The Yorùbá: A New History | Akinwum Ogundiran

O autor deste erudito e estimulante livro sobre os iorubás declarou, durante uma recente discussão promovida pela ASWAD – Association for the Study of the Worldwide African Diaspora (Associação para o Estudo da Diáspora Africana Mundial), que seu projeto nasceu de sua crescente percepção de que os dados históricos, arqueológicos, antropológicos e culturais relativos ao tema não se alinhavam com as representações do passado desse povo em grande parte da literatura acadêmica.1 Enquanto suas próprias pesquisas apontam para origens antigas e complexos processos de mudança através de longo horizonte temporal, um corpo crescente de literatura histórica, na sua opinião, “achata […] a história iorubá” e “trata a cultura [iorubá] como fossilizada num passado atemporal” (p. 3). De fato, tem havido uma tendência nos últimos setenta e cinco anos de representar o século XIX, o período do encontro missionário cristão e colonial europeu, como o “lócus e centro gravitacional da mudança cultural [iorubá]” (p.3). O desejo de Ogundiran de corrigir esse legado colonial e descolonizar a historiografia africana inspirou-o a escrever um grande e importante livro, pelo qual os leitores podem ficar agradecidos. Leia Mais

Travessias no Atlântico Negro: reflexões sobre Booker T. Washington e Manuel R. Querino | Sabrina Gledhill

De certa maneira, os historiadores são verdadeiros parceiros dos eguns – ancestrais cujos mundos pretendemos reviver com nosso trabalho. Um dos exemplos mais claros disso tem sido o desenvolvimento da nossa compreensão da escravidão; abordagens inovadoras da história social têm nos ajudado a ouvir atentamente os escravizados e a dar voz à natureza horrenda da escravidão e à imensidão do esforço, fé e criatividade necessários para se sobreviver a ela. A biografia tem desempenhado um papel particularmente importante nesse sentido. Leia Mais