Martín García Mérou. Vida intelectual y diplomática en las Américas | Paula Bruno

En 1878 el argentino Martín García Mérou obtuvo un reconocimiento en un concurso literario del colegio que le valió el apoyo y la protección, entre otros, de los intelectuales Miguel Cané y Manuel Estrada. Con tan sólo diecinueve años fue nombrado oficial secretario de Cané en Venezuela y Colombia abriéndose así una nueva etapa en su vida de donde surgió la obra Impresiones (1884). Desde entonces, y hasta su muerte en 1905, García Mérou vivirá la mayor parte de su vida fuera de Argentina para representarla y lo hará en un contexto muy específico, el cambio del siglo XIX al XX. Aprovechará sus estancias en los distintos países tanto para recopilar materiales como para escribir sus experiencias y análisis que le permitirán a su vez proponer sus propias reflexiones ante sucesos internacionales. Estas reflexiones propias, así como su distanciamiento de los temas predominantes de la época, hacen que el perfil de García Mérou deba ser estudiado desde otra perspectiva distinta a la de varios de sus contemporáneos que también realizaron labores en el exterior. Precisamente, Paula Bruno con esta obra nos presenta a un intelectual-diplomático, ya que en García Mérou la vida intelectual y diplomática se unen, y nos invita a volver a pensarlo y leerlo de manera integral a través de sus textos.

Este interés de Bruno por las “vidas intelectuales”, por la aproximación biográfica para estudiar una época, no es reciente. Fue promotora de la Red de Estudios Biográficos de América Latina –REBAL– y desde hace años esta historiadora ha publicado varias obras que se enfocan en esa cuestión, distanciándose del modelo de biografía intelectual e inscribiéndose en la historia social de los intelectuales. Para ello, combina en sus trabajos rasgos y circunstancias biográficas con ideas y tramas sociales culturales que le permiten reconstruir los distintos perfiles. Caben mencionar sus libros Paul Groussac. Un estratega intelectual (2005) o Pioneros culturales de la Argentina. Biografías de una época, 1860-1910 (2011). En este último propone un acercamiento a la vida cultural del país de la segunda mitad del siglo XIX e inicios del XX a través de distintas biografías, entre ellas las de Paul Groussac, José Manuel Estrada o Eduardo Wilde, hombres a los que también hará referencia en la obra reseñada y que muestran junto con García Mérou las singularidades de la vida cultural de la época. Por ejemplo, Wilde y García Mérou son dos casos de la conformación de nuevas interpretaciones optimistas acerca del ascenso de Estados Unidos desarrolladas a partir de una experiencia diplomática con el propio país. Leia Mais

Da senzala aos palcos: Canções escravas e racismo nas Américas, 1870-1930 | Martha Abreu

Num formato ainda raro entre nós, este livro digital que integra a Coleção História Illustrada explora as possibilidades que esta mídia oferece de conjugação de texto, som e imagem. Além das mais de 200 fotos, ilustrações de partituras, anúncios de espetáculos, notícias de jornais – o e-book traz dezenas de fonogramas e alguns vídeos com gravações de canções e espetáculos musicais do início do século XX que permitem ao leitor/ouvinte uma extraordinária experiência de interação com as fontes que sustentam o empreendimento historiográfico. A narrativa é leve, mas muito potente, favorecendo a recepção do trabalho por um público mais amplo que o acadêmico.2

A autora é Professora Titular de História das Américas da Universidade Federal Fluminense e consagrada pesquisadora da cultura popular, música negra, memória da escravidão e relações raciais no pós-abolição nas Américas. Além de inúmeros livros e artigos, já havia produzido, também de forma pioneira, vários vídeos de pesquisa que nos fazem refletir sobre novos suportes para o discurso historiográfico e ensino de História. Leia Mais

As Américas na primeira modernidade | Jorge Cañizares-Esguerra, Luiz Estevam de Oliveira Fernandes e Maria Cristina Bohn Martins

Uma das qualidades que se busca na produção acadêmica é a capacidade de cativar e prender a atenção de seu leitor. Ao longo de séculos, escritores e suas obras têm tido sucesso ou insucesso nesse sentido: conseguir produzir um texto que seja interessante, que produza reflexões no ledor e que estimule a busca por mais conhecimento, seja para seu interesse pessoal ou para sua área profissional, é prova inequívoca de que o trabalho atingiu seu objetivo.

Em um romance publicado pela Editora Record, intitulado A livraria mágica de Paris, de autoria da francesa Nina George, a autora, por meio de seu personagem Jean Perdu, define a função da livraria similar à de uma farmácia literária. Perdu nega-se a vender um livro quando percebe que não é aquele que a pessoa necessita. Por meio dos livros, o indivíduo, com seus problemas, dores, tristezas e incertezas, pode aí encontrar sua cura, ou, pelo menos, um paliativo (GEORGE, 2016). Leia Mais

Américas | Projeto História | 2005

Neste número, Projeto História volta-se para questões relativas à América Latina a partir de artigos e pesquisas realizados por especialistas na área, preliminarmente submetidos a um conselho editorial, que conta agora com a colaboração ampliada de investigadores latino-americanos, os quais vieram somar sua competência aos já integrantes advindos de países do continente europeu.

É inquestionável que o interesse e as demandas sociais por maiores conhecimentos sobre formações latino-americanas vêm aumentando substancialmente nos últimos anos. As razões desse interesse são de várias ordens, passando pela intensificação ou retomada de relações econômicas entre o Brasil e outros países da região, em especial do Cone Sul, o incentivo governamental à ampliação dessas interações, até o reconhecimento ou questionamento de nossa “latinidade” no bojo das reflexões sobre identidade nacional, a “brasilidade”. Leia Mais