Diários de Berlim, 1940-1945 | Marie Vassiltchikov

Há seis anos começava a guerra.

Parece o tempo de

uma vida

Missie Vassiltchikov, Berlim, setembro de 1945

Mestre no escutar e no escrever, Truman Capote legou ao mundo da Cultura uma participação indelével, baseada na sua incrível capacidade de ver, mentalizar e, na sequência, descrever detalhadamente fatos havidos, por ele percebidos no instantes em que aconteciam ou recriados tempos depois. Entrou para a História assim.

O século 20 tem mais destes autores – muitos dos quais compõem o que hoje conhecemos por New Journalism, por exemplo -, tão ou mais famosos que Capote. Mas, singular que ele só, o século 20 tem gentes que não atingiram (nem almejavam isso) o que podemos chamar de Grande Mídia – nem eram jornalistas. Marie Vassiltchikov é uma dessas figuras. Princesa russa (bem nascida, portanto), poliglota, viajada, Missie (como era conhecida) também foi refugiada de guerra civil, funcionária de serviços diplomáticos e, o mais impressionante, um olhar atento voltado e situado no coração do Nazismo, essa chaga da Humanidade da qual tanto já lemos, tanto já expurgamos, tanto já discorremos e, paradoxalmente, tanto ainda temos a descobrir. Leia Mais

Depois da revolução/a televisão: cineastas de esquerda no jornalismo televisivo dos anos 1970 | Igor Sacramento

Uma mídia instigante sob análise, um tema polêmico posto à luz do dia também e um escritor com domínio sobre a prosa. Igor Sacramento dá as tintas do que vêm a seguir logo nos primeiros parágrafos do seu livro: ‘Aqui, então, o que importa são as diferentes pressões e determinações que permitiram o ingresso daqueles cineastas na TV Globo e que também estiveram presentes no cotidiano do trabalho deles e nos documentários que dirigiram’, escreve o autor na Introdução de ‘Depois da revolução, a televisão: cineastas de esquerda no jornalismo televisivo dos anos 1970’, publicado pela Pedro & João Editores (2011, 258 páginas). Leia Mais