Tenho algo a dizer: memórias da UNESP na ditadura civil militar (1964-1985) | Maria R. Valle, Clodoaldo M. Cardoso, Antonio C. Ferreira e Ana Maria M. Corrêa

A obra Tenho algo a dizer faz parte de um projeto desenvolvido pela Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (UNESP) buscou rememorar a sua fundação, as conjunturas políticas e sociais dos anos da Ditadura Civil Militar.

O livro foi lançado no ano de 2014, ano em que se completou 50 anos do Golpe Civil-Militar no Brasil. Através de sua leitura, o leitor é apresentado como o sistema universitário foi burocratizado e perseguido ao longo dos anos do regime de exceção instaurados a partir de 1964. Ao mesmo tempo que eram vítimas deste sistema, as universidades buscaram fazer sua resistência a partir das lutas pela redemocratização dentro da sua comunidade acadêmica. Leia Mais

O historiador e seu tempo: encontros com a história | Antônio Celso Ferreira, Holien Gonçalves Bezerra, Tania Regina de Luca

O livro em pauta dá continuidade à série de encontros com a história, organizada pela Anpuh nas universidades do estado de São Paulo, em que já foram publicadas: Encontros com a História (1999) e Encontros com a História n. 2 (2001). A obra é resultado do XVIII Encontro Regional de História, realizado entre os dias 24 e28 de julho de 2006, na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Assis. Ela reúne parte das conferências e mesas-redondas ali apresentadas, totalizando 13 textos.

No texto de abertura, Antonio Celso Ferreira discute por que os historiadores estariam às voltas com um período, no qual ficariam sem tempo ‘de fazer’ pesquisa e escrever, tanto quanto ‘sem tempo’ para ser apreendido na pesquisa histórica, pois, as categorias: passado, presente e futuro estariam cada vez mais voláteis. Para demonstrar esse problema, detém-se nos modos de produção, nos sujeitos e práticas e nos produtos, mercado, valor. No primeiro item, demonstra como os estudos históricos, do século XIX para o XX, teriam passado da arte (por estar intimamente ligados a um processo artesanal de produção) para uma indústria cultural; de um vínculo duradouro no trabalho universitário para um contrato provisório; de um conjunto de horas vagas para um tempo exíguo de produção e descanso; e da erudição à versatilidade (dada a cobrança atual de produção em larga escala). Leia Mais