Rastros en el agua. Exploradores, embarcaciones y materialidades | D. Quiroz

Así como el territorio de la Patagonia Austral se erige fragmentado mayoritariamente por canales y fiordos, la producción de conocimiento respecto a sus formas de habitar también adquiere la forma de un rompecabezas aún muy disperso. Los esfuerzos interpretativos generales con pretensiones de periodizar, dotar de sentido y establecer vasos comunicantes de esta vasta zona son más bien escasos, aunque crecientes en los últimos años.

“Rastros en el Agua. Exploradores, embarcaciones y materialidades” se puede incorporar como parte de esta tarea interpretativa que proyecta el espacio patagónico austral como unidad histórica, geográfica y cultural. En particular, la publicación reúne seis estudios financiados por el programa Bajo la Lupa de la Subdirección de Investigación del Servicio Nacional del Patrimonio Cultural (SNPC), cuyo propósito es investigar las colecciones patrimoniales que resguardan distintas unidades del SNPC y son encargadas a investigadores externos a la institución. Leia Mais

O Rio de Janeiro e a Conjuntura Atlântica / Corcino M. dos Santos

Fruto de esmerada pesquisa, “O Rio de Janeiro e a Conjuntura Atlântica” situa-se na linha de pesquisa científica percorrida e iniciada pelos historiadores franceses Fernand Fruto de esmerada pesquisa, “O Rio de Janeiro e a Conjuntura Atlântica” situa-se na linha de pesquisa científica percorrida e iniciada pelos historiadores franceses Fernand Dividido em três capítulos, ordenadamente, o autor nos passa uma nítida noção da importância do Oceano Atlântico, da posição geográfica do Porto do Rio de Janeiro e das condições de seu aportamento. Num segundo momento, temos elencado o movimento de embarcações e de mercadorias chegando-se a questões de ocupação do solo e de estrutura fundiária, até às condições da Alfândega do Porto do Rio de Janeiro. O Capítulo III trata da navegação de longo curso e comércio internacional.

O livro é ainda leitura imprescindível para todos aqueles estudiosos dos primórdios do africanismo no Brasil. Assim, pontos como a mortandade de escravos em viagem, o comércio com portos de escravos e o atraso de Angola em benefício do Brasil são pormenorizadamente descritos. Um outro item importante é o comércio com as colônias espanholas do rio da Prata e a questão das fronteiras: “O vice-rei D. Nicolas de Arredondo se preocupou muito mais com as fronteiras por considerá-las grandes caminhos para o Brasil. Visava evitar a saída de prata, gado, couros, cavalhadas e mulas e ao mesmo tempo conter a introdução de mercadorias de contrabando” (p.183), bem como o comprometimento do “coronel Rafael Pinto Bandeira, processado pelo seu grande envolvimento com os espanhóis” referente à “prática constante do contrabando público” (p.191).

Três anexos referentes à relação dos gêneros e fazendas próprias do consumo do rio da Prata e Reino do Peru; produção da América Meridional, via Montevidéo e Bueno Aires com os preços correntes à época e a pauta da Alfândega do Rio de Janeiro de 1766-1799, encerram o volumoso estudo.

O resultado do trabalho de Corcino Medeiros dos Santos é analítico, lúcido e interpretativo, enriquecendo os estudos sobre o fortalecimento do capitalismo moderno, produção e circulação de riquezas. Com belíssima capa de Victyor Burton, ilustrada com vista de uma esquadra inglesa na Baía de Guanabara (séc. XVIII), editado pela Expressão e Cultura, constitui um magnífico exemplo de tentativa do que George Lluppert denominou de “1’idée de lliistoire parfaite.”.

Luciara Silveira de Aragão e Frota.


SANTOS, Corcino Medeiros dos. O Rio de Janeiro e a Conjuntura Atlântica. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1993. Resenha de: ARAGÃO E FROTA, Luciara Silveira de; Textos de História, Brasília, v.1, n.2, p.157-160, 1993. Acessar publicação original. [IF]