subversão da identidade’ de 2003 propõe uma reflexão contundente sobre a categoria de análise Gênero. Alicerçada em uma perspectiva pós estruturalista, a teórica abre um campo de análise e de reflexões inerentes a essa teoria. Da mesma forma, os estudos sobre as relações de poder e de subjetividades permitem uma abordagem cada vez mais ampla de estudos e reflexões sobre essa categoria de análise.  Compreender as interssecionalidades que cruzam esses dois estudos é refletir sobre a importância de seus debates pela academia e como seu poder de alcance pode auxiliar na execução de ações afirmativas de combate a violência contra as mulheres, por exemplo. Assim sendo, o presente artigo possui como objetivo compreender como a teoria de Judith Butler e os estudos de relações de poder e subjetividades podem dialogar e fomentar propostas de combate a violência contra as mulheres. Embasada pelos estudos feministas e pós estruturalistas, a escrita possui como proposta contribuir e ampliar os debates acerca das muitas violências sofridas pelas mulheres.

Palavras chave: pós-estruturalismo, combate à violência contra mulheres, estudos feministas

CASAMENTO POR AMOR: UMA ANÁLISE DA OBRA ‘ORGULHO E PRECONCEITO’ DE JANE AUSTEN

Morgana Lourenço

Resumo: O tema casamento é um assunto de grande importância na obra de Jane Austen, pois esse era também um assunto importante na sociedade em que ela vivia. O casamento, o amor, e o dinheiro eram coisas que preocupavam as mulheres da sociedade inglesa dos séculos XVIII e XIX. O amor também era algo que se apresentava em alguns romances da época, e que faziam moças em idade de se casar sonhar com ele. O problema é que nem sempre era possível unir essas duas coisas, amor e casamento, pois a condição social em que as mulheres se encontravam acabavam quase por definir o seu futuro fazendo-as se casar apenas para ter uma segurança financeira no futuro.
Palavras-chave: Amor; Casamento; Jane Austen; mulheres.

RELAÇÕES DE GÊNERO: REFLEXÕES ACERCA DA OBRA DE MALLANAGA VATSYAYANA, O KAMA SUTRA

Nadine Nogara 

Resumo: Temos como objetivo analisar o documento Kama sutra, escrito pelo poeta indiano Mallanaga Vatsyayana, discutindo sobre as concepções que podem ser vistas como idealizações de masculinidade e feminilidade para os homens e mulheres indianos na visão do poeta, justificando que cada cultura tem seus diferentes padrões de comportamentos, tanto individuais como em meio a sociedade. Utilizaremos para isto dos estudos de gênero para evidenciar o ideal do “ser masculino” e do “ser feminina”, descaracterizando o documento de sua ideia ocidental de um manual visual de posições eróticas, expondo o modo comportamental idealizado por Vatsyayana.
Palavras-chave: Relações de gênero; Kama Sutra; Índia; Masculinidades; Feminilidades.

CINEMA EM SALA DE AULA NO ENSINO DE HISTÓRIA

Matheus Mendanha Cruz 

Luis Fernando Cerri 

Resumo: O trabalho a seguir tem por método a revisão bibliográfica e elabora-se sobre os pressupostos da Didática da História, destacando a função da História como orientadora da vida prática, deste modo sendo necessário alcançar o aluno de maneira diversa, dando-lhe a oportunidade de estabelecer-se como sujeito dentro da comunidade em que se encontra. O método aqui sugerido para sair-se do modelo tradicional é o cinema em sala de aula, ou seja, os recursos audiovisuais, deste modo ampliando o leque de leituras críticas que o aluno pode fazer, munindo-o de argumentos plausíveis para fazer suas escolhas dentro da sociedade que o mesmo está inserido.
Palavras-Chave: Consciência Histórica; Ensino de História; Cinema em Sala de Aula; Educação.

O CAMPO DA HISTÓRIA E SEU ENSINO: DISCUSSÃO EM TORNO DA CONSTRUÇÃO DO CURRÍCULO DE HISTÓRIA

Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes 

Resumo: Neste artigo o debate que será realizado tomará como foco de suas abordagens o ensino de História e a elaboração do currículo de História. Será realizado um balanço historiográfico pelos caminhos percorridos na elaboração do currículo de História, das modificações ocorridas ao longo do século XX, como ocorreu no governo de Vargas, especialmente no chamado Estado Novo (1937-45), e da influência, principalmente da perspectiva da linha francesa, na compreensão da História como campo de estudo.

Palavras-chave: currículo de história; tempo; ensino-aprendizagem; conhecimento.

PROGRAMA JOVEM APRENDIZ: UMA DAS MULTIFORMIDADES DO ENSINO MÉDIO POR MEIO DA 3ª VIA

Evelline Soares Correia 

Resumo: O presente artigo busca apresentar de que forma as Políticas Educacionais no Brasil, referentes ao Ensino Médio, foram se configurando no início da década de 70, até as diferentes possibilidades que este tem-se apresentado hoje. Tendo o Neoliberalismo como ponto determinante em toda esta configuração, pretende-se apresentar um questionamento sobre o papel do Estado na manutenção do Ensino Médio e ainda de que forma a implementação do Programa Jovem Aprendiz consegue atender esta proposta neoliberal.
Palavras-chave: Políticas Educacionais; 3ª Via; Ensino Médio.

FÉ E POLÍTICA: O PENSAMENTO CATÓLICO CONSERVADOR NA DÉCADA DE 1920 NO BRASIL 

João Elter Borges Miranda 

Resumo: O presente trabalho tem como objetivo fazer uma reflexão a respeito do pensamento católico conservador dos anos 20 do século XX no Brasil. Para isso, adentraremos o tema através de uma discussão bibliográfica, percorrendo brevemente a parte da história do catolicismo no Brasil que vai da segunda metade do século XIX ao início do XX, com maior ênfase na década de 1920. Procuraremos tratar dos acontecimentos políticos relevantes na conjuntura nacional para compreender os seus desdobramentos na Igreja e a reação desta. Objetivamos realizar uma sucinta reflexão a respeito das ações tomadas pelo catolicismo frente as transformações gestadas ao longo da Primeira República, se debruçando com maior atenção na década de 1920, e procurando refletir sobre as ações de reaproximação entre as duas esferas de poder, a Igreja e o Estado brasileiro. Acima de tudo, buscamos entender como estabelecia-se e como foi moldado, nesse processo, o pensamento católico. Observamos que ao longo da década de 1920 o pensamento católico aprofundou-se em tradicionalismo e conservadorismo. A partir dessas considerações, buscaremos nas considerações finais sucintamente refletir a respeito das continuidades desse pensamento católico conservador na atualidade.
Palavras-chave: Catolicismo; Conservadorismo; Tradicionalismo.

A IMPORTÂNCIA DA INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO COMBATE AO PRECONCEITO, RACISMO E DISCRIMINAÇÃO

Elaine Cristine Luz Santos de Moura 

Resumo: O presente trabalho é uma ação dos acadêmicos de História da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS) que compõem o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à docência (PIBID), visando colaborar com o ensino e a aprendizagem dos alunos da Escola Estadual Professor Emydio Campos Widal dos anos 7ºB, 8ºA e B e 9ºA e B do ensino fundamental. Consiste na execução do projeto “Desconstruindo paradigmas: racismo, preconceito e discriminação – uma abordagem histórica”, visando promover a igualdade e diversidade sociocultural, demonstrando as lutas, estratégias e resistências da população negra. Resultaram-se ações de inclusão e reflexão por meio da confecção de cartazes elaborados pelos próprios alunos.
Palavras-chave: Racismo, preconceito, discriminação.


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2016.

MULTICULTURALISMO: A CULTURA JAPONESA EM SALA DE AULA

Ana Paula Buhrer

EDUCAÇÃO PARA JOVENS E ADULTOS: CONSTRUINDO NOVOS SABERES SOBRE O BRASIL COLÔNIA ATRAVÉS DO ENSINO DE HISTÓRIA

Claucia Cristina V. Maia

LEITURA E ESCRITA NA HISTÓRIA – O ENSINO DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL E A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO

Diego Kukul

A HISTÓRIA DOS ESTADOS UNIDOS EM SALA DE AULA ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO HISTÓRICA

Lucas Padilha

CONSCIÊNCIA HISTÓRICA EM SALA DE AULA: A ERA VARGAS E O ENSINO DE HISTÓRIA

Maria Cieslak

DITADURA MILITAR NA SALA DE AULA: PROPOSTA DE DESENVOLVIMENTO DE CONSCIÊNCIA HISTÓRICA E SOCIAL

Ana Carolina Prohmann

O ATO DE APREENDER AO ENSINAR: A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL E O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA

Giane Kublitski

CONSCIÊNCIA E INVESTIGAÇÃO HISTÓRICA EM SALA DE AULA: REFLEXÕES SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA E A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Maurício César Such

PENSANDO O ENSINO SOBRE OS ANTIGOS EGÍPCIOS A PARTIR DA CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO EM SALA DE AULA

Mayara Schipanski

A FORMAÇÃO DA CONSCIÊNCIA CRÍTICA ATRAVÉS DO ESTUDO DA GRÉCIA ANTIGA: DIÁLOGOS, REFLEXÕES E PRÁTICAS EM SALA DE AULA

Rafael Hoffman


 

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2015.


REGISTROS VISUAIS DA REPRESSÃO NO CENTRO SUL PARANAENSE NO PERÍODO DO ESTADO NOVO

Zuleide Maria Matulle

RESUMO: Este trabalho aborda os registros visuais da repressão no período do Estado Novo no centro sul paranaense. Empregamos como fonte documentos das pastas da Delegacia de Polícia de União da Vitória e Irati, do fundo DOPS, localizados no Arquivo Público do Paraná. Utilizamos também a pasta denominada “Nazismo, informes e fotografias”, contendo dezenas de fotografias e documentos que trazem ricas informações para o entendimento de um período da História ainda pouco estudado no centro sul paranaense. Com esse material e a ajuda de Dietrich (2007), Xavier (1993) e Perazzo (1999), entre outros, buscamos entender: qual o papel desses registros visuais nos documentos da DOPS? Qual a importância dessas peças para a pesquisa no centro sul paranaense? Que tipo de informação elas fornecem ao pesquisador? Analisando algumas dessas peças no contexto da ordem policial, chegamos a algumas conclusões preliminares: a) que as fotografias completavam a narrativa da polícia, davam-lhe uma evidência visual da prática subversiva; b) as fotografias produzidas pela polícia contribuíram para construir a imagem do criminoso; c) elas fornecem ao pesquisador a identidade do sujeito, trazem as marcas da prisão e do nazismo em seus rostos; d) as fotografias confiscadas dos indivíduos investigados e presos, a maioria delas mostrando grupos militantes e personalidades do nazismo, serviam como prova irrefutável da atividade nazista na região.
PALAVRAS-CHAVE: Repressão. Fotografias. Nazismo.

O “INSIDIOSO DOUTOR FUMANCHU” E A CONSTRUÇÃO DO ORIENTALISMO NA LITERATURA E NO CINEMA

André Bueno

RESUMO: Nesse breve artigo, iremos analisar a figura literária do Doutor Fu Manchu, do escritor Sax Romher, e sua contribuição para a construção do estereótipo orientalista na literatura e no cinema.

PALAVRAS CHAVE: Orientalismo; Literatura; Cinema; História


INTEGRAÇÃO E EXTERMÍNIO: AS POLÍTICAS INDÍGENISTAS BRASILEIRAS

Lúcio Ambrosio Hupalo

RESUMO: Ao longo da História do Brasil podemos destacar dois paradigmas no que se refere às políticas indigenistas: paradigma exterminacionista e paradigma integracionista. O primeiro vigorou desde o século XVI até o início do Império. O segundo se desenvolveu a partir da terceira década do século XIX vigorando até a Constituição de 1988. O presente texto tem como objetivo discutir as características dessas políticas indigenistas e também destacar a resistência dos povos indígenas na luta pela sobrevivência de suas culturas.

PALAVRAS-CHAVE: indígenas; políticas indigenistas; resistência.

ASPECTOS POLÍTICOS DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DA ESTRADA DE FERRO EM GUARAPUAVA-PR (1937-1945) 

Paulo Ricardo dos Santos 

Rodrigo dos Santos

RESUMO: O presente artigo aborda aspectos políticos em torno do processo de construção da estrada de ferro na região de Guarapuava-PR entre 1937 e 1945, apontando as políticas do Presidente Getúlio Vargas e suas influências nesta região. Com isso, foram abordados aspectos políticos, no respectivo recorte espacial e temporal, utilizando como fonte o periódico guarapuavano Folha do Oeste. Além disso, demonstra-se o interesse político partidário na estrada de ferro pelo fato de acreditarem que a cidade naquele momento se encontrava em estado de isolamento ante a falta da estrada, um empreendimento deste porte interligaria o município às regiões do Estado, rumando para o discurso de progresso. A construção da ferrovia intensificaria tanto o aspecto econômico, quanto social, trazendo facilidades num maior contato com outras regiões, além de impulsionar o comércio. Assim, esse trabalho se constituiu em um estudo das relações políticas sobre a construção da estrada de ferro no período entre a fase de projeto e construção. Como resultado verificou-se que os entraves políticos motivaram a demora da construção da referida estrada.
PALAVRAS-CHAVE: Estrada de ferro, modernidade, política, Guarapuava.

O PAPEL DO EDITOR NA PRODUÇÃO DOS LIVROS

Rodrigo Conçole Lage

RESUMO: Este artigo aborda a História do Livro, apresentando sua origem e objeto de estudo, a partir da formulação de Robert Darnton. Analisa o editor, teorizando a respeito, e como pode ser estudado para um melhor entendimento de sua atuação na produção dos livros e da história dos livros.
PALAVRAS-CHAVE: História do Livro, Editor, Teoria da História.

A UTOPIA DA “CIDADE IDEAL”: MODERNIDADE, CONTROLE E TENSÃO NO COTIDIANO DE BRAGANÇA – PA NO INÍCIO DO SÉCULO XX

Aldair José Batista de Souza 

RESUMO: A ordem pública que se consolidou em Bragança do Pará no início do século XX, constituiu-se pela aplicação de políticas de controle, vigilância e contenção a segmentos sociais populares no espaço urbano da cidade. Para as elites e autoridades bragantinas, ações populares que não estavam condizentes com os comportamentos e valores culturais que deveriam prevalecer em uma sociedade moderna, eram vistas como ilícitas e condenáveis. Nos processos estudados, os indivíduos em seus testemunhos fornecem informações de suas vidas, suas ações e de como e onde viviam cotidianamente. O presente texto abordar as estratégias de sobrevivência e o cotidiano popular envoltos em imposições regulamentares e de convivência.
PALAVRAS-CHAVE: Cidade. Controle. Cotidiano.

JOHN MAYNARD KEYNES:

SUAS IDEIAS E CONTRIBUIÇÕES PARA A SUPERAÇÃO “GRANDE DEPRESSÃO” DA DÉCADA 1930

Daniel Rodrigues de Lima

RESUMO: O presente texto tem como objetivo geral mostrar como as ideias de Keynes foram fundamentais para a superação da crise que culminou com a Crack da bolsa de Nova Iorque, causando graves consequências ao mundo ao longo da década de 1930. Entende-se que se devem compreender as influências e as consequências das ideias de Keynes no período da “Grande Depressão”. A metodologia que se executa é a analise em forma de revisão de bibliografia com obras e autores que contribuem sobre o tema. Por fim, Keynes com uma nova teoria econômica desprendida da ortodoxia, orienta que não se podia mais confiar na ação reguladora dos mecanismos automáticos do capitalismo, onde a intervenção estatal traduziu-se num conjunto de disposições fiscais e alfandegárias, manipulações monetárias, medidas de racionalização e integração empresariais e leis de trabalho, que alteraram os fundamentos das economias nacionais.
PALAVRAS- CHAVE: Keynes, Grande Depressão, Ideias e Contribuições

OS ÍNDIOS DO TERRITÓRIO SERRA DA CAPIVARA: HISTÓRIA, MEMÓRIA

Rafael da Silva Assis

RESUMO: O presente estudo vem discutir história, memória e ensino, trazendo os índios do Território Serra da Capivara como foco de pesquisa. Como início de discussão versaremos sobre como foi construída dentro da historiografia piauiense uma “história de extermínio” das populações indígenas no território piauiense e como se deu a construção de uma memória dos mortos, tendo o século XIX como marco do fim dos indígenas no estado do Piauí. Em um segundo momento, trabalharemos com conflitos e resistências trazendo para a discussão os índios Pimenteiras, que segundo a historiografia foi o ultimo grupo indígena em terras piauienses. Nessa perspectiva trabalhamos com Michael Pollack sobre Memória, esquecimento, silêncio, analisando como a memória subterrânea se contrapõe a uma história oficial. Já o terceiro ponto, pautado no ensino de historia do Piauí, é discutido como está sendo trabalhado em sala de aula a história e cultura indígena na formação étnica da população da região do Território Serra da Capivara.

PALAVRAS-CHAVE: Índios. Território Serra da Capivara. Memória.

ÍNDIOS INTEGRADOS, BONS SOLDADOS: INDÍGENAS E FORÇAS MILITARES ENTRE O BRASIL COLONIAL E IMPERIAL

Dhiogo Rezende Gomes

RESUMO: A integração dos povos indígenas no Brasil à “civilização”, por muito tempo foi um projeto determinado. A colonização em suas bases e pressupostos econômicos de exploração, não poderiam se desenvolver sem o uso dos nativos e sem o sustentáculo estrutural das forças militares portuguesa. O exército fez-se de instrumento civilizador, quando não aniquilador, dos ameríndios ao passo que estes povos, assimilados, eram a garantia da defesa territorial e soberania geopolítica colonial que sistematicamente, usou além de mão de obra, os autóctones como braços armados. A relação entre povos nativos e instituições militares ocidentais é uma constante, sendo este contato, de interesse estratégico na pauta dos militares, desde o período colonial. Os povos da floresta, na ótica militar, podiam ser bons soldados a serviço da Coroa Portuguesa e do Império brasileiro. Nativos considerados de utilidade econômica como mão de obra e militar pelos seus conhecimentos da fauna e flora, servindo de intérpretes e líderes entre as diversas nações aborígenes, reforços valiosos e necessários contra ameaças estrangeiras e no combate a etnias hostis ou aliadas aos invasores. Uma relação construída a partir do século XVI, desde os primeiros contatos, nem sempre harmoniosos, muito menos vantajosos para os povos indígenas, que sofreram muito com o processo civilizador, cuja dominação interferiu diretamente nas relações interétnicas, políticas, sociais e culturais entre os diversos povos nativos durante a História do Brasil. Este artigo trata dessa relação, dessa face militarista do contato interétnico em suas relativizações quanto ao uso de indígenas como soldados e a capacidade de agencia dos mesmos, diante deste processo de assimilação.

PALAVRAS CHAVE: História do Brasil. Índios no Brasil. Relações Interétnicas. Militarismo. Antropologia.

A FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA COMO TROPA DE OCUPAÇÃO NA ÁUSTRIA NO PÓS-GUERRA

Giovanni Latfalla

RESUMO: Este artigo aborda um aspecto das relações internacionais do Brasil com os Estados Unidos,durante a II Guerra Mundial, pouco estudado:  o convite recusado pelo Brasil para fazer parte junto dos EUA, como tropa de ocupação na Áustria, no pós-guerra. Teria o Brasil perdido uma oportunidade de aumentar o seu prestígio junto à comunidade internacional, particularmente, junto a superpotência americana?

PALAVRAS CHAVE: II Guerra Mundial – Comunidade internacional – tropa de ocupação

DE TÓCOS A SÃO PEDRO: DO ANTIGO CAMINHO DAS TROPAS AO BAIRRO CHAVE PARA O DESENVOLVIMENTO DE PORTO UNIÃO/SC

Aristides Leo Pardo 

RESUMO: Através destas páginas vamos nos ater na formação do Bairro São Pedro e de sua importância para a história de Porto União (SC), pois é bem comum na escrita da história local a partir do centro da cidade com pouca ênfase em seu território interiorano ou em seus bairros e assim, surgiu a ideia de ter o Arrabalde dos Tocos, antigo caminho tropeiro, como ponto de partida para recontar a história da cidade pelo viés de um de seus principais e mais tradicional bairro, ângulo quando não inédito, ao menos pouco difundido, quando se fala em memória, pois o referido bairro guarda histórias da formação da identidade local, sem contar com a principal festa do lugar, que se tornou patrimônio imaterial da cidade.
PALAVRAS-CHAVE: Bairro São Pedro. Porto União (SC). História Local.  Memória. Patrimônio Imaterial.

A RESISTÊNCIA XOKLENG EM PORTO UNIÃO DA VITÓRIA: UMA ANÁLISE DA OBRA APONTAMENTOS HISTÓRICOS DE UNIÃO DA VITÓRIA: 1768-1933, DE CLETO DA SILVA

Lúcio Ambrosio Hupalo

RESUMO: o presente texto tem como objetivo analisar a resistência dos índios Xokleng à invasão de suas terras durante o processo de formação das cidades de União da Vitória e Porto União, tendo como base o livro Apontamentos Histórico de União da Vitória: 1768-1933, de Cleto da Silva. Essa obra pioneira de nossa historiografia traz elementos interessantes para pensarmos sobre a presença indígena em nossa região, fato que ainda hoje consta como invisibilidade na maioria dos estudos de história local.
PALAVRAS-CHAVE: Xokleng; resistência; Cleto da Silva.

O FORDISMO E AS RAÍZES DO CONSUMO EM MASSA

Leandro Alexandre da Silva 

RESUMO: Este artigo tem objetivo de iniciar um debate sobre as raízes históricas do que hoje se conhece por consumo em massa, ou consumismo. Assim, busca-se no processo conhecido como Revolução Industrial, nas políticas públicas intervencionistas de incentivo ao consumo e especialmente no modelo fordista de produção, elucidar alguns aspectos fundantes desse modelo de sociedade.
PALAVRAS-CHAVE: Consumismo, Revolução Industrial, Fordismo.

UMA FANTASIA DE ‘DEZ DIAS’: 

A LITERATURA COMO OBJETO DE ESTUDO HISTÓRICO

Alam Cristian Arezi

RESUMO: Por meio de breve análise do livro escrito por Giovanni Boccaccio (O Decameron) este texto visa compreender aspectos históricos intrínsecos à criação literal no limiar final do período medieval. Ou seja: a busca por um cenário de possibilidades socioculturais. Também se entende como objetivo a percepção no acerar crítico sobre um período assolado pelo medo de viver em meio da ‘peste negra’.
PALAVRAS-CHAVE: Decameron; Literatura e História; Peste Negra.

INVESTIGANDO UM SÉCULO DE HISTÓRIA: A IGREJA CENTENÁRIA DO BARREIROS, UM PATRIMÔNIO MATERIAL DE UNIÃO DA VITÓRIA

Zuleide Maria Matulle 

RESUMO: Este artigo apresenta resultados parciais de uma pesquisa sobre a Capela de São Pedro e São Paulo, conhecida como Igreja do Barreiros, localizada em União da Vitória, no sul do Paraná, construída por imigrantes ucranianos entre os anos de 1905 e 1910. A Igreja é patrimônio cultural do município desde 2003, e se encontra em processo de restauração. Nosso objetivo é verificar: qual a importância desse patrimônio para a população de União da Vitória? Que trajetórias e experiências estão gravadas em suas paredes? O que significava para os imigrantes? Entrevistas com antigos moradores, descendentes dos imigrantes, nos fizeram perceber que a Igreja era um espaço social da comunidade. Muitas questões eram discutidas, o espaço era utilizado para reuniões e festividades. Ela é muito mais que “pedra e cal” – tem em si muitos significados e experiências de vida.
Palavras-chave: Patrimônio; Igreja do Barreiros; imigrantes.

“IMPACTAR OS CÉREBROS E CORAÇÕES” – ARTICULAÇÕES E SOCIABILIDADES NO CINÉMA DU PEUPLE (PARIS, 1913-1914)

Alexandre Wellington dos Santos Silva

Davi Galhardo Oliveira Filho

RESUMO: O presente artigo propõe expor as sociabilidades presentes no Cinéma du peuple (Cinema do povo, em português), cooperativa iniciada em Paris no ano de 1913, constituída por trabalhadores. Tem como método a análise bibliográfica baseada em livros, panfletos e jornais, trazendo como teoria norteadora a História Social. No trabalho discutem-se as primeiras impressões e conflitos dos militantes anarquistas com o cinema, posteriormente, suas aproximações por meio da produção de obras cinematográficas e as interações sociais que se desdobravam através destas ações, e por fim, realiza um balanço dos acontecimentos após a dissolução do Cinéma du peuple, assim como sua relevância para a atualidade.
PALAVRAS-CHAVE: Anarquismo; Cinema; História Social.

ENTRE A CRUZ E O SIGMA: O INTEGRALISMO E AS POSTURAS RELIGIOSAS EM TEIXEIRA SOARES-PR (1935-1938)

Luiz Gustavo de Oliveira 

RESUMO: Esta comunicação tem por objetivo analisar as relações entre catolicismo e Integralismo no município de Teixeira Soares entre os anos de 1935 e 1938, período de atuação do movimento no município. O texto apresentado se divide em duas partes: na primeira abordamos sucintamente a renovação dos estudos da História Política. Na segunda analisamos as relações entre os domínios da religião e da política no município paranaense de Teixeira Soares.
PALAVRAS-CHAVE: Integralismo; Catolicismo; Política; Paraná; Repressão.

MÍDIA FONTE, MÍDIA INSTRUMENTO: UMA REFLEXÃO SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA E A UTILIZAÇÃO DE MÍDIAS PARA A EDUCAÇÃO ESCOLAR 

Jorge Luiz Zaluski

RESUMO: Percebido algumas necessidades de realizar um debate em relação a utilização de mídias na educação, este texto propõe apresentar uma reflexão em torno das mídias como instrumento pedagógico para a aprendizagem e o desenvolvimento crítico do aluno/a. Desenvolvido em três partes, na primeira utilizou-se um debate bibliográfico sobre a importância de um ensino pautado na e pelas mídias. Na segunda, com o interesse em debater sobre o ensino de história, destacou-se a mídia como fonte e instrumento educacional. Por fim, foram apresentadas algumas reflexões sobre o ensino de história com música, dando destaque a diferentes momentos históricos que permitem serem compreendidos também com composições musicais.

PALAVRAS-CHAVE: Ensino, Fontes, História, Mídias.

HISTÓRIA ANTIGA E LIVRO DIDÁTICO: CASO EGÍPCIO

Eduard Henry Lui

RESUMO: O Egito Antigo fascina as pessoas, especialmente por sua religiosidade diferenciada e pela manifestação artística presente e duradoura. Este artigo tem por finalidade apresentar breve panorama de obras didáticas destinadas ao Ensino Médio, disponibilizadas pelo Governo do Estado do Paraná aos professores da Rede Pública de Ensino para seleção dos livros a serem utilizados pelas escolas estaduais. Observa-se: amplo panorama do ensino de História no Brasil; perspectiva do livro didático e sua utilização pela escola brasileira; presença do assunto relacionado ao Egito Antigo; análise das coleções selecionadas. Objetiva-se explanar a maneira que os autores abordaram o conteúdo Antiguidade, em especial o caso egípcio e seus temas relacionados à religiosidade – deuses, mumificação, crenças, obras funerárias etc. Verifica-se, ainda, as indicações cinematográficas e respectivas formas de abordagem a respeito da temática do Egito na Antiguidade. São analisadas oito coleções editadas em 2013 e disponibilizadas para uso em 2014.
Palavras-chave: Egito Antigo; livros didáticos; religiosidade egípcia.

A EDUCAÇÃO RURAL NOS ANOS 1950 NO CONTEXTO NACIONAL DO DESENVOLVIMENTISMO E DO PRAGMATISMO EDUCACIONAL: O PAPEL DO ISEB E DO INEP

Megi Monique Maria Dias

RESUMO: Considerando os contextos e princípios das atividades direcionadas ao mundo rural na década de 1950, realizamos uma pesquisa bibliográfica que busca refletir sobre a importância das iniciativas realizadas pelo Ministério da Educação e Cultura (MEC), através das atividades do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (ISEB) e do Instituto Nacional de Estudos Pedagógicos (INEP): centros de produção e formulação das políticas educacionais sobre a realidade escolar brasileira, apresentados como espaços estratégicos do desenvolvimento brasileiro num momento em que a educação no país assumia pelo caminho da ciência o exercício da política. O projeto de modificação das estruturas fundamentais da nação revelou em seu processo histórico que a educação proposta pelo Estado Brasileiro para o mundo rural na metade do século passado esteve pautada nos interesses econômicos da política de desenvolvimento.  Compreender como as políticas para a educação rural entre a década de 40 e 50 do século passado foram definidas implicou na elaboração de uma pesquisa bibliográfica na tentativa de perceber sob quais contextos e princípios a realidade educacional rural brasileira foi edificada.
PALAVRAS-CHAVES: políticas educacionais; ISEB; INEP

ORDENAR E PROSSEGUIR: BREVE DISCURSO SOBRE A HISTÓRIA DA FILOSOFIA POLÍTICA NO BRASIL DO SÉC. XIX

Alam Cristian Arezi

RESUMO: Este breve artigo pretende reconstruir historicamente como se deram as decisões definitivas na proclamação da república brasileira. De modo a se analisar pequenas particularidades sobre Dom Pedro II e suas repercussões sociais, esmera-se a compreensão de uma ‘filosofia política’ praticada desde o período monárquico.
PALAVRAS-CHAVE: Dom Pedro II; Filosofia Política; Proclamação da República.

A LEI DE TERRAS DE 1850: UM OLHAR SOBRE A POLÍTICA DE TERRAS NO BRASIL IMPÉRIO

Rodrigo Conçole Lage

RESUMO: O objetivo desse artigo é analisar como as leis brasileiras foram utilizadas como um instrumento para dificultar, no Brasil Império, a aquisição de terras pelos mais pobres. Com esse objetivo examinamos como a primeira lei brasileira referente à aquisição de terras, Lei nº 601 de 18 de setembro de 1850, mais conhecida como a Lei de Terras, foi criada com esse objetivo. Apresentamos, em anexo, uma transcrição da referida lei.

PALAVRAS-CHAVE: Lei de Terras. História do Direito. Política Agrícola. Brasil Império.

A QUESTÃO INDÍGENA NO TRABALHO COM EDUCAÇÃO INFANTIL E NOS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL: SUBSÍDIOS PARA AS PROFESSORAS DE GENERAL CARNEIRO
Lúcio Ambrosio Hupalo

Resumo: O presente texto tem como objetivo dar subsídios para a aplicaçãoda Lei 11645/2008 no que se refere à questão indígena na Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental no município de General Carneiro (PR). Buscamos, num primeiro momento apresentar a realidade atual dos povos indígenas no Brasil, a maneira como se encontravam no século XVI e as consequências para os índios da conquista do território brasileiro pelos europeus, bem como as contribuições dos povos indígenas para a construção da sociedade brasileira. No segundo momento do texto tratamos da presença indígena no território onde hoje é o município de General Carneiro e também apresentamos alternativas para o trabalho da temática com as crianças em sala de aula.
Palavras-chave: General Carneiro; Kaingang; Xokleng.

ENTRE POBRES, ANALFABETOS E OPERÁRIOS: HISTÓRIA SOCIAL DE PARNAÍBA-PI NA PRIMEIRA METADE DO SÉCULO XX

Alexandre Wellington dos Santos Silva 

Amanda Maria dos Santos Silva 

RESUMO: O presente artigo é um desdobramento das pesquisas realizadas para o Trabalho de Conclusão de Curso do autor, e tem como objetivo caracterizar o espaço urbano vivenciado pelos“marginais”parnaibanos e mapear as sociabilidades destes no recorte temporal do início do século XX. Para isto, serão utilizadas as teorias da História Social (SHARPE, 1996; HOBSBAWM, 1983; THOMPSON, 2001; CASTRO, 1997; OGUÍN, 2007) e do Materialismo Sociológico (BAKUNIN, 2014; FERREIRA, 2007) aliadas à pesquisa bibliográfica atravésde memórias, periódicos, almanaques, etc. Divide-se da seguinte forma:“Introdução”, tendo como finalidade explanar de forma mais abrangente a pesquisa; “O revés da opulência”, realizando debate teórico e apontando as contradições inerentes de uma sociedade estratificada em classes;“Conclusão” fazendo um apanhado geral do trabalho e apontando para importância e necessidade de se trabalhar a República Velha em Parnaíba sob outras perspectivas.

PALAVRAS-CHAVE: História Social; Materialismo Sociológico; Parnaíba.

A TRAGÉDIA ENQUANTO SUPERAÇÃO DA EPOPEIA NA ARTE POÉTICA DE ARISTÓTELES

Davi Galhardo Oliveira Filho  

Alexandre Wellington dos Santos Silva  

RESUMO: Detentor de uma obra vastíssima que ainda carece de tradução em sua totalidade (ou o que sobrou desta) para a língua portuguesa em pleno Séc. XXI, Aristóteles é considerado juntamente com Platão um dos maiores expoentes da Grécia Antiga. É tido também, em meio a diversos assuntos, como precursor da Historiografia Filosófica, assim como do que hoje se concebe como Crítica Literária. Sobre a primeira questão encontramos subsídios em sua Metafísica, e sobre a última em sua Poética. Em verdade, em Peri Poietikés encontramos XXVI[I] capítulos, que embora se propusessem a analisar a totalidade da Poiesis, se caracterizam de fato como uma Teoria da Tragédia, mesmo que incompleta. O último capítulo de tal obra converge análises acerca da Epopeia e da Tragédia, e afirma que a última supera a primeira. Pretende-se nesta curta análise, salientar na perspectiva do Estagirita, em que sentido tais afirmações se fazem válidas.

Palavras-chave: 1. Estética 2. Crítica Literária 3. Poética

TATIANAS, FLAVIAS E VERONICAS: O TRATAMENTO POLICIAL DADO AS TRAVESTIS DURANTE A DECADA DE 80 AOS DIAS ATUAIS

Carlos Jordan Lapa Alves

RESUMO: As travestis representam um grupo da sociedade que por anos foram estigmatizadas e silenciadas. No entanto, o periódico Lampião de Esquina representante de uma imprensa alternativa vinculado a temáticas homossexuais utilizou das suas páginas para evidenciar a situação de inferioridade que a travestis estavam direcionadas. Tatiana, Flavia e Veronica  representam um grupo que tem seus direitos cerceados, expectativa de vida limitada e ascensão social extremamente dificultada. Portanto, a reportagem de Darcy Penteado revela o que determinados grupos da sociedade tentam esconder seja por preconceito, sexismo ou por um discurso de odeio.
Palavras-chave: Travestis; Policia; Lampião de Esquina.

IMPLICAÇÕES MERCANTIS DO PADRÃO CAPITALISTA DEPENDENTE PARA A EDUCAÇÃO SUPERIOR BRASILEIRA

Alisson Slider do Nascimento de Paula

Resumo: O referido trabalho expõe os principais condicionantes da opção política dos governos em garantir o pagamento da dívida pública brasileira, e a sistemática mercantilização da educação superior brasileira doravante políticas de isenções fiscais, assim indo na contramão do ensino superior público. O texto recupera os conceitos de capitalismo dependente elaborado por Florestan Fernandes. A partir da análise das metamorfoses doravante as condicionalidades neoliberais, a educação sofre uma transformação, tornando-se num amplo “negócio” a ser comercializado no interior da lógica do mercado capitalista e os estudantes se tornam em clientes-consumidores, pleiteados por estabelecimentos privados de educação superior que reproduzem relações intrínsecas ao metabolismo social do capital.
Palavras-chave: Mercantilização da Educação Superior; Capitalismo dependente; Contrarreforma do Estado.

UM DECÁLOGO PARA A EDUCAÇÃO SEXUAL 

Vanessa Cristina Chucailo  

RESUMO: Este artigo buscou analisar o “Decalogo da Educação Sexual”, um texto produzido pelo Serviço Especial do Círculo Brasileiro de Educação Sexual e publicado pelo jornal O Comércio, de Porto União, Santa Catarina, na década de 1930.  Tais “mandamentos” foram articulados com outros textos publicados no jornal, sobre educação sexual, com o intuito de observar como esses discursos serviam enquanto política normativa e disciplinar em relação ao corpo e a sexualidade.
Palavras-chave: Discurso; Educação Sexual; Sexualidade.

UM OLHAR SOBRE A HISTÓRIA DO LIVRO: UMA CRÍTICA A NOÇÃO DE AUTORIA

Rodrigo Conçole Lage 

Resumo: O objetivo deste artigo é apresentar a História do Livro e, por meio da teorização desse domínio, a partir dos estudos de Robert Darnton, repensar o conceito de autoria. Pretendemos mostrar que a autoria não pode ser vista como o único elemento a ser considerado no processo de produção de um livro. Com este fim, apontamos alguns limites no modelo de análise tomado como referência para nossos estudos.
Palavras-chave: História do Livro, Autor, Teoria da História, Robert Darnton.

UMA CRÍTICA AO LATIFÚNDIO: NELSON WERNECK SODRÉ E A DEFESA DA PEQUENA PROPRIEDADE

Vinicius Rajão da Fonseca 

Resumo: O presente artigo propõe uma análise sobre alguns aspectos do livro “Oeste: ensaio sobre a grande propriedade pastoril”, de Nelson Werneck Sodré, publicado originalmente em 1941. Nosso objetivo é compreender a visão e a explicação do autor em relação a temas, como a grande propriedade, o abastecimento agrícola e a importância das vias de comunicação, observados pelo autor durante sua presença em Mato Grosso. Sodré se mostrou um crítico feroz do latifúndio, destacando-o como um dos responsáveis pela baixa produção agrícola do estado e como um empecilho ao seu desenvolvimento. Num futuro estudo, queremos comparar se suas observações eram compatíveis ou discordantes com o pensamento dos políticos mato-grossenses, utilizando para isso, os relatórios de presidentes do estado durante a primeira república no Brasil (1889-1930).
Palavras-chave: Nelson Werneck Sodré; Mato Grosso; latifúndio.

“JOSÉ MAURÍCIO ‘O HOMEM, O PADRE E O MESTRE”

Artur Rômulo Batista Henrique 

Resumo: Este Trabalho se propõe a traçar um breve estudo sobre a ascensão social de José Maurício Nunes Garcia, durante os anos de 1791 a 1800. Analisando aspectos importantes de seu processo de genere e alguns fatores que corroboraram para a sua ascensão social, a abordagem busca compreender algumas razões que elevaram o músico pardo à mestre de Capela da Catedral do Rio de Janeiro.
Palavra Chave: Padre José Maurício Nunes Garcia. Ascensão social. Brasil Colonial.

MEMÓRIA EM DISPUTA:FRAGMENTOS DO PASSADO

Sérgio Antonio de Paula Almeida

Resumo: Atualmente, encontramos na sociedade as mais variadas formas de expressão cultural. A disputa entre a memória oficial criada a partir do inicio da colonização é campo privilegiado para novas abordagens historiográficas quando confrontada com a memória localizada a partir dos costumes e modus vivendi dos grupos considerados marginalizados pela sociedade. Apresentamos parte deste conflito gerador de novos olhares e promotor de inserção dos grupos anteriormente silenciados.

Palavras chave: Memória, Tradição, Ancestralidade.

UM OLHAR POR SOBRE A JANELA: OLIVEIRA LIMA E O BRASIL JOANINO

Artur Rômulo Batista Henrique

 

Resumo: Este Trabalho se propõe a traçar uma breve análise do livro D. João VI no Rio de Janeiro de Oliveira Lima. Para uma melhor compreensão buscaremos esclarecimentos para assimilar a historiografia do final do século XIX e início do Século XX, objetivando um comparativo de estudos historiográficos.

Palavra Chave: Oliveira Lima, D. João VI, Nacionalismo e Cientificismo.

A FORMAÇÃO DA VILA DE VALÕES: CARACTERÍSTICAS CULTURAIS E RELIGIOSAS

Wilza Carla  Henning 

Resumo: O presente estudo aborda aspectos da formação da Vila de Valões, para melhor compreender essa formação, estudamos o tropeirismo, a navegação vapor pelo rio Iguaçu e a Guerra do Contestado. Como objetivos desse estudo, buscamos entender como esses fatores contribuíram para a formação da Vila de Valões e a partir da análise da festa religiosa intitulada Festa o Divino entender como a tradição religiosa e cultural permanece e foi ao longo do tempo sendo resignificada. Assim, podemos compreender como são estabelecidas e identificadas as manifestações históricas e culturais visíveis no modo de vida das pessoas. Com base nessa perspectiva, o desenvolvimento deste estudo situa-se no âmbito da pesquisa teórico-bibliográfica e na análise feita em documentação escrita e fontes orais. Consequentemente a análise das atividades culturais e religiosas promovem a descoberta de elementos essenciais que favorecem a construção de conhecimento acerca da nossa própria identidade.

Palavras-Chaves: História, Religiosidade, Cultura.

“…DESCONSTRUINDO IDEOLOGIAS, FOI A SAÍDA QUE ENCONTREI.”: O CONTEXTO DA LEI 10.639/2003, SOB A NARRATIVA DE UM PROFESSOR DE HISTÓRIA NO MUNICÍPIO DE NILÓPOLIS

Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes 

Resumo: O presente artigo é parte integrante da pesquisa de Mestrado “Nilópolis: questionamento e análise sobre a discriminação racial escolar, após a implantação da lei 10.639/2003”. Nossa fundamentação empírica pautará na narrativa de um ex- professor de História de um colégio estadual localizado na Baixada Fluminense, no município de Nilópolis. Por intermédio do uso da narrativa do docente, pretende-se buscar um maior entendimento sobre a postura da escola sobre a lei 10.639/2003 e a influência dessa lei nas ações pedagógicas, além de compreender o posicionamento teórico e prático do docente perante as situações desafiadoras do cotidiano escolar.
Palavras Chave: Narrativa; relações étnico-raciais; educação.

CASA DE MEMÓRIA: ESPAÇO POPULAR E DE EDUCAÇÃO PATRIMONIAL

Carla Regina Nunes da Rocha 

Resumo: Este artigo trata da importância da preservação da memória e dos lugares de memória. Abordaremos o museu como espaço privilegiado para que a comunidade conheça e consiga disseminar sua história e cultura. E enaltecendo os feitos daqueles que ali habitaram em outros tempos e que deixaram seu legado às novas gerações. Também discutiremos sobre a necessidade e a possibilidade de implantação de um museu ou casa de memória no município de Bituruna, o qual está localizado ao sul do estado do Paraná. É um local agradável, rico em história e cultura, porém com pouca exploração desses elementos pela sociedade local. Apresentaremos uma casa, a qual está em uma fazenda, onde a família mora e trabalha. Esta família tem tido a preocupação com a valorização dos aspectos históricos e culturais da nossa cidade, mantendo em sua posse uma série de objetos os quais são importantes para preservar nossa própria história.
Palavras-chave: Casa de memória. Educação Patrimonial. Memória. História Local.

A ANÁLISE DA REPRESENTAÇÃO E DO DISCURSO SOBRE O FEMININO NO LIVRO DIDÁTICO DA 9ª SÉRIE DO ENSINO FUNDAMENTAL

Daniel Rodrigues de Lima  

RESUMO: Os livros didáticos de História por muito tempo relegaram as mulheres a condição de apêndice do masculino, ou simplesmente não as consideraram como sujeitas ativas da história. Diante deste fato propomos a análise da representação e do discurso sobre o feminino presente no livro didático da 9ª série do ensino fundamental utilizado na Escola Estadual Maria Rodrigues Tapajós. O nosso objetivo geral é analisar a representação e o discurso sobre o feminino. Em nossa metodologia analisamos o livro didático de Alfredo Boulos Júnior “História: Sociedade e Cidadania” e produzimos questionário para os alunos responderem como forma de coleta de informações acerca da qualidade do livro didático, o professor como agente mediador de discussões sobre à inserção do feminino na história, a representação do feminino através de imagens e entre outras. Por fim, acreditamos que inserir grupos menos privilegiados na História é uma forma de diminuir os preconceitos e desigualdades existentes em nossa sociedade.
Palavras-chave: História das Mulheres e relações de Gênero. Representação. Discurso. Livro Didático.

O ESTADO COMO PRODUTO DO AUTODESENVOLVIMENTO HISTÓRICO EM HEGEL

Guilherme Augusto Batista Carvalho 

RESUMO: O presente artigo tem como objetivo, desenvolver o debate a cerca da relação entre história, dialética e o Estado, além dos elementos presentes nessa relação. Para além de um debate inter-paradimático, extraímos no pensamento hegeliano as condições objetivas para o desenvolvimento dos conceitos “Estado”, “história” e “dialética”, buscando nos apoiar tanto nas definições como nos significados das mesmas. Para a realização dessa exposição, nos alicerçamos em referências primárias de Hegel, mas também em referências analíticas secundárias, de autores que interpretam o olhar de hegeliano para os conceitos. Dentro do conteúdo desenvolvido nesse artigo, levantamos uma questão estrutural: qual a relação entre Estado, história e dialética para Hegel? Concluímos que os três conceitos dialogam entre si, tendo o Estado, como elemento de mediações e contradições, na modernidade, uma função essencial de continuidade da história e a dialética é o instrumento para tal.
Palavras-chave: Hegel; Estado; história; dialética

A PERMANÊNCIA DA RELIGIOSIDADE DOS COMBATES GLADIATÓRIOS APÓS O FIM DO PERÍODO REPUBLICANO

Alexandro Almeida Lima Araujo 

Resumo: A religiosidade torna-se um importante caminho para desvencilharmos de olhares normativos sobre os espetáculos públicos, em que os mesmos eram fornecidos em honra aos deuses e os combates de gladiadores para apaziguamento dos manes, isto é, das divindades fúnebres. A conjuntura religiosa que envolvia os jogos de gladiadores e os próprios combatentes não se esvai na passagem da República para o Império, haja vista, pois, o oferecimento destas lutas de gladiadores pode ser entendido como uma forma de rito sagrado inerente ao quotidiano romano durante os séculos.
Palavras-chave: Jogos de gladiadores; Religiosidade; Roma republicana; Roma imperial.

O ENSINO DA HISTÓRIA DA ÁFRICA NAS ESCOLAS: CONTEXTO, DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Bruno Sergio Scarpa Monteiro Guedes

Resumo: O presente artigo terá como objetivo abordar as situações desafiadoras em relação a aplicabilidade do ensino da história da África nos currículos escolares. Ensino no qual, tornou-se obrigatório após a implantação da lei 10639/2003. A análise que será realizada será pautada na relação dos educadores com a temática, dos currículos escolares e dos materiais pedagógicos fornecidos pelas instituições de ensino.
Palavras – Chave: Lei 10.639/2003; Ensino de história; África nas escolas; formação docente.

A RUPTURA DE HERÓDOTO COM A ESCRITA RELIGIOSA: A VISÃO DE FRANÇOIS HARTOG

Júlio Cezar Klein

Resumo: Analisando de uma forma mais profunda o método de escrever de Heródoto, François Hartog, identifica um processo de ruptura importante em relação ao logoi corrente na Heláde. Esse processo, por vezes, passa desapercebido pelos estudiosos, que comparando apenas a forma de escrita de Heródoto superficialmente com a dos aedos do passado, tomam o autor de Histórias, como apenas um continuador das obras poéticas. Já foi demonstrado como Arnaldo Momigliano refutava tal pensamento, vejamos agora como essa visão de Hartog, pode-nos guiar a uma nova faceta da obra de Heródoto.
Palavras Chave: Heláde – Heródoto- Escrita – Aedo.

A MAIOR MANIFESTAÇÃO SOCIAL DOS ÚLTIMOS ANOS: ANÁLISE DA ORGANIZAÇÃO PELO FACEBOOK DAS MANIFESTAÇÕES DE JUNHO DE 2013 EM GUARAPUAVA-PR

João Luiz de Campos 

Rodrigo dos Santos 

RESUMO: O referido artigo tem como foco discorrer sobre os novos movimentos sociais e sua relação com as redes sociais a fim de mensurar sua participação ativa como espaço de difusão de pautas e de organização via internet. Com estudo teórico acerca das manifestações deflagradas em junho de 2013 em diversas cidades do Brasil a partir do Movimento Passe Livre (MPL), elaboraram-se articulações regionalizadas sobre as manifestações realizadas em Guarapuava (PR). As reflexões teóricas sobre a natureza dos movimentos sociais, e o papel que as redes sociais desempenharam em sua organização.
PALAVRAS-CHAVE: Manifestações. Movimento Passe Livre.  Movimentos Sociais. Redes Sociais.


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1 2014.

REVISTA ELETRÔNICA DO 
CURSO DE HISTÓRIA DA FAFIUV

PUBLICAÇÃO EM FLUXO CONTÍNUO!
ENVIE SEU TEXTO QUANDO QUISER!

ANO 2014 ABERTO!


HISTÓRIA E PATRIMÔNIOS: A DISCIPLINA “HISTÓRIA LOCAL E MEMÓRIA” NUM RELATO DE EXPERIÊNCIA
Zuleide Maria Matulle

ILUSTRAÇÃO E MÚSICA NO SÉCULO XIX: SINFONIA NO MUNDO IBÉRICO EM MEIO ÀS PRESSÕES NAPOLEÔNICAS
Artur Rômulo Batista Henrique

CINEMA E HISTÓRIA: O JAPÃO MEIJI (1868-1912) ATRAVÉS DO FILME O ‘ÚLTIMO SAMURAI’ (2003)
Lucas Padilha

“SE CRIÔ DISPUTANDO GUAVIROVA COS PORCO”: TEORIAS SOBRE A ORIGEM DOS SISTEMAS FAXINAIS
Karen Camila Junges

NEOLIBERALISMO E SOCIAL DEMOCRACIA:

“O CAMINHO DA SERVIDÃO” E AS POLÍTICAS ECONÔMICAS DO SÉCULO XX
Maurício Cesar Such

ANÁLISE SOBRE O BULLYING DENTRO DO CONTEXTO ESCOLAR (2006 – 2012)

Claudinei José Kziozek

YAKUZA: A SIMBOLOGIA DAS TATUAGENS NA MÁFIA JAPONESA

Ana Paula Buher

A CONSTRUÇÃO DA PAISAGEM NA AMÉRICA PORTUGUESA NOS SETECENTOS: REPRESENTAÇÕES DA DINÂMICA DA NATUREZA NA PERSPECTIVA DE UM VIAJANTE MILITAR
Lucas Mores

OBJETIVIDADE, LIBERDADE DE IMPRENSA E O JORNALISMO NO PERÍODO DA ESCRAVIDÃO

Elaine Schmitt

“UM LUGAR AO SOL”: A MORADIA POPULAR URBANA E CONTROLE DO ESPAÇO DOMÉSTICO
Vanessa Cristina Chucailo 

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO ROSÁRIO: A INFLUÊNCIA DA RELIGIOSIDADE CATÓLICA EM RIO CLARO DO SUL PELA PARTICIPAÇÃO DAS MISSAS (1960 – 2001)
Andressa Hermes

A CONSTRUÇÃO DO POLÍTICO A PARTIR DA RELIGIOSIDADE CABOCLA
Everton Carlos Crema

POESIA E ESCRITA DA HISTÓRIA NA CHINA ANTIGA

André Bueno

INDÍGENAS NA ZONA DA MATA MINEIRA: FRAGMENTOS DE HISTÓRIA, MEMÓRIA E TOPONÍMIA NA PAISAGEM DA CIDADE DE MIRAI/MG
Sergio Antonio de Paula Almeida

ILUSTRAÇÃO E MÚSICA NO SÉCULO XVIII

(ESTUDO COMPARATIVO DA PRODUÇÃO MUSICAL NOS REINADOS IBÉRICOS: JOSEFINO E CAROLINO)

Artur Rômulo Batista Henrique

APRENDER HISTÓRIA, NARRAR HISTÓRIAS
Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski

FUNDAMENTOS IDEOLÓGICOS DO ESTADO AUTORITÁRIO: A CONSTRUÇÃO DA NOÇÃO DE BRASILIDADE NO GOVERNO VARGAS E O PAPEL DOS INTELECTUAIS
Wanilton Dudek

ANA E FLORINDA: UM BREVE ESTUDO SOBRE A RIQUEZA FEMININA NOS TESTAMENTOS E INVENTÁRIOS DO SÉCULO XIX DA CIDADE DE CASTRO
Rogério Vial

FOUCAULT: A TENTATIVA DE DEFINIR A PERSPECTIVA ARQUEOLÓGICA

Rodrigo dos Santos

NEGROS NÃO PODEM JOGAR AQUI: A VERGONHOSA HISTÓRIA DE RACISMO NO DIA EM QUE A BRIOSA FOI BRASIL NOS GRAMADOS DO APARTHEID SUL AFRICANO

Aristides Leo Pardo

A ESCRITA DA HISTÓRIA EM HERÓDOTO

Júlio Cezar Klein

EDUCAÇÃO FEMININA NO AMAZONAS:
A INSTRUÇÃO DE MENINAS ÓRFÃS E DESVALIDAS NO INSTITUTO BENJAMIN CONSTANT NO ALVORECER DA REPÚBLICA DE 1892 A 1896
Daniel Rodrigues de Lima

RESENHA
O PROJETO DE PESQUISA EM HISTÓRIA: DA ESCOLHA DO TEMA AO QUADRO TEÓRICO, de José D’Assunção Barros
Djairton Alves de Sousa


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2014.

Nessa seção especial, continuamos a publicação de TFES – Trabalhos Finais de Estágio Supervisionado – supervisionados, aprovados e selecionados pelo LAPHIS – Laboratório de Aprendizagem de História da UNESPAR – FAFIUV. Para além dos artigos, pois, a Revista Sobre Ontens compartilha, também, a experiência do ensino de história em sala de aula, força motriz desse campo em nossa formação social.

TEXTOS

O ENSINO DE HISTÓRIA LOCAL:

EXPERIÊNCIA EM RIO CLARO DO SUL

Andressa Hermes

REGIME MILITAR 1964-1985:

DITADURA MILITAR BRASILEIRA, DEBATES EM SALA DE AULA

Andressa Caroline de Souza

O USO DO FUTEBOL NO ENSINO DA HISTÓRIA: 

DESAFIOS E POSSIBILIDADES

Aristides Leo Pardo

FORMAÇÃO DO PENSAMENTO HISTÓRICO: TEORIA E PRÁTICAS APLICADAS A PARTIR DO TEMA ‘SOCIEDADE MINEIRA NA ÉPOCA DO OURO NO BRASIL’

Claudinei José Kziozek

REFLETINDO SOBRE A PRÁTICA DE ENSINO A PARTIR DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DA CIDADE DA LAPA/PR

Édina Vanda Ferreira de Lima

UMA EXPERIÊNCIA SOBRE O ENSINO DE HISTÓRIA DA CHINA ANTIGA: CONHECENDO O DIFERENTE

Helayne Cândido

EJA: CULTURA AFRICANA E AFRO-BRASILEIRA COMO FERRAMENTA DE ENSINO PARA DISCUSSÕES DE PRECONCEITO E IDENTIDADE DENTRO DA SOCIEDADE BRASILEIRA

Iara Moraes Sagaz

ESCRAVIDÃO NO BRASIL: ABORDAGEM DO TEMA EM SALA DE AULA

Tiago Beims

DESAFIOS E POSSIBILIDADES DO ENSINO DE GÊNERO EM SALA DE AULA

Suelen Silveira Valente

O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA NO ENSINO SOBRE A PRIMEIRA REPÚBLICA

Mariane Carraro

LEGADO GREGO E SUA INFLUÊNCIA EM NOSSO MEIO SOCIAL: UMA PERSPECTIVA NO ENSINO DE HISTÓRIA

João Cendron Júnior

ESCRAVIDÃO E SUAS TRANSFORMAÇÕES: ENSINO DE HISTÓRIA E A TRANSIÇÃO DAS RELAÇÕES DE TRABALHO NO BRASIL

Jéssica Caroline de Oliveira


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2014.


MÍDIA REGIONAL EM TEMPOS DE DITADURA: O JORNAL NOSSO TEMPO (1980-1984)

Renato Muchiuti Aranha

O PROCESSO DE DIAGRAMAÇÃO COMO REPRESENTAÇÃO – O CASO DA

REVISTA CHICLETE COM BANANA

Jefferson Lima

O ALMIRANTE NEGRO: DAS CHIBATADAS A CENSURA MUSICAL

Caroline Antunes Martins Alamino

CINEMA, LITERATURA E HISTÓRIA:

UMA LEITURA DO CONTO MACHADIANO EM QUANTO VALE, OU É POR QUILO?

Juliana de Cássia Câmara

CINEMA, HISTÓRIA E HOLLYWOOD

Maytê Regina Vieira

HISTÓRIA, SEXUALIDADE, GÊNERO E TELEVISÃO: 

ESTUDOS DE CASOS NA SÉRIE DE TV “MASTERS OF SEX”

Vanessa Cristina Chucailo

BEATNIKS E A LITERATURA SUBVERSIVA: A ESCRITA E A VIDA MARGINAL DE 

JOVENS DE 1950

Elaine Schmitt

A CAMPANHA NACIONALISTA “O PETRÓLEO É NOSSO”, DO INÍCIO DO DEBATE PÚBLICO ATÉ A CRIAÇÃO DA PETROBRAS: REIVINDICAÇÕES, DISPUTAS E INTERESSES

Celso Carvalho Jr

“O PODER DE UM DECRETO”: A CGI CONTRA A CORRUPÇÃO DURANTE A DITADURA MILITAR

Paulo Roberto Krüger

GUERRA, CATEQUESE E ALDEAMENTO: POLÍTICA INDIGENISTA NA AMÉRICA PORTUGUESA COLONIAL

André de Almeida Rêgo

O MITO DO MOVIMENTO OPERÁRIO NO ESPÍRITO SANTO: UM ESTUDO DE CASO – A GREVE DE 1908

Edilson Salôto Moreira

Isaac de Almeida Correia

Romulo Paneto Paris

Marco Aurélio Borges Costa 

A EDUCAÇÃO TRANSFORMOU NOSSA NAÇÃO?

OS SLOGANS EDUCACIONAIS REPUBLICANOS SE MODIFICARAM, PORÉM OS OBJETIVOS PERMANECERAM

Evelline Soares Correia

Edneia Regina Rossi

Elaine Rodrigues

MEDO DO TEMPO E TEMPO DO MEDO

OU COMO A FOBIA (RE)INVENTOU A CENSURA DE DIVERSÕES PÚBLICAS NA DITADURA CIVIL-MILITAR BRASILEIRA (1964 – 1985)

Rafael de Farias Vieira

[RESENHA]

ASLAN, Reza. Zelota: a vida e a época de Jesus de Nazaré. Trad. Marlene Suano. 1ª edição. Rio de Janeiro – Zahar, 2013.

Wagner Pires da Silva


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2013.

“ENQUANTO ISSO NA PIA”: O MACHISMO E A MARCHA DAS VADIAS EM UNIÃO DA VITÓRIA/PR E PORTO UNIÃO/SC
Dulceli de Lourdes Tonet Estacheski

JOSÉ MAURÍCIO NUNES GARCIA E A MÚSICA COLONIAL BRASILEIRA

Artur Rômulo Batista Henrique

REVISITANDO O CAMPO HISTORIOGRÁFICO: REGIÃO COMO UM CONCEITO EM DISPUTA

Eder Augusto Gurski

RELIGIÃO E MAGIA NO ANTIGO EGITO: A MUMIFICAÇÃO NO TERCEIRO PERÍODO INTERMEDIÁRIO (1070 Á 712 A.C)
Maricleia Grossklaus

A ÁFRICA CONTA SUA HISTÓRIA: IMIGRANTES OU AUTÓCTONES?

A FORMAÇÃO POPULACIONAL DA COSTA ORIENTAL AFRICANA
Aristides Leo Pardo

HATSHEPSUT: A MULHER FARAÓ ESQUECIDA

Helayne Cândido

A EDUCAÇÃO SEXUAL NAS PÁGINAS DO JORNAL “O COMÉRCIO”: UMA BREVE ANÁLISE SOBRE SEXUALIDADE NA DÉCADA DE 1930
Vanessa Cristina Chucailo

SAINDO DAS SOMBRAS DOS PINHEIRAIS: A MULHER NA LINHA DE FRENTE DA GUERRA DO CONTESTADO 

Aristides Leo Pardo

DOCUMENTÁRIO HISTÓRICO E ANÁLISE DAS OBRAS JAGUAR E EU, UM NEGRO DE JEAN ROUCH
Juliana de Cássia Câmara

LUZ, CÂMERA… GÊNERO NA HISTÓRIA: CONSIDERAÇÕES SOBRE   FEMININO,  MASCULINO E O “QUEER” A PARTIR DOS FILMES “SHREK I & II”
Zuleide Maria Matulle

O PROBLEMA DO ‘SENTIDO’ [Li 理] NA HISTÓRIA TRADICIONAL CHINESA

André Bueno

NEGROS DE GANHO, NEGROS DE ALUGUEL: OS TRABALHOS DOS ESCRAVOS NAS CIDADES BRASILEIRAS DO XIX
Vanessa Cristina Chucailo 


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2013.

Nessa seção especial, inauguramos a publicação dos TFES – Trabalhos Finais de Estágio Supervisionado – supervisionados, aprovados e selecionados pelo LAPHIS – Laboratório de Aprendizagem de História da UNESPAR – FAFIUV. Para além dos artigos, pois, a Revista Sobre Ontens começa a publicar e compartilhar, também, a experiência do ensino de história em sala de aula, força motriz desse campo em nossa formação social.

MARICLEIA GROSSKLAUS

A IMPORTÂNCIA DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA PARA APRENDIZAGEM SOBRE O EGITO ANTIGO NAS SÉRIES FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

JOSÉ ROBERTO WOSGRAU

PROPOSTA METODOLÓGICA NA DISCIPLINA DE HISTÓRIA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL: TRABALHANDO COM A CULTURA DOS POVOS INCAS, MAIAS E ASTECAS

KARLA GEYER

O ENSINO DE HISTÓRIA PARA A DESCONSTRUÇÃO DE ESTEREÓTIPOS E A VALORIZAÇÃO DAS IDENTIDADES

PATRÍCIA SILVA RAMOS

MULHERES NA DITADURA: REFLEXÕES EM SALA DE AULA SOBRE GÊNERO E VIOLÊNCIA

THIAGO LIURES PIRES

O BRASIL AFRICANO: A HISTÓRIA INCLUSIVA NA CONSTRUÇÃO DO SABER ESCOLAR

KAREN CAMILA JUNGES

ENSINO DE HISTÓRIA: O DESENVOLVIMENTO DA CONSCIÊNCIA HISTÓRICA A PARTIR DO ESTUDO DOS COSTUMES NOS SISTEMAS FAXINAIS


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2012.

MÁFIA, HONRA E OMERTÀ: MORTE AOS DELATORES

Vanessa Cristina Chucailo

LED-ZEPPELIN – UMA “LENDA” QUE TRANSCENDEU GERAÇÕES

Aquiles K. G. Zin

MÚSICA BRASILEIRA E IDENTIDADE NACIONAL

Marlon Ângelo Maltauro

“GAROTOS DO SUBURBIO” – A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA PARA O MOVIMENTO PUNK DOS ANOS 80 NO BRASIL
Luis Carlos Colita

A IMPORTÂNCIA DAS SENSIBILIDADES E DO SENTIMENTO SAUDADE NA HISTÓRIA
Jaquelline Maria Cardoso

NOVO MUNDO POÉTICO: OS FEITOS DE UM JASÃO FRANCISCANO
Márcio Renato Marques


A REVOLTA DOS MALÊS: NEGROS MULÇUMANOS NO BRASIL DO SÉCULO XIX

  Andrea Menegatte
Vanessa Cristina Chucailo

CONTANDO HISTÓRIAS DO BAIRRO SÃO PEDRO
Adilson José Regert

REFLEXÕES SOBRE O CONTESTADO (1912-1916)
Juliana de Cássia Câmara

NÃO FOI NADA FÁCIL: A TARDIA COLONIZAÇÃO PORTUGUESA E A RESISTÊNCIA DOS ÍNDIOS GOYTACAZES NA CAPITANIA DE SÃO TOMÉ
Aristides Leo Pardo

MARCHA DAS VADIAS: REMANESCÊNCIA CONTRACULTURAL NA LUTA PELA IGUALDADE DOS GÊNEROS
Elaine Schmitt

O CURSO “ENSINAR E APRENDER A HISTÓRIA DA CIDADE”: RELATANDO A EXPERIÊNCIA E REFLETINDO A PRÁTICA
Zuleide Maria Matulle


A BATALHA DOS SEXOS E O VAMPIRISMO: POR UMA HISTÓRIA DA MULHER NA ALQUIMIA SEXUAL CHINESA

Kamila Czepula

AS NAVEGAÇÕES DE CANOAS NO MÉDIO IGUAÇU NO SÉCULO XVIII COMO BASE DE UM DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL
Tiago Portes Borges

DIÁRIO DE UM CATACLISMO: LLANO Y ZAPATA E O TERREMOTO NO PERÚ (1746)
Simoniely Kovalczuk

O DESAFIO DA MEMÓRIA: MEMÓRIA, MEMORIZAÇÃO E HISTÓRIA NA CHINA TRADICIONAL

André Bueno

ANITA GARIBALDI, A MULHER À FRENTE DE SEU TEMPO: LUTA, POLÍTICA, LITERATURA, CINEMA E HISTÓRIA

Viviane Regina Árcega de Souza

A CIVILIZAÇÃO DAS IDEOLOGIAS CAVALHEIRESCAS: MUDANÇA DO CONCEITO DE NOBREZA NA FRANÇA ENTRE OS SÉCULOS XVI E XVII A PARTIR DE UMA TEORIA DO PROCESSO CIVILIZACIONAL

Fernando Ferreira

“O CHOQUE DAS RAÇAS OU O PRESIDENTE NEGRO”: UMA LEITURA DO EUGENISMO EM MONTEIRO LOBATO (1926)

Valéria Becher

AGRICULTURA INCA NA CRÔNICA COLONIAL DE GARCILASO DE LA VEGA (1609-1617)

Suelen Brexi Fila

DO FUNDO DO OCEANO PARA OS TELÕES: O TITANIC DE JAMES CAMERON
Cristiane Brand de Paula Gouveia


FICÇÃO E HISTÓRIA: O MANGÁ COMO FONTE DE PESQUISA HISTÓRICA E INSTRUMENTO FORMADOR DE OPINIÃO
Arthur Luiz Peixer


CONTEXTOS HISTÓRICOS DOS ESTADOS UNIDOS E DO BRASIL NAS DÉCADAS DE 1960 E 1970

Thays Bieberbach


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, 2012.

SÃO JOÃO DO TRIUNFO: HISTÓRIA E CULTURA ONTEM E HOJE

Lucas Ipólito Santos

BREVES DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO: O FEMININO E O MASCULINO EM TATUAGENS

Vanessa Cristina Chucailo

EDUCAR PARA QUÊ?

A VISÃO CONFUCIONISTA SOBRE A EDUCAÇÃO

Helayne Cândido

SAIAS E CHUTEIRAS, O PIONEIRO RADAR NO MEIO DO ESPORTE DE MACHO: O FUTEBOL FEMININO NO BRASIL E QUESTÕES DE GÊNERO

Aristides Leo Pardo

‘BUENAS E ME ESPALHO! NOS PEQUENOS DOU DE PRANCHA E NOS GRANDES DOU DE TALHO’ – CAP. RODRIGO CAMBARÁ O CENTAURO ALQUEBRADO NA OBRA DE ÉRICO VERISSIMO

Karoline Fin


A IMIGRAÇÃO POLONESA EM SÃO JOÃO DO TRIUNFO E A CRISE DE IDENTIDADE ASSOCIADA AO PROCESSO DE GLOBALIZAÇÃO
Antônio Cezar Burginski


DIÁLOGOS ENTRE A HISTÓRIA E A LITERATURA: UMA ANÁLISE A PARTIR DE PERCEVAL DE CHRÉTIEN DE TROYES

Emanueli Cristina Weber Stremlow 

“DE REI DOS BÁRBAROS AO FLAGELO DE DEUS”: ROMANIDADE E REPRESENTAÇÃO DA IMAGEM DO HUNO ÁTILA

Vanessa Fátima dos Santos

GUERRA DO CONTESTADO: DA VIOLÊNCIA COSTUMEIRA À DEFLAGRAÇÃO DE UMA GUERRA CIVIL

Débora Maria da Luz


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2011.


OS HIPPIES E O MOVIMENTO FEMINISTA NA DÉCADA DE 60

Aquiles K. G. Zin

COLONIZAÇÃO PORTUGUESA: EXPERIÊNCIAS E JEITINHOS NAS TERRAS BRASILEIRAS

Carolina Ribeiro Julio

RELATÓRIO HITE – UM PROFUNDO ESTUDO SOBRE A SEXUALIDADE FEMININA

Thays Bieberbach

OS ANOS 60: ANÁLISE DE UM PERÍODO DE REVISÃO, PROPOSTA E INSTAURAÇÃO DE NOVOS VALORES

Jonathan Afonso Braun

HELENA KOLODY: UMA PERSONAGEM POÉTICA, LITERARIA OU HISTÓRICA?

Juliane Kasiuk Scibor

AMOR: UMA BREVE ANÁLISE DOS PRINCÍPIOS E COSTUMES CULTURAIS NA EUROPA ENTRE OS SÉCULOS XVII E XVIII

Marieli Ivancheski Padilha

DIVERSIDADE DA RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA

Thiago L. Pires

O ESTADO ESQUECIDO: A HISTÓRIA DO CAMPEONATO FLUMINENSE DE FUTEBOL PROFISSIONAL

Aristides Leo Pardo

A PORTADA DA CAPELA DE SÃO FRANCISCO DE ASSIS DA PENITÊNCIA DE SÃO JOÃO DEL REI – MINAS GERAIS

Indiamara Catarine Pech

REPRESENTAÇÕES DA MULHER NOS PROCESSOS CRIMINAIS: TEIXEIRA SOARES-PR, DÉCADA DE 1980

Solange Mierzwa

ALGUMAS CULTURAS PRÉ-HISTÓRICAS PARANENSES: UMA INTRODUÇÃO ÀS TRADIÇÕES UMBU, HUMAITÁ, ITARARÉ, ARTE RUPESTRE DE PLANALTO E GEOMÉTRICA

Vanessa Cristina Chucailo

DAS HONRADAS ÀS PROMÍSCUAS, O PAPEL DA MULHER E SUAS DIFERENTES VIVÊNCIAS NO BRASIL COLÔNIA – SÉCULOS XVI E XVII

Sabrina Tkaczyk

FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ENSINO SUPERIOR: O ESTÁGIO DE DOCÊNCIA NUM RELATO DE EXPERIÊNCIA

Zuleide Maria Matulle

ALQUIMIA SEXUAL: UMA VISÃO DE HARMONIA SEXUAL NA CHINA ANTIGA

Kamila Czepula

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, jul./dez. 2018.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.2, jul./dez. 2018.

ENTRE FEIRAS E FOLHETOS: A HISTÓRIA DA LITERATURA DE CORDEL | Douglas Augusto da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

A Literatura de Cordel chegou ao Brasil a bordo das primeiras caravelas portuguesas. Junto a essa literatura, vieram juntos artistas e poetas que foram desenvolvendo em terras brasileiras o cordel de forma oral, porém curiosamente, foi após três séculos, que surgiram de fato, os primeiros folhetos de autoria de poetas brasileiros, mais precisamente na Região Nordestina Brasileira. No Nordeste, o cordel encontrou um ambiente extremamente propício para o seu desenvolvimento: uma população com costumes e cultura rural, e predomínio praticamente absoluto da comunicação oral, e com a valorização das feiras livres e das feiras tradicionais, onde acontecia o encontro da comunidade, veio junto a grande valorização dos poetas e cantadores, que transformavam suas apresentações em verdadeiros espetáculos. – PALAVRAS-CHAVE: Cordel, Literatura, Nordeste Brasileiro

RELAÇÕES VISUAIS COM O PASSADO: O USO DE IMAGENS NA REVISTA DE EDUCAÇÃO (SANTA CATARINA, 1936-1937) | Thaís Cardozo Favarin | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Com base nas discussões da História Cultural e Cultura Visual este artigo busca levantar e analisar o conteúdo imagético da Revista de Educação. Este periódico pedagógico circulou no Estado de Santa Catarina durante os anos de 1936 e 1937, tendo publicações bimestrais. Além disso, foi pensado e articulado pelos sujeitos do, então, Departamento de Educação, de modo que em suas páginas é possível identificar uma série de representações acerca do ensino ideal e de prescrições relativas ao mundo escolar daquele período. A análise das fotografias e ilustrações mostrou estratégias empregadas pelos sujeitos que compunham a Revista para associar as próprias ações àquelas dos dirigentes do ensino da década de 1910. Também evidencia o esforço em enaltecer os resultados obtidos até a década de 1930, integrando-os a um ideal de modernidade. Palavras Chave: Revista de Educação, Cultura Visual, História Cultural

COMPREENDENDO A GEOMITOLOGIA | Rodrigo Lima Veloso Ribeiro | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Lendas sempre fizeram parte da cultura dos povos, elas ilustram a forma como as pessoas enxergam o mundo ao redor, e por isso podem ser usadas para compreender como civilizações antigas viam o que os cercava. A geomitologia é o estudo que procura conciliar a mitologia com a geologia, estudando lendas e mitos, buscando eventos geológicos que possam explicar as crenças estudadas. – PALAVRAS-CHAVE: Geologia, mitologia, paleontologia, geomitologia.

A ASCENSÃO DOS PERIÓDICOS DENTRO DA HISTORIOGRAFIA E UMA PROPOSTA TEÓRICO-METODOLÓGICA A PARTIR DE UMA LEITURA DE MICHEL FOUCAULT | André Luís Andrade Silva

O presente artigo explana sobre três eixos principais. O primeiro deles visa discutir sobre os principais veículos de comunicação brasileiro no século XX, destacando as reformulações e inovações dos periódicos. O segundo eixo, se refere a corrente historiográfica francesa, a Nova História, que possibilitou a abertura de trabalhos sobre novas temáticas e a utilização dos periódicos como objetos e fontes de investigações históricas. No terceiro eixo é apresentada uma proposta teórico-metodológica, a partir de uma leitura sobre os trabalhos de Michel Foucault, a qual nos auxilia a pensar os periódicos sob uma perspectiva de relações de poder.
Palavras chave: Periódicos, Historiografia, Michel Foucault.

PETRÔNIO E O SATYRICON – CONSIDERAÇÕES SOBRE O CONTEXTO LITERÁRIO DA OBRA | Adriano Fagherazzi | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Neste texto problematizaremos as relações entre literatura e cotidiano na Roma Antiga. Afinal, a literatura reflete práticas culturais das sociedades e possibilita a compreensão de valores e visões de grupos da época. No caso da Literatura Latina como fonte histórica, notamos uma vasta produção documental.Entretanto, destacamos que essas fontes devem ser trabalhadas de forma historicizante para atender às especificidades de tais escritos. Assim, a obra de Petrônio nos proporciona um complexo e rico exemplo sobre o período do Principado, principalmente quanto às questões de gênero e segmentos marginalizados da sociedade romana. – PALAVRAS-CHAVE: Literatura Romana; Petrônio; Satyricon

SOUTHERN BRAZIL LUMBER AND COLONIZATION COMPANY E A IMIGRAÇÃO DE POLONESES EM TRÊS BARRAS-SC (1906-1945) | Jessica Caroline de Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Este artigo tem por objetivo apresentar os resultados obtidos com duas entrevistas realizadas no ano de 2011, as quais são fruto do requisito da disciplina de História Oral, da Universidade Estadual do Paraná, campus União da Vitória, e serão dialogadas com alguns teóricos discutidos na disciplina de História Oral e Narrativa, do Programa de Pós-Graduação do Mestrado de História, Cultura e Identidades da Universidade de Ponta Grossa, no ano de 2016. As informações coletadas das narrativas transcritas, partem do objetivo central de pensar a presença de imigrantes que, no início do século XX, vieram de diferentes regiões da Europa para morar na cidade de Três Barras (SC) e trabalhar na Lumber. Levando em consideração a multiplicidade étnica que havia na localidade, optou-se por enfatizar o grupo étnico polonês, pois eram em maior densidade na referida cidade, contando com uma Colônia específica, escola e outras atuações sociais que permitem selecioná-los como eixo de análise. Para pensar estas questões, serão utilizados como base teórica Verena Alberti e Alessandro Portelli no que confere a História Oral; Soeli Regina Lima, Alexandre Tomporoski e Fernando Tokarski, além de outros autores que auxiliam na problematização dos demais pontos da pesquisa. – PALAVRAS-CHAVE: História Oral; Imigração Polonesa; Lumber.

HISTÓRIA E HISTORIOGRAFIA: ENSAIO SOBRE AS CONTRIBUIÇÕES DA TEORIA DA HISTÓRIA | Michelle de Paula Pupo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Neste ensaio trazemos algumas contribuições da teoria da história para a historiografia, e sua busca da legitimidade cientifica, em meio aos outros discursos presentes na sociedade. Buscando compreender as indagações e paradigmas que vão modificar a forma como os historiadores olham a história, como o rompimento da noção de um tempo retilíneo e o estruturalismo, como também a contribuição da interdisciplinaridade. Este ensaio é resultado dos estudos aprofundados na disciplina de teoria da história, do mestrado em história, cultura e identidades, da Universidade Estadual de Ponta Grossa- UEPG.
Palavras-chave: história, ciência, teoria da história.

HISTÓRIA E FONTE ORAL: UMA VISÃO PANORÂMICA | Jéfferson Balbino | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

A história oral é uma das ramificações da historiografia que mais tem sido utilizada por pesquisadores situados no campo das Ciências Humanas e, também, em outras áreas uma vez que é uma ferramenta multidisciplinar, pois possibilita que o pesquisador vá em busca de sua fonte, tomando seu depoimento acerca de um determinado fato histórico que aquele indivíduo tenha vivenciado e assim produz e, posteriormente, analisa, criticamente, essa fonte.

O presente artigo objetiva-se em apresentar um panorama geral sobre a história e, conseguintemente, a fonte oral, os procedimentos necessários para a utilização dessa indispensável metodologia no uso da história oral, ou seja, quais são os caminhos que o pesquisador/historiador deve percorrer para ‘descobrir’ a sua fonte, como deve ocorrer os primeiros contatos e abordagens e como o mesmo deve lapidá-la antes de transformá-la em uma fonte oral. Para tal desígnio recorreremos a obra de alguns historiadores que possuem vastas experiências na produção de fontes orais dentre eles Sônia Maria de Freitas (2002), Alistair Thomson (2000), Alessandro Portelli (1997), Ângela de Castro Gomes (2008) e José Carlos Sebe B. Meihy (2015). – PALAVRAS-CHAVE: História Oral; Fonte; Procedimentos.

SISTEMAS SIMBÓLICOS E REPRESENTAÇÕES: ENTRE REDES, IDENTIDADES E ALTERIDADES |Wesley dos Santos Lima | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

A globalização como processo terá uma enorme influência na emergência da modernidade líquida, e com o crescimento das redes virtuais, um “admirável mundo novo” surgirá, modificando, assim, estruturas, sistemas e identidades. Tais mudanças necessitam de uma reflexão mais aprofundada sobre o assunto. Para isso, traremos aqui apontamentos que dimensionam a discussão acerca das transfigurações identitárias, em um panorama que é significativo, já que não só relaciona as diferenças para a manutenção das identidades, mas também estabelece a ligação dos processos modificadores inseridos na liquidez da sociedade atual. – PALAVRAS-CHAVEs: Identidades, sociedade, redes.

A BOCA DO LIXO E OS PORNOCHANCHEIROS: RELAÇÕES ENTRE POLÍTICAS PÚBLICAS E“DIVERSÕES ADULTAS” NO BRASIL CONTEMPORÂNEO | Romulo Gabriel de Barros Gomes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

O presente artigo tem como objetivo analisar o contexto histórico-formativo da região que abrigou a maior quantidade de produtoras cinematográficas reportadas pela historiografia do cinema nacional, além de uma tradição de prostituição e outras “diversões” transgressoras. A região passou a ser conhecida como Boca do Lixo, no centro da capital paulista. Bem como observar sua relação ambígua com as instâncias governamentais durante as décadas que perduraram sua existência, tanto quanto zona de tolerância, como pólo cinematográfico especializado em produções eróticas durante o regime civil-militar brasileiro. O eixo desta discussão é a problematização acerca do discurso normatizador e amplamente moralizante dos governos e, por outro lado, sua permissividade ou mesmo incentivo direto às atividades da Boca num segundo plano, nos bastidores da política. Compreende-se que, a partir de tal análise, faz-se possível observar o que é apontado por Michel Foucault ao observar no exercício difuso e capilar do(s) poder(es) um potencial ora cerceador, ora quanto criador e que tece relações nem sempre lineares e quase sempre difusas. – PALAVRAS-CHAVE: Boca do lixo. Cinema. Ditadura civil-militar. Pornochanchadas.


GÊNERO E EDUCAÇÃO: UMA INTERFACE NECESSÁRIA | Caroline Becher e Alef Guilherme Zangari da Silva | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Este trabalho tem como objetivo, trazer reflexões referentes ao campo do debate de gênero nas escolas. Torna-se importante, compreender a questão de gênero e da diversidade sexual na escola. Atendendo a discussão aqui proposta, buscou-se conceituar gênero a partir de sua concepção enquanto categoria histórica de análise, e partir desta definição estabelecer a interface com a sexualidade, diferenças sexuais e a construção de educação em gênero e diversidade. A escola, formadora de opiniões, constitui-se espaço de promover relações igualitárias e respeitosas, oportunizando discussões acerca das diferenças entre cidadãos(ãs). A análise das representações sociais dos/as docentes acerca da homofobia constitui um caminho promissor para estimular a reflexão e a busca de conhecimentos mais coerentes acerca da amplitude dessa violência que, de modo sutil ou manifesto, ocasiona sofrimentos. – PALAVRAS-CHAVE: Gênero, homofobia, escolas.

DESSOCIALIZAÇÃO, DESPERSONALIZAÇÃO, DESSEXUALIZAÇÃO, DESCIVILIZAÇÃO E ALIENAÇÃO: A ESCRAVIDÃO DOMÉSTICA NAS SOCIEDADES CENTRO-OCIDENTAIS AFRICANAS | Jessica Caroline de Oliveira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Sabendo que o continente africano possui uma gama de especificidades históricas e culturais, este artigo tem por objetivo apresentar o modo como a condição de escravo foi justificada nas sociedades Centro-Ocidentais. O interesse por esta temática vale-se da constante generalização e maneira deturpada pelo qual o processo de escravidão é pensando no tocante a África, tendo em vista a sua constante vinculação ao modelo de escravização empregado pelos europeus. Logo, anseia-se delinear o que e de que forma foram elaboradas as prerrogativas que oportunizavam a existência e manutenção de um sistema de escravidão africana e, nesta acepção, delinear o que a distingue dos modelos subsequentes empregados pelas culturas islâmicas e europeias. Para tal, utilizou-se como arcabouço teórico os pesquisadores Meillassoux (1995), Wedderburn (2006) e Lovejoy (2002). – PALAVRAS-CHAVE: Escravidão Doméstica; Condição de Escravo; África.

“OS GOLPES DE MARTELO” EM DEFESA DA HISTÓRIA: TEMPORALIDADES, NARRATIVA E ESTÉTICA 
Assis Daniel Gomes | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Neste artigo, tenciona-se relacionar a discussão sobre o tempo, a narrativa e a estética na história buscando indicar caminhos de análise, bem como realçar a sua importância para compreender o mundo contemporâneo. Para isso, percorreu-se uma bibliografia teórica para alicerçar nossa proposta e a defesa do conhecimento histórico. Enfim, clarificar os limites entre a história e a ficção não é deixar de colocá-las em relação dialógica, mas manter as suas especificidades de existência e o seu lugar político na sociedade. – PALAVRAS-CHAVE: temporalidades, narrativa, estética. |
O RETRATO DO PRINCEPS DOMICIANO NA IV SÁTIRA DE JUVENAL | Bruno Torres dos Santos | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

O presente artigo tem por objetivo analisar como o Princeps é retratado literariamente no gênero satírico, pelo poeta Juvenal. O imperador em questão é o polêmico Domiciano, terceiro da dinastia flaviana, que, por ter cometido diversos assassinatos de entes importantes da sociedade, inclusive senadores, foi morto num complô. Para tal, servirá de corpus a IV sátira de Juvenal, da qual serão extraídos os excertos a serem traduzidos, interpretados e analisados. Sendo assim, algumas informações sobre o contexto histórico, sobre o poeta e sobre o gênero literário fornecerão subsídios para melhor compreensão dos fenômenos apontados neste poema. – PALAVRAS-CHAVE: Construção literária; Domiciano; Sátira.

DO HIBRIDISMO À RESSIGNIFICAÇÃO: NOTAS EM TORNO DO CULTO AOS SANTOS CATÓLICOS NA PRÁTICA RELIGIOSA BRASILEIRA 
Emerson José Ferreira de Sousa | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Muitos estudiosos do fenômeno religioso partem do pressuposto de que não existe prática religiosa que não seja híbrida ou sincrética. Compartilhando dessa mesma lógica, compreende-se que nem mesmo o culto aos santos oficiais no catolicismo brasileiro esteve imune às diversas formas de hibridismo que perpassam nosso cotidiano. Desse modo, por meio da análise de uma historiografia que há muito debate o tema, objetiva-se aqui discutir como o culto aos santos ao longo da história da prática católica brasileira é perpassado por diversas hibridizações, o que situa esses representantes do sagrado no meio de inúmeras práticas religiosas ressignificadas. No campo teórico, nos apoiamos em Peter Burke quando ele afirma que às formas hibridas ocorrem através de encontros múltiplos sob diversas situações, e mais especificamente em relação ao catolicismo brasileiro, em Eduardo Hoornaert que nos faz compreender que este é situado em meio a vários hibridismos que moldaram historicamente suas formas de expressão. Em um primeiro momento, buscamos perceber como a formação híbrida da sociedade brasileira influenciou na pluralidade e dinamicidade de sua prática católica. Posteriormente, focaremos as diversas (re)apropriações em torno do culto ao santos pelo próprio sistema implementado na sociedade que se formava, e pelas contingências de sua vida privada. – PALAVRAS-CHAVE: Catolicismo; apropriação; devoção

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2010 / v.1, 2007.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2010.

A CAPITAL É UM CAOS!

Maytê Regina Vieira

Em 1904 o Rio de Janeiro viveu um conflito que pode ser comparado a uma guerra civil. Quebra-quebra, destruição de bondes, iluminação pública. Barricadas nas ruas para enfrentar a polícia. Esta, mesmo com a ajuda da Marinha e dos Bombeiros, teve dificuldade em conter o ímpeto popular. A Revolta da Vacina é comumente retratada como um levante popular contra um decreto que obrigava a vacinação. Mas não é só isto que a explica. Buscamos neste artigo entender os mecanismos que levaram a população carioca ao levante e a enfrentar com armas ou o que pudesse ser usado como tal, as autoridades. Defendemos que a obrigatoriedade da vacina foi somente uma justificativa. Os motivos eram bem mais antigos e bem mais profundos. Era uma mescla de frustrações com o governo, com o novo regime, com as condições de moradia e com a imposição arbitrária de novos modos de vida que excluíram a maior parcela da população.

O BROCK: A FORMAÇÃO DO MERCADO JOVEM DOS ANOS 80

Jeferson Lima

A música brasileira, mais especificamente o rock, traz uma miríade de influências e informações que vão alem dos ritmos nacionais. Este ensaio visa traçar um panorama geral sobre o rock brasileiro, e principalmente, apresentar o movimento BRock, que surge no Brasil durante a década de 80. Ao analisar quais suas diferenças em relação aos outros movimentos musicais que utilizaram da linguagem musical do rock, mas em nada se assemelham a essa manifestação cultural presente no BRock. O estilo musical intitulado rock é encontrado em canções anteriores ao movimento do BRock, mas o que acabara sendo seu diferencial é seu apelo comercial e mercadológico.

ACERCA DA SEXUALIDADE: O QUE SE FALA, O QUE SE CALA… A TRADUÇÃO DO DIÁLOGO DO TAO SUPREMO PARA O MUNDO

Kamila Czepula

Mas afinal, será que em algum momento da história a sexualidade pode realmente ser vivenciada como um ato natural?  Seria possível falar de sexo assim tão sem clichês, sem anticlímax, sem preconceito, sem malícia e vulgaridade? Há quem diga que sim e quem diga que não, outros afirmam que nunca saberemos concretamente tais informações; o fato é, que as respostas para estes questionamentos oscilavam entre o possível e o duvidoso, já que os conhecimentos tangíveis sobre a sexualidade, ainda continuavam a ser uma incógnita. No entanto, em 1973-1974 foram descobertos em uma tumba de Mawangdui (província de Hunan), na China, uma serie de textos daoístas, datados da época da dinastia Han. Dentre estes escritos encontravam-se alguns tratados curtos, porém bastante elucidativos a respeito da visão chinesa antiga sobre o sexo. Aliás, uma das peculiaridades destes documentos é que eles comprovam, que a sexualidade para os chineses não está vinculada ao pudor e a austeridade, assim como o discurso da moral e do pecaminoso é simplesmente inexistente; isso ocorre, porque na China antiga o sexo era visto como algo natural e vital para existência de um ser, não é a toa, que o primeiro livro de medicina chinesa o Neijing (Tratado Interno) já fizesse referências abrangentes sobre o mesmo.

DO MITO A FILOSOFIA

Jaquelline Maria Cradoso

A temática dessa pesquisa acadêmica trata basicamente das relações entre mito e razão na sociedade grega. O enfoque é em torno dessa crença nos mitos pela sociedade, onde o mito era a explicação para qualquer acontecimento do dia-a-dia, bem como a filosofia que aparece para questionar esses mitos, tendo como precursor o filósofo Sócrates.

ESTE DIABO EMPACA POR QUALQUER COUSA: COSTUME E MODERNIDADE NA DÉCADA DE 1870 A PARTIR DO PERIÓDICO A VIDA FLUMINENSE

Marcio Renato Marques

A proposta deste artigo é discutir a partir de algumas edições do periódico “A Vida Fluminense” as relações pelas quais as idéias referentes à “modernidade” foram construídas, tomando como referência dois modelos explicativos para se entender as passagens da monarquia à primeira república: a questão militar e as discussões relativas ao clero. Não é nosso fito nestas breves paginas, expor através de hipóteses mais abrangentes, um direcionamento mais palpável para explicar o fim do regime monárquico. Nossas perguntas partem das discussões que se iniciam na década de 1870 e que serão expostas através das charges e das notas do jornal, fazendo referência quando falam de modernidade e a discrepância em relação ao “costume”, as medidas higienistas no combate à febre amarela, diga-se de passagem, um embate simbólico entre uma irrisória elite branca em meio a um emaranhado de culturas africanas e de uma população predominantemente mestiça.

A EXPERIÊNCIA COLONIAL E OS ESCRAVOS NA SOCIEDADE DO BRASIL COLÔNIA

Indiamara C. Pech

Debater a experiência colonial e os escravos na época é extremamente importante, pois não só corresponde a uma parte do conteúdo de História do Brasil, como dá conta de avançar em suas múltiplas contribuições, seja ela econômica, social, política e cultural. Pretendemos, além de descrever a experiência colonial, destacar as condições de trabalho e vida escravistas dentro da sociedade, reconhecendo que os trabalhadores escravos foram sujeitos de sua história, não apenas quando participaram de revoltas de caráter mais contundente, mas e principalmente no seu dia-a-dia. Também pretendemos, suscitar, superficialmente, reflexões a respeito de aspectos econômicos e culturais travadas no Brasil, a partir da mão-de-obra escrava. Consideramos que os estudos sobre a temática, vista sob o olhar de grandes escritores como Luiz F. Alencastro (2000), Leila Algranti (1988), Stuart Schwartz (1999), entre outros.

ABRAM OS PORTÕES: A EMIGRAÇÃO SÍRIO-LIBANESA NO PARANÁ DO SÉCULO XIX ATÉ A ATUALIDADE
Thays Bieberbach

Em tempos que a emigração e crise dos refugiados é apresentada com tanto fervor nos meios de comunicação mundial, gerando muitas vezes uma repulsa aos emigrantes, nesse artigo pretendemos trabalhar alguns aspectos da emigração Sírio-Libanesa no Brasil e em especial no Estado do Paraná, dividimos o presente artigo em três partes, uma explicando como eles vieram para território brasileiro e os aspectos culturais, outro falando da criação do clube sírio-libanês no Paraná e por último vamos discutir a emigração, imigração e atualidade no Brasil e Paraná.

VISÕES DO ORIENTALISMO
André Bueno

Em um texto anterior, intitulado “Introdução ao Orientalismo”, busquei apontar alguns tópicos sobre a necessidade de estudar a história asiática. Um ponto que vêm se destacado neste resumido esquema de apresentação – e ao qual as pessoas tem me inquirido com um pouco mais de constância – trata da divisão entre orientalistas “academicistas” e os “esotéricos”, condição presente e indissociável do processo de formação daqueles que, porventura, acabam se interessando pelos estudos asiáticos. Neste pequeno texto, pois, explicitarei um pouco melhor esta questão, bem como discorrerei brevemente sobre a “terceira via” do orientalismo, ou, a possibilidade de fazermos estudos asiáticos de uma forma menos preconceituosa e problemática.

RELIGIÕES PARADOXAIS – UMA COMPARAÇÃO ENTRE O EGITO ANTIGO E A MESOPOTÂMIA
Kamila Czepula

O conceito de religião constituído em nossa mente sobre religião é tão abrangente e imenso que às vezes chega a ser inconsistente e preconceituoso. Mas antes de adentrarmos nessa questão, julgamos necessário fazer algumas considerações preliminares sobre os mitos, já que seria impossível fazermos uma comparação entre as religiões egípcia e mesopotâmica sem compreendê-los melhor. O que é, então, mito? Aparentemente parece ser uma pergunta de fácil resposta, já que o mito é um assunto corriqueiro; entretanto, se analisarmos a pergunta mais a fundo, perceberemos que a sua resposta é muito mais complexa.


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2009.

A DESCOBERTA DE UM NOVO MUNDO E DO OUTRO

Maytê Regina Vieira

“A descoberta das Américas permitiu não só o encontro de novas terras e possibilidades a serem exploradas como também, o encontro de novos seres, uma população nativa, sem o conhecimento do mundo ou do outro, no caso o europeu. O “descobrimento” do Brasil modificou a concepção de mundo européia causando repercussões em todos os lugares, a grande questão era definir quais os limites do novo território e quais os benefícios que poderia trazer a Portugal que buscava um projeto de construção de uma América Portuguesa. (COUTO, 2000, p.48). Segundo Vainfas (1999), a descoberta do novo mundo impôs ao europeu o embate com o outro, fez com que ele descobrisse a alteridade, este embate resultou na “(re)construção da identidade cristã ocidental”, o que fez com que o europeu visse no índio sua própria selvageria. Diante das diferenças o europeu rejeitou-as vendo seus próprios demônios e idolatrias em todas as manifestações indígenas, desencadeando um processo de perseguição a tudo que fosse diferente de sua cultura. O europeu descobriu na América uma nova terra, uma nova cultura totalmente diversa da sua, a maneira de lidar com ela foi impor sua cultura, sua civilização a estes novos povos que eram considerados “sem lei, sem fé e sem rei” (NOVAES, 1999, p.7)….”

PRIMEIRA REPÚBLICA E A DEMOCRACIA POLÍTICA

Sabrina Tkaczyk

“Para muitos a Primeira República representava o novo modelo político, a grande mudança após o sete de setembro. Nascida de conflitos, de modelos radicais e liberais, o novo modelo político trouxe em seus primeiros anos desavenças e descontentamentos, em especial por tratar-se de uma República que não previa a participação popular nem foi legitimada por todos, concentrando seus esforços em manter velhas estruturas coloniais em caracterizar-se como um modelo urbano, não foi suscitada de políticas sociais e as desigualdades ocorriam no interior distante. O individuo não foi incorporado como cidadão, uma quantia insignificante votava, e as eleições eram premissas de violência e fraude. As classes subalternas vivem alheias ao processo vigente, sendo o Brasil de grandes contrastes, na cidade ou no interior, o capoeira e o sertanejo vão buscar seus espaços de sociabilidade e luta, a cidade marcada pela desigualdade assim como o sertão da grande propriedade nas mãos de poucos, do analfabetismo, da corrupção, da fome e da seca. Os grupos vão apoiar-se em doutrinas de monges e beatos, herói seria o cangaceiro que desafiava os coronéis e autoridades locais, grupos que buscavam melhores condições de vida em espaços arrasados por ineficácia política, esta que não soube sanar os problemas e usou da violência para drenar uma ameaça que era inviável. Os movimentos de Canudos, Caldeirão, Contestado, Juazeiro e Cangaço, vão demarcar a luta pela sobrevivência, a participação popular em moldes sociais recriados por estes, a luta pela terra e por melhores condições de vida…”

QUEDA DA MONARQUIA E PROCLAMAÇÃO DA REPÚBLICA: UMA DISCUSSÃO TEÓRICA E CONTEXTUAL

Carlos Almir Matias

“Poucos historiadores escreveram sobre a transição da monarquia para Republica, os poucos historiadores que escreveram sobre esse período deram ênfase ao impacto social e as revoltas desse contexto. Os historiadores que escreveram nesse período entendem que o regime republicano foi adotado com consenso, que essa transição era uma fatalidade histórica, e tinha por objetivo amalgamar diversos interesses. Contudo, esses historiadores deixaram de lado do debate a sociedade civil e os monarquistas, como que se estes estivessem a margem do processo. Esses historiadores também esqueceram das oposições existentes entre militares e civilistas e a oposição dentro de cada um desses grupos. Os militares de alta patente entendiam de forma diferente dos militares de baixa patente, o papel das forças armadas na construção da República. Entre os civilistas, a oposição era entre proprietários de terras e industriais. Os proprietários almejavam a manutenção das terras, da estrutura agrária, alem da supremacia econômica e política. Para os industriais, o objetivo era rever a relação entre cidadãos e proprietários de terras. A idéia era diminuir o tamanho das terras para que houvesse uma oferta de mão de obra maior para as industrias que estavam surgindo…”

TÓPICOS SOBRE A OCUPAÇÃO HUMANA NO ARQUIPÉLAGO JAPONÊS Julio Cezar Jaicnto

“A arqueologia levada ao Japão, assim como, boa parte das ciências oriundas do ocidente, tiveram um início de certa forma tardio em relação ao Velho Mundo, uma vez que, a política isolacionista do Xogunato Tokugawa restringiu qualquer contato com o ocidente durante os anos de 1639 à 1853. Neste período o Japão permaneceu de certa forma, num ostracismo cosmo político em relação ao mundo ocidental e até mesmo oriental. Salvo raras exceções, como no caso dos holandeses que gozavam da permissão xogunal, em função de comercializarem mesmo que de forma restrita com o Japão, durante o Sakoku.Sendo-lhes permitido atracar somente, um único navio por ano, contendo produtos ocidentais na pequena ilha de Deshima, localizada na baia de Yedo, atual cidade de Tókio. Contudo somente a partir do advento sem precedentes da Restauração Meiji (15/12/1867) e posteriormente com a administração de uma política agressiva de modernização sociocultural, foi possível a propagação de um ideal crítico, e entendamos com isso, projetado sob a luz de um cientificismo ocidental. Todavia, grande parte das esferas econômicas e sociais são “obrigadas” a adaptarem-se à nova tessitura progressista do governo nipão…”

HERESIAS E PRÁTICAS DESVIANTES: IMPACTOS NA SOCIEDADE LUSO-BRASILEIRA DO SÉCULO XVI

Marques, Marcio Renato

“Desde que se iniciara o concilio de Trento, discutindo as futuras ações da Contra-Reforma até a chegada dos primeiros jesuítas em terras brasílicas no ano de 1549, a Igreja Católica Romana vivia mantinha-se na posição de uma “Cidade Sitiada”, como escrevera Delumeau, tentando se conservar frente às investidas do Islã no flanco oriental e apaziguar os conflitos com os reformados no coração do continente, não deixando de lado os judeus (logo, associados à usura), antigos retentores das atividades da economia monetária medieval. As frentes contrárias as estruturas seculares da Igreja germinavam em todos os lugares durante o Renascimento: Lutero, Zwingli e Calvino representam, contudo a reafirmação de idéias contestadoras anteriores, como no caso dos hussitas e de demais grupos rotulados como heréticos. As ações da Igreja, contudo se voltaram para fora da Europa, à exploração de Novos Mundos engrossaria o rebanho de cristãos obedientes ao Papa. Para tal tarefa os seguidores de Inácio de Loyola assumiram essa missão salvacionista, seja no oriente distante, na África ou em toda a América…”

REPÚBLICA: UMA FALSA IDEOLOGIA

Thays Bieberbach

“É muito comum nos dias de hoje em qualquer roda de amigos, o tema política surgir, seja para falar mal de algum candidato ou discutir sistemas políticos. Nosso conhecimento permite saber que no mundo várias formas de governo já existiram e algumas ainda permanecem. Alguns países já foram governados de diversas formas, tanto que temos como exemplo nosso país que já foi uma monarquia, parlamentarista, e é republicano presidencialista. Um sistema político que vale a pena ser estudado é o de Roma. Você deve estar se perguntando “mas por que estudar Roma? Por que temos que falar de Roma?” ela é famosa pelos seus 12 Césares, pelas conquistas e pela grandiosidade do império, entre outras coisas. Espera ai, império? Sim império, o sistema político deles é tão complexo que para falarmos do império devemos explicar as transformações políticas desde o início. Roma já foi monárquica, teve um período onde os reis dominavam o poder e não permitia a participação do Senado, isso levou a população e a elite buscar uma alternativa a esse sistema, diante disso houve uma revolta para destituir o rei e em seguida a república é implantada, o que fez a elite social romana formar o Senado e ter acesso as decisões…”

SINGULARIDADES AFRICANAS: UM OLHAR SOBRE A HISTÓRIA DA ÁFRICA

Juliana de Cássia Câmara

“Pensar a África apenas como um dos continentes mais populosos e extensos de todo o planeta, onde existam tribos, crenças, dialetos, folclore, artesanato, e que assim como nas telas de cinema, reine a fome, o desemprego, a violência, a pobreza, não passa de uma visão eurocêntrica e monocultural. Muito dessas idéias se difundem devido à tradição cristã e ocidental, que mostram uma África de barbárie, e por isso, incapaz de constituir civilização. Contudo, discutir essa questão tem sido ainda um problema de grandes variáveis. Um exemplo vem com a Lei 10639/2003 que torna obrigatório o ensino da História e Cultura Afro Brasileira, mas que, no entanto, muitos professores além de não terem conhecimento sobre a mesma, não se encontram preparados para este trabalho, pela falta de formação especializada. A literatura, onde por mais que se produza sobre esta temática, se encontre restrita a centros bastante específicos. A idéia de que vivemos numa democracia racial em nosso país, de completa harmonia e igualdade, mas onde o racismo é muito forte, presente e constante. Porém, a história da cultura africana não pode ser tomada de modo universalizante, e nem explicada somente a partir de um único fator, como a escravidão. É preciso romper com as idéias que desvalorizam e menosprezam o povo e a cultura africana. Trata-se de diferentes povos e culturas, que também construíram seu modo de viver, de fazer, de ser e de estar no mundo, criando e recriando suas tradições…”


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2008.

SUMÁRIO

A ATUAÇÃO DAS ESCOLAS HISTÓRICAS

Maytê Regina Vieira

AMÉRICA LATINA: PERSPECTIVA DE CRESCIMENTO E DESENVOLVIMENTO – SÉCULO XXI

Juliana de Cássia Câmara

IDADE MÉDIA E O NASCIMENTO DO OCIDENTE – ESTRUTURAS MENTAIS E SOCIAIS

Daniel Rocha Junior

PCNS E PPP: UM ESTUDO DAS PROPOSIÇÕES QUE PERMEIAM A REALIDADE ESCOLAR

Juliana de Cássia Câmara

CHICLETE COM BANANA, HQ E O FINAL DA DÉCADA DE 80

Jefferson Lima


Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, v.1, 2007.

A TABULETA DE MAQUILAGEM DO REI NARMER

Alam Arezi

UM ESTUDO DAS CRISES ECONÔMICAS NO SÉCULO XIX – O CASO DA FRANÇA

Juliana de Cássia Câmara

HISTÓRIA DO CRISTIANISMO

Daniel da Rocha Junior

O CONFUCIONISMO

Vera Maria Benzak

O DAOÍSMO

Márcio Geiss

A DECADÊNCIA DA HISTÓRIA ECONÔMICA E SUAS PERSPECTIVAS ATUAIS

Ana Paula Kazmierski

Juliana de Cássia Câmara

Sobre Ontens | Unespar/UERJ | 2007

SobreONtens3 Sobre Ontens

Sobre Ontens (Rio de Janeiro, 2007-) é uma revista brasileira multicampi, incorporando em seu conselho Editorial e Científico professores de várias instituições brasileiras. Nossa linha editorial busca publicar textos em Aprendizagem Histórica, Ensino de História e História do Ensino.

Desde 2015 a revista Sobre Ontens promove também a publicação de livros digitais. Nosso periódico é divulgado, produzido e gerenciado pelo LAPHIS – Laboratório de Aprendizagem Histórica [Unespar] e Projeto Orientalismo [Uerj].

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Periodicidade [semestral].

Acesso livre.

ISSN 2176-1876

ISSN-L 2176-1876

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