A cultura intelectual brasileira: trajetórias institucionais e intérpretes / Revista de Teoria da História / 2013

Apresentamos nesse número o dossiê A cultura intelectual brasileira: trajetórias institucionais e intérpretes, no qual divulgamos trabalhos sobre as trajetórias institucionais de certos intelectuais reconhecidos como intérpretes do Brasil. A contribuição da história intelectual é fundamental para o estudo da história da história, pois, para compreendermos “o que o historiador faz quando faz história” – para usarmos os termos de Michel de Certeau – é preciso realizar uma contínua objetivação do sujeito objetivante, a fim de colocar esses agentes no interior de seus respectivos campos de produção, para além do “Eu” individual, enquadrando sua produção como “pano de fundo de uma comunidade [1]”.

Esse fundamento ontológico da história é um pré-requisito para construir uma história crítica, que faça o exercício contínuo de “autoanálise” tão próprio de uma história-problema. Portanto, analisar a historicidade da história-conhecimento – via história intelectual – é fazer o exercício de compreensão, análogo ao da teoria da ideologia e da sociologia do conhecimento, de perscrutar as visões de mundo que subjazem às produções intelectuais e institucionais de um autor pensado nas suas múltiplas determinações, [2], superando através desse pressuposto a retórica escolástica do “pensamento puro [3]”. Leia Mais