Lenguas y escrituras en los acervos bibliohemerográficos. Experiencias en el estudio de la tradición clássica/indígena y contemporânea | Marina Garone Gravier, Salvador Reyes Equiguas

El resguardo de nuestro patrimonio escrito es fundamental si se pretende contar con una identidad y preservar la memoria de quienes han habitado en nuestra realidad. Éste es el tema central del libro coordinado por Marina Garone y Salvador Reyes, que se divide en tres grandes y claras secciones. En la primera, se destacan los lugares en donde se protegen hoy en día los tesoros que contienen la riqueza cultural y lingüística originada desde incluso antes de la llegada de los castellanos a estas tierras. Destacan la Biblioteca Nacional de México (BNM), fundada en 1867, administrada por el Instituto de Investigaciones Bibliográficas de la Universidad Nacional Autónoma de México desde 1929. La Biblioteca Nacional de Antropología e Historia, cuyo antecedente histórico es el Museo Nacional, fundado en 1825 y que durante sus primeras décadas compartió sede con la Nacional y Pontificia Universidad de México; por cierto, esta construcción de nuevos espacios culturales en México tuvo la característica común de ocupar antiguas sedes virreinales y, en particular, los museos en su acepción decimonónica, tuvieron un proceso similar en todo el mundo en el sentido de ocupar las instituciones universitarias, por lo que el caso de México no es privativo. Leia Mais

Territórios ao Sul: escravidão, escritas e fronteiras coloniais e pós-coloniais na América | María Verónica Secreto e Flávio dos Santos Gomes

O livro Territórios ao Sul organizado por Verónica Secreto e Flávio Gomes foi criado com o propósito de conectar histórias e historiografias de africanos e afrodescendentes no Atlântico sul diante da falta de diálogo sobre a influência mútua entre os processos históricos afro-latinos americanos. Os autores discorrem acerca dos silêncios comuns sobre América negra e o quanto são necessárias colaborações intelectuais para romper com os afastamentos entre os processos históricos negros nas Américas. Além do já consagrado Gilberto Freyre que desde a década de 1930 marcou o campo de estudos com seus esforços na tentativa de comparar histórias, também podemos incluir os organizadores dessa obra enquanto autores que se dedicam a relacionar os territórios negros na América Latina.

Desde 1998 Verónica Secreto vêm pensando no mundo rural brasileiro e argentino, sob a perspectiva comparada, o que deu origem ao livro Fronteiras em movimento: História comparada – Argentina e Brasil no século XIX (SECRETO, 2012), em sua obra a autora não deixa de incluir a população negra que é abordada em um capítulo denominado “Páginas de miséria e suor” sobre a mão-de-obra usada nos campos do Oeste Paulista e de Buenos Aires. Já Flávio Gomes, em trajetória enquanto intelectual negro é um estudioso de diversas faces da história dos africanos e afrodescendentes, seja sobre mentalidades ou as diversas formas de lutas políticas e sociais para a resistência ao sistema escravista e a obtenção de igualdade e cidadania. As histórias comparadas e conectadas se incluíram nas metodologias adotadas pelo autor em suas pesquisas desde o ano de 2003, se dedicando principalmente a afro-latino-América. Dentre suas diversas publicações, gostaria de destacar seu artigo sobre a formação de mocambos como uma forma de resistência escrava no Brasil e na Guiana Francesa (GOMES, 2003). Leia Mais