Hall of Mirrors: The Great Depression, the Great Recession, and the uses – and misuses – of History

Em seu mais recente livro, Barry Eichengreen, historiador econômico reconhecido por todos, nos transporta aos eventos da crise financeira de 2008 e aos desdobramentos que a mesma teve para suas nações protagonistas. Estudioso da Grande Depressão de 1930, o autor parte em busca das lições que deveriam ter sido aprendidas com essa para evitar aquela que ele chama de Grande Recessão.

Para Eichengreen, as lições de 1930 ajudaram a que não se tivesse uma nova Grande Depressão mas os efeitos das medidas tomadas pelas autoridades no sentido de evitar tal catástrofe ainda não estão claras para todos. Assim, ao evitar uma nova depressão da magnitude dos anos 1930, os pensadores da economia mundial se abstiveram de realmente analisar todas as dimensões do ocorrido em 2008. Leia Mais

Lords of Finance: The Bankers Who Broke the World | Liaquat Ahamed

Durante a crise asiática, Liaquat Ahamed olhou com apreensão uma capa da revista Time com fotografias de autoridades econômicas com o título “o comitê para salvar o mundo”. Economista formado em Harvard e Cambridge, com longa carreira como banqueiro de investimentos, Ahamed pensou no fracasso dos titulares dos bancos centrais dos Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e Alemanha em enfrentar a Grande Depressão da década de 1930. Do desconforto nasceu o excelente livro “Lords of Finance: The Bankers Who Broke the World”.

As biografias dos quatro protagonistas se entrelaçam com os dilemas de seus países. Montagu Norman, da Grã-Bretanha, era um aristocrata herói da guerra dos bôeres. Émile Moreau, da França, tecnocrata da prestigiosa Inspetoria de Finanças. Benjamin Strong, dos Estados Unidos, executivo de Wall Street que participara da organização tardia do Fed, após a sucessão de crises que afligiu “o primitivo, fragmentado e instável sistema bancário” (p.52) do país. O personagem mais interessante é Hjalmar Schacht, raro exemplo de self-made man da Alemanha imperial. Brilhante, mas de ambição desmedida, que o levou à aliança com os nazistas. O economista John Maynard Keynes foi o contraponto ao quarteto, na qualidade de intelectual em ascensão cujas opiniões críticas desafiavam a ortodoxia com a qual os banqueiros tentaram lidar com a Grande Depressão. Leia Mais