Kurdish Women’s Stories | Houzan Mahmoud

Embora pouco conhecido no Brasil, o povo curdo é um dos maiores povos sem Estado do mundo. Formado por aproximadamente 40 milhões de indivíduos, essa comunidade étnica encontra-se dividida entre os Estados da Síria, da Turquia, do Irã e do Iraque; além das mais de cinco milhões de pessoas dispersas na diáspora – sobretudo nos Estados Unidos e em países da Europa central, como a França, Alemanha, Bélgica e Holanda.

Apesar dos diversos levantes nacionalistas e da autonomia relativa conquistada nos territórios no Iraque, o Curdistão jamais conseguiu se unificar e se tornar independente. Diante disso, as populações curdas, autóctones dessa região, foram sendo violentamente assimiladas e sistematicamente negadas pelos processos de formação dos Estados-nação que ocupam o seu território. Leia Mais

Teerã/ Ramalá e Doha: memórias da política externa ativa e altiva | Celso Amorim

Após a publicação de Conversas com jovens diplomatas (2011) e Breves narrativas diplomáticas (2013), a Benvirá lançou, neste ano, o novo livro de Celso Amorim, Teerã, Ramalá e Doha: memórias da política externa ativa e altiva. O livro se divide em três partes, que se propõem a analisar três aspectos da política externa brasileira considerados centrais por Amorim durante a sua chancelaria no governo Lula: as negociações acerca do programa nuclear iraniano, que redundaram na proposta turco-brasileira que ficou conhecida como Declaração de Teerã; a aproximação do Oriente Médio, em especial do mundo árabe; e a participação do Brasil nas tratativas das Rodada Doha.

Fortemente baseado em notas do próprio ex-ministro à época dos acontecimentos narrados, o livro apresenta os “bastidores” de diversas ações da diplomacia brasileira e de alguns outros países, inclusive expondo o modus operandi das grandes potências. Por meio da detalhada narrativa, torna-se possível vislumbrar as motivações brasileiras nas três grandes iniciativas apresentadas, além das percepções dos outros negociadores e líderes sobre as posições e a inserção internacional do Brasil durante o governo Lula. Leia Mais

Howto Run the World: Charting a Course to the next Renaissance | Parag Khanna

In his new book, Parag Khanna, Director of the Global Governance Initiative at the New America Foundation and author of “The Second World”, seeks to answer how we can deal with global challenges in a more effective way in the years to come. In merely 214 pages, Khanna covers a vast array of challenges – from climate change, nuclear proliferation, poverty, human rights to the Middle East Conflict to the disputes in Kashmir, Iran and Afghanistan. As a natural consequence, some of his analyses seem a bit rushed (for example, his thoughts on nuclear proliferation are limited to just a few pages). Yet Khanna’s aim is not to engage in profound historical analysis; rather, the book can be understood as a smart brainstorming session on how to tackle the world’s most urgent problems. Academics will frown at his approach as Khanna’s assertions are not based on empirical research, yet he is certainly courageous for approaching big issues in a sweeping way.

Similar to Khanna’s previous book, How to Run the World is well-written, and a lot of his ideas are interesting and seem worth further consideration. For example, Khanna argues that aside from combating Somali pirates, more needs to be done to reduce illegal fishing in the region, which has led to the problem in the first place. In addition, instead of imposing futile sanctions against Iran, he advocated “flooding” the country with “contacts through commerce, media, and diplomatic channels that would force greater transparency on all its activities.” The author is also right to point out that private sector actors will undoubtedly play a key role in global governance, although his prediction that large corporations will soon issue their own passports for employees, with pre-negiotiated visa-free access to countries, seems exaggerated. Leia Mais