O patrimônio histórico-educativo em debate | Boletim Historiar | 2021

The Catamount Patrimônio histórico-educativo
Logo do periódico The Catamount | Imagem: Clubberley Catamount

O dossiê “O patrimônio histórico-educativo em debate”, organizado pelo professor doutor Joaquim Tavares da Conceição, é composto de seis artigos resultantes de trabalhos finais da disciplina “Arquivos escolares: teoria e prática”, ministrada pelo organizador deste dossiê no primeiro semestre de 2020, na linha História da Educação, para os cursos de mestrado e doutorado do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe.

A finalidade deste dossiê é apresentar, sob diferentes interesses, discussões relacionadas à noção de patrimônio histórico-educativo e seus reflexos em ações de preservação e organização de arquivos escolares e perspectivas de investigações, com a utilização de acervos encontrados em diferentes espaços educativos. Leia Mais

Revisitando o 11 de Setembro de 2001: entre a Esfinge e a Fênix | Boletim Historiar | 2021

Onze de Setembro de 2021 Patrimônio histórico-educativo
A segunda torre do World Trade Center é atingida por avião e explode em chamas durante atentado do 11 de Setembro em Nova York — Foto: Chao Soi Cheong/AP/Arquivo / O Globo

Na ocasião de 11 de setembro de 2001, quatro aviões comerciais foram sequestrados por integrantes da rede Al-Qaeda e lançados contra símbolos políticos norte-americanos. Os alvos se construíram nas torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e no Pentágono, localizado em Washington D.C. Responsável por cerca de três mil mortes, os atentados repercutiram globalmente, com transmissão televisionada ao vivo em diversos países; parte desses afetados posteriormente pelas respostas aos ataques dadas pelos Estados Unidos, que, em coalizão internacional, colocaram-se em guerra nos territórios do Afeganistão (2001) e Iraque (2003).

Passadas duas décadas, as repercussões dos ataques de 11 de setembro de 2001 ainda podem ser vistas em produções acadêmicas e culturais. Dentro das universidades e centros de inteligência, por exemplo, os especialistas em terrorismo e movimentos extremistas analisaram os episódios de 11 de setembro de 2001 como o apogeu da jihad global. Na indústria cultural, por outro lado, os filmes, séries e HQ’s trouxeram enredos relacionados ao terrorismo internacional, apresentaram antagonistas muçulmanos e tornaram populares termos como jihadAl-Qaedaburcasharia etc. Leia Mais

História Intelectual / Boletim Historiar / 2018

É com prazer que apresento este Dossiê sobre História Intelectual organizado por mim a convite da Revista Boletim Historiar. Os textos apresentados aqui são frutos das discussões promovidas durante o primeiro semestre de 2018 na disciplina História Intelectual latino-americana entre os séculos XIX e XX. Esta foi ministrada por mim no Programa de Pós- Graduação em História Comparada da Universidade Federal do Rio de Janeiro como uma das atividades do estágio pós-doutoral que realizei nesta instituição.

O objetivo principal do curso era estimular o debate sobre as possibilidades de análise no campo da História Intelectual, sobretudo no âmbito da América Latina e Brasil e em diálogo com áreas afins. Com o mesmo intuito reuni os textos que agora apresento. Estes artigos foram elaborados por alguns dos alunos da referida disciplina a partir de uma proposta de trabalho final. Somado a estes textos, apresento também o artigo de uma colega que realiza reflexões acerca de um diálogo entre a História Intelectual e o Pensamento Social Brasileiro. Leia Mais

História da Educação Brasileira / Boletim Historiar / 2018

Nosso primeiro lançamento de 2018 abre o ano com o Dossiê “História da Educação Brasileira”, fruto dos trabalhos finais da disciplina de mesmo nome do Programa de Pós-graduação em Educação da Universidade Federal de Sergipe e que foi organizado pelos professores Dr. Joaquim Tavares da Conceição e a Drª. Josefa Eliana Souza.

No primeiro artigo temos Mayra Louyse Rocha Paranhos e Márcia Cristina Rocha Paranhos que fazem uma discussão sobre o uso da educação escolar em políticas governamentais brasileiras, ao final do século XIX e início do XX, ou seja, em um contexto de modernização, que utilizavam de estratégias higienistas com o propósito de incentivar práticas que educassem e civilizassem o corpo. Utilizando do conceito de biopolítica as autoras abordam sobre as tentativas de controlar o corpo para se alcançar uma sociedade civilizada. Em seguida, Caroline de Alencar Barbosa faz uma revisão bibliográfica para observar como os Estados Unidos influenciaram o ensino escolar brasileiro. Analisando o pensamento de alguns intelectuais, tais como, Anísio Teixeira, Tavares Bastos e Miriam Warde, a autora observa como no período do Estado Novo e da Segunda Guerra Mundial haviam trocas culturais entre ambos os países e tentativas de aplicar a ideia de American way for life que influenciaram as ideias sobre a educação brasileira.

Já Wênia Mendonça Silva estuda como a cultura escolar pode sofrer alterações em seu currículo conforme as demandas políticas e sociais de um determinado contexto. Assim, a autora analisa como no período de 1890 à 1945, diante do processo de implementação da República brasileira, gerou-se reformas educacionais que introduziram a educação musical, o Canto Orfeônico, como disciplina obrigatória com propósitos modernizantes. Ainda neste contexto histórico, o texto de Emily Maise Feitosa Aragão, aborda discussões sobre a educação no primeiro jardim de infância de Sergipe entre o final do século XIX e início do século XX. Sua pesquisa tem por objeto de estudo o jardim de infância Augusto Maynnard, o qual possuía um projeto educacional produzido pela Nova Escola brasileira, com inspirações norte-americanas e europeias.

No nosso quinto artigo Ricardo Costa dos Santos refaz o percurso do Ginásio de Aplicação da Faculdade Católica de Sergipe, desde a sua fundação (1959) até o ano de 1969, evidenciando os elementos da cultura escolar, o currículo, bem como a presença da língua francesa. Quanto ao último texto do dossiê, Laís Gois de Araújo analisa o “Manifesto dos pioneiros da Educação Nova”, publicado em 1932, debatendo as suas continuidades e rupturas quanto à concepção de educação popular. Em seguida, a autora apresenta e discute algumas ideias da proposta freiriana.

Por fim, na sessão de artigos livres, no campo da História Comparada, temos o texto de Andrey Augusto Ribeiro dos Santos, no qual realiza um debate sobre este campo historiográfico e sua sistematização metodológica para pesquisas na área de História, apresentando suas especificidades e suas aplicações.

Agradecemos pela colaboração e apoio com submissões de textos e com a frequente divulgação do periódico. Desejamos uma boa leitura a todos.

Os Editores.


Editores. [História da Educação Brasileira]. Boletim Historiar. São Cristóvão, n.22, 2018. Acessar publicação original [DR]

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Violência no Século XX: entre trauma, memória e história (II) / Boletim Historiar / 2017

É com grande satisfação que nesta edição damos continuidade a publicação do “Dossiê Violência no Século XX: entre trauma, memória e história” com seu segundo volume. Organizado pelas professoras Monica Grin e Silvia Correia, o dossiê foi composto por trabalhos de alunos do curso “Violência no Século XX: entre trauma, memória e história”, oferecido pelo Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ em 2016.

No primeiro artigo Lucas Vinicius Erichsen, analisa o livro “Matadouro 5, ou A Cruzada das Crianças: Uma dança de etiqueta com a morte” de Kurt Vonnegut, (1969). É uma narrativa-testemunho do autor que serviu ao exército americano e foi prisioneiro dos nazistas durante a II Guerra. Assim, Erichsen procura estudar sobre a historicidade das práticas do matadouro, entendendo as possíveis maneiras de abordar sobre o tempo, o testemunho e a memória de guerra. Ainda sobre Historia e Memória no campo da História do Tempo Presente, Willian Santos Pereira estuda as cartas publicadas pela revista Veja em 1989 sobre Fernando Collor de Mello. O autor analisa a representação da imagem política de Collor pelos leitores durante a eleição presidencial. Desta forma, trabalha com a memória em depoimentos escritos para entender como essas pessoas expressavam seus sentimentos utilizando suas experiências para discutir o presente.

Em seguida, Lucas de Mattos Moura Fernandes estuda ideias de ensaístas e historiadores sobre a relação entre História e Memória e as experiências traumáticas do século XX causadas por atos de violência. Para assim compreender como tais acontecimentos foram reelaborados através de testemunhos, favorecendo a construção de uma narrativa e de uma identidade. Seguindo o campo da História e Memória, João Paulo Henrique Pinto procura compreender a construção de uma memória histórica oficial angolana. Foram analisados livros didáticos de história do país após a independência e utilizados pelo seu sistema educacional. O autor apresenta como ocorreu o processo pela busca de uma identidade nacional ao questionarem a colonização portuguesa em meio a uma diversidade étnica, racial e cultural. Contextualizando esse processo com o desenvolvimento de seu sistema educacional.

No último artigo do dossiê e sobre História e Cinema, Andrey Augusto Ribeiro dos Santos analisa como as narrativas israelense e palestina sobre o confronto entre ambos aparecem no cinema. Seu objeto são os filmes, Munich, uma produção norte-americana de Steven Spielberg, e Paradise Now, uma produção palestina do árabe-israelense Hany Abu-Assad, ambas de 2005. Sendo Marc Ferro e Robert Rosesntone os seus principais referenciais teóricos para buscar no cinema reflexos da sociedade que o produziu em torno a um debate político e uma construção da memória coletiva.

Além do dossiê temos Caroline de Alencar Barbosa em trabalho sobre a importância da propaganda nazista na educação dos alemães durante a II Guerra. Suas fontes são os cartazes publicados no periódico Der Stürmer, pertencente ao publicitário Julius Streicher. Tais cartazes disseminavam o ódio antissemita, trazendo o judeu como o “outro” conveniente. Também sobre Educação, Matheus Oliveira da Silva debate sobre a Base Nacional Curricular Comum, referente às mudanças no ensino de história. Devido à quantidade de críticas que a proposta sofreu de diferentes seguimentos, o autor buscou notas, cartas e pareceres de entidades de classe sobre a Base a fim de compreender qual é o ensino de história idealizado.

Agradecemos a todos pela colaboração e apoio com submissões de textos e com a frequente divulgação do periódico. Desejamos uma boa leitura.

Os editores.


Editores. [Violência no Século XX: entre trauma, memória e história-2º Volume]. Boletim Historiar. São Cristóvão, n.18, 2017. Acessar publicação original [DR]

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Violência no Século XX: entre trauma, memória e história (I) / Boletim Historiar / 2016

Foi com grande satisfação que acolhemos o convite da Revista Boletim Historiar para realizar um Dossiê com os trabalhos realizados pelos alunos do curso Violência no Século XX: entre trauma, memória e história, oferecido no Programa de Pós-graduação em História Social da UFRJ, no primeiro semestre de 2016.

Franz Rosenzweig, filósofo judeu-alemão que lutou na I Guerra Mundial, em seu Estrela da Redenção, obra escrita em cartões postais desde as trincheiras dos Balcãs, lembra-nos do significado daquela guerra como a preeminência da humanidade em marcha em relação aos homens de carne e osso: “Que o homem se enterre como um verme nas entranhas da terra nua, diante dos tentáculos sibilantes da morte cega e impiedosa, que ele possa sentir lá, em sua violência inexorável, o que normalmente ele nao sente jamais: que seu eu passaria a ser apenas um isso se viesse a morrer, e que cada um dos gritos ainda contidos em sua garganta possa clamar seu eu contra o implacável que o ameaça desse aniquilamento inimaginável… diante de toda essa miséria, a filosofia sorri com seu sorriso oco”[1]

O longo século XX testemunhou diferentes formas de violência – genocídios, colonialismos, guerras nacionais e civis, lutas por autodeterminação, movimentos civis armados, revoluções, golpes de estado, atos de terrorismo que desafiaram tradições de sociabilidade e pacificação, construídas com alguma esperança e com fundamentos éticos, desde o iluminismo. Um importante repto vem se impondo à reflexão historiográfica, uma vez que esses fenômenos, de pertubadora violação de vidas e de direitos, movidos por formas cada vez mais sofisticadas de violência, promoveram traumas, medos, ressentimentos, melancolia, vingança, ódio e desesperança. Uma atmosfera recorrente de sentimentos morais difusos, confusos e de difícil apreensão ontológica e epistemológica, impõe-se, além das estruturas, dos fatos e da temporalidade moderna, como desafio crucial para os que enfrentam de algum modo o tema da violência em suas variadas manifestaçoes. Há, nesse cenário, descontinuidades narrativas, geralmente negligenciadas pelos historiadores, mas obviamente presentes no recalcamento dos que viveram e sobreviveram à violência desse longo século. Inevitavelmente, essa miríade de fenómenos históricos violentos precipitaria uma viragem epistemológica pós-estruturalista, que só a partir no desfecho da II Guerra Mundial ganha maior ênfase. O curso “Século XX: entre trauma, memória e história”, teve como objetivo explorar um certo tipo de produção historiográfica que vem assumindo desde o final da II Guerra Mundial o papel nada confortável de tratar o tema da memória e da história em tempos sombrios.

O conjunto de trabalhos elaborados no curso e que perfazem esse dossiê, qualifica-se pela diversidade de focos, abordagens e temas que resultaram da reflexão sobretudo das formas em que a história e a memória esgrimam pela legitimidade narrativa de circunstâncias que envolvem violência, violações, genocídios, como também pelo desafio de refletir e elaborar narrativas sobre a atmosfera dos sentimentos morais que nasce dessas circunstâncias.

Algo de surpreendente resulta desses trabalhos. Cada um ao seu modo dialoga com teorias, métodos, narrativas, interpretações, literatura que direta ou indiretamente correspondem à questões tratadas ao longo do curso. Há desde temas sobre história, memória e a I Guerra Mundial, sobre monumentos, patrimônios históricos, sobre holocausto e sentimentos morais, sobre justiça de transição e o conceito de história, sobre testemunho, trauma e homossexualidade, sobre cinema e conflitos, sobre cultura de guerra e Guerra Fria, sobre memória, opinião pública e imprensa, sobre violênciae literatura de ficção, sobre dilemas da identidade nacional, enfim, um leque extenso de variações sobre o mesmo tema da violência-história-memória. O resultado vocês terão a oportunidade de conferir no Dossiê que ora se apresenta no Boletim Historiar e que, esperamos, possa colaborar com debates e pesquisas no campo da história da contemporaneidade, séculos XX e XXI.

Nota

[1] Franz Rosenzweig, L’Etoile de la rédemption, Paris, Seuil, 1982, p. 11.

Monica Grin

Silvia Correia


GRIN, Monica; CORREIA, Silvia. [Violência no Século XX: entre trauma, memória e história-1º Volume]. Boletim Historiar. São Cristóvão, n.17, 2016. Acessar publicação original [DR]

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Nova História Política: “novos” e “velhos” caminhos para se fazer história / Boletim Historiar / 2014

Boletim Historiar encerra 2014 com a sensação de dever cumprido. Desde o nosso primeiro número, enfrentamos e vencemos diferentes desafios. Para fechar com chave de ouro, estamos publicando nesta edição nosso primeiro dossiê intitulado Nova História Política: “novos” e “velhos” caminhos para se fazer história, organizado por Natália Abreu Damasceno. O dossiê discute a Nova História Política a partir de trabalhos com abordagens aparentemente mais tradicionais, bem como através de análises mais inovadoras.

O dossiê é composto por cinco artigos. Iniciando temos Angelita Cristina Maquera em A historiografia do movimento operário brasileiro na década de 1980: uma análise política, que procura compreender a historiografia sobre o operariado brasileiro. Em seguida, O nascimento da polícia em Londrina de 1934 a 1955, Ingrid Carolina Ávila analisa a ação do aparato policial na cidade de Londrina por meio da perspectiva de Michel Foucault. O terceiro artigo, de autoria Natália Abreu Damasceno, Pelo poder de “fazer ver” e “fazer crer”: as relações Brasil-Estados Unidos a partir do jornal Última Hora (1951-1954), observa questões das relações internacionais a partir de um periódico impresso fundamental nos estudos do Brasil de meados do século XX.

O dossiê ainda conta com o texto Música, neofascismos e a Nova História Política: Uma análise sobre a presença do Hate Rock no Brasil (1990-2010), de Pedro Carvalho Oliveira, que investiga o fascismo no Brasil através da análise de músicas como ferramentas disseminadoras do discurso de ódio. Por fim, Bruce dos Santos e Letícia Augustin em Wikileaks, Snowden e a Nova História Política analisam os vazamentos de informações dos casos Wikileaks e Snowden.

Para fechar a edição também publicaremos a resenha de Sabrina Fernandes Melo Um quiosque na ponta extrema do Kamchatcka. Assim, desejamos um Feliz Ano Novo e agradecemos a colaboração e apoio de todos.

Os editores


Editores. [Nova História Política: “novos” e “velhos” caminhos para se fazer história]. Boletim Historiar. São Cristóvão, n.6, 2014. Acessar publicação original [DR]

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Historiar | UFS | 2014

Historiar UFS Patrimônio histórico-educativo

A revista eletrônica Boletim Historiar (São Cristóvão, 2014-) é um periódico científico de acesso aberto, editado pelo Grupo de Estudos do Tempo Presente (GET/UFS/CNPq), radicado no Departamento de História da Universidade Federal de Sergipe (UFS).

A revista aceita trabalhos de graduandos, pós-graduandos, professores e pesquisadores da área de História.

Informamos a todos os interessados em apresentar artigos e resenhas para publicação que os mesmos são recebidos em fluxo contínuo. Não cobramos nenhuma taxa de processamento de artigos.

Periodicidade trimestral.

Acesso livre.

ISSN 2357-9145

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