Filosofia Africana: ancestralidade e encantamento como inspirações formativas para o ensino das africanidades | Adilbênia Freire Machado

Dentre as ações afirmativas, a filosofia africana começa a ocupar um espaço importante no âmbito das discussões acadêmicas, em sinal de inquietação com os efeitos nocivos da pedagogia eurocentrada vigentes até a atualidade. Daí a expectativa diante de pesquisas realizadas em busca de respostas a determinadas questões. Então, qual o lugar da filosofia africana nesta diáspora científica? O que esperar dessa ciência em termos de reparação cognitiva? Em que medida pode gerar benefícios ao ensino? Qual o engajamento político-pedagógico de gestores em ações inclusivas? Estaria o sistema educacional brasileiro atualizado a partir dos cursos de formação de professores?

Reflexões sobre essas e outras questões estão no livro Filosofia Africana: ancestralidade e encantamento como inspirações formativas para o ensino das africanidades, de Adilbênia Freire Machado, resultado da pesquisa desenvolvida no curso de mestrado em Educação pela Universidade Federal da Bahia. A abordagem etnográfica foi elaborada a partir da vivência no componente curricular optativo História e Cultura Africana e Afro-Brasileira do curso de Pedagogia (EDCB79). Sem dúvida, um volume para leitura crítica nos debates, nas rodas de conversa e nos estudos etnológicos sobre relações étnico-raciais que tratam das ações afirmativas. Leia Mais

Lima Barreto: triste visionário | Lilia Moritz Schwarcz

Creio ser desnecessário apresentar a renomada escritora Lilia Moritz Schwarcz, autora de muitas obras no campo das ciências humanas. Iremos nos limitar a dizer que é uma pesquisadora com formação em História e Antropologia que, ao longo de suas pesquisas, tem contribuído sobremaneira com o debate acerca das relações raciais no Brasil. O livro O Espetáculo das Raças é um exemplo cabal do que estamos falando.

O objeto de nossa resenha, o livro Lima Barreto: Triste Visionário, publicado pela conceituada Editora Companhia das Letras, no ano de 2017, discorre sobre o escritor negro Afonso Henriques de Lima Barreto, mais conhecido como Lima Barreto. Leia Mais

O que pode a biografia | Alexandre de Sá Avelar e Benito Bisso Schmidt

Em algum momento, Fernando Pessoa afirmou que se um dia escrevessem sua biografia seria algo simples, com somente duas datas, de nascimento e de morte, pois todo o resto era algo só seu. Os biógrafos e os leitores de biografias discordam deste monopólio do indivíduo sobre sua trajetória e enquanto os primeiros exercitam seu ofício na construção de narrativas diversas sobre seus personagens, os segundos satisfazem suas curiosidades através da leitura de obras com diversificado conteúdo e em distintos formatos.

Personagens, biógrafos e biografias têm sido objetos de reflexão em diversos campos das ciências humanas, de modo que a História, ao mesmo tempo em que busca o diálogo com as ciências sociais, a teoria literária, a análise de discurso, a psicologia, entre outras áreas e especialidades, também tem se dedicado de forma ampla, constante e vigorosa sobre os temas derivados de tais objetos. Leia Mais

Escenarios de família: trayectorias, estratégias y pautas culturales, siglos XVI–XX | Juan Francisco Henarejos López e Antonio Irigoyen López

O livro Escenarios de família: trayectorias, estratégias y pautas culturales, siglos XVI–XX é resultado dos trabalhos empreendidos pela Red de Estudios de Familia de Murcia (REFMUR), um grupo de estudos promovido pela Universidad de Murcia e pela Fundación Séneca. A REFMUR tem por objetivo oferecer reflexões, sugestões e pesquisas sobre a família, um elemento que podemos considerar como uma das problemáticas históricas mais atuais e, ao mesmo tempo, mais complexas. O livro, ao longo de suas páginas, visa a demonstrar como a família pode representar uma importante ferramenta teórica e metodológica para que se possa adentrar na análise da complexidade da realidade social.

Todavia, antes de mergulharmos mais a fundo nos temas abordados na obra em questão, consideramos fundamental apresentar ao leitor o local de produção desse livro: o grupo de estudos REFMUR. Como já mencionado, esse grupo está vinculado à Universidad de Murcia; contudo, esse não tem a intenção de ser apenas mais um grupo acadêmico que realiza pesquisas dentro da universidade e que acaba por se manter somente no campo da reflexão acadêmica. Tampouco mantém o isolamento que os estudos históricos costumam observar com relação às continuidades e mudanças sociais contemporâneas. Pelo contrário, o REFMUR demonstra que compreender a família, como objeto de estudo, reflete as formas de organização e de vida da sociedade, uma vez que que a família tem suas raízes no tempo histórico plenamente. Leia Mais

Escritas do Tempo | Unifesspa | 2019

ESCRITAS DO TEMPO Escritas do Tempo

Transformar as experiências de homens e mulheres no tempo em “matéria histórica” requer inscreve-las em diferentes narrativas. Para representa-las – e domesticar o próprio tempo, por extensão -, homens e mulheres precisam contá-las e transformá-las em relatos, pois as experiências, assim como o tempo, tornam-se efetivamente humanas e sobrevivem à ação “amnésica do tempo”, apenas quando narradas.

É com esta missão de narrar e interpretar as experiências humanas no tempo em diferentes perspectivas de análise, através de distintas interrogações, reflexões, temas e temáticas de estudo, por diferentes ângulos teóricos e metodológicos, que a Revista Escritas do Tempo ([Marabá], 2019-) nasce com uma das primeiras ações do Programa de Pós-Graduação em História (PPGHIST) da Unifesspa.

Periodicidade quadrimestral.

Acesso livre.

ISSN 2674-7758

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