Em busca da liberdade: memória do movimento feminino pela anistia em Sergipe (1975-1979) | Maria Aline Matos de Oliveira

Maria Aline com os seus pais Foto Davi VillaSegrase
Maria Aline com os seus pais | Foto: Davi Villa/Segrase

O presente trabalho visa discutir sobre as atrocidades cometidas pelo estado, analisar a atuação do Movimento Feminino pela Anistia (MFPA) no estado de Sergipe, investigar o papel da mulher como protagonista na história. Como também, trazer memórias de repressão das vítimas para que eventos como os discutidos e narrados nunca mais aconteçam. Com isso, é primordial e de extrema importância a leitura da obra “Em busca da liberdade: memória do movimento feminino pela anistia em Sergipe (1975-1979)”.

A obra tem como principais objetivos analisar a atuação do movimento feminino pela anistia, procurando averiguar a trajetória das mulheres protagonistas que fundaram o MFPA-SE, assim como, pesquisar como ocorreu a relação e ligação entre o núcleo do movimento e outras instituições da sociedade, como por exemplo a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), sindicatos, movimentos estudantis, e dentre outras organizações que se mobilizaram em apoio a campanha e contra o regime ditatorial vigente na época. Busca também compreender de que forma a experiência das mulheres militantes contribuiu para formação e organização do movimento feminino pela anistia no Estado. Leia Mais

Aquirianas: mulheres da floresta na história do Acre | Carlos Alberto Alves de Souza

SOUZA Carlos Alberto Alves de

SOUZA AquirianasO livro de Carlos Alberto Alves de Souza, denominado Aquirianas: mulheres da floresta na história do Acre, editorado pelo Instituto de Pesquisa, Ensino e de Estudos da Cultura Amazônicas – ENVIRA, 2010, aborda uma proposta audaciosa – dentro das várias possíveis – de uma escrita da História das Mulheres na Amazônia. O autor é Carlos Alberto Alves de Souza, formado em História pela Universidade Federal do Acre, com Doutorado em História pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, sendo o primeiro Professor Titular da área de História do Centro de Filosofia e Ciências Humanas da Ufac, foi presidente da Associação Brasileira de História Oral de 2004 a 2006, além de fazer parte da Academia Acreana de Letras, possui obras sobre a História do Acre que se inspiram na História Social Inglesa – notadamente em Thompson e Hobsbawm – e por um diálogo interdisciplinar com os espaços e geografias amazônidas.

O livro busca trazer ao palco cultural as mulheres que, por muito tempo, foram injustiçadas e excluídas de uma sociedade da qual sempre fizeram parte. A obra divide-se em cinco partes. Na primeira parte, o autor mostra como se dá ocupação dos espaços nos seringais, que eram unidade produtoras de extrativismo vegetal assentado no látex da Hevea brasilienses, fazendo inferências sobre a criação destes latifúndios durante aquilo que se caracterizou como a primeira fase de exploração das terras acreanas pelos brasileiros. Na segunda fase da obra, vemos a saga das mulheres seringueiras do Acre, como participante do processo de constituição do modo de vida no seringal, atendendo ao chamado de Scheibe (1998), que afirma: Leia Mais