Introdução às Relações Internacionais: temas, atores e visões | Cristina Soreanu Pecequilo

O número de cursos de Relações Internacionais no Brasil, tanto de graduação quanto de pós-graduação, cresceu rapidamente nos últimos anos. A ampliação da área acadêmica das Relações Internacionais do Brasil reflete a necessidade de formar profissionais habilitados a lidar com questões internacionais, uma demanda tanto da iniciativa privada quanto de órgãos públicos nas mais diversas esferas. Entretanto, como em qualquer área que cresce rapidamente, existem muitos desequilíbrios e carências, verificados principalmente no ensino de graduação em Relações Internacionais.

O livro da Profª Cristina Pecequilo dedica-se a fazer uma introdução às Relações Internacionais, partindo de experiências concretas de ensino e pesquisa na área, durante as quais a autora se deparou, por parte de alunos e professores, com um grande conjunto de dúvidas e dificuldades. Tal conjunto era composto de indagações que englobavam temas como o ponto de partida do estudo das Relações Internacionais, as questões sobre o exercício da profissão e a bibliografia adequada para o ensino. Do ponto de vista teórico, a autora busca mapear os principais conceitos, fundamentos e teorias das Relações Internacionais, indicando as várias possibilidades analíticas de interpretação. Leia Mais

A política externa dos Estados Unidos | Cristina Soreanu Pecequilo

Premiada como melhor Tese de Doutorado em 2000 pelo Departamento de Ciência Política da USP, a obra de Pecequilo torna-se leitura obrigatória para quem estuda não só a política externa dos Estados Unidos, mas as Relações Internacionais de maneira geral. Trata-se de um trabalho brasileiro sem precedentes sobre o tema e, justamente por ser uma obra nacional, esquiva-se das tradicionais análises norte-americanas e européias, contribuindo para uma visão mais neutra do tema em questão.

A idéia inicial da autora era trabalhar exclusivamente o período de 1989 a 1998, buscando traçar continuidades e rupturas na política externa dos Estados Unidos a partir do fim da Guerra Fria. Uma vez iniciada a pesquisa, contudo, percebeu que era necessário recuar no tempo, a fim de conferir maior precisão à própria idéia de continuidades e rupturas. Foi na formação nacional dos Estados Unidos que a autora encontrou os fundamentos que iriam guiar a política externa norte-americana até os períodos mais recentes. Ela lida com dois momentos distintos: o primeiro, de 1776 a 1945, “quando os Estados Unidos eram um país normal no sistema, consolidando seu poder doméstico e depois se projetando internacionalmente”, e o segundo, de 1947 a 1999, momento contemporâneo, “marcado pela ascensão e disseminação da hegemonia” (p. 18). Leia Mais