Gênero e interseccionalidades no ensino de história / Fronteiras – Revista de História / 2020

Pensar o ensino de História em tempos de pandemia gera muitas inquietações, sobretudo ao observarmos a desigualdade social que assola o país sendo intensificada. O caos na saúde pública, na economia e na educação não apenas revelam as exclusões sociais como dão a elas novas formas e novos níveis. Muitas vidas estão se perdendo, sobretudo de pessoas pobres, de pessoas negras, que não tem acesso a recursos da saúde, que não possuem o privilégio de poder manter o necessário distanciamento social para precaver-se da Covid19. Pessoas pobres precisam sair de suas casas para trabalhar independente do risco que correm no trajeto ou no local de trabalho. Muitas são mulheres que atuam como domésticas, como enfermeiras, como cuidadoras. Pessoas pobres são excluídas dos estudos remotos pela falta de acesso às tecnologias. Sem computadores em casa ou sem celulares capazes de comportar os aplicativos e armazenar arquivos, sem internet. Famílias grandes em espaços pequenos dividindo um único celular e a internet do / a vizinho / a para que todas as crianças façam as atividades remotas. Pessoas da área rural, sem acesso à internet. O caos revelando e intensificando as diferenças e as desigualdades e nos movendo a refletir sobre os sentidos do que estamos fazendo e para onde caminhamos no ensino de História, pois acreditamos que é possível (e necessário) propormos uma pedagogia engajada (HOOKS, 2013).

Dois pontos nos parecem fundamentais nessa empreitada: o sentido do aprender e ensinar história e a questão da interseccionalidade como ferramenta analítica que considera as múltiplas diferenças e desigualdades. Com relação ao primeiro ponto, as teorias de Jörn Rüsen pautadas na perspectiva do desenvolvimento da consciência histórica nos permitem pensar um aprender e ensinar História que considera as interações com a vida prática. Em seu texto “Como dar sentido ao passado”, Jörn Rüsen (2009) argumenta que o objeto de estudo da história é o presente e não o passado, pois é nele que surgem as inquietações que nos movem a pesquisar o passado, que ao ser compreendido nos ajuda a problematizar o presente e perspectivar o futuro. Ao elaborar a sua matriz disciplinar, Jörn Rüsen (2001) sintetiza a dinâmica da elaboração do pensamento histórico que parte das carências de orientação no tempo para as ideias históricas, tendo na História, como campo especializado do conhecimento, um lugar de elaboração com métodos de pesquisa e de apresentação de resultados, que só farão sentido se voltarem para a vida prática com uma função de orientação existencial. Leia Mais

Sociedades em fronteiras: abordagens e perspectivas / Fronteiras – Revista de História / 2019

As pesquisas no que tange às fronteiras têm se ampliado de forma significativa na última década, basta uma rápida pesquisa no Catálogo de teses e dissertações da Capes para comprovar isso. O que, entretanto, é a representação de apenas um repositório possível de pesquisa e que reflete, de alguma forma, as pesquisas em curso nos Programas de Pós-Graduação no Brasil.

A ampliação dos estudos sobre fronteiras pode ser identificado como resultado de três fatores, entre outros possíveis, que tenham impactado nessa temática, quais sejam: a ampliação e interiorização dos Programas de Pós-Graduação no Brasil, o que tem estimulado estudos em / sobre regiões fronteiriças de forma muito mais acentuada; as mudanças que envolvem as Tecnologias Digitais de Comunicação e Informação – TDIC, que tem possibilitado o acesso a documentos escritos, o contato entre pesquisadores da área e uma aproximação maior de pessoas e comunidades a serem investigadas; e, por fim, certamente um dos mais importantes, que é o contexto da constante ebulição das disputas no espaço fronteiriço, e que tem chamado a atenção e se mantido sob os holofotes da mídia internacional por inúmeros fatores que marcam o início do século XXI. Leia Mais

Arqueologia Pública / Fronteiras – Revista de História / 2002

Com a publicação deste número, Fronteiras passa a ser oficialmente um veículo do Programa de Pós-Graduação em História da UFMS, Campus de Dourados. Este Programa, inaugurado em 1999 e desde então recomendado pela CAPES, oferece regularmente o Curso de Mestrado em História, área de concentração em “História, Região e Identidades”, com três linhas de pesquisa: 1) História Indígena; 2) História, Poder e Instituições; 3) Região, Identidades e Representações. Além disso, a partir de agora a revista passa a ter novas Normas Editoriais, nova Comissão Executiva, nova Câmara Editorial, um recém-formado Conselho Consultivo e a também recém-criada figura de seu Editor.

Uma outra novidade neste número é a publicação do dossiê “Arqueologia Pública”, constituído de artigos produzidos por representantes de uma nova geração de arqueólogos brasileiros, a qual cada vez mais vem pensando a relação entre a Arqueologia praticada no país e o público em geral. Participam desse dossiê os seguintes arqueólogos e arqueólogas: Ana Piñón, Jorge Eremites de Oliveira, Maria Clara Migliacio, Nanci Vieira de Oliveira, Pedro Paulo Abreu Funari e Plácido Cali. Leia Mais

Fronteiras | UFGD | 1997

Fronteiras Revista de Historia Fronteiras | UFGD | 1997

A revista Fronteiras (Dourados, 1997-) é uma publicação semestral vinculada ao Programa de Pós-Graduação em História (PGH/FCH/UFGD) que publica artigos inéditos e de pesquisas originais da área de História e de áreas que fazem um diálogo profícuo para/com a historiografia contemporânea, divulgando práticas de pesquisas e resenhas de livros.

A revista Fronteiras tem por finalidade publicar e divulgar, preferencialmente, trabalhos inéditos da área de história e áreas afins, evitando sua apresentação simultânea em outro periódico.

Periodicidade semestral.

Acesso livre.

ISSN 2175-0742 (Online)

Acessar resenhas

Acessar dossiês

Acessar sumários

Acessar arquivos