En busca de una opinión pública moderna. La producción hemerográfica de los españoles exiliados en Inglaterra y su apropiación por la prensa mexicana/1824-1827 | María Eugenia Claps Arenas

Este libro corresponde a la publicación de una tesis de maestría presentada en la UNAM en 1999, que, como muchas otras y a veces de manera indebida, dormía en una biblioteca universitaria. De hecho, estos ejercicios académicos constituyen un corpus desigual que, por su naturaleza misma y sus limitantes de extensión, ofrecen a menudo una historia sumamente fragmentada. Esta última consideración se verifica par ticu lar men te cuando se trata de la historia de la prensa mexicana, cuyo peculiar desarrollo, iniciado en la última década del siglo XX, desbroza desde entonces un territorio gigantesco. Publicar una antigua tesis no es empresa sencilla. Requiere a la vez selección e integración pertinentes de la abundante historiografía considerablemente aumentada en los últimos 20 años, y, en consecuencia, y más allá del rastreo de la información o del dato bruto esparcido en la bibliografía, una revisión a veces profunda de las consideraciones analíticas iniciales, elaboradas en una época remota. Agregamos que la historia de la prensa oscila de manera permanente entre el uso de la prensa como fuente para la historia y el estudio de la prensa como objeto de estudio en sí, es decir, como medio de comunicación. Este último enfoque es el menos común, en particular para el estudio de la temprana prensa decimonónica. Supone la ampliación del campo de observación, la ubicación y contextualización de la esfera pública impresa urbana (que no refleja a toda “la sociedad”), en este preciso periodo, no realmente subyugada por los periódicos sino más bien sumergida en la abundante y dominante “folletería”, así como cierta distancia objetiva respecto a los conte nidos o más bien discursos periodísticos, entonces contemplados en tanto que elementos de complejas y cambiantes estrategias mediáticas. Asimismo, supone debatir y aclarar conceptos y categorías históricas problemáticas como son, por ejemplo y en el presente caso, “opinión pública”, “apropiación” o la llamada “modernidad”. Leia Mais

Perdas e ganhos: exilados e expatriados na história do conhecimento na Europa e nas Américas, 1500-2000 | Peter Burke

Em Perdas e ganhos: exilados e expatriados na história do conhecimento na Europa e nas Américas, 1500-2000, o historiador inglês Peter Burke retoma temáticas já aventadas em seus estudos anteriores, buscando discutir as contribuições de sujeitos exilados e expatriados para a história do conhecimento. Publicada em 2017 pela editora Unesp, a obra procura compreender os impactos sociais e culturais da migração em diferentes contextos, espaços e motivações. O autor – professor emérito da Universidade de Cambridge e autor de obras como Cultura popular na Idade Moderna: Europa, 1500-1800, A fabricação do rei: a construção da imagem pública de Luís XIV e Testemunha ocular – é reconhecido por suas pesquisas na área de História Moderna, História da Mídia e História Cultural. Em sua mais recente publicação no Brasil, o historiador parte de conceitos como trânsitos culturais, mediações, transculturação e hibridismo para compreender o local social desses sujeitos.

Apesar de reunir reflexões e conferências apresentadas pelo autor em diferentes momentos de sua carreira, o livro não é apenas uma obra motivada pela pesquisa acadêmica. Na apresentação da obra, o historiador destaca que muitas das questões levantadas e o foco nas noções de “exilados” e “expatriados” vieram de sua trajetória pessoal e de contatos durante a formação e atuação profissional com sujeitos que se identificavam com uma ou ambas as categorias. Apesar do recorte temporal e espacial bastante extenso – quase 500 anos de trajetórias de indivíduos migrantes –, a obra elenca temas centrais e algumas trajetórias em específico, focando nos sujeitos e em suas contribuições e/ou enfrentamentos muito mais do que na visão totalizante da história. Leia Mais

Perdas e ganhos: exilados e expatriados na história do conhecimento na Europa e nas Américas, 1500-2000 – BURKE (S-RH)

BURKE, Peter. Perdas e ganhos: exilados e expatriados na história do conhecimento na Europa e nas Américas, 1500-2000. São Paulo: Editora Unesp, 2017. Resenha de: SANTOS, Jair. O conhecimento sem pátria. SÆCULUM – Revista de História, João Pessoa, v. 25, n. 42, p. 222-226, jan./jun. 2020.

Todos os que acompanham a atualidade política sabem que um tema em particular está quase sempre presente no debate público, sobretudo na Europa e nos Estados Unidos: a imigração. A polêmica discussão é animada não somente pelos jornalistas e atores políticos, com posicionamentos nem sempre apaziguadores, mas também pelos intelectuais. São inúmeros os acadêmicos – filósofos, historiadores, sociólogos, cientistas políticos, juristas – que tentam, através de uma análise mais serena e por meio dos instrumentos fornecidos pela ciência que professam, analisar a imigração como um fenômeno social complexo, com diferentes causas e diversas consequências para a sociedade. O último livro de Peter Burke, fruto de conferências proferidas na Historical Society of Israel em 2015, é um belo exemplo de como um historiador, de quem se costuma esperar apenas um olhar crítico sobre o passado, também pode enriquecer a reflexão acerca de problemas atuais. A obra Perdas e ganhos: exilados e expatriados na história do conhecimento na Europa e nas Américas, publicada em 2017, estuda um tipo específico de imigração: a dos intelectuais que deixaram seu país natal, de modo espontâneo ou forçado, e prosseguiram a sua produção intelectual em outras terras. A partir desse grupo seleto de imigrantes, o autor examina os efeitos do encontro – ou eventualmente do choque – entre duas culturas na produção e difusão do conhecimento. Este é o pressuposto central do livro: a imigração é um fato social de efeitos recíprocos, isto é, tanto os indivíduos que imigram quanto a sociedade estrangeira que os acolhe são de algum modo afetados e transformados pelo intercâmbio que se opera. Está claro, portanto, que o livro refuta o argumento, às vezes invocado em âmbito político, segundo o qual a influência estrangeira é necessariamente nociva para a cultura nacional. Leia Mais