Marie-Esther Robichaud. Une éducatrice acadienne et son temps/ 1929– 1964 | Nicolas Landry

NIcolas Landry Imagem Acadie Nouvelle
NIcolas Landry | Imagem: Acadie Nouvelle

Parmi les richesses des archives du campus de l’Université de Moncton, campus de Shippagan, on retrouve un fonds très intéressant sur l’état du système scolaire francophone dans le monde acadien au Nouveau-Brunswick au milieu du siècle dernier, c’est-à-dire de 1929 à 1964 environ. En effet, ces documents, surtout des lettres et des rapports, recèlent des informations importantes sur la formation du corps enseignant au primaire et au secondaire. De plus, les documents témoignent de l’évolution du système scolaire, des heurs et des malheurs des maîtres tant dans les petites écoles que dans les écoles secondaires et les collèges. Ces précieux documents sont signés par Marie-Esther Robichaud, enseignante, puis directrice d’école et ultimement, assistante du surintendant des écoles dans le comté de Gloucester dans le nord-est du Nouveau-Brunswick. L’historien, Nicolas Landry, a exploré ce fonds d’archives. Il nous en livre une solide description.

Landry témoigne tout autant des grands progrès qu’il a fallu accomplir pour amener une certaine uniformité à la fois dans le contenu des matières enseignées et dans la formation du personnel enseignant que des succès qui viendront couronner les efforts de Marie-Esther Robichaud et des nombreux problèmes auxquels elle aura su apporter des solutions. Ces informations nous sont présentées en sept chapitres. Leia Mais

Transfeminismo | Letícia Carolina Pereira do Nascimento

Leticia Carolina Pereira do Nascimento Foto Raissa Morais
Letícia Carolina Pereira do Nascimento | Foto: Raissa Morais

“Eu travesti, assumi que sou divina. E criei a mim mesma. Somos criadoras, crias de dores. A vida se faz frente à morte voraz” (Letícia NASCIMENTO, 2021). É por meio dessas articulações que Letícia Nascimento dá pistas, na epígrafe da obra, do que podemos esperar de Transfeminismo. O livro, publicado pela editora Jandaíra em 2021, compõe a coleção “Feminismos Plurais”, a qual é organizada pela feminista negra e filósofa Djamila Ribeiro. A autora, ademais, é a responsável pela apresentação da publicação, na qual destaca a importância da coletânea enquanto produção intelectual didática empreendida por mulheres negras, mulheres indígenas e homens negros, além de poderosa ferramenta para revelar outras narrativas. No caso de Transfeminismo, isso se dá mediante os escritos de uma mulher travesti, negra, gorda, pedagoga, doutoranda e que atua como professora na Universidade Federal do Piauí (UFPI).

Com a pergunta “E não posso ser eu uma mulher?” (NASCIMENTO, 2021, p. 20), Letícia Nascimento abre seu caminho à empreitada de debater o transfeminismo a partir do seu olhar e do olhar de outras mulheres transexuais e travestis. A famosa frase de Sojourner Truth – “E eu não sou uma mulher?” (NASCIMENTO, 2021, p. 17) -, pronunciada durante uma conferência em Ohio, Estados Unidos, em 1851, é renovada pela perspectiva da autora por duas vias: a primeira alinhada ao pensamento de Truth, na qualidade de mulher negra, na desconstrução da visão de uma mulher universal, mas dando um passo além ao pensar nas travestis e transexuais e em suas vivências das feminilidades; e a segunda ao trazer o verbo poder como oposição às pessoas, e muitas vezes às feministas, que insistem em delimitar “quem pode e quem não pode ser uma mulher” (NASCIMENTO, 2021, p. 20). Leia Mais

Uma década de prosa: impressos e impressões da professora e jornalista Maria Mariá (1953- 1959) | Hebelyanne Pimentel da Silva

A jovem pesquisadora Hebelyanne Pimentel da Silva, graduada em Pedagogia pela Universidade Federal de Alagoas apresenta, nesse livro, o resultado de um estudo em que analisa aspectos da trajetória de Maria Mariá de Castro Sarmento (1917-1993), professora e jornalista que viveu e atuou na cidade de União dos Palmares, situada ao norte do estado de Alagoas. Apoiando-se na micro-história, especificamente nos estudos de Carlo Ginzburg (2006) e em diálogo com Arlette Farge, Michelle Perrot, Joan Scott e outros, a autora se dedica, por um lado, a contribuir com a construção da história da educação em Alagoas e, por outro, a dar visibilidade a uma personagem que, conforme tantas outras mulheres, tiveram suas ações e a própria existência relegadas ao esquecimento (PERROT, 2018).

A pesquisa foi realizada em diferentes acervos locais: Casa Museu Maria Mariá, Secretaria de Cultura Palmarina, Biblioteca Municipal Jorge de Lima e Escola Estadual Rocha Cavalcanti. Foram também consultados acervos estaduais: Arquivo Público de Alagoas (APA), Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) e Biblioteca Pública Estadual Graciliano Ramos (BPEGR), além da Hemeroteca Digital da Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro. O seu resultado é organizado em duas partes: na primeira, em três capítulos, apresenta o aporte teórico e o diálogo com outros estudos que apresentam mulheres letradas de diversas regiões brasileiras e de outros países, que realizaram ações em prol da difusão da leitura e do desenvolvimento da educação e cultura. Apresenta também o perfil da jornalista Maria Mariá e busca aproximações e distanciamentos com o movimento da Escola Nova. Na segunda parte, a autora apresenta a transcrição de 57 textos de autoria de Mariá, constituídos por notícias locais e regionais, crônicas e textos de opinião – seu grande achado -, publicados no período de 1953 a 1959 no Jornal de Alagoas, periódico impresso em Maceió1. Essa característica particular da obra demonstra a generosidade da autora em compartilhar fontes inéditas por ela “garimpadas”, possibilitando novas interlocuções, além de proporcionar, efetivamente, maior visibilidade à personagem em estudo. Leia Mais

Justa Freire o la pasión de educar: biografia de una maestra atrapada en la historia de España (1896-1965) – ANDRÉS (Asphe))

Ouvimos falar de Justa Freire pela primeira vez no seminário Autobiografías y voces escolares, dirigido pelos professores María del Mar del Pozo Andrés e Antonio Castillo Gómez, na Universidad de Alcalá de Henares. Inicialmente, ela foi citada como um exemplo de professora que foi depurada e presa pela ditadura franquista, mas que conservou muito bem os documentos escritos sobre a sua trajetória social. Em outro momento, soubemos que María del Mar terminava uma biografia sobre esta professora, que teve uma atuação considerada de vanguarda nos anos 20 e 30 do século 20 e cujos fragmentos eram comentados em aula com o entusiasmo da pesquisadora encantada pelo seu objeto de pesquisa.

Em junho de 2013 publicou-se a esperada biografia de Justa Freire, uma obra com mais de trezentas páginas e composta de vinte e cinco pequenos capítulos. A leitura desse livro se impôs como um desdobramento do seminário, bem como uma forma de revisitar a história da educação espanhola entre a abertura cosmopolita da conjuntura da belle époque e o fechamento autoritário do regime franquista, que pautou a Espanha durante boa parte do século 20. Leia Mais