Direitos das Crianças e Adolescentes na América Latina – Homenagem a Profa. Esmeralda Moura / Revista Brasileira de História & Ciências Sociais / 2021

Filosofia e Historia da Biologia 33 Direitos das Crianças e Adolescentes na América Latina
Meninos e meninas de rua ocupam o Congresso Nacional para aprovar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1989 | Foto: Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua |

Queridos e queridas leitoras, é com o coração contrito que apresentamos o dossiê temático intitulado Direitos das Crianças e Adolescentes na América Latina que trás junto a si o complemento Homenagem a Profa. Esmeralda Moura.

Homenagear alguém não deveria de ser esporádico ou surpreendente, ainda mais porque “flores” devem ser oferecidas em vida, o reconhecimento de ações especiais deve ser valorizado constantemente. Mas, há pessoas que marcam nossas existências de forma especial, Esmeralda Blanco B. de Moura foi uma delas. E o presente dossiê é dedicado ao seu legado.

A querida professora Esmeralda, com seu carinho, voz suave e doce, senso democrático e rigor científico, conseguiu cativar uma legião de pesquisadores a se interessarem por um seguimento da história que por muito tempo foi dado pouca ou nenhuma atenção: as crianças e adolescentes.

Profa. Esmeralda, juntamente com Maria Luiza Marcílio, Eni Samara e Mary Del Priore, todas docentes na Universidade de São Paulo (USP) e vinculadas ao Centro de Estudos de Demografia Histórica da América Latina – CEDHAL/USP, tiveram a ambição de trazer luz para a história da família e da criança numa época em que poucos estudiosos tinham esses como objetos privilegiados de investigação.

Esta querida professora, que nos deixou no dia 03 de abril deste ano, era uma mulher combatente pela História e pelos direitos das crianças e adolescentes no Brasil, foi professora do Departamento de História e do Programa de Pós-Graduação em História Econômica da USP, Diretora do CEDHAL, uma das fundadoras do Grupo de Trabalho História da Criança e do Adolescente da Associação Nacional de História (ANPUH-Brasil), tendo sido sua primeira coordenadora, e da Red de Estudios de la Historia de las Infancias en America Latina (REHIAL), ocupando inicialmente a posição de coordenadora brasileira.

Mesmo aposentada, ainda continuou lecionando, orientando, pesquisando e publicando suas descobertas, sendo que uma de suas últimas publicações se deu justamente no dossiê por nós organizados no volume anterior da RBHCS1.

Tínhamos escrito uma apresentação diferente, fazendo alusão aos dados relacionados a violência contra as crianças no Brasil e na América Latina nesses tempos pandêmicos, reforçando a necessidade de manutenção e ampliação da rede de proteção e assistências aos mesmos, discorrido sobre a importância dos 15 artigos reunidos neste dossiê, mas, com consentimentos os Editores deste prestigioso periódico, repensamos aquela apresentação para fazer algo mais pessoal e prestar essa justa homenagem a profa. Esmeralda e afirmar que seu legado continuará presente em mais gerações de professores e pesquisadores da história das crianças e dos adolescentes.

Saudades.

Rio Grande/RS-Recife/PE, Outono de 2021

Humberto da Silva Miranda

José Carlos da Silva Cardozo

Organizadores do dossiê temático

Humberto da Silva Miranda – Doutor e Pós-Doutor em História (UDESC). Professor Adjunto na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Docente Permanente do PPGE/UFRPE.

José Carlos da Silva Cardozo – Doutor e Pós-Doutor em História Latino-Americana (UNISINOS). Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande (FURG), Docente Permanente do PPGH/FURG.


MIRANDA, Humberto da Silva; CARDOZO, José Carlos da Silva. Apresentação do dossiê Direitos das Crianças e Adolescentes na América Latina – Homenagem a Profa. Esmeralda Moura. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Rio Grande, v.13, n. 25, Edição Especial [maio], 2021 Acessar publicação original [IF].

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História e Direitos da Criança e do Adolescente na América Latina / Revista Brasileira de História & Ciências Sociais / 2020

O menino Miguel, a menina Ághata. O garoto João Pedro, as garotas Emilly e Rebeca… O que essas crianças têm em comum? Tiveram suas vidas ceifadas, tornando-se vítimas da violência, de um adultocentrismo [1] estrutural, que insiste em negar a condição da criança como sujeito de direitos. A História das infâncias e das juventudes na América Latina é marcada por práticas sociais e culturais que objetificam meninos e meninas, levando-as a conviver com diferentes formas de violação dos direitos humanos.

O presente dossiê temático intitulado História e Direitos da Criança e do Adolescente na América Latina na Revista Brasileira de História & Ciências Sociais visa contribuir com a historiografia das infâncias e juventudes no Brasil e na América Latina, buscando colocar em tela estudos que estão sendo produzidas em diferentes instituições de pesquisa no Brasil, com interfaces na América Latina. Registramos que este Dossiê contará com duas edições, haja vista o número expressivo de artigos recebidos.

Organizamos os artigos a partir de uma cronologia que nos permitiu perceber as mudanças das politicas públicas no Brasil e na Amarica Latina através dos tempos. Para entender os que chamamos de “direitos humanos” é necessário perguntar ao passado como foram produzidas as práticas de assistência no campo da política e da legislação.

Marcia Cristina Ribeiro Gonçalves Nunes, no artigo intitulado O “velho” Lemos como transformador do Orphanato Municipal, problematiza a questão da educação das meninas a partir da atuação de Antônio Lemos, em Belém do Pará, na Primeira República. Ainda sobre este período, as contribuições de Fabiano Quadros Rückert, em A infância pobre no Brasil da Primeira República: um panorama das pesquisas, possibilitam analisar como a relação entre infância e pobreza passou a ser colocada em tela pela historiografia nacional.

Seguindo em direção aos anos de 1930 e 1940, os artigos A Institucionalização do Atendimento aos Menores – O SAM, de Fabíola Amaral Tomé de Souza e A “mocidade brasileira” em formação: concepções e investimentos sobre os corpos jovens, escrito por Sonia Deus Rodrigues Bercito, colocam na seara de debates as políticas nacionais voltadas para crianças e jovens, impulsionados pelo Governo Vargas.

Para contemplar a chamada “era dos direitos”, os artigos de A responsabilidade compartilhada no Direito da Criança e Adolescente como dimensão da solidariedade: intersecção entre público e privado, escrito por Ismael Francisco de Souza e Tijolo por tijolo num desenho lógico: crianças e adolescentes brasileiros, de objeto de medidas a sujeitos de direitos, de Elisangela da Silva Machieski, iniciam o debate as questões referentes sobre os direitos humanos de crianças e adolescentes no Brasil, buscando produzir reflexões sobre a historicidade das legislações nacionais.

As contribuições de Alessandra Nicodemos, em Movimento Nacional de Meninos e Meninas de Rua: aspectos históricos e conceituais na defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente no Brasil, e da pesquisadora Esmeralda Blanco Bolsonaro de Moura, em Infância, adolescência e direitos humanos no conflituoso século XX: o direito à informação no contexto da árdua construção da democracia brasileira, contribuem para o debate sobre os movimentos sociais e as tensões que marcam as mobilizações em torno dos direitos humanos.

Já o artigo de autoria de Silvia Maria Fávero Arend e Reinaldo Lindolfo Lohn, intitulado Sobre a oitiva de crianças e adolescentes na justiça: protagonismo em debate (1989-2017), contempla a complexa questão da cidadania infanto-juvenil e sua relação com o Sistema de Justiça. Ainda sobre a questão dos dispositivos legais, o texto Referências institucionais para a produção descolonial dos direitos das indígenas crianças: os casos do trabalho infantil e da violência sexual, de Assis da Costa Oliveira, coloca na seara de debate a questão das violências praticadas contra as indígenas infâncias.

Por fim, dois artigos trazem abordagens transdisciplinares sobre os conceitos de infância e direitos humanos. Referimo-nos aos artigos A noção de infância e adolescência: inflexões decoloniais sobre os direitos de crianças e adolescentes na América Latina, escrito por Norberto Kuhn Junior e Bárbara Birk de Melo, e De Menores Incapazes e Imputáveis a Sujeitos de Direitos: os Direitos Humanos das Crianças e Adolescentes desde as Históricas normativas Internacionais, de autoria de Sheila Stolz. Eles nos fazem pensar como problematizar o conceito de infância e a relação com os direitos humanos. Além desses 12 artigos que compõem o dossiê temático, temos a resenha, de autoria de Thiago Nascimento Torres de Paula, sobre um livro clássico que neste ano ganhou sua segunda edição: História das crianças no Brasil meridional.

Debruçar-se sobre os esses estudos nos faz perceber que o século XX não foi “perdido” e que o XXI vem sendo marcado por grandes desafios no campo da política e da legislação, inclusive, para produção historiográfica. A reunião dessas pesquisas, que compõe um efetivo “dossiê” e que traz para a leitora e para o leitor a possibilidade de conhecer a produção de trabalhos, tem como objetivo protagonizar o lugar das infâncias e juventudes como sujeitos históricos e suas histórias.

Contudo, é importante perceber a produção história do conceito de direitos humanos, que por sua vez é marcado por mudanças e permanências. Pelo tempo de caridade e do assistencialismo, pelo tempo do “bem-estar” e das mobilizações em torno da chamada cidadania infanto-juvenil.

Diante das reflexões, é importante afirmar que ao produzir este trabalho assistimos os meninos Miguel (5 anos de idade) e João Pedro (14 anos de idade) perderem suas vidas. Testemunhamos as meninas Ághata (8 anos de idade), Emilly Victoria (4 anos de idade) e Rebeca Beatriz (7 anos de idade) perderem suas vidas.

É neste tempo nebuloso que somos provocados a (re)pensar o “fazer história” nos arquivos, nas bibliotecas e nos espaços de memórias… O “fazer história” é chamado a pensar o compromisso social do ofício das historiadoras e historiadores como uma questão ética e com a política científica, uma vez que negar-se ou silenciar-se diante do extermínio de meninos e meninas é uma forma de “violência epistemológica”, marcada neutralidade científica, firmada na racionalidade disciplinar, que busca se dissociar dos valores sociais e políticos (SANTOS, 2007).

Mas, silenciar ou negar-se a discutir é uma forma de se posicionar no mundo e nós decidimos que não vamos silenciar e negar que este Dossiê foi produzido no período pandêmico [2], onde a vida de meninos e meninas foram (e estão sendo) exterminadas. Neste “tempo sombrios, falar de mortes é se comprometer com a vida. Especialmente, com as vidas negras, pobres e periféricas. Netos ou bisnetos da escravidão, da relação entre a “casa grande e a senzala”, de um passado colonial que insiste em permanecer no tempo presente. É para essas meninas e meninos que este Dossiê é dedicado.

Rio Grande / RS-Recife / PE, Verão de 2020

Notas

1 Sobre adultocentrismo, ver: ABRAMOWICZ, Anete; RODRIGUES, Tatiane C.. Descolonizando as pesquisas com crianças e três obstáculos. Educação e Sociedade. Campinas, v. 35, n. 127, p.461-474, abr-jun. 2014.

2 Em 2020 o mundo foi obrigado a viver a Pandemia do Novo Corona Vírus – Covid 19. No Brasil, a crise pandêmica foi marcada por tensões sociais e políticas, onde a sociedade assistiu o crescimento da violência praticada contra crianças e adolescentes negros. Sobre a Pandemia ver: SANTOS, 2020.

Referências

ABRAMOWICZ, Anete; RODRIGUES, Tatiane C.. Descolonizando as pesquisas com crianças e três obstáculos. Educação e Sociedade. Campinas, v. 35, n. 127, p.461-474, abr-jun. 2014.

SANTOS, Boaventura de Sousa. Para um novo senso comum: a ciência, o direito e a política na transição paradigmática. VOL.: 1. A crítica da razão indolente: contra o desperdício da experiência. São Paulo: Cortez, 2007. _______. A cruel pedagogia do vírus. Coimbra: Edições Almedina, 2020.

Humberto da Silva Miranda – Doutor e Pós- Doutorando em História. Professor Adjunto na Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

José Carlos da Silva Cardozo – Doutor e Pós-Doutor em História Latino-Americana. Professor Adjunto da Universidade Federal do Rio Grande (FURG).

Organizadores do dossiê temático


MIRANDA, Humberto da Silva; CARDOZO, José Carlos da Silva. Apresentação. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Rio Grande, v.12, n. 24, jul. / dez., 2020. Acessar publicação original [DR]

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História, Criminalidade e Violência: representações, fontes e abordagens | Revista Latino-Americana de História | 2018

É com imensa alegria que damos as boas-vindas ao vigésimo número da Revista Latino-Americana de História e nos despedimos do ano de 2018. Para esse final de ano gostaríamos de anunciar que nossa Revista, ao longo de 2018, conseguiu ampliar suas indexações, o que valoriza cada vez os trabalhos nela publicados. Atualmente contamos com as seguintes parcerias: Latindex, Dialnet; MIAR: Information Matrix for the Analysis of Journals; LatinRev; Sumários de Revistas Brasileiras (Sumários.org), Livre – Revistas de Livre Acesso, niversitat de Girona; International Standard Serial Number – International Center e Elektronische Zeitschriftenbliothek da Universität Regensburg. Leia Mais

História dos Serviços Públicos / Revista Brasileira de História & Ciências Sociais / 2017

No final do ano de 2016 a Revista Brasileira de História & Ciências Sociais definiu como tema para o dossiê referente ao segundo semestre de 2017 a História dos Serviços Públicos. No texto usado para divulgar a chamada de trabalhos afirmamos que “temas como a intervenção do governo na economia, a saúde pública, a promoção da educação básica e superior, o funcionamento da justiça e da assistência social são frequentes na agenda de pesquisadores de diferentes áreas”; no entanto, apesar do interesse da História e das Ciências Sociais pela organização e funcionamento das instituições públicas, “os estudos focados especificamente na historicidade dos Serviços Públicos ainda são incipientes no Brasil”.

A publicação do presente Dossiê insere-se neste contexto e pretende fomentar uma reflexão sobre as possibilidades e as dificuldades existentes no estudo dos Serviços Públicos. Acreditamos que uma das dificuldades reside na imprecisão dos limites entre as Políticas Públicas e os Serviços Públicos. A priori, ambos se complementam e são interdependentes, no entanto, a dinâmica das suas relações é complexa. A eficiência das Políticas Públicas implantadas por um determinado governo depende em parte da estrutura organizacional dos Serviços Públicos e da capacidade desta estrutura se reformular e absorver novas demandas. E, no sentido inverso, a qualidade de um Serviço Público pode ser ampliada ou reduzida a partir de prioridades definidas pela agenda das Políticas Públicas.

Outro tipo de dificuldade encontrada pelos que exploram a organização e funcionamento dos Serviços Públicos diz respeito às relações entre a sociedade civil o governo. Para além da tradicional representação política partidária, a sociedade civil desenvolveu um amplo conjunto de práticas através das quais busca influenciar nas decisões e ações do governo. E, as instituições governamentais, por sua vez, se encontram em constante interação com a sociedade civil. Nesta interação, as instituições governamentais podem incorporar ou refutar demandas e críticas procedentes do coletivo social e, ao mesmo tempo, podem modificar o modus operandi sob a influência de alterações na conjuntura econômica e política.

Sem a pretensão de explorar todas as dificuldades existentes no campo das pesquisas sobre os Serviços Públicos, consideramos ser pertinente incluir nesta breve reflexão, o problema do financiamento dos Serviços Públicos – problema relevante no contexto de uma crise sem precedente nas finanças públicas brasileiras. Como sabemos, a crise nas finanças públicas é geralmente dimensionada pelo desequilíbrio entre as receitas públicas e as despesas da União Federal, dos Estados e Municípios. No caso do Brasil, parte deste desequilíbrio pode ser atribuída à corrupção que existe dentro e fora do governo. Outra parte diz respeito à disparidade na distribuição dos recursos entre os entes da federação, aos erros na definição de prioridades para os investimentos públicos, ao constante endividamento dos órgãos públicos, à ineficiência dos gestores públicos e à retração nos índices de consumo. De forma direta ou indireta, estes fatores influenciam na oferta e qualidade dos Serviços Públicos e, consequentemente, também demandam uma atenção especial dos historiadores e Cientistas Sociais.

Cientes das dificuldades existentes na interpretação acadêmica dos Serviços Públicos, a RBHCS apresenta aos seus leitores um conjunto de oito artigos que formam o Dossiê História dos Serviços Públicos. Os três primeiros são procedentes do exterior: Alejandra Laura Salomón contribuiu com um estudo sobre as relações entre a política viária e as condições de vida nas áreas rurais da Província de Buenos Aires, no período de 1940 e 1950. Juan Manuel Mátes-Barco abordou o desenvolvimento do serviço público de abastecimento de água na Espanha dos séculos XIX e XX e explorou a convergência de interesses públicos e privados no respectivo serviço. Gloria Paterna Sánchez e Felipe Morente Mejías participam do Dossiê com um artigo sobre o papel do Terceiro Setor no contexto da crise econômica espanhola. Fácil é perceber que os temas procedentes do exterior são distintos e, ao mesmo tempo, relevantes para os leitores interessados na dinâmica das relações entre a sociedade civil e o governo.

Os autores brasileiros estão representados no Dossiê por cinco artigos: Marcia Cristina Ribeiro Gonçalves Nunes contribuiu com um texto sobre as intervenções urbanísticas que resultaram na criação do Boulevard da República, na cidade de Belém (PA). José Carlos da Silva Cardozo escreveu sobre as transformações ocorridas no Juízo dos Órfãos e destacou a crescente importância que esta instituição recebeu na cidade de Porto Alegre, no final do século XIX. Mario Luis Grangeia mostra o progressivo fortalecimento do Ministério Público Federal a partir da Constituição de 1988, observando empiricamente os Grupos de Trabalho Educação e Saúde para discutir sobre as possibilidades e limites do MP brasileiro, suas continuidades e mudanças na área não penal.

Ana Lucia Britto e Suyá Quintslr colaboraram com um estudo sobre o desenvolvimento das redes de abastecimento de água na Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Completando o Dossiê, o artigo escrito por Fabiano Quadros Rückert e Felipe Maropo aborda as experiências de municipalização do abastecimento de água ocorridas nas cidades de Pelotas e Porto Alegre (RS) no período da Primeira República. No conjunto, os autores brasileiros apresentaram importantes contribuições, sobretudo se considerarmos que a História dos Serviços Públicos não pode ser construída sem pesquisas que explorem variáveis como o impacto das obras públicas no espaço urbano, o funcionamento das instituições governamentais, a gradual ampliação de um determinado serviço e as negociações entre o poder público e o setor privado.

Ao final, somente podemos desejar uma ótima leitura e o incentivo para novas pesquisas.

Corumbá / MS; Santa Vitória do Palmar / RS, dezembro de 2017.

Fabiano Quadros Rückert – Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS)

José Carlos da Silva Cardozo – Universidade Federal do Rio Grande (FURG)

Organizadores


RÜCKERT, Fabiano Quadros; CARDOZO, José Carlos da Silva. Apresentação. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Rio Grande, v.9, n. 18, jul. / dez., 2017. Acessar publicação original [DR]

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Infância, Juventude e Família / Revista Brasileira de História & Ciências Sociais / 2016

A Revista Brasileira de História & Ciências Sociais – RBHCS tem a satisfação de apresentar sua nova edição. Com uma posição editorial orientada pela transdiciplinaridade, essa edição segue seu ideal ao trazer produções acadêmicas que fornecem ao leitor a oportunidade de discutir temas caros às ciências humanas, por diversas abordagens e enfoques teóricos. Trata-se de explorar olhares múltiplos sobre temas comuns aos campos científicos que exploram as relações humanas. Nessa edição o Dossiê Temático “Infância, Juventude e Família” trás exemplos dessas discussões referente à essa temática ao longo da História.

Apresentamos aqui abordagens que navegam por temas como a infância e sua representação ao longo tempo até discussões jurídicas acerca da menoridade penal. Resgatar a criança e a juventude ao longo da História é um desafio, assim como entender esses agentes em nossa realidade presente. A ponte entre o presente e o passado pode nos ajudar a compreender realidades sociais esquecidas e marginalizadas como a infância desvalida e o jovem infrator, estigmas discursivos tão presentes.

Além do dossiê, esta edição ainda conta com artigos livres com temas comuns à História & Ciências Sociais, como migrações, saúde e religião, além de resenhas e a sessão Arquivo e Pesquisa. Estamos assim, imensamente gratos pela colaboração dos nossos autores, avaliadores e leitores que acreditam e tornam a RBHCS um verdadeiro instrumento de troca e produção de conhecimento para as Ciências Humanas.

Denize Terezinha Leal Freitas

Jonathan Fachini da Silva

José Carlos da Silva Cardozo

Diretores da RBHCS


FREITAS, Denize Terezinha Leal; SILVA, Jonathan Fachini da; CARDOZO, José Carlos da Silva. Apresentação. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Rio Grande, v.8, n. 15, jan. / jun., 2016. Acessar publicação original [DR]

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Formação de Professores de História | Revista Latino-Americana de História | 2013

Esta Edição Especial foi organizada com os artigos referentes à XIX Jornada de Ensino de História e Educação, ocorrida na Universidade Federal de Santa Maria, em agosto, de 2013. O conjunto de artigos é resultados das apresentações de Mesas, Conferências e Oficinas, bem como, das Comunicações realizadas durante o evento.

O evento acontece anualmente e é promovido pelo Grupo de Trabalho (GT) de Ensino de História e Educação, da ANPUH-RS, desde 1996, com o objetivo de socializar a produção de professores e pesquisadores da área do ensino da história e construir um espaço de reflexão acerca das relações entre História e Educação. Para a realização do evento uma instituição de ensino superior é escolhida a partir de reuniões de trabalho com as coordenações e representantes do GT, com o objetivo de promover e sediar a jornada. Neste ano, o evento ocorreu no mês de agosto, tendo como instituição anfitriã a Universidade Federal de Santa Maria. Leia Mais

Arranjos familiares: as famílias ontem e hoje / Revista Brasileira de História & Ciências Sociais / 2013

Entregamos ao leitor mais uma publicação da Revista Brasileira de História & Ciências Sociais – RBHCS. Resultado de um árduo trabalho e, também, da surpreendente constatação do crescimento deste periódico. Foram mais de 200 trabalhos recebidos entre artigos, resenhas e transcrições, motivo de muita lisonja para a equipe de editores, todavia de grandes desafios para o Conselho Editorial.

O desenvolvimento “de vento em popa” da revista, ratificado pela manutenção em 2013 da avaliação Qualis / Capes B1 – A Nacional e pelo aumento considerável de trabalhos, trouxe novos desafios para os editores. Primeiramente, percebemos que a procura da RBHCS reflete a qualidade e o constante cuidado do processo de avaliação e editoração quanto à busca da excelência nas publicações. Em segundo lugar, isso significou um redimensionamento da quantidade de trabalho. Foram muitos problemas gerados pela enorme demanda de trabalhos. Pedimos desculpas para aqueles que, infelizmente, não conseguimos dar a atenção devida e agradecemos imensamente à paciência daqueles que aguardam uma resposta.

Esperamos que os nossos leitores e autores compreendam que este trabalho só acontece graças a uma rede mútua de trabalho que depende desde a espera dos autores, como também, da perspicácia e rapidez dos pareceristas ad hoc, bem como, da nossa agilidade e cuidado na formatação e demais procedimentos editoriais. Sabíamos que não seria um trabalho fácil, porém temos consciência e a honestidade de nos dirigirmos ao público e dizermos que estamos providenciando o mais rápido as respostas a todos os autores.

De modo geral, agradecemos a atenção e compreensão quanto as nossas limitações. E, também, dirigimos agradecimentos aos autores, leitores e demais membros do corpo editorial pelo sucesso deste nosso sonho chamado Revista Brasileira de História & Ciências Sociais!

Ótima leitura!

Ana Silvia Volpi Scott

Denize Terezinha Leal Freitas

Jonathan Fachini da Silva

José Carlos da Silva Cardozo

Editores


SCOTT, Ana Silvia Volpi; FREITAS, Denize Terezinha Leal; SILVA, Jonathan Fachini da; CARDOZO, José Carlos da Silva. Apresentação. Apresentação. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Rio Grande, v.5, n. 9, jan. / jun., 2013. Acessar publicação original [DR]

 

Fé, religiosidade e cultura religiosa / Revista Brasileira de História & Ciências Sociais / 2012

A Revista Brasileira de História & Ciências Sociais – RBHCS – finaliza seu quarto ano de existência com sua oitava edição, encerrando assim, um ano de 2012 de muito trabalho e conquistas para a RBHCS. Sempre com a meta do diálogo interdisciplinar entre a História e as Ciências Sociais a RBHCS vêm se empenhando para a divulgação da produção acadêmica nessas colossais áreas do conhecimento. Neste último ano, sentimos o peso da responsabilidade em manter um periódico em alto nível. Foram mais de cento e cinquenta trabalhos, entre artigos, resenhas e transcrições enviados de todos os cantos do Brasil e do exterior.

Um trabalho árduo para seus editores que de forma autônoma tem mantido um padrão de qualidade classificado como Qualis Capes B1 — A nacional — pela Capes / MEC. O que faz com que a RBHCS seja um motivo de orgulho e respeito a todos que fazem parte dessa realidade. Entretanto temos de salientar que para continuar mantendo esse nível e melhor atender as demandas de trabalhos ao longo do ano, para os próximos números, aceitaremos apenas artigos cuja temática esteja em afinidade com os dossiês temáticos propostos. É uma maneira de potencializarmos o processo avaliativo e a editoração afim de melhor atender aos autores que confiam seus trabalhos a RBHCS.

Nesta 8ª edição fruto dessa massiva demanda, presenteamos nossos leitores com uma edição ampliada, contando com dez artigos no dossiê temático, 16 artigos cuja temática é livre, uma resenha, uma pesquisa de iniciação científica e duas transcrições de documentos. É uma forma de retorno e agradecimento a confiança depositada na RBHCS. Então, podemos apenas agradecer infinitamente aos membros do Conselho Editorial, pelo zelo e direcionamento da RBHCS, aos membros do Conselho Consultivo pela avaliação criteriosa dos trabalhos, bem como aos pareceristas ad hoc que generosamente prestam essa gentileza com rigorosidade e elevada qualidade. E, especialmente, a você, nosso leitor a quem temos a honra de lhe entregar agora o produto final de nosso trabalho.

Que esta edição contribua para promover o conhecimento e sirva de inspiração para a produção científica.

Ótima leitura!

Ana Silvia Volpi Scott

Denize Terezinha Leal Freitas

 Jonathan Fachini da Silva

José Carlos da Silva Cardozo

Editores


SCOTT, Ana Silvia Volpi; FREITAS, Denize Terezinha Leal; SILVA, Jonathan Fachini da; CARDOZO, José Carlos da Silva. Apresentação. Revista Brasileira de História & Ciências Sociais. Rio Grande, v.4, n. 8, jul. / dez., 2012. Acessar publicação original [DR]

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Lugares da História do Trabalho | Revista Latino-Americana de História | 2012

Pesquisas nas áreas de história, sociologia, economia e direito do trabalho etc., têm cada vez mais se dedicado aos mundos do trabalho, seja na busca de seus direitos e lutas históricas de resistências, suas formas de organização, suas conquistas, suas identidades e fazeres cotidianos, suas culturas de classe. Parte desta trajetória vem sendo encontrada nos acervos públicos e privados de nosso país e de nosso estado, o Rio Grande do Sul, particularmente nos últimos anos nos da justiça do trabalho.

Os lugares da História Social do Trabalho foram o tema das VI Jornadas Regionais do Grupo de Trabalho Mundos do Trabalho da Seção Rio Grande do Sul da Associação Nacional de História (ANPUH-RS). O evento discutir isto e os olhares interdisciplinares sobre o mundo do trabalho. Leia Mais