Trabalho, Tempo Livre e Campo Artístico | ArtCultura | 2008

Sob a quádrupla chancela editorial da Edufu, do CNPq, da Capes e da Fapemig, a ArtCultura 17 chega até você. Este número reúne 15 artigos (dois deles, colaborações internacionais) e 2 resenhas, aqui incluídos um dossiê e um minidossiê sobre temas não explorados de forma mais específica em edições anteriores.

Coube a Guilherme Amaral Luz, professor do Instituto de História da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), organizar o dossiê Tempos de Vieira e de Machado. Calcado, do princípio ao fim, em trabalhos apresentados durante um colóquio promovido na UFU pelo Núcleo de Estudos e Pesquisas em História Política (Nephispo), ele revisita, instalando-os no seu tempo, a produção de padre Antônio Vieira e Machado de Assis. Serviu de pretexto para esse evento a passagem dos 300 anos de nascimento de Vieira e do centenário da morte de Machado. A literatura, como se verá, foi então a lente por meio da qual se descortinaram os nexos entre a obra de ambos e a história.

Já o minidossiê organizado pelo professor Edilson José Graciolli, do Departamento de Ciências Sociais da UFU, conjuga as temáticas do Trabalho, Tempo Livre e Campo Artístico, numa mirada a partir da qual é possível refletir criticamente sobre questões que aproximam a História e a Sociologia do Trabalho e o mundo das artes e da cultura em geral.

Na seção Traduções, ArtCultura acolhe duas contribuições de peso de pesquisadores estrangeiros que elegeram o Brasil e suas manifestações culturais como foco privilegiado de suas investigações. As análises são embaladas por acontecimentos relevantes que marcaram a vida brasileira no curto espaço de tempo de cerca de 15 anos, entre o final da década de 1950 e o início dos 70. De um lado, David Treece, professor do King’s College London, da University of London, decodifica elementos básicos da Bossa Nova, esse tronco nobre da música popular brasileira que retirou dos ouvidos as proteções tradicionais. De outro, Christopher Dunn, professor da Tulane University, fincada na musical New Orleans, põe em destaque a vanguarda e a contracultura no Brasil, um tema aquecido no caldeirão dos debates que contagiaram as décadas de 1960 e 1970.

Os artigos enfeixados nesta edição são fios que interligam e conformam o perfil editorial de ArtCultura, nas interlocuções tecidas entre a História, a cultura e as artes. A música, as artes visuais e as relações entretidas entre História e cinema ocupam, neles, o primeiro plano das preocupações dos autores. As duas resenhas aqui publicadas não fogem aos mesmos propósitos gerais da revista, seja ao tratar dos arquivos e dos ruídos da História, seja ao enfocar a “patrimonialização” da música brasileira.

Bom proveito!


Organizador

Edilson José Graciolli – Departamento de Ciências Sociais da UFU.


Referências desta apresentação

PARANHOS, Adalberto; PARANHOS, Kátia Rodrigues. Apresentação. ArtCultura. Uberlândia, v. 10, n. 17, jul./dez. 2008.

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