Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

IMPRESSÕES DE UM VIAJANTE OITOCENTISTA SOBRE O NILO E O AMAZONAS | Anna Carolina de Abreu Coelho | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. | |

José Coelho da Gama e Abreu, o Barão de Marajó, político e intelectual amazônico, em suas inúmeras viagens refletiu sobre o espaço urbano durante o século XIX. Comparando as cidades de diversas partes do mundo, ele percebia “diferentes grandezas” relacionadas à natureza e à civilização. Neste artigo, pretendemos analisar o olhar comparativo do viajante amazônico a respeito dos rios Amazonas e Nilo.
Palavras-chaves: Viagens; Amazonas; Nilo

| A IGREJA TENRIKYO AMAZÔNIA: A HISTÓRIA E A CULTURA DA RELIGIÃO | Vitor Moises Nascimento Therezo | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Este artigo destaca algumas características distintivas, da forma como a religião é vivida na Igreja Tenrikyo Amazônia, localizada em Ananindeua, zona metropolitana de Belém (Pará). As características percebidas na Tenrikyo na Amazônia contrastam com os padrões estabelecidos no Ocidente, principalmente em perspectivas de tempo e espaço, que acabam por unificar os conceitos de tradição e cultura. Mesmo com uma estrutura e doutrina bem definida e uma carga de ocidentalização muito forte, a religião não é uma categoria autônoma da cultura e da história. Isso permite o estabelecimento e a percepção mais clara de fins sociais neste contexto religioso nipo-amazônico, o que acaba por poder ser um fator útil para qualquer pesquisa que se debruce sobre a religião e a cultura. Assim, pode-se haver proveito dessas análises para construção de outras perspectivas de interpretação do cenário religioso ocidental, que hoje é tão plural e heterogêneo.
Palavras Chave: Igreja Tenrikyo; Amazônia; Religiosidade no Brasil

A CULTURA ÁRABE MUÇULMANA E O CINEMA: O RETRATO DO ÁRABE MUÇULMANO GERADO PELO CINEMA HOLLYWOODIANO | Débora Dorneles Uchaski | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Este artigo traz uma perspectiva sobre como o cinema hollywoodiano têm representado a cultura árabe muçulmana e como o cinema tem sido utilizado como uma ferramenta ideológica para a legitimação de projetos políticos e econômicos norte-americanos. Baseados na teoria da Nova História Cultural e nos métodos de Marc Ferro, analisaremos vinte e um (21) filmes criados entre a década de 1970 e os dias atuais, partindo do contexto em que havia sido criada a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e o mundo estava sendo acometido com a crise do petróleo, atingindo primariamente os Estados Unidos. Fundamentado em interesses políticos e econômicos, os Estados Unidos tem utilizado do cinema hollywoodiano como um instrumento para atingir o inconsciente coletivo das massas. Aumentando consideravelmente a utilização da figura do árabe muçulmano em seus filmes, criando um retrato de tal cultura sob uma ótica orientalista. Além disso, dedicamo-nos a estudar a representatividade da cultura árabe muçulmana no cinema salientando a forma como é estampada, os estereótipos arremetidos a tais sujeitos e analisar se houve alterações e degradações de sua imagem com o decorrer da história. Enfatizando a importância de trabalhar em sala de aula a desconstrução dessa ótica eurocêntrica e orientalista a fim de despertar no educando um olhar crítico ao que lhe é ofertado pela mídia de massas. Portanto, com o objetivo de trazer novas perspectivas e visões a fim de romper com estereótipos e com o estranhamento a culturas diferentes das quais este se insere, visando que alcance um pensamento mais ambíguo e tolerante.
Palavras-chave: Cinema; Representação; Orientalismo; Estereótipos; Racismo.

A IMIGRAÇÃO JAPONESA VISTA PELO CINEMA BRASILEIRO: APONTAMENTOS SOBRE “GAIJIN, CAMINHOS DA LIBERDADE”, DE TIZUKA YAMASAKI (1980) | Diogo Matheus de Souza | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

A Lei 13.006/2014 determina a exibição de duas horas mensais de filmes de produção nacional em todas as escolas de educação básica do país. Buscando refletir sobre possibilidades acerca do cinema brasileiro na escola, e mobilizando temáticas,

O presente artigo pretende analisar o filme “Gaijin, Caminhos da Liberdade” (1980), da cineasta nipo-brasileira Tizuka Yamasaki. Por meio do filme, de notícias de jornal que circularam no contexto de seu lançamento, de entrevista com a diretora e da bibliografia existente, pretende-se compreender como “Gaijin” mobiliza e produz memórias acerca da imigração japonesa, e quais os indícios que nos fornece sobre a construção de uma identidade japonesa no Brasil.
Palavras Chave: Imigração Japonesa; Cinema; Educação

REMINISCÊNCIAS DE MILTON HATOUM: ORIENTE E AMAZÔNIA COMO VETORES DA ARTE LITERÁRIA | Heraldo Márcio Galvão Júnior | Arcângelo da Silva Ferreira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. | Com

O presente artigo buscamos esboçar sobre a trajetória intelectual do escritor amazonense Milton Hatoum, elucidando, essencialmente, a Amazônia e o Oriente, real e imaginário. Estes motes literários herdeiros das experiências vividas pelo literato desde sua infância. As lembranças, as memórias e seus espaços se tornaram vetores da arte literária de Hatoum.
Palavras Chave: Milton Hatoum; Literatura; Oriente.

NARRATIVAS ORAIS DE MULHERES CHINESAS EM MANAUS 1980-2017 | Raphaela Martins Pereira | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |

Este artigo é fruto de uma pesquisa de Iniciação Cientifica vinculada ao Laboratório de História Oral e Audiovisual do Amazonas (LABHORA-AM) do Departamento de História da Universidade Federal do Amazonas e seu objetivo é refletir sobre memórias de mulheres chinesas que migram/migraram para Manaus no interstício de 1980-2017. Para isso nos utilizaremos fundamentalmente dos diálogos estabelecidos com as fontes orais, obtidas através de entrevistas que realizamos com três chinesas migrantes e que versaram sobre suas Histórias de vida, seu trabalho e o processo de migração. Entendemos que o modo de migrar de homens e mulheres são diferentes e que refletindo acerca das memórias e experiências desses sujeitos históricos podemos ter dimensões da História da imigração chinesa para o Brasil.
Palavras – Chave: mulher chinesa; imigração; história oral.

LENDO O OCIDENTE A PARTIR DO ORIENTE: O NARRADOR MACHADIANO EM QUESTÃO | Nelson de Jesus Teixeira Júnior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |

O ensaio visa, através de uma perspectiva ficcional e histórica, discutir como o Ocidente era lido através dos acontecimentos no Oriente, isso, por meio de uma crônica datada de “1 de julho de 1876”, assinada por Machado de Assis, que circulou no espaço carioca do Oitocentos. Esse escritor brasileiro operacionalizava ideias diversas em favor da formação informativa do seu leitor, apesar de não ter precisão acerca da composição desse leitorado. Essa narrativa machadiana viabiliza ampliar, para nós, a forma de compreensão sobre o cronista e seu processo de apreensão do cotidiano.
Palavras-chave: Machado de Assis; Oriente; Literatura

“FAÇA-SE O QUE SE QUISER – OS CHINESES POVOARÃO O BRASIL”: A PRIMEIRA MISSÃO BRASILEIRA NA CHINA | Kamila Rosa Czepula | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |

Nesse breve texto, analisaremos a primeira missão brasileira realizada na China em 1881, que tinha por objetivo estabelecer acordos comerciais e viabilizar a vinda de imigrantes chineses para o Brasil Império.
Palavras-chave: Imigração Chinesa; Brasil Império; China Imperial

A CONTRIBUIÇÃO DOS ESTUDOS DECOLONIAIS PARA O ORIENTALISMO DE EDWARD SAID | Pepita Afiune | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018. |

O artigo propõe um debate teórico a respeito da importância dos estudos orientalistas do palestino Edward Said e a contribuição que os estudos decoloniais podem oferecer às suas discussões. Quando Said atribui às significações criadas sobre o Oriente por parte do Ocidente como uma reminiscência da herança colonial, atribuímos aos estudos decoloniais o protagonismo de uma crítica análise cujas raízes estão na pós-colonialidade. A Decolonialidade emerge como um enriquecimento dos estudos pós-coloniais, sem deixar de mostrar a importância que eles tiveram no âmbito de seu contexto histórico. Autores que contribuem para este debate fazem parte deste grupo de pensamento que propõe um desprendimento epistemológico, como Alejandro Haber, Walter Mignolo, Santiago Castro-Gómez, Aníbal Quijano e Boaventura Santos. A linha de pensamento dos referidos autores entende o orientalismo de Said como uma perpetuação da academia norte-americana, o que fez com que o Oriente continuasse sendo pesquisado a partir de matrizes de pensamento imperialistas e metropolitanas.
Palavras-chave: Orientalismo; Decolonialidade; Pós-Colonialidade.

DE TRANSNACIONALISMO TIBETANO À UM LOCAL DE PEREGRINAÇÃO: O CASO DO TEMPLO BUDISTA KHADRO LING DE TRÊS COROAS-RS | Jander Fernandes Martins e Vitória Duarte Wingert | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

O presente trabalho é fruto de uma Etnografia realizada no Templo Budista Khadro Ling, localizado na cidade de Três Coroas-RS a 91km da capital gaúcha Porto Alegre. O objetivo desse trabalho foi perscrutar os motivos que levavam inúmeros sujeitos de diversas localidades e distintas cosmovisões religiosas a visitar esse ambiente. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semidirigidas. Estas, foram realizadas durante dois finais de semana culminando em um total de 30 entrevistas. Partindo da Antropologia da Religião. Nesse sentido, compreender como uma religião oriunda de uma cultura oriental milenarmente constituída, instaurou-se em outro país, o qual é culturalmente distinto, especialmente, em seus processos e manifestações (religiosas) se demonstraram relevantes. Os resultados desse estudo nos convidam a abrir discussão e reflexão sobre a o papel do budismo em uma região, histórica e culturalmente, constituída de uma identidade germânica protestante. Além disso, constatou-se que, mais do que uma questão de migração étnica, trata-se em nosso entendimento de uma questão de “transnacionalismo religioso”.
Palavras-chave: Antropologia da Religião; Budismo; Etnografia; Transnacionalismo Religioso.

OS PROCESSOS MIGRATÓRIOS JAPONESES ENTRE OS SÉCULOS XIX E XX | Ronaldo Sobreira de Lima Júnior | Sobre Ontens. Paranavaí-Rio de Janeiro, volume especial, dez. 2018.

Uma série de mudanças aconteceu no Japão durante o século XIX, e a maior parte delas foi proveniente do período conhecido como “Restauração Meiji”, onde o país se abriu ao Ocidente, após séculos de isolamento estabelecido pelo shogunato Tokugawa. Este momento da história japonesa é crucial para entendermos como e porque o país enfrentou ondas migratórias de seus cidadãos em seu próprio território e para fora dele. O século XIX se caracterizou por estes grandes deslocamentos populacionais internacionais, principalmente vindos da Europa, da China e do Japão. A presença dos nipônicos nos países em que se instalaram causou fenômenos que fomentam inúmeras reflexões, mas a maior e a primogênita destas é aquela que objetiva entender o que os levou a buscar uma nova vida em várias nações pelo mundo, principalmente no continente americano. Este trabalho se propõe a sistematizar e a fundamentar a discussão sobre este momento histórico do Japão que se iniciou no século XIX e adentrou pelo século XX, resultando em várias ondas de deslocamento de nipônicos em diversas direções, com destaque ao Brasil.
Palavras-chave: História; Japão; Imigração.

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