Conhecimento desde dentro: os afro-sul-americanos falam de seus povos e suas histórias | Sheila S. Walker

Sheila Walker, em um intenso movimento afrogênico, presenteia-nos com “Conhecimento desde dentro: Afro-Sul-Americanos falam de seus povos e suas histórias”. A obra foi lançada no I SEMILLAH – I Seminário Latino-Afro-Hispânico, nas dependências da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Campus Nova Iguaçu, em 2018. Tanto a primeira publicação em espanhol (2010) quanto sua tradução (2018) são frutos de ações coletivas. Leia Mais

Contact Strategies: Histories of Native Autonomy in Brazil | Heather F. Roller

Nas últimas décadas, apareceram numerosos estudos sobre a história das regiões fronteiriças das Américas, muitos deles focados nas estratégias dos europeus para afirmarem sua soberania sobre territórios e atraírem os povos indígenas a se tornarem súditos das monarquias1. No bojo dessa importante produção historiográfica, alguns autores têm atentado para a perspectiva indígena, demonstrando que, em realidade, foram os povos autônomos que iniciaram os contatos, impuseram as pautas nas negociações de paz, inseriram os europeus em redes nativas de diplomacia, comércio e parentesco, e, com isso, conseguiram manter sua autonomia para além do colapso dos impérios coloniais2. Leia Mais

The Things of Others: Ethnographies, Histories/and Other Artefacts | Olívia Maria Gomes da Cunha

O que primeiro chama a atenção do livro The Things of Others são suas mais de 750 páginas. Se for certo aquele ditado que diz que um bom livro deve se sustentar em pé, este possui alicerces sólidos para tal. Fruto de mais de duas décadas de pesquisa, as 65 páginas de bibliografia atestam a vastidão e densidade da empreitada. Talvez estejamos diante da obra de uma vida. Olívia Maria Gomes da Cunha, professora do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional, transita com fluência entre a antropologia e a história e percorreu arquivos no Brasil, em Cuba, na Inglaterra e, sobretudo, nos Estados Unidos, atrás dos acervos, fundos e coleções documentais dos principais antropólogos e sociólogos responsáveis pela configuração, no campo das ciências sociais, dos chamados “estudos afro-americanos”, um processo que a autora vai conceitualizar como “a criação de um artefato de conhecimento” (p. xi). Leia Mais