Mentalidades, ideas y conceptos/Quirón/2020

Como Comité editorial de la revista Quirón nos enorgullece presentar nuestro número 15, el Dossier “Mentalidades, ideas y conceptos”; su nombre, claramente, proviene de tres corrientes de producción historiográfica que fueron protagónicas (lo que no quiere decir que fuesen las únicas en el continente europeo después de la primera mitad del siglo XX: las Mentalités de la tercera generación de Annales; la Historia de las ideas, de mayor influencia anglosajona con la Escuela de Cambridge como gran exponente; y la Historia de los Conceptos, resultante de los trabajos de los historiadores constitucionalistas alemanes. El título “Mentalidades, ideas y conceptos” fue la cristalización de nuestro deseo como comité de poner sobre la mesa una propuesta que llamara a los autores a reflexionar en torno a las estructuras mentales y de pensamiento del ser humano a través del tiempo. De este modo, encontramos la manera de dar sentido, tanto para el lector como para nosotros, a un título que puede ser llamativo y, por qué no, incluso problemático.

Reflexionar en torno a las Mentalités, ejercicio retomado dentro de la escritura de la historia por Georges Duby en 1961, buscaba, a grandes rasgos, profundizar en el “imaginario colectivo” que abarcaba “los comportamientos y las representaciones colectivas inconscientes”1. El término “mentalidades”, por la descripción anteriormente presentada, terminó por modificarse a “imaginario” como el mismo Duby replanteó su trabajo acerca de los tres órdenes de la sociedad de la Edad Media2. A pesar de ser un término en cierto modo descartado por parte de la academia, decidimos emplear “Mentalidades” para destacar la importancia de la tercera generación de Annales en la apertura de nuevos horizontes de estudio para la disciplina histórica, y cómo dejó cimientos (y otras posturas que fueron cuestionadas y repensadas subsiguientemente) para los posteriores desarrollos de la historia cultural. Leia Mais

Conceitos na (para) a história da comunicação / Revista Brasileira de História da Mídia / 2015

Parece que foi ontem que preparávamos a primeira edição da Revista Brasileira de História da Mídia (RBHM), que circulou em janeiro-junho de 2012. De lá para cá, já são três anos e, agora, estamos lançando nossa sétima edição. Momento pra nós, editores, muito importante. Afinal, estamos discutindo a questão central de nossa proposta editorial, isto é, os Conceitos na / para a História da Comunicação. Aliás, História da Comunicação ou da Mídia? Esse é um dos pontos abordados na ementa do nosso dossiê temático e, também, na entrevista com a professora e pesquisadora Marialva Barbosa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e atual presidente da Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação (Intercom). Marialva, aliás, discorre com propriedade sobre o tema, a partir de sua dupla formação – Jornalismo e História.

Nestes três anos, por assim dizer, passeamos pelo mundo. De Saint-Quentin-en-Yveline, nos arredores de Paris (França), veio uma das primeiras contribuições internacionais, pela prosa fácil do professor Jean-Yves Mollier. Mais próximo de nós, Reynaldo Castro, poeta, escritor, jornalista e professor, contribuiu com um artigo sobre Comunicação, ditadura política & memórias silenciadas, desde a cidade de San Salvador de Jujuy, no montanhoso Norte argentino. A RBHM andou bastante pelo Brasil também, tendo recebido submissões de trabalhos de praticamente todos os Estados da Federação. Submissões essas rigorosamente avaliadas no sistema de parecer cego, isto é, quem avalia não tem acesso prévio ao(s) nome(s) do autor(es). Leia Mais

Conceitos, debates e tendências historiográficas nas Américas | Revista Eletrônica da ANPHLAC | 2013

A nossa associação, a grande casa dos americanistas chamada ANPHLAC, estava próxima a comemorar seu vigésimo aniversário quanto pensamos na organização deste dossiê, momento propício para fazer diversos balanços, neste caso dos reflexos que as amplas dimensões das Américas tiveram na sua produção historiográfica. Continente de contrastes, igualmente o foi também de grandes eventos que produziram viradas importantes nos últimos quinhentos anos assim como de transformações que depois seriam acompanhadas em outras latitudes e que despertaram, e ainda despertam, inúmeras reflexões.

Por tal motivo, daqui surgiram problemáticas, categorias e tendências que embasariam muitos debates na historiografia local e, porque não, mundial. Os choques de culturas, as relações coloniais, os grandes espaços, as organizações dos Estados nacionais, as peculiaridades políticas, a instabilidade, seja ela econômica ou política, entre outros temas, fizeram surgir os conceitos de mestiçagem, dependência, fronteira e populismo, para mencionar alguns, que nos ajudaram a pensar e compreender a sua história. Leia Mais

Conexões Atlânticas: temas, abordagens, conceitos / Revista Brasileira do Caribe / 2010

CABRERA, Olga. Conexões Atlânticas: temas, abordagens, conceitos. Revista Brasileira do Caribe, São Luís, v.11, n.21, jul./dez. 2010. Arquivo indisponível na publicação original. [IF].

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A questão regional: aspectos conceituais e avanços empíricos / História Unisinos / 2009

Por ocasião de um curso que ditei no Programa de Pós-graduação em História da Universidade do Vale do Rio dos Sinos, em maio de 2008, sobre “Aproximações conceituais e empíricas à prática da história regional: o exemplo da Patagônia argentina”, surgiu a proposta de Maria Cristina Bohn Martins de realizar uma entrevista sobre tais temas para a História Unisinos, a qual se apresenta neste número. Em seguida, em uma conversa informal, mas muito enriquecedora com Heloísa Reichel, onde descobrimos compartilhar interesse por temas acadêmicos afins, me foi proposto coordenar um dossiê para a revista sobre a questão regional. Entusiasmada com a ideia, pedi a um pequeno número de colegas argentinos, cujos trabalhos conheço, que produzissem artigos que focassem suas experiências no desenvolvimento de questões conceituais ou seus avanços empíricos sobre a região em se centravam seus estudos. Dessa convocação, surgiram os trabalhos publicados nesse número, aos quais se somou a colaboração de uma colega mexicana, convidada por Heloísa, que dá início ao dossiê.

O artigo de Dení Trejo Barajas parte da análise dos questionamentos realizados nos últimos anos sobre os princípios metodológicos da história regional no México, para então revalorizar as ideas e proposições elaboradas por alguns de seus cultuadores, incluindo seus próprios aportes nesse campo de estudo para a região da Baixa Califórnia, no noroeste mexicano. A autora reclama, como é comum em todos os trabalhos que integram o dossiê, um retorno dos historiadores ao problema da universalidade, não entendida como o conhecimento do todo, senão como a possibilidade de adquirir uma compreensão totalizadora, a partir de um estudo particular.

Na sequência encontra-se a contribuição de María Rosa Carbonari, docente e investigadora da Universidad Nacional de Río Cuarto, na província de Córdoba, Argentina, que tem especial interesse em por revelar suas preocupações sobre a conceituação e as formas de fazer história regional, somadas aos aportes do trabalho de investigação na região em que desenvolve seus estudos. Seus objetivos são compreender, desde um determinado olhar teórico e historiográfico, o caminho percorrido pela historia regional. Como parte desse caminho, analisa as repercussões da crise de paradigmas que implicou no abandono da história total e seus efeitos sobre o entendimento do conceito e a representatividade da região. Uma parte importante de sua contribuição se destina a explicar como se foi construindo uma história regional científica com laços de dependência dos modelos teóricos explicativos vigentes na segunda metade do século XX. Analisa também o deslocamento de temáticas, do econômico ao cultural, que foi acompanhando estes processos, bem como o abandono dos antigos modelos que regiam a construção histórica regional. Com isso, sustenta, os enfoques regionais foram adquirindo uma força explicativa que convidou a revisar interpretações consagradas, fossem políticas, econômicas ou de estruturas mentais.

Finalmente, se inclui o aporte de Sandra Fernández, docente e investigadora da Universidad Nacional de Rosario, também da Argentina. A preocupação da autora se centra em indagar sobre o impacto que a historiografia dominante teve sobre a elaboração dos conteúdos curriculares das matérias históricas e, por consequência, no ensino de história nesse país. Em particular, analisa o peso do olhar “nacional” na construção dos manuais escolares, onde se projeta uma imagem homogênea da história argentina que ignora os importantes avanços produzidos desde a perspectiva dos estudos regionais e locais, os quais o artigo pretende hierarquizar.

Todas as contribuições, longe de encerrar a problemática, estimulam a abrir um debate fecundo e criativo em torno do investigar / ensinar uma história muito mais compreensiva, que, por outro lado, supere os clássicos enfrentamentos dicotômicos entre história nacional e provincial. Os estudos regionais, justamente, superam tais fronteiras e permitem aproximações explicativas nunca desvinculadas do contexto, uma vez que permitem complexizar uma história nacional quase sempre generalizante.

Susana Bandieri Neuquén,

Patagonia argentina, março de 2009.


NEUQUÉN, Susana Bandieri. Apresentação. História Unisinos, São Leopoldo, v.13, n.1., janeiro / abril, 2009. Acessar publicação original [DR]

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