Desafios brasileiros na era dos gigantes | Samuel Pinheiro Guimarães

Nos últimos anos, intensificaram-se os debates nos meios de comunicação e na academia sobre a política externa brasileira, em decorrência do êxito eleitoral da oposição no âmbito federal em 2002, após três pleitos disputados (89, 94 e 98). Deste modo, o cotejo entre o desempenho das gestões de Fernando Henrique Cardoso e de Luis Inácio Lula da Silva foi constante, ainda mais durante as vésperas da última eleição presidencial (2006), de cujo resultado se extrairia a confirmação do atual titular.

Em face da proximidade das políticas econômicas executadas no último decênio, a política externa tornar-se-ia para muitos o cenáculo em que situação e oposição – manifesta não apenas nos meios partidários se avaliariam, por ela eventualmente possibilitar a diferença das linhas traçadas, posterior execução e, por fim, auferimento dos êxitos. Leia Mais

Corumbá de todas as graças | Augusto César Proença

Augusto César Gomes da Silva, mais conhecido pelo nome literário Augusto César Proença, é um escritor corumbaense que publicou diversas obras desde a década de 1970, entre elas os contos Snack Bar (1979), A Sesta (1993), A Condução (1993), Para Qualquer Lugar (1995), a novela Raízes do Pantanal, (1989), o livro Pantanal: Gente Tradição e História (1993) e o conto Nessa Poeira Não Vem Mais Seu Pai (1996), adaptado para o teatro pelo grupo Anteato de Artes Cênicas e roteirizado em 1999 para o filme de curta-metragem pelo cineasta Tito Teijido. Nota-se que o autor possui uma variedade de obras que não lhe confere a designação de um simples memorialista. Contudo, no seu mais recente livro Corumbá de todas as graças está intrínseca a exaltação de um passado, um dos traços comuns da memória enquanto representação.

Em Corumbá de todas as graças Proença traçou parte da trajetória histórica daquela cidade, destacando não só o comércio fluvial internacional como também suas festas e seus costumes. Trata-se de uma narrativa sem o compromisso de análise e sem muito rigor cronológico. Nela o autor descreveu tanto o período colonial quanto os primeiros anos do século atual e intercalou na história de Corumbá a presença dos salesianos. Leia Mais

Corumbá de todas as graças | Augusto César Proença

Augusto César Gomes da Silva, mais conhecido pelo nome literário Augusto César Proença, é um escritor corumbaense que publicou diversas obras desde a década de 1970, entre elas os contos Snack Bar (1979), A Sesta (1993), A Condução (1993), Para Qualquer Lugar (1995), a novela Raízes do Pantanal, (1989), o livro Pantanal: Gente Tradição e História (1993) e o conto Nessa Poeira Não Vem Mais Seu Pai (1996), adaptado para o teatro pelo grupo Anteato de Artes Cênicas e roteirizado em 1999 para o filme de curta-metragem pelo cineasta Tito Teijido. Nota-se que o autor possui uma variedade de obras que não lhe confere a designação de um simples memorialista. Contudo, no seu mais recente livro Corumbá de todas as graças está intrínseca a exaltação de um passado, um dos traços comuns da memória enquanto representação.

Em Corumbá de todas as graças Proença traçou parte da trajetória histórica daquela cidade, destacando não só o comércio fluvial internacional como também suas festas e seus costumes. Trata-se de uma narrativa sem o compromisso de análise e sem muito rigor cronológico. Nela o autor descreveu tanto o período colonial quanto os primeiros anos do século atual e intercalou na história de Corumbá a presença dos salesianos. Leia Mais

O Rio de Janeiro e a Conjuntura Atlântica / Corcino M. dos Santos

Fruto de esmerada pesquisa, “O Rio de Janeiro e a Conjuntura Atlântica” situa-se na linha de pesquisa científica percorrida e iniciada pelos historiadores franceses Fernand Fruto de esmerada pesquisa, “O Rio de Janeiro e a Conjuntura Atlântica” situa-se na linha de pesquisa científica percorrida e iniciada pelos historiadores franceses Fernand Dividido em três capítulos, ordenadamente, o autor nos passa uma nítida noção da importância do Oceano Atlântico, da posição geográfica do Porto do Rio de Janeiro e das condições de seu aportamento. Num segundo momento, temos elencado o movimento de embarcações e de mercadorias chegando-se a questões de ocupação do solo e de estrutura fundiária, até às condições da Alfândega do Porto do Rio de Janeiro. O Capítulo III trata da navegação de longo curso e comércio internacional.

O livro é ainda leitura imprescindível para todos aqueles estudiosos dos primórdios do africanismo no Brasil. Assim, pontos como a mortandade de escravos em viagem, o comércio com portos de escravos e o atraso de Angola em benefício do Brasil são pormenorizadamente descritos. Um outro item importante é o comércio com as colônias espanholas do rio da Prata e a questão das fronteiras: “O vice-rei D. Nicolas de Arredondo se preocupou muito mais com as fronteiras por considerá-las grandes caminhos para o Brasil. Visava evitar a saída de prata, gado, couros, cavalhadas e mulas e ao mesmo tempo conter a introdução de mercadorias de contrabando” (p.183), bem como o comprometimento do “coronel Rafael Pinto Bandeira, processado pelo seu grande envolvimento com os espanhóis” referente à “prática constante do contrabando público” (p.191).

Três anexos referentes à relação dos gêneros e fazendas próprias do consumo do rio da Prata e Reino do Peru; produção da América Meridional, via Montevidéo e Bueno Aires com os preços correntes à época e a pauta da Alfândega do Rio de Janeiro de 1766-1799, encerram o volumoso estudo.

O resultado do trabalho de Corcino Medeiros dos Santos é analítico, lúcido e interpretativo, enriquecendo os estudos sobre o fortalecimento do capitalismo moderno, produção e circulação de riquezas. Com belíssima capa de Victyor Burton, ilustrada com vista de uma esquadra inglesa na Baía de Guanabara (séc. XVIII), editado pela Expressão e Cultura, constitui um magnífico exemplo de tentativa do que George Lluppert denominou de “1’idée de lliistoire parfaite.”.

Luciara Silveira de Aragão e Frota.


SANTOS, Corcino Medeiros dos. O Rio de Janeiro e a Conjuntura Atlântica. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura, 1993. Resenha de: ARAGÃO E FROTA, Luciara Silveira de; Textos de História, Brasília, v.1, n.2, p.157-160, 1993. Acessar publicação original. [IF]