Esportes nos Confins da Civilização: Goiás e Mato Grosso, c.1866-1966 | Cleber Dias

O livro “Esportes nos Confins da Civilização: Goiás e Mato Grosso, c.1866-1966”, publicado em 2018 pela editora 7letras, foi escrito pelo professor Dr. Cleber Dias. A obra em questão se propõe investigar a história do Esporte em regiões menos exploradas pelos pesquisadores que se interessam na respectiva discussão, problematizando ideias e conceitos enraizados sobre o que o autor denominou de “confins da civilização”. Para realizar tal empreitada a autoria utilizou-se de fontes historiográficas como ferramentas de pesquisa, em uma tentativa de ampliar os debates acerca da temática Esporte e cidade.

Cleber Dias se licenciou, no ano de 2004, em Educação Física pela Universidade Castelo Branco (UCB), especializou-se em Educação Física Escolar pela Universidade Federal Fluminense (UFF) em 2006. No ano de 2008 se tornou mestre em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em 2010 obteve o título de doutor em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP). Atualmente o pesquisador é docente na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) onde atua no Programa de Pós-Graduação Interdisciplinar em Estudos do Lazer, dedicando-se particularmente aos estudos da História do Esporte e do Lazer. Contudo, a pesquisa apresentada no livro foi realizada no período no qual o autor foi professor na Faculdade de Educação Física da Universidade Federal de Goiás.

A introdução intitulada “Por uma história regional dos Esportes”, tem intuito de explicitar ao leitor a pesquisa elaborada, bem como apresentar a ousada e polêmica temática do livro: a possibilidade do desenvolvimento esportivo para além da relação com o processo de urbanização e da influência dos grandes centros. Para elucidar tais nuances o autor se baseou nas fontes catalogadas na Hemeroteca digital e outros acervos históricos dos estados de Goiás e Mato Grosso. Em seguida, em uma tentativa de introduzir o leitor a sua audaciosa hipótese Cléber Dias faz apontamentos e considerações bastante contundentes à historiografia do Esporte no Brasil. Dessa forma, instiga o leitor a pensar sobre outros fatores que contribuíram para o desenvolvimento da prática esportiva para além do processo de urbanização, visto que indaga que tal fenômeno ainda não estava presente nas localidades pesquisadas. Segundo os apontamentos do autor nas regiões de Goiás e Mato Grosso, entre os anos de 1866-1936, mesmo sem um processo de urbanização significativo, já se encontravam indícios da presença de diversas práticas esportivas.

Para enfatizar seus argumentos a autoria inicia questionamentos sobre uma hegemonia dos discursos historiográficos brasileiros acerca da importância das principais cidades brasileiras na virada do século XIX para o XX, principalmente Rio de Janeiro e São Paulo com o desenvolvimento esportivo. Cleber Dias discorre sobre uma influência não tão significativa das respectivas metrópoles no fomento das atividades esportivas nas regiões mais afastadas do eixo Rio – São Paulo. Tais argumentos são centrais para a exposição das pretensões do autor para com o livro, afinal, o mesmo pretende estimular os pesquisadores que se interessam na temática de História do Esporte a explorar mais essas regiões de caráter periférico e expandir as reflexões acerca das teorias demarcadas sobre uma influência eminente das cidades modelos ou da urbanização para o desenvolvimento do Esporte e, assim, atentar-se para outros fatores contribuintes. Desta forma bastante ousada Cleber Dias fecha sua introdução e dá início ao seu primeiro capítulo.

O primeiro capítulo intitulado “Ginásticas em Goiás (1866-1916), foi construído a partir de vestígios documentais que o autor encontrou sobre como se materializou a ginástica em Goiás. A autoria, de início, conduz o leitor para os principais espaços em que a ginástica se instalou no estado e de que maneira ela se desenvolveu na região, expondo as suas especificidades e vertentes – indo do circo até as Companhia de Militares. É possível perceber que a ginástica, segundo a narrativa do autor, foi se integrando à sociedade a ponto de se consolidar como prática pedagógica regular nas escolas goianas. Salvo a ambiência das salas de aula, a ginástica também estava presente em festas e comemorações, aniversário da cidade, encerramento dos trabalhos letivos entre outras ações. O autor finaliza o respectivo capítulo discorrendo que o estudo mais aprofundado de tais atividades em regiões como Goiás, permite ampliar o repertório do que se sabe sobre essas práticas físicas e faz perceber que cada localidade possui suas singularidades e meios diferentes de desenvolver novas técnicas, excedendo a perspectiva do que rotineiramente é visto nos estudos sobre as grandes metrópoles.

O segundo capítulo denominado “Educação física em escolas de Goiás, (1916-1930)” foi amparado por leis, decretos e regulamentos que enfatizavam a necessidade e o desejo que a elite política goiana sentia em incluir os exercícios físicos nas instituições educacionais. O autor constata que, inicialmente, as práticas de Educação Física nas escolas eram precárias e pouco sistematizadas, contendo aulas de ginástica, Esportes e outros jogos ou exercícios físicos. Cleber Dias ressalta que um dos primeiros métodos sistemáticos instaurados em instituições escolares goianas foi a “instrução física”. Esse programa consistia em formar jovens bem preparados para o exército, deste modo as aulas eram ministradas por militares e os principais conteúdos eram exercícios físicos, métodos da ginástica, esgrima e tiro ao alvo. Por fim, o autor reforça que a presença dos militares nas instituições escolares de Goiás foi bastante intensa, e o sistema educacional goiano foi se compondo a partir dessas iniciativas, aspectos estes que se contrapõem às grandes metrópoles do Brasil da época, onde a presença dos militares, segundo o autor, não foi tão contundente quanto em Goiás, apesar de existirem.

“Esportes no coração do Brasil, Goiás, (1907-1936) ” é o título do capítulo três. Neste momento o autor mostra, baseado em fontes de jornais, quais foram os fatores que viabilizaram a difusão das práticas esportivas em Goiás. Cleber Dias levanta considerações de que, nesse momento, a relação que o estado estabelecia com outras cidades, principalmente as do Triângulo Mineiro, acabou influenciando na troca de experiências em diversos aspectos sociais, dentre estes o esportivo. Tendo em vista que as regiões do Triângulo Mineiro possuíam conhecimento sobre variadas práticas físicas como o ciclismo, a patinação, a peteca, o bilhar entre outros, as regiões goianas mais próximas acabaram se familiarizando com tais atividades. O autor ainda discorre nesse capítulo sobre uma figura importante para o fomento do Esporte na região de Goiás: o esportista vindo de São Paulo, Genaro Rodrigues, que criou a primeira liga esportiva de futebol goiana.

A criação da Associação Goiana de Esportes Athleticos (AGEA) em 1930, atuou de forma significativa para a mobilização da população em relação ao futebol de Goiás. Porém, o autor alerta o leitor para o fato da entidade burocrática ter ficado um pouco deslocada após a saída de Genaro, que era a principal figura da associação e também por ser uma organização esportiva baseada em um modelo de São Paulo. O autor ressalta que foi o próprio modo de ordenação da associação que atuou como principal obstáculo para seu desenvolvimento, considerando o seu exigente estatuto que determinava vários critérios a serem cumpridos pelos clubes goianos, não estimulando times a se filiar, visto que deveriam cumprir diversos estatutos, burocracias e ter um bom capital financeiro. Além disso um dos principais fatores que não colaboraram para a permanência dessa entidade foram os critérios sistematizados e excludentes quando relacionada às classes populares. Desse modo, o autor concluiu o capítulo expondo que o Esporte na região goiana foi claramente desenvolvido com suas características e influências locais, valorizando a importância das cidades ali próximas e, principalmente, da importante articulação que os indivíduos locais fizeram, unindo diversos interesses, ideias e concepções que respeitavam e incluíam diferentes tipos de classe social e nível de alfabetização, para que participassem e contribuíssem com o desenvolvimento esportivo – atribuindo as características e particularidades goianas.

As questões acima relatadas evidenciam, segundo os argumentos levantados pelo autor, que, diferentemente de outras regiões brasileiras, a sociedade goiana não conseguiu adaptar-se a modelos sistematizados de organização esportiva vindos de São Paulo, dado que a realidade ali presente era diferente do contexto paulista. Assim, Cleber Dias tece possíveis respostas para sua tentativa de sustentar a hipótese que, em Goiás, os modelos esportivos advindos das cidades tidas como modernas foram pouco contribuintes.

No capítulo quatro, titulado de “Esportes entre os índios do Brasil central”, o autor buscou mostrar como o Esporte começou a ser praticado pelos índios em Goiás e Mato Grosso, evidenciando a maneira de como a prática foi apresentada a esse segmento populacional e indicando os motivos pelos quais a mesma acabou sendo incorporada pelos indígenas. A autoria salienta que as fontes para a construção deste capítulo são esparsas e necessitam passar por um olhar bem apurado, pois a informação da prática esportiva desses grupos indígenas é encontrada no meio de diversos documentos que tratam dos mais variados assuntos. No entanto, Cleber Dias destaca que são fontes muito bem preservadas e que só precisam de um olhar mais cuidadoso dos pesquisadores ligados a História do Esporte, visto que podem fornecer contribuições fundamentais a historiografia do Esporte no Brasil. O autor ainda ressalta que os principais indivíduos mencionados nos documentos como difusores das práticas esportivas entre os indígenas foram os militares, religiosos e funcionários do governo.

A autoria levanta que, com o objetivo de evangelizar os índios, os missionários religiosos migraram para as regiões do Mato Grosso em 1929. Ao levar em conta que esses indivíduos eram muitas vezes oriundos de outros países as práticas esportivas poderiam ser uma das inovações apresentadas por eles à população local. Cléber Dias lembra que os missionários foram responsáveis também por criar um aldeamento de índios no fim do século XIX, onde instauraram um sistema pedagógico que possuía aulas de língua portuguesa, matemática, canto, ginástica, Esportes, oficinas de carpintaria e etc. Neste sentido, a partir de tais argumentos o livro em questão evidencia uma forte influência dos missionários sob os índios, já que os costumes desses religiosos era algo extremamente novo para a cultura indígena ali presente, fator divergente dos processos de desenvolvimento esportivo oriundos das regiões tidas como urbanizadas. No entanto, Cleber Dias considera que a maior influência no que se diz respeito ao fomento de práticas com caráter esportivo aos índios foram dos militares, afinal eles criaram a Comissão Rondon – instituição responsável pela construção de linhas telegráficas -, que possuía o objetivo de pacificar os índios e educar a população das imediações ministrando aulas de ginástica sueca, exercícios militares e, posteriormente, o futebol. Outro fator importante para o fomento da prática esportiva dos índios foi o Serviço de Proteção ao Índio (SPI), notando-se que a finalidade desse programa era de civilizar os índios, sendo o Esporte uma das ferramentas para tal, já que este representava modernidade e progresso em outros contextos.

No entanto, a autoria considera que mesmo com todas essas influências de “fora”, os índios tinham a sua própria maneira de se apropriar do Esporte ou de qualquer outra prática física, atribuindo novos significados socioculturais para esse divertimento e não somente a educação civilizada que essa prática supostamente proporcionava. A pesquisa sobre uma História do Esporte entre os índios colabora para pensar a prática esportiva com um olhar diferente do usual, pois segundo o autor, os índios utilizaram do Esporte para articular suas ideias, sua cultura, suas reivindicações entre outros fatores, diferentemente do caráter empregado, segundo Cleber Dias, na maior parte das pesquisas em História do Esporte no Brasil, onde limitam a utilização do Esporte à somente uma ação civilizatória. Finalizou-se, assim, as análises do autor sobre Goiás e o mesmo inicia os escritos sobre o estado do Mato Grosso.

O capítulo cinco que se intitula “Aurora dos Esportes em Mato Grosso, 1905-1919” aborda como se deu a manifestação dos Esportes em Mato Grosso, especificamente nas cidades de Cuiabá e Corumbá. O autor levanta que as primeiras práticas esportivas da região pesquisada foram o futebol, tiro, turfe, remo e patinação. Para isso, os mesmos aspectos que foram analisados da História do Esporte em Goiás também são palcos de análises deste capítulo, só que agora com um olhar voltado para a localidade do cerrado mato-grossense. Cléber Dias localiza que a influência militar no Mato Grosso acerca do fomento esportivo também é presente e fundamental, no entanto a prática física disseminada na região pantaneira difere de Goiás. No decorrer do capítulo, o autor discorre sobre a dispersão do tiro ao alvo, prática que se intensificou rapidamente pelas regiões de Corumbá e Cuiabá, sendo criados clubes de tiro em 1909 devido à mobilização de militares que confiavam a essa atividade a atribuição de educação e civilização moderna. No entanto, a autoria sinaliza que o tiro ao alvo também era uma prática de divertimento e socialização da população, além disso, os militares também atuaram na organização de partidas de futebol, apresentações de ginástica sueca e outras atividades atléticas no estado.

De acordo com Cléber Dias, as práticas esportivas eram inicialmente elitizadas no Mato Grosso, atividades que eram restritas a indivíduos considerados civilizados, porém com o tempo foi se popularizando entre indivíduos de diferentes classes sociais. A partir disso, o autor evidencia um paradoxo, pois para que se efetivasse a difusão do Esporte, era de suma importância a sua popularização, porém, o mesmo feito não satisfazia as elites locais que almejavam distanciar-se das classes populares. Afora do caráter de civilização, disciplina e noções de higiene, o autor menciona que as práticas esportivas funcionavam também como divertimento e excitabilidade da competição. A autoria considera que, mesmo com a intervenção dos militares nessa difusão das práticas esportivas, foram de grande importância as relações econômicas estabelecidas entre Mato Grosso e países como Argentina e Uruguai, através do rio Paraguai. Por meio dessas afinidades houve um aumento populacional, interação comercial e, sintomaticamente, uma articulação de práticas esportivas das regiões platinas com o Mato Grosso, pouco ou nada presente nas grandes metrópoles brasileiras.

Neste sentido, Cléber Dias reforça neste capítulo que uma hipótese bastante interessante seria a de que o desenvolvimento do Esporte no Mato Grosso não se deu por relações diretas com as principais cidades brasileiras, como Rio de Janeiro ou São Paulo, mas por ligações com regiões platinas que poderiam, segundo seus argumentos, revelar diferentes formas de se incorporar as práticas esportivas na região. Por fim, o autor levanta um segundo fator contribuinte para o fomento do Esporte no Mato Grosso, que também difere dos aspectos levantados comumente pelos historiadores do Esporte, referindo-se a presença da Marinha, que se concentravam em grande quantidade nas regiões mato-grossenses devido as rotas fluviais e as fronteiras do Mato Grosso com os países vizinhos. Nota-se, ao fim, que o autor reforça com tais aspectos mais traços de sua tese, evidenciando que, por mais que Mato Grosso não possuísse e/ou detivesse pouco caráter de urbanização, as práticas esportivas estavam se desenvolvendo no local e com traços bastante peculiares.

No sexto e último capítulo intitulado “Desenvolvimento esportivo em Mato Grosso, 1920-1930” o autor fala sobre a consolidação dos Esportes de maneira mais intensificada. Para esse capítulo a autoria também teve como principais fontes jornais, livros de memória e documentos do Arquivo Histórico do Exército. O autor dá ênfase que em 1920 as publicações em jornais sobre fatos relacionados ao Esporte se tornaram mais frequentes, revelando até jornais especializados no assunto. Além da massificação dos periódicos, coloca-se que o espaço geográfico esportivo das regiões do Mato Grosso estava se transformando com a construção de estádios, criação de clubes e federações e que isto privilegiava a intensificação de práticas esportivas – assim como em outras regiões brasileiras -, mas ao lado desses fatores, caminhavam as organizações militares que tiveram relevante atuação no contexto mato-grossense.

Assim como em todos os capítulos, percebe-se que a presença e a importância dos militares foram igualmente enfatizadas, o que possibilita pensar o valor que esse grupo depositava na prática física, acreditando que ela realmente poderia atuar de forma significativa na vida dos indivíduos. Ao dar continuidade acerca das características do desenvolvimento esportivo no Mato Grosso, o autor percebe que os principais influentes para o desenvolvimento dos Esportes de Mato Grosso estavam ligados a colaboração de influências vindas do Prata, já que foi um uruguaio que introduziu o futebol em Corumbá.

Cleber Dias ainda menciona que Mato Grosso mantinha relações bem fortes com o Paraguai, tanto economicamente quanto culturalmente e frequentemente as equipes de futebol mato-grossenses atravessavam as fronteiras para disputar jogos com as equipes paraguaias. Além disso, o livro destaca um aumento da comercialização entre Mato Grosso e São Paulo pelas Estradas de Ferro Noroeste do Brasil, o que facilitava a relação esportiva entre as regiões, mas as afinidades Platinas ainda eram superiores. Enfim, o autor sugere a necessidade de repensar a imagem do Mato Grosso, onde se pensa em uma região em completo atraso, sendo que na verdade, nas regiões do Mato Grosso o Esporte se desenvolveu com a atuação de fatores parecidos com as outras regiões brasileiras, porém, com suas peculiaridades, como a forte presença dos platinos e das instituições militares, que colaboraram de forma direta e mais significativas do que nas grandes cidades brasileiras da época.

A título de considerações finais sobre o livro resenhado, observa-se que a leitura dessa obra convida os leitores a repensar, de maneira criteriosa e aprofundada, acerca do desenvolvimento esportivo para além dos grandes polos urbanos, incentivando, portanto, o fomento de estudos dos tidos confins da civilização, algo que é, de certa maneira, pouco esmiuçado pela historiografia do Esporte no Brasil. Sinaliza-se também que a obra é carregada de pontos interessantes, o que facilita a realização de futuros trabalhos com características mais regionalizadas, tornando-se, desse modo, leitura obrigatória para os pesquisadores da História do Esporte.

Por fim, sinaliza-se que é preciso realizar uma maior discussão a respeito ao tratamento conceitual dado pelo autor ao fenômeno esportivo. Afinal em muitos momentos acaba sendo confuso para o leitor se o que é descrito realmente é uma atividade esportiva ou práticas físicas que no máximo apresentavam traços de esportivização. Logo, enfatiza-se a necessidade por parte dos historiadores do Esporte no Brasil em demonstrar em suas fontes as diversas facetas que as práticas físicas apresentam e que não necessariamente podem ser confundidos e tratados como Esportes.

Um último apontamento que se considera oportuno de se realizar é relativo a polêmica tese levantada pelo autor. Apesar de considerar-se fundamental um olhar mais acurado à uma história regional do Esporte descolada de uma historiografia, sobretudo, paulista e carioca, pensa-se que separar a consolidação das práticas esportivas do processo de urbanização é algo a ser refletido. Afinal mesmo se tratando de locais poucos urbanizados, a inserção dos Esportes nos denominados confins da civilização demonstra o desejo de tais localidades em se tornar moderna, urbana e industrial, mesmo que essa modernidade se materialize de uma maneira bastante singular.

Contudo, considera-se que tais apontamentos críticos não diminuem em nada a potência investigativa que o livro apresenta e indica-se que a obra cumpre com seu objetivo de instigar os pesquisadores a produzir uma historiografia do Esporte centrada nas regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos do país.


Resenhistas

Mariana de Paula – Graduanda do curso de Educação Física – Universidade Federal do Paraná (UFPR). Curitiba – Paraná. E-mail: [email protected]

Letícia Cristina Lima Moraes – Licenciada em Educação Física – Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestranda em Educação Física pelo Programa de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Curitiba – Paraná. E-mail: [email protected]

Leonardo do Couto Gomes – Licenciado em Educação Física – Universidade Federal do Paraná (UFPR) e mestrando em Educação Física pelo Programa de Pós-graduação em Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Curitiba – Paraná. E-mail: [email protected]

Marcelo Moraes e Silva – Doutor em Educação – UNICAMP. Professor do Departamento e do Programa de Pós-Graduação em Educação Física da Universidade Federal do Paraná (UFPR). Curitiba – Paraná. E-mail: [email protected]


Referências desta Resenha

DIAS, Cleber. Esportes nos Confins da Civilização: Goiás e Mato Grosso, c.1866-1966. Rio de Janeiro: 7letras, 2018. Resenha de: PAULA, Mariana de; MORAES, Letícia Cristina Lima; GOMES, Leonardo do Couto; SILVA, Marcelo Moraes e. Esporte e cidade, novas perspectivas historiográficas: notas sobre o livro “Esportes nos confins da civilização: Goiás e Mato Grosso, C.1866-1966”. Recorde: Revista de História do Esporte, v.12, n.2, jul./dez. 2019. Acessar publicação original [DR]

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