A Escrita da História na antiguidade / Revista de Teoria da História / 2015

Quando os curricula, ementas e bibliografias sugeridos sobre a temática da história da historiografia são analisados alguns poucos nomes de autores antigos aparecem. Geralmente, há breves referências a Heródoto, Tucídides e Políbio e daí parte-se para Agostinho, quando muito Eusébio. O próximo nome a aparecer na lista daqueles que deram alguma contribuição para a escrita da história já é o de Giambattista Vico (1668-1744). Da mesma forma, uma rápida consulta aos planos de ensino das disciplinas que abordam a temática nas universidades brasileiras é suficiente para que se tenha a sensação de que pouca coisa aconteceu antes de Leopold von Ranke (1790-1880). Séculos e séculos de historiografia são, por vezes, reduzidos à idéias como “historia magistra vitae”, de que “os gregos viam o tempo de maneira cíclica”, ou que “na Idade Média se escrevia uma história eclesiástica”. Para Jonh Marincola, isto ocorre porque muitos avaliam a historiografia Antiga com os parâmetros e abordagens dos historiadores do século XIX i. Um outro motivo pode ser acrescentado, mais relacionado à especificidade do contexto brasileiro. Trata-se do fato de que a quase totalidade dos professores que lecionam as disciplinas teóricas dos cursos de história de nossas graduações, nas quais a história da historiografia costuma ser abordada, é composta por especialistas em temáticas contemporâneas ou História do Brasil. Leia Mais