Intimações do desumano | Edson Lopes Cardoso

Edson Lopes Cardoso é uma das pessoas-bússolas quando pensamos em ativismo político, intelectualidade e movimento negro brasileiro contemporâneo. E digo isso não como mero protocolo, digo com o sentimento de quem nasceu exatos quarenta anos depois dele e encontrou caminhos em comum alicerçados com ideias e reflexões sobre as armadilhas da violência estrutural sofisticada que é o racismo. Como mulher negra, também nascida na Bahia (em Berimbau – Conceição do Jacuípe), formada em jornalismo (Universidade Federal do Recôncavo da Bahia), que enveredou por espaços acadêmicos e por Brasília, é inspirador acessar obras literárias e também trajetórias de pessoas negras que contribuíram com estratégias a favor de uma coletividade que teve historicamente os direitos negados. Com sua percepção apurada, Edson Cardoso continua sinalizando às máscaras que ainda seguem ativadas na sociedade brasileira. E com sua experiência de vida e combate, trança pensamentos com as gerações que o antecedeu e com as posteriores, com o compromisso de amplificar a dignidade das vidas negras.

O autor abre sua obra afirmando: “Estava (quase) tudo nos jornais”, e em seguida complementa na epígrafe com dois trechos, primeiro do psiquiatra martinicano Frantz Fanon (1925-1961), que destaca a perspicácia do racismo, enquanto projeto que age para além de linchamentos e extermínios físicos, e dissemina as relações psíquicas por espaços aparentemente impossíveis, em multi-formas que se reproduzem. A segunda epígrafe é um trecho do crítico literário francês George Steiner (1929-2020), em que a expressão “intimações do desumano” aparece ao final, quando Steiner afirma, sobre o escritor tcheco Franz Kafka: “Não menos do que os profetas que clamavam contra a carga da revelação, Kafka foi perseguido por específicas intimações do desumano” (p. 5). Cadenciando entre esses dois trechos o título do livro aqui resenhado assume que pretende intimar a/o leitora/leitor – intimação que significa por vezes convite, chamado, notificação, mas também exigência de participação para encararmos (e tentarmos refletir ou responder) às situações apresentadas ao longo dos versos.

Num conjunto de 46 poesias, Edson Cardoso mescla a intensidade de sentidos que a palavra afeto pode agregar, tanto do ponto de vista da ternura, como quando apresenta-nos Luiz Orlando no primeiro poema, O AMIGO DA SABEDORIA,1 e conta sobre a pessoa que se movimentava com as palavras pelas ruas de Salvador: “Ninguém carregava livros com tanta paixão e desprendimento, / e o que lhe dava satisfação era o ato político, a doação” (p. 11); ou quando aponta (des)afetos e nos sacode, provoca, rememora fatos, questiona e convoca-nos a responder juntos – autor e leitora – aos fatos (des)mascarados da mídia, das instituições, fatos flagrados no dia-a-dia com as vidas negras no Brasil. Bom exemplo disso está nos poemas curtos ENTREOUVIDO NA POLI – “Toda vez / que vejo esses/ pretos com dreads / tenho vontade / de / atropelar” (p. 17); CARTAZ DA IURD: “Vamos acabar com os terreiros / de macumba.” (p. 18); e OSCLAMORES DO ABATE: “Perdi, perdi, perdi. / Não atire. / Não precisa matar.” (p. 23).

Ainda a respeito da poesia sobre Luiz Orlando, há um esforço para marcar a existência, a memória de uma pessoa que fez parte do percurso de muitas outras que transitavam “entre a Praça da Piedade e a Tomé de Souza, / o Campo Grande. E sebos do Viaduto da Sé ou da / Ruy Barbosa” (p. 11), pessoas que incluíam o autor: “Não sei quantas ações seu exemplo inspirou, / redes de comunicação ajudou a tecer. / Sei que agora percebo agora em mim. / O livro, subversivo, se escondia sob a camisa, / utopia de uma biblioteca ambulante, erguida com / passos solitários e / bem colocada ao corpo” (p.12). Refere-se ao período da Ditadura Militar, do AI-5, e rememora um aspecto já apontado pelo próprio Edson Cardoso em entrevista ao Histórias do movimento negro no Brasil: “Eram livros escondidos sob a camisa…”.2

Intimações do desumano nos convoca a pensar numa série de questões étnico-raciais e políticas enfrentadas todos os dias, há muito tempo. Não há trégua nas tentativas de negação da humanidade ou da pluralidade na humanidade. Não há trégua nas tentativas de suspensão do que é falso, perverso, persuasivo e contínuo. A sociedade brasileira foi formada com a ideia ocidentalizada e romântica de humanidade, porém, sem incluir no conceito todas as pessoas. Mesmo com a ideia de “democracia racial” convenientemente utilizada, ao mesmo tempo em que pessoas negras e originárias foram/ são destituídas de suas vidas, epistemes, memórias (e resistem, a exemplo desta obra), as brancas gozaram/gozam das vantagens de tal “humanidade” sem precisar esforço para provar o valor de suas subjetividades e sem a necessidade de se racializarem. Essa humanidade, que se apresenta em crise3 até mesmo no seio do próprio grupo que a inventou, mas que ainda não abriu mão de seu pacto narcísico,4 como acusa o poema HOW TO DEAL WITH PROBLEMS: “Eu sou branco e médico / e a polícia nunca vai me prender” (p. 25). Esse poema aponta para um imaginário construído pela pessoa-referência, aquela que não é vista como suspeita às instituições, ao contrário de nós.

Vemos isso também em MARAPICU, poema no qual o autor conta que quem apresentou um cemitério assim chamado, no bairro de Nova Iguaçu, Rio de Janeiro, foi o romancista Agnaldo Silva. Ali o coveiro esforçado abria covas rasas para mortos sem nome: “o cemitério foi engolindo o país aos poucos / e nunca comovia ninguém. / Os mortos eram a escória / e compaixão ou piedade definitivamente não rolam / quando se trata de pessoas assim retintas. / O que engole o país são os mortos / ou a indiferença que compartimos?” (p. 21). Aqui refletimos sobre genocídio da população negra, sobre a necessidade da corresponsabilidade para combater um projeto violento que não foi inventado pela população negra, e sobre como o silêncio e a isenção atuam a este respeito.5 Ao fim do poema, Cardoso denuncia: “O verdadeiro memorial é anuência e consentimento / monumento de silêncio cúmplice e nenhuma/ vergonha. / Apesar de todos conhecerem o Mal, que exaltam e / enaltecem, / genocídio é quase sempre uma palavra imprevista” (p. 22).

Edson Lopes Cardoso, escritor negro, nascido em Salvador em 1949, que além de poeta é jornalista (editou três jornais em vinte anos), mestre em comunicação (Universidade de Brasília) e doutor em educação (Universidade de São Paulo), segue com seu projeto literário a registrar e denunciar a vigência do projeto racista nos espaços sociais do cotidiano, até os menos prováveis e ditos progressistas. “Era uma festa colonial na cidade da Bahia, / mas no verão ardente do século vinte e um. / Ela foi de lombo e / seu amigo branco, de chicote. / Nada devia ser o que parecia, tá ligado? Nossa história é deslumbrante como uma capa da Vogue!” (p. 36). Este é o início da poesia REALIDADE, APARÊNCIA E ILUSÃO, que descreve uma festa de aniversário midiatizada ocorrida em 2019, com temática racista, espetacularizando pessoas negras objetificadas como serviçais e/ou figurantes, atitude discutida e combatida pelas/os intelectuais e ativistas negras/os de todo mundo, desde os séculos passados. O evento, aniversário de uma mulher branca editora de famosa revista de moda, ocorreu no Palácio da Aclamação, em Salvador, e contou com a presença de vários artistas, muitos dos quais se isentaram de falar a respeito da violência simbólica, política e racial ali representada. A poesia marca o ocorrido e nos faz pensar que os estudos sobre branquitude, sobre supremacia branca e suas nuances são de boa valia para compreender atitudes desse tipo, por pessoas que se recusam a admitir que certas ocupações são resultado de privilégios históricos, que reforçam, por outro lado, os lugares sociais reservados aos que não são brancos.

Ao ler as poesias de Edson Cardoso, alguém que vivenciou o período da Ditadura Militar no Brasil, e pode fazer movimento negro com diferentes grupos num momento em que este estava se configurando, percebemos que ao refletir o momento atual, estamos muitas vezes imersas/os em composições neocoloniais, em que as pessoas brancas ainda querem falar pelas negras, ainda querem nominar, ditar os espaços de atuação e imprimir representações que reforcem a subordinação e a docilidade, o “bom negro”, le petit négre segundo Fanon.6

No poema “SUBMISSÃO”, o eu-poético diz sobre um deputado negro: “Ele está em quase todas as fotos do séquito / presidencial. / De novo, o Anjo Negro, o guarda-costas, o prestígio supremo / dos desafortunados. / Como prescindir no Brasil de uma representação / negra submissa? Que força tem essa representação, não é mesmo?” (p. 43). Pessoas negras, a exemplo deste deputado, agem desta maneira por diversos motivos, e também devido a uma articulação secular proveniente do grupo racial hegemônico que segue impondo regras em todos os espaços. Por isso, a importância de frisar que nossa reivindicação, enquanto pessoas negras, é sim irmos à universidade e aos demais espaços “legítimos”, e estarmos nesses lugares enquanto indivíduos que falam sobre si mesmos, e não como grupo estigmatizado em representações submissas, que pessoas brancas, a mídia e agentes do Estado costumam reforçar e investir.

Autor de Areal das Sevícias (poesia, 1977), Bruxas, espíritos e outros bichos (artigos, 1992), Ubá (poesia, 1999) e Nada os trará de volta (2022), Edson Cardoso nos oferece também, em sua obra poética, o entendimento das nossas memórias como arma política diante de uma sociedade que tenta roubar cotidianamente nossas mentes, colonizando-as, remodelando-as e transformando-as em extensões embranquecidas para atender à ideia de “padrão de humanidade”.

Destaco que o amplo afeto nas poesias de Cardoso são anotações a respeito das nossas subjetividades, negadas em muitos ambientes racializados, como na história dita oficial, na mídia de forma geral, e sempre nas vivências do dia-a-dia. E todos esses espaços têm sido questionados, rasurados, alterados pelo empenho dos movimentos negros. DUAS MARIAS é sobre isso:

Uma Maria auxiliar de enfermagem em São Paulo teve um infarto na estação do metrô. Saíra da delegacia onde fora registrar queixa de racismo. O desfibrilador a trouxe de volta. Outra Maria, a moça do tempo da TV, após ataques racistas na internet, disse que jamais viveu sem esse enfrentamento, desde que ela se entende por gente. Uma, morreu. Ressuscitou porque morreu. A outra, desde que nasceu. Pessoas de pele escura vivem realidades desconhecidas aos olhos do mundo? Precisamos elaborar muitos relatos de vidas assim (p. 26)

Nas suas poesias as marcas da violência plural aparecem, não somente as institucionais, insistentes como a da polícia, mas as que ocorrem noutras instâncias do cotidiano. Roubos de memórias, silenciamento ou apagamento de narrativas, negando o direito à saúde, a comida, a moradia decente, o trabalho digno, o lazer preciso, mesmo a internet, as tantas afrontas políticas e existenciais. Cardoso, ao final da poesia, nos questiona e nos convoca: “Pessoas de pele escura vivem realidades / desconhecidas / aos olhos do mundo? Precisamos elaborar muitos relatos de vidas assim” (p. 26). Suas poesias são construídas sem ficção, tratam de fatos já narrados na imprensa.

Fazendo coro ao que o autor explica e com o que implica: será que as vidas negras e suas subjetividades são lidas para além de grupos negros e de pessoas ditas progressistas? Quem está sentindo ou observando suas intimações do desumano? Por que ainda existe tanta dificuldade para assumir o que é substantivo em nossa sociedade? Cardoso traz dois poemas que articulam esta reflexão: ADJETIVO: “Científico / Velado / Sutil / Cordial / Ambiental / Institucional / Cultural / Recreativo / Estrutural” (p. 66); já a poesia que aparece na página ao lado, espelhando esta, leva o título de SUBSTANTIVO (p. 67), e não consta abaixo nenhuma palavra, apenas o restante da página em branco, conotando o vazio, o silêncio, a isenção que ocorrem quando o assunto é racismo, especialmente por parte dos brancos, que raramente são pessoas racializadas nos espaços públicos, e aparecem em um lugar estrutural de conforto, de onde podem nomear a todos e não olhar a si mesmo enquanto grupo privilegiado, apenas enquanto indivíduos que pautam “seus méritos”.

Além das questões-violências, Intimações do desumano nos traz tecnologias-respostas para debatermos a estrutura (neo)colonial e compreendermos as ações práticas e experiências subjetivas das pessoas negras.

Recordo-me que no documentário Além do Espelho(2017), Cardoso declarou que, na sua perspectiva, a principal contribuição da comunidade negra está na capacidade de resistir, tendo sobrevivido a todas as armadilhas e desafios que a estrutura racista nos impõe.7 E é isso que ele levanta – entre brechas e respiros, entre uma situação violenta e outra – numa obra literária em que nossas subjetividades aparecem em formato de ternura-afeto, como na poesia ENCONTRO, que traz como personagens centrais Michele e Barack Obama: “Quando Michele viu Barack / caminhando daquele jeito / (gingando com ondulações tipo Marvin Gaye) / em sua direção / ela suspirou: / ai, ai.” (p. 49); ou em LUÍZA GOSTAVA DE MUNGUNZÁ, que traz para nós algumas lembranças de sua amiga Luíza:

– Essa mulher é o Ó, disse Luíza sobre a ministra que afirma ter visto Jesus na goiabeira. Luíza já morreu e, segundo certa noção de realidade, não disse mesmo nada, nem poderia, mas escuto ainda sua bela voz e seu riso solto que pareciam para sempre perdidos. Numa tarde azul em que o filho de Deus come goiabas

(tecnicamente não está impedido de fazê-lo), sem, no entanto, convencer ninguém, de que trabalha a favor dos direitos e das liberdades dos cidadãos, a intenção era somente registrar mungunzá espectral e esta inquietude de domingo. Sofremos porque a que hoje se acha ausente significa cada vez mais (mais e mais).

Em nossa fortaleza há fartura de milho branco e uma falta essencial. (p. 55)

Uma poesia em que o afeto atravessa subjetividades da existência da socióloga e militante, ministra Luiza Bairros(1953-2016). Cardoso afirmou no lançamento do livro tratar-se dela lembrada com humor, sutileza e beleza, em detalhe pessoal sobre alguém significativa para a militância negra, uma amiga do escritor. Outro aspecto interessante que Cardoso apresenta em sua poética é a linguagem direta, de fácil compreensão e pouco uso de figuras de linguagem complexas. Há muito da linguagem da notícia, das mídias, mas também a linguagem e a forma de articulação da palavra do Edson ativista. Há humor, ironia, sarcasmo, força, grito, silêncio e respiro fundo. Ele também acrescenta (entre parênteses) metanotícias, dando a impressão de que sai da poesia rapidamente para nos informar algo a mais, e depois retorna à sua narrativa. Há muita coragem poética neste livro.

Em RUMOR, uma epígrafe é feita do primeiro verso do poema “Aceitação”, de Cecília Meireles (1901-1964): “É mais fácil pousar o ouvido nas nuvens”, que dialoga com a experiência de ouvir a canção “Zumbi”, de Jorge Ben, do álbum África (1976). É dessa estrofe de Cecília Meireles que Cardoso extraiu o título, “É mais fácil pousar o ouvido nas nuvens / e sentir passar as estrelas/ do que prendê-lo à terra e alcançar o rumor dos teus passos”. Poesia da qual Cecília conclui dizendo: Desenrolei de dentro do tempo a minha canção: / não tenho inveja às cigarras: também vou morrer de cantar”. Cardoso diz:

O que você não encontra nos arquivos e livros de história o ouvido pressente nas nuvens das canções e romances, um conhecimento humilde demais para saber que é conhecimento. Coetzee disse que ainda que ele parecerá tão comum, Como o ar que respiramos. Jorge Ben do disco “África”, nos setenta e seis, gritava, alucinada sentinela gritava, ameaçava, advertia, vigilância incessante entre o algodão e o canavial alertava talvez o MNU, que somente surgiria dois anos depois, Seu canto impelia quem mesmo a fazer o quê? Mas ele gritava, gritava, numa repetição desesperadora, que Zumbi estava prestes (se de fato importa quando) a revelar-nos (se de fato importa o quê) a mais evanescente e precisa existência do espírito que combate e retorna para calar o ceticismo dos historiadores com entusiasmo de futuras rebeliões. E que recepção extraordinária teve sua última aparição! (p. 68)

Esta poesia recordou-me dos registros da histórica Marcha Zumbi dos Palmares no tricentenário da morte de Zumbi, que aconteceu em 20 de novembro 1995, em Brasília, de cuja idealização Edson Cardoso participou junto ao MNU, com militantes de diferentes partes do país, muitos dos quais referências para as gerações posteriores.

Em suma, o novo livro de Edson Lopes Cardoso toca em pontos que nos são caros para discorrer sobre a literatura brasileira contemporânea e, em particular, a literatura negra8 e/ou afro-brasileira, que são obras literárias conectadas veementemente à realidade social e política das comunidades existentes, levando em consideração a pluralidade de abordagens, gêneros e estilos autorais.

Intimações do desumano é este espaço de conhecimento-poesia de Edson Lopes Cardoso, que mesmo sendo uma reconhecida referência coletiva, sua atuação só recentemente chegou ao meu conhecimento – (e)feitos deste projeto estrutural de distanciar o que é tão próximo e nosso – e, certamente, uma das surpresas preciosas e pungentes de leituras que me ocorreram. O que ratifica o quanto a nossa existência negra se movimenta e resiste, apesar de todos os constantes desafios.

Quando ele opta em apresentar poemas que retratam fatos correntes e outros que já passaram, mas ainda nos perseguem, é avisando que carecemos de lembrar para aprender e transformar o mundo. As nossas experiências no mundo – todas elas – precisam ser contadas, marcadas de alguma maneira. E o que Edson consegue propor nesta obra, atentando às armadilhas neocoloniais, é um chamado encorajador para continuarmos o presente-futuro – garantindo a dignidade da nossa resistência.


Notas

1 Os títulos dos poemas aparecem no livro grafados com letras maiúsculas. Optei por manter a escolha estética do autor.

2 Depoimento de Edson Cardoso em Verena Alberti e Amilcar Pereira (orgs.), Histórias do movimento negro no Brasil: depoimentos ao CPDOC (Rio de Janeiro: Pallas; CPDOC-FGV, 2007), p. 161.

3 Achille Mbembe, Brutalisme, Paris: La Découverte, 2020.

4 Maria Aparecida Silva Bento, “Branqueamento e branquitude no Brasil” in Iray Carone e Maria Aparecida Silva Bento (orgs.), Psicologia social do racismo: estudos sobre branquitude e branqueamento no Brasil (Petrópolis: Vozes, 2002), pp.25-57.

5 Maria Lúcia da Silva, “Racismo no Brasil: questões para psicanalistas brasileiros” in Noemi M. Kon; Cristiane C. Abud; Maria Lúcia da Silva (orgs.), O racismo e o negro no Brasil: questões para a psicanálise, (São Paulo: Perspectiva, 2017), pp. 71-89.

6 Franz Fanon, Pele negra, máscaras brancas, trad. Renato da Silveira, Salvador: Edufba, 2008.

7 Documentário dirigido pela escritora e professora da Universidade Federal da Bahia Ana Flauzina.

8 Cuti, Quem tem medo da palavra negro, Belo Horizonte: Mazza, 2012.


Resenhista

Calila das Mercês – Universidade de Brasília. https://orcid.org/0000-0002-9796-4871


Referências desta Resenha

CARDOSO, Edson Lopes. Intimações do desumano. Salvador: Quarteto, 2021. Resenha de: MERCÊS, Calila das. Quando Zumbi chegar, o que vai acontecer? Afro-Ásia, n. 65, p. 830-838, 2022. Acessar publicação original [DR/JF]

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