Narrativas, Direitos Humanos e Formação de Professores de História / História Hoje / 2020

Este Dossiê é uma afirmação das práticas narrativas e da visibilidade das reelaborações de memórias e seus usos no campo da pesquisa no ensino de História. Uma aposta na educação em e para os Direitos Humanos na formação de professores de História com intenções claras de defesa da república e da democracia. Trata-se de um dos resultados dos últimos estudos desenvolvidos no âmbito do Grupo de Pesquisa Subjetividades e (Auto)biografias da Universidade da Região de Joinville (UNIVILLE), que agora ampliamos e fortalecemos os diálogos com as produções científicas nacionais, contribuindo com as redes de estudos e pesquisas que compõem o campo do ensino de História.

A teorização da ligação orgânica entre narrativa, memória e história, mesmo não sendo um campo de estudos recente, permanece fundamental para os campos da História e da Educação, especialmente materializados no ensino de História. Se estes estudos por si só não são novidade, o Dossiê traz uma contribuição substancial para o ensino de História ao ampliar e diversificar as possibilidades que as narrativas fornecem no campo em articulação com a formação e autoformação de professores de História. Leia Mais

História e Ensino de História: produção de saberes na formação e prática docente / História, Histórias / 2017

Apresentação

O dossiê intitulado Ensino de História, representa uma contribuição ao campo da formação de professores de História. As discussões acerca do Ensino de História têm se ampliando substantivamente o que, sem dúvida, aponta para a importância cada vez mais crescente de uma área que se consolida, pondo em relevo o trabalho daqueles que se dedicam ao fazer docente.

Nesse sentido, trazemos um conjunto de artigos com discussões devidamente contextualizadas que potencializam o debate da formação de professores de História, bem como renovam o nosso fazer e nos fortalece no contexto social a partir de práticas políticas, educativas e sociais muito amplas. São, portanto, produções que dotam de sentido o papel docente.

O presente dossiê aborda desde a prática docente ao uso de linguagens, e, por certo, contribuirá para/com o cotidiano escolar. Isto se constituiu efetivamente em uma das motivações da sua elaboração, ou seja, termos uma produção que também tem a aspiração de chegar aos Professores de Educação básica. Isto certamente, possibilitará que as investigações acadêmicas dialoguem com este universo, favorecendo o processo de atualização dos docentes, nos aspectos teóricos, metodológicos e historiográficos.

Com a proposição da temática, queremos que a edição seja mais um meio de discussões sobre os processos de ensino e aprendizagem de história, onde se analisem os aportes mais recentes e sua contribuição para a formação dos profissionais de história. Notadamente, quando chegamos a segunda década do século XXI assistindo os mais variados acontecimentos no contexto educacional e social, não só pelo número aterrador de conflitos, políticos, sociais e econômicos, como também a imensa quantidade de informações que nos chegam, quer sejam pelos meios de comunicação, quer sejam pelas chamadas redes sociais. Informações rápidas e superficiais.

Dessa maneira, o ensino de História exerce um papel muito importante e fundamental para poder compreender esse cenário e a sociedade da qual fazemos parte. Em vista disso, é evidente que a história, hoje, mais que nunca, requer compreensões minuciosas acerca do contexto em que vivemos.

Em sendo assim, a Revista História, Histórias do programa de pós-graduação em História da Universidade de Brasília – UnB, coloca o atual número à disposição do público, em particular aos leitores especializados, um conjunto de textos que está construído para apoiar a reflexão e a renovação no contexto escolar e na formação docente na perspectiva de um ensino de História atualizado e útil que a sociedade está a exigir.

Astrogildo Fernandes Silva Junior e José Josberto Montenegro de Sousa, em seu texto EXPERIÊNCIAS AUSENTES NO ENSINO DE HISTÓRIA: INQUIETANTES PRESSUPOSTOS PARA UMA REORIENTAÇÃO DA VIDA PRÁTICA, nos convidam a compreender como o ensino de história pode contribuir na formação dos jovens estudantes. Os autores apresentam resultados de um projeto que teve como objetivo analisar o potencial das diferentes fontes e das diferentes linguagens da cultura contemporânea no processo de ensino e aprendizagem em história. Para eles, o ensino de história na educação básica necessita reorientar suas práticas, abrangendo outras perspectivas epistemológicas, que possibilitem discutir a diversidade de experiências histórico-culturais negligenciadas e silenciadas.

André Luiz da Silva Cazula e Ana Heloísa Molina em ORIENTAÇÃO TEMPORAL E ENSINO DE HISTÓRIA: PERSPECTIVAS E PRÁTICAS DE PROFESSORES DE HISTÓRIA DA REDE ESTADUAL DE ENSINO. JACAREZINHO-PR. 2015, convidam-nos a pensar sobre as diretrizes para o ensino de História, publicadas pelo estadodo Paraná em 2008, e que possuem como principal referência norteadora a teoria da História engendrada por Jörn Rüsen. Com reflexões acerca das perspectivas e práticas docentes em relação às orientações curriculares, o texto é resultado da pesquisa, realizada com dois professores da rede estadual no Ensino Médio, na cidade de Jacarezinho-PR, no ano letivo de 2015, apresentando as apropriações e as estratégias utilizadas na mediação do conhecimento em sala de aula a partir das discussões propostas por MichelDe Certeau.

Edson Hely Silva analisa OS ÍNDIOS NA HISTÓRIA E O ENSINO DE HISTÓRIA: AVANÇOS E DESAFIOS. Para ele os povos indígenas no Brasil nos últimos anos conquistaram e ocuparam espaços sociopolíticos, questionando visões eurocêntricas, colonialistas e evolucionistas tratando os povos indígenas como primitivos, desaparecidos ou vítimas impotentes em extinção. O que além de exigir reformulações das teorias explicativas sobre a história e o destino desses povos, vem também exigindo discussões, formulações e efetivação de políticas públicas respondendo as demandas de direitos indígenas sociais específicos.

Jezulino Lúcio Mendes Braga nos apresenta em seu artigo SUJEITOS DE EXPERIÊNCIA: PROFESSORES DE HISTÓRIA NO USO PEDAGÓGICO DO MUSEU DE ARTES E OFÍCIOS,parte de sua pesquisa de doutorado na qual investiga a relação dos professores de história com a exposição do Museu de Artes e Ofícios em Belo Horizonte. Apresentando as experiências sensíveis dos docentes no museu o autor discute as escolhas que fazem para ensinar história, nos afirmando que a potencialidade dos museus para o ensino de história está na forma que dispõe os objetos, imagens e legendas e analiso dados sobre as mediações oferecidas pelo museu aos docentes.

Leonardo Nascimento Bourguignon, analisa, em seu artigo REPRESENTAÇÕES DOS NEGROS NOS LIVROS DIDÁTICOS DE HISTÓRIA DO ESPÍRITO SANTO (1964-1997), o papel do livro didático enquanto instrumento de propagação e consolidação de representações, mais especificamente das representações acerca do negro nos livros de história regional. O texto traz como constatação da pesquisa, que, apesar da permanência de uma escrita eurocêntrica, os livros produzidos por autores capixabas apresentaram, em diversos momentos, o negro como agente ativo na história local, mesmo antes da existência de uma legislação que assim os exigisse, e a frente inclusive de uma tendência nacional.

Magno Francisco de Jesus Santos em ENSINO DE HISTÓRIA, ESPAÇOS E CULTURA POLÍTICA BANDEIRANTE: JOSÉ SCARAMELI E A ESCRITA DE LIVROS ESCOLARES DE HISTÓRIA PARA CRIANÇAS, nos traz a discussão sobre a escrita da história para crianças no Brasil, a partir da experiência de Scarameli. Intelectual defensor dos ideais do movimento escolanovista, entre 1926 e 1934, Scarameli produziu um número significativo de livros escolares de História e de Moral e Cívica. Trata-se, pois, de  uma discussão como estes livros expressaram as estratégias de difusão de uma cultura política bandeirante e a construção de representações acerca dos estados brasileiros com um protagonismo paulista.

Marcella Albaine Farias da Costa O QUE NARRAM LICENCIANDOS DE HISTÓRIA SOBRE O IMPACTO DA TECNOLOGIA EM SUA FORMAÇÃO INICIAL?. A autora nos revela de que forma professores de História em formação inicial –alunos das turmas de Didática Especial de História e Prática de Ensino de História da UFRJ e participantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) –significam sua trajetória profissional no que tange à temática da tecnologia. A experiência, foi pautada no olhar (auto) biográfico e utilizou-se da plataforma do Museu da Pessoa enquanto possibilidade metodológica.

Talia Meschiany e Verónica Hendel enveredam pelos caminhos do ENSINAR E APRENDER HISTÓRIA: REFLEXÕES EM TORNO DE EXPERIÊNCIAS DE FORMAÇÃO DOCENTE CONTÍNUA EM MEIOS VIRTUAIS NA PROVÍNCIA DE BUENOS AIRES. As autoras nos apresentam reflexões preliminares sobre um conjunto de práticas e representações do fazer de professores sobre o ensino da história, parte do Departamento de Educação Continuada(DFC) da Direcção-Geral da Educação e Cultura da província de Buenos Aires (DGCyE) durante os anos de 2015 e 2016. No texto analisam como a formação de professores em exercício através de Ambientes Virtuais de Aprendizagem (EVA) promovem e fortalecem as boas práticas de ensino.

Vitória Azevedo Fonseca, em CINEMA E ENSINO DE HISTÓRIA ENTRE DEBATES E PRÁTICAS, apresenta a partir de um rico debate sobre como usar filmes em salas de aula, especificamente no ensino de história, a experiência de exibição do mesmo filme (Sonhos Tropicais, André Sturn, 2002) para diferentes turmas do 9º ano do Ensino Fundamental, adotando procedimentos preparatórios diferenciados a fim de discutir e defender a importância de, além da alfabetização da linguagem cinematográfica refletir também sobre o desenvolvimento da compreensão dos estudantes dos debates e diálogos “historiográficos” estabelecidos pela narrativa audiovisual para compreensão das intertextualidades presentes nos filmes.

Por fim, Wilian Junior Bonete, em seu texto ALUNOS DA EJA FALAM SOBRE A HISTÓRIA ENSINADA: RELAÇÕES ENTRE HISTÓRIA E VIDA PRÁTICA, busca identificar e analisar o pensamento de um grupo de 66 alunos da Educação de Jovens e Adultos (EJA), de uma escola Estadual no Paraná, sobre o conhecimento histórico e suas relações com a vida prática. Para tanto, estabelece diálogos com a concepção de consciência histórica, tal como proposto por Jörn Rüsen, bem como os pressupostos que embasam o campo investigativo da Didática da História.

Este dossiê discute, a partir de diversos olhares, as dimensões políticas e didáticas que atravessam nossas concepções de pensar a formação de professores. A qualidade dos textos resulta da soma de esforços de docentes de várias localidades do Brasil para produzirem um primeiro número da História, Históriadedicado ao Ensino de História, permitindo que, pela primeira vez, professores pesquisadores da área possam intercambiar textos, experiências e estratégias de ensino e aprendizagem de História. Uma ótima leitura!

Prof. Dr. Carlos Augusto Lima Ferreira. Brasil -Universidade Estadual de Feira de Santana –UEFS. e-mail: [email protected]

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Os lugares de formação de professores de história em questão: dilemas, impasses e desafios para o século XXI / História & Ensino / 2015

A responsabilidade do professor, de que às vezes não nos damos

conta, é sempre grande. A natureza mesma de sua prática

eminentemente formadora sublinha a maneira como a realiza. Sua

presença na sala é de tal maneira exemplar que nenhum professor

ou professora escapa ao juízo que dele ou dela fazem os alunos, e

o pior talvez dos juízos é o que se expressa na “falta” de juízo. O

pior juízo é o que considera o professor uma ausência na sala.

Paulo Freire

A formação de professores de História para Educação Básica tem sido objeto de estudo ao longo das últimas décadas no Brasil. As pesquisas neste sentido têm participado, ativamente, da reflexão em torno da História Ensinada, posto sua relação necessária com as questões de ensino. Não há como pensar a formação sem ter a prática em perspectiva e, da mesma forma, as análises acerca da prática docente e, sobretudo, em relação aos diversos aspectos que permeiam as questões do ensino (a História do Ensino de História; o livro didático, sua produção e usos, entre outras tantas temáticas) informam as pesquisas sobre a formação do professor.

Pensar, então, a formação do professor é ter a prática em perspectiva e pensar a prática docente e os seus objetos implica, necessariamente, a reflexão sobre a formação. Deste ponto de partida, esse dossiê temático tem como objetivo contribuir com o debate sobre História e Ensino de História no país, por meio de reflexões relacionadas à formação do professor de história, em suas diversas dimensões – tanto aquelas ocupadas com os percursos de formação acadêmica quanto às relativas à formação adquirida no espaço escolar, por meio da experiência profissional. Nesse sentido, incorporam-se as pesquisas sobre currículos, habilitações, aportes teóricos, espaços de formação e, também, aquelas que dão conta das experiências docentes no âmbito da Educação Básica.

O dossiê entende, portanto, a formação não apenas como o processo de qualificação desenvolvido na universidade, mas também assume a experiência em sala de aula na Educação Básica como um processo formativo de igual importância. Assim, discutir a formação implica o enfrentamento do debate sobre o lugar da docência na construção da identidade profissional do historiador no século XXI, evidenciando os impasses forjados a partir dos binômios ensino versus pesquisa, produção versus reprodução, licenciatura versus bacharelado.

Da mesma forma, significa a problematização dos significados associados ao ensino de história e ao saber histórico escolar presentes na formação docente, seja aquela desenvolvida no percurso acadêmico, seja aquela construída ao longo do percurso profissional.

Diante do exposto, é como imenso prazer que apresentamos os artigos que compõem o presente dossiê, congregando uma rede de professores pesquisadores da área de Ensino de História de diferentes regiões e instituições de ensino do país. Ao longo desses textos, o leitor poderá perceber como cada autor(a) procurou responder ao desafio lançado de se pensar o lugar do professor de História no contexto da formação inicial e continuada, bem como da sua prática, tendo por referência os dilemas e impasses da construção da sua identidade profissional e das questões postas pela reformas em curso na Educação Básica, no Ensino Superior e na regulamentação do ofício de historiador.

O artigo “Ensino, História e Educação com / sem convergências”, de Carlos Augusto Lima Ferreira (UEFS) e Marcella Albaine Farias da Costa (UFRJ), que abre o presente dossiê, traz reflexões acerca da história do ensino de História ao problematizar questões relativas ao fazer docente nos processos de formação inicial no Brasil.

Em seguida, Nilton Mullet Pereira, Carla Beatriz Meinerz e Caroline Pacievitch (UFRGS), no ensaio “Viver e pensar a docência em História diante das demandas sociais e identitárias do século XXI”, abordam os desafios enfrentados pelo professor de História, diante das questões sociais e identitárias contemporâneas, em especial em relação ao diálogo intercultural, ao patrimônio cultural e aos passados imaginados nas mídias.

No artigo “A formação docente em História como profissional do magistério da Educação Básica”, Crislane Azevedo (UFRN) discorre acerca dos desafios da formação dos professores de História à luz das novas diretrizes curriculares nacionais para a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério da Educação Básica e discute os possíveis encaminhamentos de propostas, levandose em consideração o repensar da organização e prática curricular dos cursos de formação docente inicial em História.

No próximo texto, intitulado “Aula de história: evento, ideia e escrita”, Helenice Rocha (UERJ) traz contribuições para o tratamento da aula e de seu planejamento como conteúdos na formação de professores de História a partir do diálogo com bibliografia historiográfica e pedagógica sobre o tema, considerando a especificidade dos conteúdos e objetivos da aula de História no ensino básico.

Na esteira desse debate, em “O que precisa saber um professor de História?”, Flávia Eloisa Caimi (UPF) dialoga com os autores do campo da História, do Ensino da História e da Educação, com a finalidade de problematizar algumas das principais demandas que se apresentam ao fazer do professor de História, diante da diversidade e complexidade das práticas sociais e culturais que adentram o universo da escola na contemporaneidade.

Tendo por foco os anos iniciais de trabalho docente, Osvaldo Mariotto Cerezer (UNMAT) e Selva Guimarães (UFU) apresentam o artigo “Professores de História iniciantes: entre saberes e práticas”. Neste texto os autores analisam alguns aspectos importantes relacionados à fase inicial da carreira profissional e suas implicações com a formação da identidade profissional docente, tomando como ponto de partida a análise de narrativas orais de professores de História iniciantes no Estado de Mato Grosso.

Em “Entre textos e práticas: ensino de História, instituição escolar e formação docente”, Renilson Rosa Ribeiro (UFMT) debate a tensa relação entre história ensinada, escola e formação de professores a partir da historiografia do Ensino de História no Brasil produzida nas últimas quatro décadas, evidenciando dilemas, problemas e perspectivas da prática docente na construção da identidade do profissional da História.

No ensaio “Lugar de formação: a produção intelectual discente sobre Ensino de História na pós-graduação strictu sensu na região Norte”, Mauro Cezar Coelho e Wilma de Nazaré Baía Coelho (UFPA) analisam como a temática do Ensino de História, com ênfase para os estudos sobre a formação continuada dos professores de História, tem se apresentado nas pesquisas de estudantes de pós-graduação strictu sensu na região Norte do Brasil.

O artigo “A produção de lugares na formação docente: experiências no Laboratório de Ensino de História da UFDG”, de autoria de Nauk Maria de Jesus e Fernando Perli (UFGD), tem como objetivo demonstrar como o curso de História da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), uma universidade nova, localizada numa espacialidade fronteiriça no Estado de Mato Grosso do Sul, marcada pela diversidade cultural, por desigualdades e conflitos sociais, tem atuado na formação de professores de História, tendo como foco de análise o Laboratório de Ensino de História (LABhis).

Fechando o dossiê com o texto “Entre expectativas e experiências: a gênese do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Didática da História (LEPEDIH) da UNESP / Assis”, Ronaldo Cardoso Alves (UNESP / Assis) historia os elementos que deram origem ao LEPEDIH na Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Assis, a fim de mostrar diferentes possibilidades de pesquisa em Ensino de História, por meio do repertório epistemológico da teoria da consciência histórica, oriunda da Didática da História, tendo em vista a discussão necessária a respeito da função pública da História.

A diversidade das abordagens e temáticas apresentadas aqui traduz o universo amplo e rico de estudos em desenvolvimento nas territorialidades do Ensino de História no Brasil, sempre expandindo e ressignificando suas fronteiras, construindo novas formas de pensar, sentir, ensinar e pesquisar o nosso fazer na interface entre a História e a Educação. Sem o envolvimento e a dedicação de nossos colegas convidados para a construção desse dossiê tal empreitada não seria possível e tão instigante.

Aqui registramos nossos agradecimentos aos autores pelo aceite de compor narrativas sobre a formação dos professores de História, o que na verdade significa falar também de nós mesmos, professores formadores das licenciaturas. Somos gratos ao Conselho Editorial da Revista História & Ensino, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), por acolher de forma entusiástica e propositiva a ideia desse dossiê.

Aos possíveis leitores, esperamos que possam encontrar aqui possibilidades para pensar sobre o Ensino de História, tendo os professores da Educação Básica como personagens que merecem reflexão, diálogo e respeito. Boa leitura!

Wilma de Nazaré Baía Coelho – UFPA.

Renilson Rosa Ribeiro – UFMT.


COELHO, Wilma de Nazaré; RIBEIRO, Renilson Rosa. Os lugares de formação de professores de história em questão: dilemas, impasses e desafios para o século XXI. História & Ensino, Londrina,v.21, n.2, 2015. Acessar publicação original [DR].

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Cursos de formação de professores de História: cenário internacional, configurações e avaliação / História Hoje / 2015

Este Dossiê tem como objetivo compartilhar com professores, educadores e demais interessados um conjunto articulado de textos com reflexões sobre as propostas de configuração e avaliação dos cursos para formação de professores de História problematizando o atual contexto e a trajetória histórica e experiências desenvolvidas no Brasil, em Angola, Portugal e na Alemanha.

Para tanto, reunimos um conjunto de pesquisadores da área de História e Educação desses países, com o intuito de traçar um panorama das questões que perpassam a formação de professores de História no âmbito internacional e no específico de cada um dos países contemplados. Leia Mais

O lugar da formação dos professores nos cursos de História / História Hoje / 2013

Qual é o lugar da formação de professores de História no Brasil? Possivelmente, não há apenas uma resposta a essa indagação. As continuidades e rupturas ocorridas ao longo das últimas oito décadas, desde a institucionalização da Formação de Professores para o Ensino Secundário Brasileiro nos anos 1930, até a entrada em vigor das últimas Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em 2002, definem uma parte da diversidade de caminhos da formação dos professores de História, hoje. Outra explicação para essa diversidade é propiciada pelas interpretações e realizações locais das legislações acerca das Diretrizes, conferindo em cada curso um lugar para a formação de professores de História, com características diferenciadas. Leia Mais