São Paulo restaurada: Administração/Economia e Sociedade numa capitania colonial (1765-1802) | Oller Mont Serrath

O livro de Pablo Oller Mont Serrath (2017), São Paulo restaurada: administração, economia e sociedade numa capitania colonial (1765-1802), com 316 páginas, publicado pela Editora Alameda, resulta da dissertação de mestrado do pesquisador, defendida em 2007 no Programa de Pós-Graduação em História Econômica da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH/USP).

Dividido em três partes, cada uma tratando dos aspectos indicados no subtítulo do livro, ou seja, administração, economia e sociedade, o autor discorre sobre esses temas com vistas a compreender os fundamentos da São Paulo Colonial da segunda metade do século XVIII. O recorte temporal vai do ano em que São Paulo retomou sua autonomia administrativa (1765), após 17 anos subordinada à Capitania do Rio de Janeiro, até o ano em que as reformas definidas pela Coroa Portuguesa para a capitania paulista foram finalizadas (1802). Leia Mais

O Reino/ a Colônia e o Poder: o governo Lorena na capitania de São Paulo – 1788- 1797 | Adelto Gonçalves

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O Reino, a Colônia e o Poder: o governo Lorena na capitania de São Paulo – 1788-1797, recente livro de Adelto Gonçalves – editado em 2019, pela Imprensa Oficial do Estado de São Paulo –, já nasceu como importante marco da historiografia colonial brasileira e, especialmente, da paulista.

Adelto, como bom paulista e bandeirante intelectual, fincou seu marco de puro cristalino no território histórico colonial de São Paulo. O autor exibe sua peculiar habilidade de escrever com clareza um texto profundamente rico de conteúdo, baseado em vasta pesquisa documental e de leitura de textos consagrados de outros autores que trataram do tema desse livro. Leia Mais

Ao poente da Serra Geral: a abertura de um caminho entre as capitanias de Santa Catarina e São Paulo no final do século XVIII | Adelson André Brüggemann

Assim como pode ser possibilitada às pessoas a locomoção para outros lugares através de uma estrada, o historiador Adelson A. Brüggemann nos transporta a reflexões, no mínimo curiosas, quando lemos seu livro. Isso se dá, inicialmente, pela compreensão de que “até mesmo as estradas” possuem história. Esse livro está entre aquelas pesquisas que ampliaram a temática de investigação do passado, tão a gosto da proposição dos Annales, por exemplo, e de uma escrita da história com abordagem interdisciplinar. Com estilo de escrita agradável e envolvente, o autor torna o leitor companheiro de viagem, analisando documentos dos séculos XVIII e XIX presentes no Arquivo Ultramarino: correspondências entre capitanias, políticas e propostas da coroa portuguesa ou relatórios de autoridades. Trata-se de uma pesquisa cuidadosa em fontes que não são propriamente as mais convencionais ou rotineiras. Adelson consegue realizar um diálogo de variadas situações, tendo sempre em vista a estrada de Lages a Desterro como eixo principal e condutor da interpretação, mobilizando temas como: fronteira; geopolítica das disputas portuguesas e espanholas; apropriação estatal de bens naturais; logísticas, cotidiano e necessidade dos deslocamentos (para transeuntes); integração territorial; histórico de uso de caminhos; relações internas entre capitanias. Os temas presentes em documentos consultados são variados quanto à bibliografia e, por conseguinte, a análise tecida pelo autor é tão rica como o diálogo “teórico”. Leia Mais