Old Thiess/a Livonian Werewolf. A Classic Case in Comparative Perspective | Carlo Ginzburg, Bruce Lincoln

El 28 de abril de 1691 el Viejo Thiess, diminutivo de Māttiss, habitante de Kaltenbrunn y vecino de Livonia (territorio actual de Estonia y Letonia), decidió hacer una declaración acerca de su capacidad licantrópica, es decir, su habilidad de transformarse en hombre lobo; lo anterior lo hizo ante un jurado en la Corte de Venden, que lo escuchó e interrogó profusamente con gran sorpresa y confusión. El juicio ganó gran notoriedad en su época, pues además el Viejo Thiess, quien gozaba de buena reputación entre sus vecinos, afirmaba haber luchado en contra de los seres del infierno y con el fin de recuperar los granos robados. Un año después de iniciado el juicio (1692), el Viejo Thiess fue condenado a veinte azotes públicos y al destierro; pero, debido a su avanzada edad, según los registros tenía más de ochenta años, fue perdonado de los golpes, aunque la expulsión de su terruño no pudo evitarse pues ésta también tendría que servir de escarmiento para otros pobladores quienes, de avivar dichas supersticiones, se harían acreedores a castigos y vejaciones similares.1 Leia Mais

Image and Logic | Peter Galison

De acordo com o mais recente livro de Peter Galison, Image and logic, imagem e lógica são as palavras-chave para se entender a recente e importante história da microfísica. Pois, como ele ali descreve e analisa detalhadamente, estas idéias caracterizam as duas principais correntes que, desde o início do nosso século, disputam e se alternam na liderança das pesquisas da física atômica e de partículas, até a década de 1970, quando então começam a se fundir. O livro trata dessa fusão e de sua origem, mas de uma perspectiva peculiar, expressa no subtítulo, a cultura material do laboratório, ou seja, das técnicas, instrumentos e arranjos institucionais que se entrelaçam no desenvolvimento dos dois modelos de pesquisa concorrentes.

Mas não se trata apenas de outro bom livro de história da física. O trabalho de Galison se filia à boa linhagem de uma historiografia repleta de reflexões metodológicas, de insights sociológicos e implicações filosóficas. Seu livro inaugural, How the experiments end, publicado em 1988, valeu-lhe um lugar de destaque em Harvard e na arena norte-americana da história das ciências. Se as narrativas históricas das ciências são costumeiramente tecidas a partir dos resultados encontrados, a originalidade da história reconstruída por Galison está na tentativa de entender seus processos de constituição, os rearranjos que antecedem às conclusões teóricas. Como numa história de vida (ciência) privada, suas peças documentais, neste livro de 1988, são muitas vezes bilhetes e anotações trocados pelas equipes que se revezam nos grandes laboratórios, evidenciando impasses e negociações anteriores à sua publicidade. Em 1996, Galison editara com David Stump um debate sobre a unidade, contextos e limites da ciência, The disunity of science, reunindo boa parte da nata anglo-saxã dos historiadores e filósofos da ciência: Schaffer, Lenoir, Davidson, Hacking, Fine. Leia Mais